Crítica: "Graceling", de Kristin Cashore

Hi again!!
Bom, antes de ler o "Insurgent" eu li o "Graceling" de Kristin Cashore. Depois de ler o "Divergent" foi uma especie de acalmia, já que o Graceling é mais "soft" que o "Divergent".



Bom a história de Katsa passa-se na Idade Média. E neste mundo as pessoas nascem com capacidades especiais, com um dom pode-se dizer assim. Uns conseguem dominar o fogo ou ler a mente das pessoas. Consegue-se identificar um "graceling" pela cor dos olhos. No caso de Katsa um verde e um azul. No caso de Po um castanho e um verde (se não me engano)
No que toca a Katsa - a personagem principal - o seu dom é matar pessoas. Consegue faze-lo desde os 8 anos. Não o faz deliberamente, a sua primeira morte foi um acidente. Um bofetada dada com demasiada força e assim morreu o primo. Desde desse dia que o Rei, seu tio, a treina e rapidamente Katsa se tornou pau mandado. Quando alguém deve algo ao Rei ou quando este vê que as suas ordens não foram cumpridas pelos Senhores da sua terra, o Rei envia Katsa. Ás vezes ela parte um braço, ás vezes um dedo e até já chegou a matar em praça pública. O Rei manda e Katsa faz. Isto fez com que se torna-se fria, calculista e muito prática. Katsa é uma assassina.
Até que conhece o Principe Po. Um misterioso principe, que vem visitar o reino em busca do seu avô. Katsa apercebe-se que o Principe tem um dom para a luta e um jeito diferente de ver a vida e o mundo á sua volta. Katsa que não tinha amigos praticamente, vê-se amiga de Po e os dois ficam cada vez mais próximos. E juntos descobrem que além-mar existe um perigo, que pode destruir todos os reinos. Não com gestos, não com exercitos mas somente com palavras.

Este é o primeiro livro de Kristin Cashore, ela tem mais por exemplo "Bitterblue" e "Fire" mas eu ainda só li este. A história em si inicialmente pode ser confusa. A autora faz uma descrição desta terra média e dos Reis de tal modo que chega a ser um pouco exaustivo. Eu devo dizer que chegou a um ponto em que me confudi com os nomes dos Reis e dos Reinos. A história demorou a revelar o mau da fita, apesar de primeiramente se pensar que era o Rei, tio de Katsa, na verdade não é. A meu ver a narrativa poderia ser mais dinamica, mais leve e simples, mas talvez por ser uma história passada na Idade Média faça sentido.
Em relação ás personagem gostei imenso de Katsa, mas a certo ponto a sua frieza pareceu desumana e estranhei um pouco. Por outro lado, Po é o mais humano que há e sabe lidar com os limites que Katsa impõe. Bitterblue apesar de começar como timida e princesa traumatizada acaba por ser fantástica, forte e independente apesar da jovem idade. Raffin é super engraçado e fiquei com a impressão de seria um Rei justo no futuro proximo. Quanto ao grande vilão *que não vou dizer quem é* gosto da sua maneira suave de agir, de falar e adorei o seu dom. É tão simples e tão mortal que chega a roçar a perfeição!
No goodreads.com eu dei-lhe 3 estrelas, porque a história é boa e vale a pena e o final até fez sentido. xD

No geral para quem gosta de histórias da Idade Média, com misticismo e algum romance é o ideal! Kristin fez uma estreia no mundo da literatura e fê-lo muito bem!