Crítica: The Woman in Black de Susan Hill

A Mulher de Negro conta-nos a história de Arthur Kipps, um jovem procurador com uma grande ambição de progredir na carreira. Quando Alice Drablow morre, a firma de Arthur fica encarregue de separar e analisar todos os papéis e correspondência que a velha senhora tenha deixado para trás na velha casa de Eel Marsh. Arthur faz as malas e sai de Londres com uma promoção em vista, talvez até uma hipótese de se tornar sócio.
Quando chega a Crythin Gifford é bem recebido mas cabe-lhe a triste tarefa de assistir ao funeral de Alice Drablow juntamente com Mr. Jerome, o advogado da Senhora Drablow. Arthur observa, com estranheza, que ele e Mr. Jerome são as únicas pessoas da aldeia na igreja aquando o funeral, mas no dito enterro, Arthur vislumbra uma mulher coberta de trajes negros e com um ar adoentado e frágil. Querendo saber mais sobre a mulher de negro, pois poderia ser uma possível familiar da Senhora Drablow, Arthur interroga os habitantes sobre a misteriosa senhora. Ninguém lhe responde com clareza. Muitos ignoram as suas perguntas enquanto outros lhe respondem a medo que nada sabem sobre ela.
Chegada a altura de visitar a velha casa de Eel Marsh, Arthur encontra um casarão velho e decrépito perdido no meio dos pântanos cujo acesso só é possível com a maré baixa pois o mar tapa o caminho até à casa. O condutor da carruagem avisa que o virá buscar antes da maré subir pois não é aconselhável ficar na casa durante a noite. Arthur ignora os avisos e decide explorar a casa antes de começar o seu trabalho. É no pequeno cemitério das traseiras da casa que volta a vislumbrar a mulher de negro e sente um terror que nunca sentira antes.
É a partir dai que Arthur Kipps começa a compreender a apreensão dos habitantes quanto à mulher de negro. É a partir dai que Arthur Kipps se começa a sentir assombrado e não descansa até descobrir e tentar ajudar a alma perdida e angustiada que deambula pela velha casa de Eel Marsh.

Mas a lenda diz que quando há um avistamento da Mulher de Negro, alguém tem de morrer.

Este foi um dos casos onde vi o filme antes de ler a obra mas não fez grande diferença. O filme é uma adaptação e não uma cópia literal do livro pelo que ler e ver a adaptação acabam por ser experiências completamente diferentes. Confesso que ao ler senti tudo o que o nosso protagonista estava a sentir. Terror, medo, por vezes coragem. O livro está bem estruturado apesar de ser por vezes previsível. O final do livro é diferente do filme, por isso quem só viu o filme e não está a pensar ler, desaconselho. O final do livro é o ketchup no topo das batatas; a cereja no topo do bolo; a massa do bolo que ficou agarrada à taça. Enfim, vocês compreendem-me. Aconselho vivamente o livro pois é uma bela história de mistério, suspense e horror.