Crítica "Vampire Hunter D", de Hideyuki Kikuchi

Vampire Hunter D
Hideyuki Kikuchi



Estamos no ano 12090 DC e, no mundo, restam alguns humanos e as ruínas do que, em tempos, fora uma grande civilização tecnológica. Alguns humanos e não só...

Em 1999, o Homem entrou numa guerra nuclear e os poucos sobreviventes retiraram-se para o subsolo, no intuito de fugir à atmosfera radioactiva. E, então, a "regressão" começou.

Agora, 10091 anos depois, Hideyuki Kikuchi apresenta-nos um misto de steampunk e fantasia onde existem vampiros, lobisomens, mutantes, robôs e humanos armados com bestas de madeira e espingardas de laser.

O nosso protagonista é D, um caçador de vampiros, contratado por Doris, uma simples rapariga do campo, que se vê ameaçada pelo vampiro mais importante daquela região, o Conde Lee. No futuro, só vê dois caminhos: ou acaba transformada numa das noivas do Conde ou perece nas mãos dos da sua própria espécie, caso a vila onde reside se sinta ameaçada pelas visitas nocturnas do morto-vivo.

À primeira vista, Vampire Hunter D parece apenas "mais uma história de vampiros", principalmente hoje em dia, em que o tema está na moda. No entanto, Hideyuki consegue misturar elementos de fantasia com um mundo pós-apocalíptico, onde os vampiros são bastante tradicionais - o que, ironicamente, é uma lufada de ar fresco neste género de fantasia.

É interessante de se ver o evoluir da personalidade de D, um dampiro, e da sua relação com Doris e o seu irmão mais novo Dan, tal como a coragem de dois irmãos que vivem num mundo onde não há compadecimento pelos mais fracos e a única coisa que importa é sobreviver.

A saga consiste em 23 volumes, escritos por Hideyuki Kikuchi e com ilustrações de Yoshitaka Amano, sendo Vampire Hunter D o primeiro, lançado em 1983. Actualmente, para além dos romances originais, existe um manga, um anime, short-stories, um jogo e até um live-action. Infelizmente, só 12 volumes é que, para já, foram traduzidos para inglês, pois só lançaram o primeiro em 2005.

Pessoalmente, não descansei enquanto não acabei o livro. Achei-o viciante, com uma acção rápida e empolgante. Agora, espero para comprar o segundo volume.

Não conhecia a história mas parece bastante interessante.
Vou ler um dia destes.

Wow, para sagas grandes tenho o Got!
Mas gostei do que escreveste, principalmente por teres demarcado o facto de ser uma lufada de ar fresco antiga xD! E com tanto volume, acredito que seja algo com conteúdo para me manter acordada altas horas da madrugada!
Gostei da dica :)

Ahhh! Fizeste-me ficar curiosa para ler isso! Já tinha ouvido falar há muito tempo. Na verdade até acho que tenho o anime algures que uma amiga me emprestou há algum tempo, mas ainda não vi/li nada sobre isso. Agora que disseste que a arte é do Deus Amano estou louca para ler!!! Adoro a arte dele *Final Fantasy addict here!!* mas pesquisei em sites de mangas e scanlations e não encontrei com o arte dele... só de um tipo chamado Saiko Takaki... diz-me, compraste o volume ou tem disponível em algum site de mangas?

Obrigada pelas respostas! ^^

Esta review é da primeira novel, que é o que eu tenho e li. Depois das novels é que fizeram as adaptações para manga, anime, etc, por isso é que não estavas a encontrar, porque o Amano só ilustrou as novels. E penso que a edição traduzida não traz todas as ilustrações, mas isso já não tenho a certeza porque nunca vi a original.

Comprei os livros na loja Mundo Fantasma, no Porto. Penso que eles também têm o manga!