Corvo

Nas asas do corvo
Mora a Solidão
Acompanhada pela Morte
Que nunca espera Perdão.

E o corvo brilha
De negrume infernal
Asa de noite
Coração do mal

E voa sem destino
Percorrendo a Humanidade
Clamando seguidores
Sem piedade,
Sem Emoção

E percorre-nos a Vida,
Cansada e sofrida,
Dilacera-nos a alma
Com o seu bico curvado

Ah, meu velho corvo
Que um dia voltes para o teu poleiro
Para te tornares,
Novamente,
Branco.

Tens um jeito para escrever poemas que nem te digo!
GOSTEI MUITO!!!!

Devo confessar que, mal vi "Corvo", me lembrei de Edgar Allan Poe!
No entanto, não fiquei desiludida, porque tens também muito talento para poemas pequenos mas profundos!
Já cá faltavam, sem dúvida :D

Um belo poema e gosstei da forma como escreveste e falaste deste "Corvo", a forma como personificas quase a Morte com ele!
Continua assim!
Beijinhos!

Muito obrigada a todos. kisses&hugs

Muito bom. Adoro corvos. É o meu lado macabro a dar de si. Mas gosto mesmo muito. E deixa que te diga que o final do poema está simplesmente brilhante. Gosto!

obrigada :)