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100 Moments to Save My Life (Desafio Escrita Conjunta)

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Fox*
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Mensagem por Fox* Dom maio 20, 2012 1:38 pm

Ora bem gente, no antigo fórum decidiu-se começar um Desafio em que cada um escreveria o próximo capítulo!
Não me vou alongar em regras, visto elas estarem postadas aqui, espero apenas que leiam e comentem!

Divirtam-se!


Prólogo

Caroline vivia com o seu avô Leon nas montanhas. Um dia a sua aldeia é atacada e Carolina vê-se obrigada a fugir com nada mais que o medalhão que pertencia à sua desaparecida mãe e com a missão de chegar a Golden Gates. Num mundo de amigos e inimigos e onde nada é o que parece, será que Caroline irá sobreviver?

Capítulo I: Introdução


Ouviram muitas coisas sobre mim. Ouvirão ainda mais.

Ouvirão várias versões da mesma história que se tornou a minha vida. Algumas são verdadeiras, algumas não são mais que resultados de teias e mentiras. Algumas são inspiradas em factos verídicos, outras apenas fruto de mentes cuja imaginação ultrapassa a realidade. Algumas são divertidas, outras nem tanto. Mas todas começam no mesmo momento.

Era de noite, uma noite amena, não muito fria para usarmos os mantos de pele de mamute lanudo, nem muito quente para as nossas vestes de algodão fiado. Apenas amena e suave, iluminada pela brilhante lua cheia que se antevia no céu estrelado.

Agora que penso nisso, pergunto-me como ninguém os viu. Como aldeia pequena, seria mais que natural algum de nós reparar na presença deles. Mas a verdade é que nunca iremos procurar por aquilo que nunca pensaríamos que iríamos ter…

Como disse, a noite era calma. Estava à janela, lendo um dos muitos livros que pertenceram à minha desaparecida mãe à luz prateada da noite. O meu avô encontrava-se numa mesa redonda, na sala comum ao meu lado, jogando com as gastas peças de xadrez contra o totem da família, um bufo real. Estranhamente, ou não para quem conhece o nosso totem, o meu avô perdia. Mas não se dava por vencido.

Talvez se desistisse, por uma vez que fosse, ainda estivesse aqui ao meu lado…

Lembro-me de olhar para toda aquela cena enternecedora, a luz dourada de uma vela incidindo sob a face sulcada dos anos de árduo trabalho agrícola do meu avô enquanto o mocho pigarreava e piscava os dois grandes olhos de âmbar, sonolento, e avançava uma peça para o xeque-mate, e pensar que não havia nada que pudesse destruir toda a paz em que crescera nos últimos dezassete anos. Dezoito com aquela noite…

-Algo não está bem… - Murmurou o meu avô, a sua voz rouca e carinhosa quebrando o silêncio da cabana.

Dizes isso sempre que perdes! A massiva voz do Totem ecoou nas paredes de madeira douradas, divertida.

O meu avô levantou o dedo, imperativo. – Não estou a falar do jogo… - Rugiu suavemente. – Algo não está bem…

Fechei o livro devagar, marcando a página indicativa aos dragões. – Avô…? – Pedi.

O meu avô lançou-me os seus penetrantes olhos cinzentos, os mesmos com que fui agraciada. Pela primeira vez desde que o conhecia, estava assustado. – Coraline, vai para o teu quarto.

-Avô? – O medo invadiu-me com um arrepio sem permissão quando a noite se inquietou numa negra tempestade. As portadas bateram com força contra a parede da cabana quando intensas rajadas de vento soaram e espessas nuvens cobriram a lua. – Avô, o que se passa?

Coraline, faz o que te mandam! O Bufo piou e abriu as suas vastas asas castanhas, empoleirando-se nas costas da cadeira. Tal como o meu avô, o medo também o invadira.

Levantei-me, pesarosa, no mesmo instante em que, na porta da frente, soavam violentas batidas. – Socorro! Leon, Coraline, alguém, ajudem-me!

-Camilla! – Murmurei, reconhecendo a voz da padeira, nossa vizinha da frente.

-Não! – Apesar dos anos, o meu avô continuava ágil e forte quando se levantou do cadeirão, espalhando as peças de xadrez no chão de madeira. – Coraline, não te atrevas a abrir a porta!

-Mas avô…

-Vai para o teu quarto!

Mordi o lábio inferior com força, assustada com os seus modos bruscos nada habituais, mas acenei afirmativamente. Em silêncio, rodei nos meus calcanhares e subi a estreita escada de madeira em direção ao sótão. Se não fizesse barulho, poderia espreitar entre as fresas do soalho de madeira e descobrir tudo o que se estava a passar…

Vi o Bufo metamorfosear-se com a sua estátua, em cima da lareira acesa, e vi o meu avô abrir a porta sorrateiramente, espreitando para a figura de Camilla em pânico. – Por favor Leon, sabes o que eles querem… - Ouvi-a murmurar.

O meu avô rugiu uma imprecação. -Serias capaz? – A sua cólera era sentida em cada uma das suas palavras. – Serias capaz de a entregar depois de tudo o que fizemos para proteger o seu legado? Serias capaz de a vender?!

-Leon, eu tive filhos…

-Também tive uma filha mas jurei proteger o último Reduto com as minhas próprias mãos!

-Leon, eles vão apanha-la a menos que… - A voz de Camilla cessou no mesmo momento em que as portadas embateram uma última vez contra as paredes exteriores da casa. – Eles chegaram!

O meu avô puxou a pobre mulher para dentro de casa e fechou a porta com força, agarrando em seguida na espada de descansava atrás da porta. O silêncio era opressivo e podia jurar que o meu coração se escutava em toda a casa. Encostei-me ainda mais ao soalho, procurando o mesmo ponto que o meu avô fixava.

A explosão que se seguiu ainda está por explicar na minha mente. Num momento vivíamos no silêncio, no outro os gritos de Camilla irromperam quando uma série de criaturas vestidas de negro invadiu a casa, rebentando portas e janelas à sua passagem. Num momento, a luz dourada das velas iluminava a sala comum, no outro apenas alguns reflexos da lua filtrados pelos destroços das janelas clareavam o local. Num momento, havia paz, no outro não.

O meu avô balançou a espada prateada entre os dedos hábeis e penetrou no corpo de uma das figuras, empalando-a contra o pilar de madeira. Rodando sobre si mesmo e rugindo palavras que a mim eram desconhecidas, atacou uma outra figura que se divertia a perseguir Camilla. Derrubou-a com dois golpes certeiros no peito, mas não foi capaz de deter um ataque às suas costas. Caiu de encontro à mesa de madeira da cozinha, a espada voando para longe do seu alcance.

-Velho louco… - A mesma figura que lhe acertara com as suas mãos desnudadas agarrava-lhe agora pelo escalpe, erguendo-o no ar. O meu avô gemeu, dolorido.

-Não… - Murmurei, levando um punho à boca, calando os soluços que teimavam em escorrer.

-Onde está ela? – A voz gutural silenciou a casa.

-Quem? – O meu avô sussurrou, sem forças para responder.

-Sabes bem porque viemos e sabes melhor ainda o que faremos…

-Nunca a terás… - Leon rosnou e, em resposta, golpearam-no na face, fazendo-o soltar uma imprecação sangrenta. – O seu legado apenas está acessível a quem percorre caminhos que não aqueles que te movem... – Murmurou, cuspindo fios de sangue.

A figura emitiu uma gargalhada tão fria como a noite se tornara e voltou a sua atenção para Camilla. – Tu pareces inteligente… - Murmurou, fazendo aparecer uma adaga reluzente nos seus dedos. – Diz-me onde está o que procuramos e não faremos mal à vossa aldeia pré-histórica.

Camilla susteu a respiração quando a figura se voltou na sua direção e baixou os olhos castanhos em direção ao chão. Ao seu lado, uma outra figura de negro encontrava certas dificuldades em controlar a fúria do meu avô, que se debatia com todas as suas forças. – Chamas pré-histórica a uma aldeia que ainda honra o frágil equilíbrio onde vive? Chama-vos evoluídos quando as únicas memórias das vossas vidas passadas remontam a livros e relatos?!

A figura soltou uma nova gargalhada e ergue a adaga no ar. – Pelo menos, alguém relatará a nossa história, velho louco… Quem se lembrará da tua?

A faca caiu silenciosa sobre o crânio do meu avô, trespassando-o como a mais suave das manteigas.

-Não! – O meu grito soou alto, mas não o suficiente que aquele homem merecia.

A figura ergueu o seu olhar diretamente contra o meu. Mesmo entre as fresas, os seus olhos roxos sem face regelaram o meu corpo. – Ela está lá em cima! – Rugiu.

-Senhor! – Camilla implorou quando todas as figuras se voltaram para mim. – Por favor, o que vai fazer connosco…

As suas palavras perderam-se na noite quando a figura ergueu as duas mãos enluvadas de negro e partiu o pescoço da mulher. – Tragam-na até mim… - Murmurou, deixando cair o corpo de Camilla no chão.

Senti uma aragem no pescoço e soltei um novo berro quando reparei que o Totem se encontrava atrás de mim. Coraline, foge! A sua voz embargada realçava ainda mais os seus olhos baços e repletos de lágrimas. Agarra no teu manto e nos teus sais e foge!

-Mas o meu avô… - Respirar tornara-se uma tarefa impossível e só quando o Bufo me atirou a capa negra e a tentei enrolar à volta do pescoço é que percebi que tremia. Cambaleando, ergui-me sobre duas pernas bambas e arranquei da parede do meu quarto as duas armas com que treinei a vida toda.

Os passos nas escadas e as vozes guturais aproximavam-se demasiado rápido, o tempo urgia e a minha mente vibrava com todas as perguntas que agora surgiam e cujas respostas nunca iria desvendar.

Tens de chegar a Golden Gates. O bufo abriu as asas e depositou no meu pescoço um medalhão prateado com símbolos em sânscrito. Quando lá chegares, estarás a salvo!

-Não… - As minha mãos tremiam ao apertar o medalhão contra o meu peito à medida que era empurrada contra a janela.

Não confies em nada e ninguém que não tu própria. Eu e Leon acreditamos que estás preparada, não nos desapontes!

-Por favor, diz-me que vens comigo!

Vai! Foge!

Dos meus olhos escorriam grosas lágrimas perdidas no manto negro.

Coraline, sai daqui! AGORA!

Trepei a janela para fora do quarto no momento em que a porta era rebentada e uma voz sádica gritava o meu nome na noite em que a minha aldeia foi consumida pelas chamas.

Limpei uma lágrima que adora descia pela minha face. Ninguém sobreviveu, ninguém cujas histórias valessem a pena ser contadas. Éramos apenas uma pequena aldeia de tradições e rituais antigos quando todos à nossa volta sucumbiram à inovação. Éramos apenas humanos e totens quando todos os restantes voltaram costas à magia e viviam em sombras governadas por trevas.

Eu própria morri naquela noite, juntamente com o homem que me criou durante anos. A doce menina que acreditava que nada de mal lhe poderia acontecer desapareceu no momento em que a adaga limpou o último sopro de vida do meu avô. Apenas resta o meu nome de uma vida envolta em mentiras e segredos. Coraline.

Ouviram muitas histórias sobre mim. Ouvirão ainda mais.

Mas esta é a única que é verdadeira…


Última edição por Fox* em Dom Out 28, 2012 3:04 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por anokas_03 Dom maio 20, 2012 1:42 pm

Já tinha lido no outro fórum, mas acho que nunca cheguei a comentar:
- Adoro!
- Acho que a ideia da escrita conjunta é muito boa e é uma maneira de todos nós participar-mos em conjunto numa maravilhosa história [apesar de não me inscrever, já que a minha escrita é uma m*rda comparada á vossa]
Quem ia escrever o próximo capitulo?
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Mensagem por Eli Green Dom maio 20, 2012 2:06 pm

Olá!!!

Creio que havia comentado os dois capítlos desta história, porém, faço-o de novo.
Não perdeste tempo com descrições que, mais tarde seriam, provavelmente, desnecessárias. Cada parte da tua narrativa criou-me curiosodade para ler o resto, enfim, escreves muito bem. Espero ler a continuação.
Prometo fazer um comentário "mais giro" no terceiro capítulo, pois já li o segundo.

Beijos, Elissa.
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Mensagem por PandoraTheVampire Dom maio 20, 2012 3:33 pm

Oh yey vamos continuar com isto aqui!! Gosto! Gosto muito mesmo! xD e cheira-me que neste fórum vai ter muito mais popularidade no que no outro. Awesomeness em pessoa Fox, já tinha dito que tinha adorado isto! ;)

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Mensagem por Marfire Ter maio 29, 2012 10:16 pm

Alguém me pode explicar melhor o Desafio Escrita Conjunta?
Eu não entendi muito bem mas os posts da Fox* atraíram-me, assim como o prólogo.
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Mensagem por Fox* Ter maio 29, 2012 10:31 pm

Olá Marfire!
O desafio é muito simples: usando a lista dos cem títulos que, espero, esteja no link da explicação (está lá, não está?!), vamos criar uma história em que cada um escreve um capítulo! Podes inventar o que quiseres desde que não fuja ao tema base da história descrito no prólogo! Não há limites quanto ao resto e quanto mais imprevisível, melhor :D

A Mia Damphyr já escreveu o segundo (falta apenas postar) e a Mia Angel inscreveu-se para o terceiro, mas não temos ninguém para o próximo! As regras que estão no post são as decididas no Falecido para termos uma maior organização!
Acho que é mais ou menos isto! :oops:
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Mensagem por Marfire Ter maio 29, 2012 11:31 pm

Ou seja, basicamente é continuar a história que tu iniciaste e que vai perdurar por 100 capítulos, certo?
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Mensagem por Fox* Qua maio 30, 2012 3:35 pm

Sim, exatamente isso! :D Só tens de seguir o título que te calhou e mãos à obra (neste momento temos o segundo capítulo escrito - falta apenas postar - e uma voluntária para o terceiro!)
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Mensagem por Marfire Qua maio 30, 2012 5:01 pm

Então acho que vou esperar pelos próximos capítulos, ver como avança a história e aí decido se participo ;)

EDIT: Ainda não foi publicado o 2º capítulo, pois não?
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Mensagem por Mia Angel Seg Jun 04, 2012 8:36 pm

já tinha lido isto mas não me importei de ler outra vez! É fantástico o excelente trabalho que fizes-te logo no primeiro capítulo Fox!
Vamos continuar com isto minha gente, fala a minha twin postar o segundo capítulo e depois eu posto o terceiro, que já tinha ficado combinado desde o outro forum que seria eu a escrevê-lo, alguém se opõe?

xoxo
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Mensagem por Fox* Seg Jun 04, 2012 9:12 pm

Marfire, o segundo capítulo já está escrito, é da autoria da Mia Damphyr, mas ela não tem aparecido... Tenho pena, já lhe enviei um mp pedindo autorização para publicar em seu nome (visto eu ter o capítulo aqui guardado), mas ainda não tenho resposta...

Mia, muito obrigada pelo elogio e não me oponho nada ao teu post! Espero só por notícias da Mia! :D
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Mensagem por Andy Girl Sáb Jun 09, 2012 4:32 pm

Eu adorei o capítulo!
Está fantástico e a história promete muito! Em especial por ser de escrita conjuntaXd
Quero ver o que essas cabecinhas tem pensado para istoXD
Beijinhos!
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Mensagem por Fox* Qua Ago 01, 2012 1:10 pm

Olá Andy e muito obrigada pelo comentário! Se te quiseres inscrever, estás à vontade :D!

Minha boa gente, há quanto tempo, ah? xD Venho aqui trazer o 2º capítulo deste desafio de escrita conjunta! Não foi escrito por mim, os créditos e valores são todos da querida Mia Damphyr, mas ela não pode postar e deu-me permissão! Agora vamos não perder o ritmo e continuar por aqui, ok? Próximo, se não me engano, estava nas mãos da Mia Angel! :D

Divirtam-se e boas férias para quem está!

II - Love


“Um dos Sais rodopiou e voou, cravando-se contra o tronco grosso de uma gigantesca árvore. Mas não o tinha lançado com a força certa e muito menos com precisão, tanto que a arma desprendeu-se com facilidade e caiu para o chão. Arregalei os olhos e suspirei decepcionada. Tinha falhado mais uma vez.
― Não é com a força dos membros com a qual deves lutar, Coraline. É com a força da alma. Porque não foste tu quem escolheu os Sais como arma, eles é que te escolheram ― murmurou a voz do meu avô sentado debaixo de uma das grandes árvores que cobriam os terrenos perto do rio. Era conhecido como Crystal River pois, durante o Inverno, ficava totalmente congelado, liso e cristalino. Caminhei até a arma caída no chão e apanhei-a, aborrecida. Era a terceira vez no mesmo luar que eu falhava nos treinos. A maioria das meninas e rapazes da minha idade já se desenvencilhava com as suas armas, menos eu.
― Eu não consigo ― murmurei de costas para o meu avô, e passei os dedos pálidos pelo tronco da árvore tão marcado pelas minhas inúmeras investidas. ― Tenho medo de te decepcionar. ― Não ia chorar, não devia. Isso só ia mostrar mais a minha fraqueza diante daquele que mais confiava em mim.
― O medo é o princípio da sobrevivência. Quando um ser tem medo, o seu instinto luta para arranjar alguma forma de sair daquela situação. E é aí que começa, quando se acredita numa possível superação. ― Ele levantou-se com calma e uma mão enrugada pousou no meu pequeno ombro. ― Ainda há pouco as armas vieram até ti, terás várias luas para aprender como usá-las.
Virei-me para ele com meio sorriso e soltei a respiração, até então presa.
― Não terás vergonha de mim? ― Perguntei, e o seu sorriso fez-me perceber o quanto estava a ser ignorante no que dizia respeito para àquele grande homem, que me tinha ensinado tudo o que eu sabia até hoje.
― És o meu maior orgulho, Coraline. Nem que fosses uma mão-boba como o Byng, eu ainda ia continuar a amar-te ― afirmou com suavidade, e sorriu mais uma vez. ― Vamos, está na hora.
Byng era conhecido por todos da nossa aldeia. Quando completara os doze anos certos para ser realizado o ritual das armas, nenhuma o tinha escolhido. Fora uma vergonha para a sua família, principalmente para o pai que era o forjador. Quando a minha vez se aproximara, passei a noite inteira acordada e a prestigiar Bufo. Ele tinha visto todos os meus antigos no seu ritual, e era como uma ponte para a minha segurança. Felizmente, tudo tinha corrido bem.
― O inverno aproxima-se ― Disse, a caminhar pelo caminho de areia e coberto nas laterais pelas árvores gigantes. Alguns sábios da nossa aldeia afirmavam que entre elas existiam as mágicas, que eram normalmente as mais altas e com as polpas gigantes, e que só alguém, com os olhos de ver, conseguiria distinguir o poder que delas emanava. Mas as histórias eram muita, e cada um contava o que lhe convinha.
A nossa aldeia formava-se numa pequena ladeira abaixo, as casas eram pequenas e a maioria com o mesmo formato cilíndrico, e de apenas um andar. Várias fogueiras estavam distribuídas pela relva, outrora verde, e famílias as rodeavam para a habitual troca de refeições e de conversas. Crianças corriam e brincavam alegres, jovens praticavam as suas lutas e trocavam charme com as raparigas que cozinhavam nos caldeirões, homens discutiam sobre magias e regiões, tanto como pelo segredo do desaparecimento dos dragões, e senhoras compartilhavam segredos e conhecimentos em sussurros. Era possível ver o amor a pairar no ar, estavam todos felizes como se nunca nada e nem ninguém pudesse conseguir mudar a nossa sorte.
― Leon, esperamos por mais uma das tuas histórias ― disse Camilla, a distribuir o pão em cestos por todas famílias. O seu sorriso parecia irónico, mas eu desconfiava que se mesclava com a verdade.
Todas as noites o meu avô falava para quem quisesse ouvir que nos deveríamos preparar, que em breve o apocalipse chegaria a todas as terras por nós conhecidas. Que a magia negra dominaria a branca, e que nada de bom restaria. Mas ninguém acreditava, parecia mais uma história dos contos populares que os trovadores costumavam recitar.
― Hoje não ― disse ele sempre sem perder a postura, mesmo quando os olhos cinzas sentiam-se observados por todos. Camilla nunca dizia se acreditava ou não nas palavras proferidas por ele. Era como se ambos escondessem algo mais do que realmente pretendiam contar.
― Coraline, hoje não fazes as borboletas de fogo? ― Perguntou uma das crianças que por mim passava a correr. Eu era famosa por divertir as crianças com as borboletas de fogo que iluminavam a nossa noite.
― É claro que as faço, vou apenas arrumar os meus pertences ― respondi empolgada. Para alguns jovens, que tinham deixado a aldeia, era difícil estar todos dias ali numa rotina constante. Eles procuravam por aventuras que talvez nunca chegariam, e não aceitavam que o seu fim fosse numa aldeia remota, devota a rituais e a magia. Ambicionavam mais, mas muitos desapareciam sem sequer deixar rastos e seus nomes morriam na boca dos homens. Eu não me importava de estar ali, a minha mãe tinha nascido ali, e o meu avô também. Aquela aldeia era o meu maior elo de ligação com as duas pessoas que mais amei.
Deixei o meu avô para trás a conversar, e caminhei para a nossa casa. A nossa fogueira ainda não estava acesa, mas eu já tinha preparado a papa de milho para a nossa refeição. Ela borbulhava ao lume brando, dentro da casa e acendi a vela para ajudar na iluminação. Subi para o meu quarto para ir guardar os Sais, e com a bacia de barro que sempre ficava junto ao meu baú, lavei a minha face. Estava agachada e foi através das frestas que a madeira apresentava, que vi uma luz dourada a emanar por debaixo da porta do quarto proibido do meu avô. Meu coração bateu e a curiosidade ocupou a minha razão. Limpei a cara, e desci os degraus estreitos até ao andar principal, contornei a mesa redonda com o tabuleiro de xadrez, e aproximei-me da porta.
« Coraline, não vás por aí» a voz de Bufo ecoou atrás de mim, tentava chamar-me à razão, mas era como se fosse algo mais forte. Chamava por mim! Estiquei a minha mão pálida e abri a porta sem dificuldade. «Não está trancada porque ele confia em ti, não deves entrar aí» aquela voz penetrante não me conseguia impedir, e eu entrei no quarto.
Um aglomerado de estantes de madeira embutidas nas paredes e cheias de livros de todos os tipos, tamanhos e cores, enchia a sala deixando-a mais pequena. Na mesa em frente, outra pilha de livros, papiros, tinteiros, penas e mapas. Num canto, a cama onde dormia estava arrumada, uma vez que provavelmente deveria dormir sentado a estudar. E bem ao lado da sua bacia estava algo a brilhar. Era a única fonte de luz do quarto. Quando me aproximei apenas vi uma parede de madeira, mas a luz intensificou-se como se brilhasse por mim. Com apenas um toque, a parede revelou-se e dentro dela estava um medalhão.
― Coraline! ― A voz do meu avô fez-me dar um salto, e eu soltei um grito com a mão no peito. Meu coração batia, e era como se acabasse de acordar de um transe. Bufo vinha com ele, provavelmente o tinha ido chamar.
― Avô, eu... Me desculpa. ― Os meus olhos cinzas não conseguiram encarar os dele, e a minha respiração acelerou. Ele veio a caminhar até mim, o manto sob os ombros e um ar calmo, embora o olhar falasse por si. Examinou a parede com as mãos e tinha um ligeiro ar incrédulo. ― Eu vi um brilho… isto...Eera como se me guiasse até aqui.
― O poder da magia, através do amor... ― Murmurou baixo e num movimento único a parede voltou ao lugar. Virou-se atentamente para mim com os olhos semicerrados. ― Como passaste a barreira?
― Barreira? Eu apenas toquei a parede e ela se abriu ― respondi, mas ainda não o olhava diretamente. ― Desculpa se lhe falhei, nenhuma justificação deverá ser superior quando me pediste para não entrar aqui.
― Com apenas um toque? ― repetiu como se de tudo o que eu lhe tivesse dito, apenas aquela fosse a parte mais importante. Soltou um dos poucos suspiros que eu já tinha escutado, e trocou um olhar com Bufo. ― Esta parede contém uma das maiores magias protetoras, Coraline. Mas continuaremos essa conversa mais tarde, vamos comer.
Ele não me disse se estava chateado comigo ou não, apenas limitou-se a esperar ver-me sair do quarto e em seguida o trancou, para o meu desgosto. O meu avô era muito pouco expressivo, e manteve o mesmo ar imperceptível de sempre.
Não perguntei mais nada, embora a curiosidade se apoderasse de mim. Apenas sai para fora para acender a fogueira e em seguida transportar o meu caldeirão. Pensei que naquela noite eu fosse jantar apenas com os habitantes da aldeia, mas o meu avô surgiu algum tempo depois, mesmo a tempo de trocarmos os pratos com as restantes famílias. Ele segurou a minha mão, e eu percebi que mesmo com as minhas falhas, ele me amava incondicionalmente, e que não iria a lado algum...”


Hoje eu sei o quanto estava enganada. Ele já não estava mais aqui, e eu estava sozinha. Desci a janela do meu quarto para baixo com a ajuda dos Sais, cravava-os contra as madeiras e retirava-os numa escalada regressiva. Os gritos escutavam-se por todos lados, choros de crianças e os homens a tentarem lutar. As minhas lágrimas escorriam sem parar, a medida em que corria contra os destroços, apenas via-se fogo, casas destruídas e corpos espalhados pelo chão. Mas eu não poderia parar, eles vinham atrás de mim, o tempo urgia.
As palavras de Bufo ecoavam na minha cabeça, “Tens de chegar a Golden Gates”. Enquanto corria é que me dava conta de que não sabia onde era o lugar, nunca o tinha visto em algum lugar do mapa, eu estava a correr no que poderia ser uma direcção contrária ao meu destino. Mas o medo, e o instinto de sobrevivência chamavam por mim. Se eu tinha um coração, ele tinha explodido e se desfeito em migalhas. Lágrimas voavam contra o vento, mas eu sabia que não poderia olhar para trás.
― Coraline! ― Duas mãos fortes seguraram-me, e eu gritei assustada. Meus olhos embaciados demoraram a reconhecer os cabelos cor de cobre, de Byng – mãos bobas. Estava sujo e assustado. Eu mais ainda, acreditava não haver nenhum sobrevivente daquele massacre.
― Eu estava em Crystal River quando ouvi gritos, o que aconteceu? ― Perguntou com a voz a oscilar e a sua respiração descompassada.
― Não temos tempo, se quisermos viver temos de fugir! ― Murmurei quase sem fôlego, era certo que ele ia querer voltar para a aldeia a procura da sua família, mas o céu coberto por uma fumaça negra, os urros e gritos ainda audíveis foram o suficiente para ele agarrar na minha mão e me acompanhar na corrida. Ainda teríamos muito que falar, explicações e coisas por contar, mas aquele não era o momento.
Corremos pela floresta a qual tínhamos crescido, o medo a exalar pelos nossos poros. A dor sem deixar de corromper o que restava da minha alma. Paramos ao chegar ao início da floresta, uma horda de guerreiros de negro marchavam na nossa direção, a nossa trás escutava-se o som das patas dos cavalos. Estávamos cercados!
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Mensagem por PandoraTheVampire Dom Set 09, 2012 10:44 pm

Oh yey! O segundo cap já está por aqui! ^^ Mia Angel. You're up! :p vamos lá ver o que vai acontecer agora!

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Mensagem por miaDamphyr Qua Set 12, 2012 8:51 pm

Ohh onde se esconde a minha chará? Lembro-me que ela disse-me que tinha uma personagem nova e tudo, e olha que até me apetece continuar, ando com inspiração aos montes. Miaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, volta gémea, sim? Beijos
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Mensagem por Fox* Qui Set 13, 2012 12:26 am

É verdade, precisamos aqui da Mia para seguir com isto!
E se ela tinha uma personagem nova, melhor ainda! :D
Alguém se quer voluntariar para o próximo? xD
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Mensagem por Moggo Qui Set 13, 2012 7:37 pm

*levanta a mão*
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Mensagem por miaDamphyr Sex Set 14, 2012 9:06 pm

Hummm minha querida Moggo, isso foi uma surpresa. Estou curiosa para ver o que nos trazes. Lool. Bisous.
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Mensagem por Fox* Sex Set 14, 2012 9:40 pm

Moggo, estás à vontade :D!
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Mensagem por miaDamphyr Qui Out 25, 2012 5:20 pm

E isto morreu?
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Mensagem por Moggo Qui Out 25, 2012 6:07 pm

NÃO! *panica e pensa como é que irá fazer o texto com a falta de tempo crónica que anda a ter*
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Mensagem por Fox* Qui Out 25, 2012 6:37 pm

Hahahah, Moggo, não precisa de ser agora! :D
Mas gostei que tivesses voluntariado, isto vai ser divertido!
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