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Boulevard of Broken Dreams

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Mensagem por anokas_03 Seg maio 28, 2012 8:10 pm

OMG!
Está lindo!
Desculpa só ter comentado agora, tenho estado com alguns problemas com a juba [lê-se: cabelo] e só consegui aparecer por aqui, hoje.
Quando postas mais?
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg maio 28, 2012 8:19 pm

Anokas, ora essa. Demora o tempo que precisares para comentar. :p Não há problema. Bem, o próximo capítulo ainda não está escrito por isso talvez para a semana, se a inspiração não falhar :x Obrigada, beijinhos!

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Mensagem por Nitaa Ter maio 29, 2012 9:29 pm

Lamento por ter ficado muito tempo sem comentar isto!
Mas mais vale tarde que nunca.
Opá elas são demais! Cada cena mais parva que elas passam xD
Estou como a Fox! Qual o problem de comer muito? (Opá eu adoro comer)
Amo o cão *---* Que fofura *---*
E quem são os inclinos?
Quero saber (;
Continua sff!
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Mensagem por PandoraTheVampire Qua maio 30, 2012 12:03 am

Nitaa problema algum! Eu própria sou uma alarve que só visto... xD e sim, o Shakes é awesome. E super protector como irás perceber mais tarde. Hum e para saberes isso ainda terás de esperar um pouco! :p Obrigada por comentares! Bijuka

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Mensagem por PandoraTheVampire Sex Jun 01, 2012 1:14 am

Aqui está o tão esperado (ui) sexto capítulo! Conheçam a "querida" Amanda. Hope you like it! :p


Capítulo 6 - The Aftermath

Ed ressonava descansadamente no sofá de Michael. Alguma coisa o tinha acordado há uns minutos e tentava desesperadamente voltar a adormecer. Estava esparramado e podia jurar que tinha o gargalo de uma garrafa a espetar-lhe a terceira costela do lado esquerdo. A dor era aguda, mas não o suficiente para o fazer mexer.

Preparava-se para retomar o seu sono de beleza, também conhecido por 'sono cura ressacas' quando ouviu o leve chiar de uma porta. Mexeu a cabeça um milímetro e abriu as pálpebras o menos que podia.

Era a porta do quarto do Michael. Okay, isto era o suficiente para o fazer mexer. Segurou a respiração e atreveu-se a inclinar a cabeça sem fazer qualquer barulho. Quando a sala parou de girar, ele abriu os olhos e tentou focá-los na figura esguia que saía de manso do quarto do seu amigo.

Cabelo comprido e moreno, figura esguia, bem torneada. Não precisava de luz para a reconhecer. Amanda... Ela ainda vestia as calças de ganga justas quando o gargalo da garrafa se decidiu cravar mais uns milímetros mesmo no meio da terceira e quarta costela do lado esquerdo.

"Afp..." Foi o som abafado que Ed reprimiu imediatamente. A esse seguiram-se outros e um restolhar de almofadas até encontrar a três vezes maldita garrafa de - Ed olhou de soslaio no meio da escuridão da noite - Vodka.

"Então estás acordado, Ed." A voz levemente arrastada e melosa de Amanda ressoou-lhe nos ouvidos. Apanhado. "Pensei que estivesses no teu sono de beleza, querido."

Ed sentou-se e suspirou enquanto rezava ao seu querido Deus da ressaca para a sala parar de rodar. "E eu pensei que nunca mais te poria a vista em cima." Sorriso desdenhoso. "Querida. Parece que o destino tem a mania de brincar com os pobres e indefesos humanos."

Amanda sorriu e aproximou-se do sofá. Ed reparou que ela ainda não tinha vestido a blusa e estava a encará-lo só de sutiã. E calças de ganga desapertadas.

"Oh mas isso seria uma pena, não é verdade?" O seu sorriso escorria mel aos baldes de litro. Mas era tão inocente quanto um adolescente de catorze anos a jurar que não esconde revistas pornográficas debaixo do colchão.

"Pena, pena é não teres saído desta casa ainda. Ou estás à espera que o Michael acorde para te despedires dele?"

Amanda largou o sorriso com tanta rapidez que Ed o apanhou e o colou na sua própria cara. A morena afastou-se uns passos e enfiou a camisola de caxemira cor-de-rosa pela cabeça.

Ed continuou. "Ah, claro que não. Sair à socapa a meio da noite, esse sim é o teu Modus Operandi. Que senhora tão elegante."

As bochechas de Amanda tornaram-se escarlate e ela virou as costas a Ed com a plena pretensão de se dirigir à porta e abandonar a cena. "Não tenho de ouvir isto."

Ed pulou de cima do sofá e apertou-lhe o pulso, tanto para se equilibrar como para não a deixar fugir. "Ah, mas tens! O que é que estás aqui a fazer? Ainda não te bastou o mal que já fizeste ao Mike? Tens de continuar a semear as tuas sementes de veneno?"

Amanda soltou um sorriso trémulo e agudo. "Estás a ser demasiado melodramático, Ed." Apontou para a mão dele. "E estás a magoar-me a sério."

"Estou? Curioso. Tu magoas o Mike a sério cada vez que apareces na nossa vida mas isso não te preocupa nem um bocadinho."

"Ed, pára!" O tremor da sua voz aumentou de intensidade e os seus olhos escuros procuraram os olhos claros de Ed. "Não o quero magoar. Só tenho saudades dele."

Ed gargalhou guturalmente. "Tens uma maneira engraçada de demonstrar isso." Largou-a e perfurou-a com o seu olhar. "Sai da nossa vida Amanda. Ninguém quer uma cobra venenosa como companhia."

Amanda mordeu o lábio fino, pegou na mala que estava em cima do outro sofá e cambaleou para a porta. Colocou a mão na maçaneta fria e inspirou profundamente. "O Mike também tem saudades minhas. Eu sei que sim. Ele não consegue viver sem mim." Olhou Ed nos olhos. "Ele não vai viver sem mim. Marca as minhas palavras."

-*-

"Mas que filha da mãe de ressaca..." Michael saiu do quarto despenteado e com os boxers enrolados pelas pernas acima. Sorte não ter saído nu. "Estou tão quebrado que parece que andei à porrada a noite toda." Virou à esquerda para se dirigir à casa de banho e pisou uma peça de lego amarela e demasiado perigosa para pés descalços.

"Filha da mãe! Ed! Que porra é esta?" Mike dava pequenos pulos enquanto tentava esfregar o pé magoado.

"Mike. Cala a boca. É demasiado cedo." A voz abafada de Ed saiu debaixo de um molhe de cobertores que estava no seu sofá.

"Estivemos a brincar com legos?" Michael olhou em volta e viu várias peças iguais e maiores à que tinha na mão espalhados por toda a sua pequena sala. "Uau. Estávamos mesmo queimados ontem." Mike olhou na direcção do seu amigo. "Meu, não acredito que estás tapado. Devem estar quase cinquenta graus. És doente."

"Se estivessem cinquenta graus estávamos bem danados seu idiota. E estou a morrer de calor, mas está demasiada claridade nesta sala. Preciso de escuro."

Michael olhou em volta como se estivesse à procura de algo. "Ed... ouviste alguém sair?"

"Fecha os estores, por favor Mike."

Michael levantou as almofadas de todos os sofás e espreitou para dentro da casa de banho. "Nem a ouvi sair... pensei que ainda cá estivesse..." Murmurou.

"Mike. Os estores. Por favor."

"Nem um bilhete, uma sms, nada..." Michael afundou-se no sofá. Todo o desejo de ir à casa de banho esquecido e perdido nos seus pensamentos.

Ed levantou-se de repente e quase caiu enrolado nos cobertores. "Não faças nada, Mike. Senta-te a sentir pena de ti próprio, Mike. Deixa o teu amigo a sofrer e a amargurar, Mike!" Aproximou-se das janelas e fechou os estores completamente deixando-os numa escuridão quase total.

"Obrigado, Mike!"

Michael sorriu e levantou-se. "Sempre às ordens, meu." Depois entrou na casa de banho deixando a porta apenas encostada.

Ed suspirou e coçou a cabeça enquanto se voltava a sentar no sofá. "Eu vi-a sair. De manso e à socapa, para variar." O silêncio que lhe respondeu era demasiado familiar. "Tens de te deixar disso, meu. Ela não é mulher para ti."

Ed continuou a ser presenteado com silêncio mas sabia perfeitamente que o seu amigo ouvia com atenção cada palavra pronunciada por ele. "Não sei como consegues estar com ela depois do que ela te fez... sei que ainda amas, meu... mas..." Deixou o silêncio terminar a frase por si. Falar daquele assunto era demasiado doloroso.

Ed ouviu o autoclismo a funcionar e suspirou enquanto olhava em volta. "Legos? Desde quando é que tens legos?"

-*-

"Olá meus! Ainda estão em arrumações?"

"Vic, que bom ver-te por aqui seu alcoólico. Que tal ajudares?" Michael disse enquanto agarrava noutro copo de plástico meio cheio de cerveja morta e o juntava aos outros já dentro do saco de lixo preto gigante.

"Ah, ah. Vocês estão com um ar péssimo. Seus trastes. E depois eu é que sou o alcoólico!"

Ed parou de apanhar legos e olhou de esguelha para o seu amigo. "Como é que o único de nós que emborcou quase cinco litros de cerveja de uma vez e mais uns quantos shots de vodka é o único que não está de ressaca? Ou em coma. Há algo de errado aqui."

Victor sorriu um largo sorriso e Michael quase viu os seus dentes brilhar. "Bons genes meus! É simples."

Michael não sorriu. Aliás, franziu o sobrolho. E depois espetou o saco preto nos braços de Vic e sentou-se no sofá enquanto pegava na sua T-Bucket 200. "É a tua vez de apanhar copos. Eu estarei aqui a proporcionar-vos um som enquanto trabalham."

"Que grande lata!" Vic começou por exclamar.

"Victor, ainda não fizeste nada e já são três da tarde. Toca a apanhar copos." Ed rematou.

Michael dedilhou um pouco e afinou a guitarra. Depois começou a tocar a primeira música que lhe veio à cabeça.

"I wrote her off for the tenth time today, and practiced all the things I would say. But she came over, I lost my nerve. I took her back and made her dessert."

Vic parou a rota do copo a meio caminho e olhou para Mike que estava de olhos fechados a cantar. Depois rodou o seu olhar na direcção de Ed.

"Amanda?" Murmurou entredentes para que Mike não o ouvisse. Ed anuiu em concordância. Vic suspirou enquanto abanava a cabeça.

"Now I know I'm being used, that's okay man cause I like the abuse. I know she's playing with me, that's okat cause I got no self esteem."

Self Esteem dos Offspring era uma das músicas de eleição de Mike depois de uma noite com Amanda. Por isso os seus amigos não o chatearam para ajudar nas limpezas. Por isso os seus amigos cantarolaram com ele e ofereceram ritmo enquanto batiam nos móveis com palhinhas ou copos vazios. Por isso os seus amigos não disseram nem mais uma palavra em relação à Amanda.

-*-

"Estou exausto. Mike, a tua casa nunca esteve tão limpa."

Michael olhou em volta e acenou satisfeito. "Tens razão. Acho que nem vale a pena sujar a cozinha a fazer o jantar. Vamos jantar fora que o Victor paga."

Ed gargalhou, Victor engoliu em seco. Depois vasculhou os bolsos. "Oh, vejam só, parece que me esqueci da-..." Victor cortou a frase a meio quando encontrou um papel meio amachucado no bolso de trás.

"Oh! Que idiota!" Quase teve vontade de bater na sua própria testa. "Queria mostrar-vos isto ontem mas com a azáfama da festa até me esqueci!"

Abriu o papel e colocou-o na mesa de centro enquanto o alisava com a mão. "Tcharam!"

Ed e Mike chegaram-se à frente e leram o papel por alto. "Batalha das bandas? Na praia?" Vic anuiu.

"Meu, diz aqui que o prémio é um contrato com uma editora!" Ed rematou. Vic anuiu efusivamente.

"Esta pode ser a nossa oportunidade!" Michael sorria verdadeiramente pela primeira vez hoje.

Vic levantou-se. "Sim!! Era isso que eu vos queria mostrar! Vamos participar!"

Ed e Mike levantaram-se também, entusiasmados pelo rumo da conversa, mas logo o ambiente esmoreceu. "Meus, falta-nos o James... não temos baterista..."

"Eu dou alguns toques na bateria..." Ed ofereceu-se.

Michael pôs-lhe a mão no ombro e ofereceu-lhe um meio sorriso. "Sem ofensa meu, não és bom o suficiente."

Ed anuiu. "É, eu sei. Tocar o Atirei o Pau ao Gato na bateria não conta como saber tocar..."

Nenhum deles queria acreditar que a euforia que os tinha contagiado podia esmorecer tão rapidamente. Nenhum deles teve tempo para pensar em algo mais pois a campainha tocou e Mike foi abrir, cabisbaixo.

"J'arrive, cousin!" Um rapaz alto com um sorriso largo e um brilho nos olhos castanhos olhava-o com os braços abertos à espera de um abraço.

"Serge!" Mike apertou o primo contra si efusivamente. "Bienvenue!"

Subitamente a euforia regressou à casa de Mike. Não só porque Serge, o primo de Michael e amigo de todos havia aparecido vindo do nada, mas também porque Serge era músico. Serge tocava bateria.

Batalha das Bandas, aqui vão eles.

Continua...


Última edição por PandoraTheVampire em Sex Jun 01, 2012 4:39 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Nitaa Sex Jun 01, 2012 1:47 pm

MARAVILHA!!!!
Agora é que a festa vai começar!
Continua, sim?
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Mensagem por Fox* Sáb Jun 02, 2012 12:29 am

Ora bem... Não sei em que história foi (mas tenho a impressão que foi com a da Andy), mas mencionaste que não conseguias criar diálogos que parecessem autênticos... "Disconcordo" plenamente, as conversas que encetaste aqui parecem (ou melhor, são!) típicas de jovens completamente mocados e com uma boa ressaca! Não tenho nada a apontar quanto a isso!

Oh, adorei a preocupação do Ed quanto ao Mike e à víbora por quem ele se apaixonou! Achei muito protetor e de uma amizade bem forte a forma como ele falou dela e protegeu o amigo! Cada vez gosto mais das tuas personagens e dos laços que as unem!

E melhor ainda que chegou o francês! Estou mesmo ansiosa para saber o que eles vão preparar para a batalha! Os dados estão lançados e eu aposto tudo em que elas e eles vão entrar numa guerra que vai muito além da música... :D
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Jun 04, 2012 12:21 am

Ah se vai Nitaa! E ainda nem viste nada :p Continuo pois! Obrigada :p

Yap Fox, acho que foi na dela, apesar de mencionar isso diversas vezes nas histórias da Dee. Não é que eu desgoste dos diálogos que crio, mas às vezes acho-os um pouco forçados... não sei :x o das outras pessoas parece-me sempre mais natural, ahaha! Mas fico contente por teres achado as conversas doidas deles algo interessante e até perto do real :p *ego goes up* Pois é, eles são bons amigos e olham pelas costas um do outro. Ainda nem sabes o que a Amanda fez ao Mike mas a reacção do Ed quanto a ela é mais que apropriada :x Ah pois! Chegou o Serge e está na altura de ir para a praia :p o que irá acontecer lá??? :p obrigada, beijinhos!!

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Mensagem por Andy Girl Sex Jun 08, 2012 2:11 am

Olá!
Já há muito tempo não leio uma história normalXD
Eu tou a gostar, embora seja diferente do costume das histórias que leio. No entanto, istoo fez-me ter saudades da série Greek, que falava de fraternidades e como isto tem elementos de universidade prontos.
Quero ver essa batalha de bandas, ainda vai ter muito para darXD
Beijinhos!
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Mensagem por anokas_03 Sex Jun 08, 2012 1:35 pm

OI!
Mais uma vez adorei o capitulo :)
Quando pensas postar mais?
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Mensagem por Fox* Sáb Jun 09, 2012 2:40 pm

Acho que não é só um problema teu, Pandora! Também acho os meus diálogos um pouco forçados demais, as palavras demasiado rebuscadas e os tempos esquisitos! Tenho um monte de conversas na minha mente até conseguir acertar com eles! :D
Acho que é mesmo essa amizade incomum nos dias de hoje que me fez gostar deles e das coisas que fazem! E se tu me dizes que a Amanda mereceu, eu acredito! E até me junto, se for preciso (eu a meter-me com personagens ficionadas, pensava que era só no HP ou no GoT!).
I'll be waiting for them to go :D
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Mensagem por PandoraTheVampire Dom Jun 10, 2012 6:19 pm

Andy Girl pois! História normal também não faz muito o meu estilo, mas como disse, queria algo para desanuviar um pouco PandaAww Fico contente por estares a gostar! Não conheço essa série de que falas, quer dizer, conheço o nome, nada mais! Obrigada por comentares!!

Anokas ainda não tenho o próximo capítulo escrito, mas vou ver se escrevo algo ainda esta semana, vamos lá ver se a inspiração ajuda! Obrigada pelo comentário!

Rotfl, Fox, fico contente por estares tão "envolvida" com as minhas personagens! :p Obrigada por continuares a comentar, espero ter algo novo para ti em breve! :p

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Mensagem por PandoraTheVampire Sáb Jun 16, 2012 1:28 am

Bem, cá está o capítulo sete. É a vez das meninas. Estará o encontro dos nossos rapazes com as meninas perto??

Btw, esta música não é do género que costumo escolher para esta fic, mas achei que ficava tão bem...!



Capítulo 7 - O Professor de Judo

"Olá, posso-..." O seu olhar prendeu-se com o dele. A sua boca pendeu por instantes. "Tu...?"

Rita não conseguia acreditar no que os seus olhos estavam a ver. Podia jurar que tinha fumo a sair pelas orelhas pela maneira como o seu cérebro estava a trabalhar. Ele não podia estar ali. Simplesmente não podia.

O seu sorriso matreiro ainda lhe fazia tremer os joelhos, mesmo que se odiasse por isso. O seu olhar era mais penetrante que nunca e o calor que emanava dele estava a sufocá-la.

"Olá Rita. " O cabelo castanho desalinhado fazia-lhe festas na testa. Mesmo por cima dos olhos cor de chocolate que a estavam a atarantar. "Que bom ver-te." A sua voz arrastou-se e os seus olhos percorreram-lhe o corpo de cima abaixo. Rita usava uns calções curtos e um top justo, coisa que nunca usaria num dia normal de escola pois preferia morrer a ter alguém da escola a ver-lhe as pernas.

"Rita quem é que tocou à-... John. Olá." Carrie apareceu de sobrolho carregado e mãos nas ancas. Olhou de relance para a sua amiga e pôs-se à frente dela de forma protectiva. "Posso ajudar-te? Estás perdido ou esqueceste-te do caminho para a terra dos falhados?" Carrie e John nunca se tinham dado bem. Carrie tinha um feitio bastante especial e conseguia ser extremamente desagradável para quem não gostava.

Para além do mais jurava a pés juntos que tinha um sexto sentido para as pessoas. Quando as encarava sabia dizer logo se eram boas pessoas ou de má-rés. Até agora nunca lhe tinha falhado.

John colocou a mão no peito e fingiu um ar magoado. "Auch, Car, essa doeu."

"Carrie." A loura corrigiu-o.

"Claro, Car." Sorriu. "Vim buscar a chave do apartamento de cima. Vamos ser vizinhos este Verão. Eu e os rapazes." Apontou para o carro atrás de si onde se podia ver mais duas pessoas. Carrie conhecia o Jim de vista, mas sabia que Angie o conhecia perfeitamente. O outro era o Fred.

"Fred? Desde quando é que andas com o Fred?" Na opinião de Carrie, Fred podia ser melancólico e estranho, mas não era má pessoa. E era o completo oposto de John.

"Desde que ele se tornou útil." Sorriu e ignorou o levantar de sobrancelhas da loura. Rita retirava-se para dentro de casa para espalhar as belas notícias da nova vizinhança às suas amigas. "Podes dar-me a chave, ou não?"

"Na verdade, não. Como posso ter a certeza que foste tu que alugaste realmente a casa?"

John cruzou os braços. "Julgas-te espertinha, mas não és. A tua mãe deu-me a palavra-passe para utilizar de forma a saberes que estavas a concluir o negócio com a pessoa certa." Tirou um envelope do bolso e estendeu-o. "Está aí o aluguer. A pass é 'Ursinha Carrie, a melhor dos Ursinhos Carinhosos...' " A sua boca torceu-se num esgar de divertimento ao entregar a palavra-passe ridícula que a mãe de Carrie tinha criado.

A loura apertou os lábios e sentiu as bochechas a arder. A sua mãe ia pagá-las. Aceitou o envelope e contou o dinheiro todo antes de lhe entregar a chave.

"O que partires pagas. O que estragares compras novo. A casa é para ser entregue limpa e cuidada conforme te foi entregue." A voz de Carrie carregava raiva e impotência.

John era todo divertimento. Fez uma vénia fingida, aceitou a chave e foi-se embora prometendo ser um bom menino e cumprir as regras. Carrie bufou e soltou alguns palavrões e insultos para o vento. Fechou a porta e virou-se apenas para encarar três raparigas com ar de poucos amigos.

"Não acredito nisto..." Angie suspirava enquanto se deixava cair no sofá. "O Fred, tudo bem. Agora o John e o Jim?" Gemeu de frustração e tapou os olhos com as mãos. Angela e Jim tinham sido companheiros no acampamento de Verão de música. Deviam ter onze anos. Ele era giro, simpático e tocava guitarra lindamente. Ela nunca tinha sido beijada. Até àquele fatídico dia atrás do anfiteatro. Quando voltaram para casa Angela estava noutra onda. Jim não. Tornou-se um pouco psicótico com a sua obsessão e Angela não sabia o que lhe dizer para o afastar sem lhe partir o coração. Até que teve de o fazer.

Não se falaram até agora apesar de receber olhares estranhos de cada vez que o avistava no bairro ou na escola.

Cat gargalhou e bateu com a mão na testa. "Oh, que estúpida! O Fred disse-me ontem que também vinha para aqui! Não sei como não fiz a associação... que idiota!" Riu de novo. E depois olhou para Rita e deixou de sorrir. "Estás bem minorca?"

Rita anuiu e deixou-se cair no sofá ao lado de Angela. "Estou. Já é altura de ultrapassar isto, certo?" Soltou um riso que se perdeu no meio de um soluço e calou-se para não arriscar uma quebra emocional. "A sério que estou bem." Levantou-se de um pulo. "Vou ficar melhor quando sairmos e formos às compras. Quanto mais cedo despacharmos isso, mais cedo molhamos o rabo na praia!"

"Apoiado!" Veio o grito abafado de Angela que tinha acabado de enterrar a cabeça numa almofada.

Carrie suspirou e encaminhou-se para o quarto para se calçar. "Ao menos não são os velhos Sr. e Sr.ª Santana..."

-*-

"Hey, hey! Abranda Rita!" Rita carregou no travão e ouviu uma buzinadela monstruosa quando um Ferrari vermelho a ultrapassou a fazer gestos obscenos.

"Ok Car, vais explicar-me porque é que eu quase causei um acidente ali como Sr. Pressa?" Apontou para a mancha vermelha ao fundo da rua enquanto encostava o carro e ligava os quatro piscas.

"Aquilo é um Dojo?" Carrie empoleirava-se para fora da janela do Micromachine enquanto tentava descortinar se o edifício para onde estava a olhar era mesmo um Dojo. "Yap, é um Dojo. Estaciona."

"Ainda agora chegasteeeeeee." Cat arrastou a voz enquanto tirava o cinto para sair do carro. Estava encharcada em suor depois de todas aquelas compras e queria ir dar um mergulho.

"Quero ver se é um Dojo de Judo. Não havia nenhum o ano passado, mas se abriu um este ano tenho de aproveitar." Carrie abriu a porta e saiu.

"Isso quer dizer que férias não tem o mesmo significado para ti do que para as outras pessoas normais, não é?" Gritou Rita enquanto puxava o travão de mão.

"As minhas férias incluem Judo. Já devias saber isso pigmeu."

Rita limitou-se ao silêncio enquanto Carrie caminhava apressadamente para a porta de entrada.

"Oh, uma geladaria! Car, importas-te que vamos comer um gelado enquanto tratas disso?" Cat perguntou.

"Força, eu não demoro." Carrie fez menção de seguir caminho mas Rita falou.

"Eu vou contigo Car. Não tenho fome."

O mundo parou.

As três amigas entreolharam-se antes de rodearem Rita numa roda fúnebre de preocupação.

"Rita, tens febre?"

"Tens cólicas?"

"Estás a morrer?"

Rita abanou a cabeça sem saber se devia rir ou ficar insultada. "Eu estou bem!" Esganiçou como sempre fazia quando queria provar um ponto ou estava a mentir. "Só não me apetece um gelado."

Foi preciso alguma persuasão e muitos empurrões para a deixarem em paz, mas Rita e Carrie dirigiram-se ao Dojo enquanto Angela e Catherine se dirigiram à geladaria. Carrie dirigiu-se ao balcão e sorriu à secretária que a cumprimentou.

"Boa tarde. Gostaria de lhe fazer umas perguntas. Eu sou cinturão castanho no Judo mas estou aqui de férias e gostaria de continuar a treinar. Há a possibilidade de me aceitarem como estudante?"

A secretária enrolou o fim do seu rabo de cavalo no dedo e olhou Carrie por cima dos óculos de massa vermelhos. Mascava um pastilha cor-de-rosa. Tal facto era visível pois teimava em mastigar de boca aberta.

"Bem, eu acho que e possível mas tem de falar com o Mestre. Ele só tem uma turma de alunos iniciados... não sei a disponibilidade que terá para si." Olhou-a de cima abaixo.

Carrie mordeu o lábio para se controlar. "Bem e quando é que o Mestre poderá falar comigo?"

"Oh ele é um homem muito ocupado e-..."

"Posso falar agora."

Carrie e Rita viraram-se para a pequena porta que estava no lado esquerdo da secretária. Deveria ser um escritório. Um rapaz nos seus vinte e poucos anos encarou-as com um largo sorriso. Tinha os dentes mais brancos que Carrie alguma vez tinha visto e as covinhas mais adoráveis que se podia desejar.

Os seus olhos eram claros mas ela não conseguia identificar se eram azuis ou verdes. O cabelo castanho era curto e lustroso. Estava de Kimono branco.

Carrie sorriu. "É o Mestre?"

"Sim. Peter Jameston. Por favor, entrem." Desviou-se da porta para as deixar passar. Carrie entrou rapidamente mas Rita decidiu lançar um olhar penetrante à secretária antipatica e roubou-lhe uma mão-cheia de rebuçados destinados aos clientes.

"Sentem-se." Peter apontou para duas cadeiras enquanto fechava a porta. O seu escritório tinha uma secretária e três cadeiras. Tinha duas estantes cobertas de livros de uma ponta à outra. Todos relacionados com Judo, pelo que se podia ler das lombadas. As paredes estavam cobertas de fotografias de torneios e pódios e grupos de pessoas de Kimonos azuis e brancos.

"Pelo que apanhei queres ser minha aluna durante as férias. Estás a treinar para o primeiro Dan?"

"Sim, mas..." Carrie mordeu o lábio. "Desculpe a pergunta, mas já é Mestre? Parece tão novo..."

Peter sorriu e aquelas covinhas carregaram-se-lhe na face. "Por favor, trata-me por tu-... er..."

"Carrie!"

"Carrie." Sorriu. "É uma pergunta perfeitamente legítima. O meu pai foi mestre de Judo até falecer." Apontou para a fotografia de um homem de meia-idade atrás dele. "Aprendi tudo o que sei com ele desde miúdo. O meu irmão está encarregue da escola do meu pai mas eu sempre quis abrir a minha própria escola. Sou quarto Dan. Acho que me qualifico."

Carrie sentiu-se enrubescer e Rita soltou um risinho. "Sim, claro, não era isso que eu queria dizer, eu..."

Peter encostou-se na cadeira e voltou a sorrir. Ele tinha uma maneira de olhar para as pessoas como se elas fossem as únicas presentes em todo o mundo. "Eu sei Carrie." O nome de Carrie soava-lhe tão bem ao sair dos lábios dele. "Bem, mas eu tenho um problema. Como a Anne estava a dizer, eu só tenho uma turma de iniciados. Somos novos por aqui e não temos muitos alunos."

"Oh..." Carrie não conseguiu esconder o desapontamento.

"Mas eu tenho uma proposta. Como vês, tenho demasiado tempo livre. Se quiseres posso dar-te aulas privadas. Posso ajudar-te a treinar."

Carrie enrubesceu e gaguejou. Coisa que nunca fazia.

Nunca.

Rita sorriu abertamente e anuiu. "Ela aceita!"

-*-

"Ele era girooooo!" Rita atarantava Carrie enquanto saiam do edifício.

"Cala-te." Carrie perguntava-se se seria possível ficar permanentemente corada.

"Ele gostou de ti, Car!"

"Cala-te Rita."

"E tu tens um fraquinho enooooorme por ele!" Rita abriu os braços para enfatizar a sua afirmação.

"Rita!"

"O que é que se passa?" Angela perguntou quando as duas se aproximaram do carro.

"Oh, nada." Rita sorriu matreiramente. "A Carrie está apaixonaaaaaaaada!"

"A sério?" Cat perguntou com um sorriso.

"Eu vou matar-te." Carrie deixou cair a cabeça em jeito de derrota.

"Vamos para a praia. Eu conto-vos tudo e a Carrie pode corar com cada frase. Parece que é só isso que ela sabe fazer desde há dez minutos para cá..."

Continua...

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Mensagem por anokas_03 Sáb Jun 16, 2012 10:31 am

OMG!
A Carrie está apaixonada :D
Muahahah
Coitadinhas, tem de aturar os parvos por cima do apartamento delas D:
Bem, eu quero mais!!
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Mensagem por Fox* Sáb Jun 16, 2012 1:25 pm

Oh... Oh... Oh... Acho que a minha mente fiou a bater neste estado! Oh...
Bem, gostei de saber quais os vizinhos que as meninas vão ter de aturar e, tal como a Carrie, também não vejo com bons olhos aquela mudança. Não tenho o seu sexto sentido, mas também não me cheiram a boas aquisições para as férias...
Mas o professor de Judo... Oh (estás a ver?!), esse pareceu-me divertido! Vai na volta e não é flor que se cheire mas, pelo menos, deixou a Carrie sem palavras e isso agradou-me!

Ah, mais! Já estou a desesperar por novidades e acabei de ler este!
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Mensagem por Nitaa Qua Jun 20, 2012 8:24 pm

Ai ai o professor....
Como é borracho, está aprovado xD
Opá e aqueles paspalhos tinham de vir?
Pelo menos não são os velhos xD
Mas isto promete mesmo!
Continua!
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Jul 23, 2012 1:18 am

Spoiler:

NOTA: Espero não ter dado nenhum pontapé muito grave no Francês... desculpem, não é muito a minha onda! :x Só tive três anos de Francês no liceu! :p


Capítulo 8 - Rent!

"Então cousin, comme ça va?" Serge sentava-se no sofá e aceitava um refrigerante fresco da mão de Michael. Ed e Victor discutiam o CD que queriam pôr a tocar. Ed teimava em ouvir Metallica e Victor queria ouvir Iron Maiden.

"Bem, agora que chegaste! O que te trouxe cá?" Serge e Michael eram primos afastados do lado do pai. Quando eram miúdos e o seu pai ainda estava em casa (ainda que bêbado), Serge costumava visitá-los. Fazia cinco anos que Serge não os visitava e todos estavam saudosos.

"Ed, seu bimbo! O Serge gosta mais de Iron Maiden que Metallica!"

"Bimbo? Vic estás a pisar a linha meu." Ed encarou o sofá. "Serge, mon ammi, o que é que queres ouvir?"

Serge sorriu com saudades das picardias dos seus amigos e passou a mão pelo seu cabelo preto curto e constantemente despenteado. Os seus olhos castanhos brilhavam com a luz que entrava pela janela aberta. "E que tal uma qualquer que não vos faça discutir?"

Ed e Vic entreolharam-se com alguma desconfiança. Encolheram os ombros, sorriram e exclamaram em uníssono: "System of a Down!" System era a banda que ambos escolhiam para acabar as várias discussões sobre que banda ouvir.

Serge bateu uma palma ruidosa e gargalhou. "Oui! System será!" O seu sotaque era pronunciado, principalmente nos erres e provocava sempre sorrisos nos seus amigos.

"Não respondeste à minha questão, primo." Michael sentava-se ao lado de Serge com um balde de Nachos no colo e uma cola na mão. "O que te trás cá?"

Serge encheu a mão direita com Nachos e mastigou-os ruidosamente durante alguns segundos. "Mike, porque é que estão Nachos moles misturados com os Nachos rijos?"

Michael coçou a cabeça e gargalhou. "Bem, foi as sobras de ontem. Fizemos uma festa de despedida ao James."

Toxicity começava a tocar no fundo enquanto Ed e Vic agora discutiam sobre quem iria beber a última cola fresca. Serge bebeu um gole da sua bebida e limpou a mão à t-shirt velha que tinha vestido assim que tinha chegado. "Despedida? Estava a estranhar a ausência dele, mas não sabia que tinha ido embora de vez."

Michael suspirou enquanto ignorava os gritos provenientes da cozinha e contou a história do curso de Verão que o seu amigo James estava a tirar em Inglaterra.

"Isso é muito bom para ele. Éducation primeiro, sempre."

Michael sorriu enquanto escolhia os Nachos que lhe pareciam ter uma consistência mais rija da tigela. "Fala o grande primo que desistiu do liceu para ir numa digressão." Serge anuiu e levantou a lata de cola numa espécie de brinde.

"Apanhaste-me. Mas já terminei o liceu primo. E agora estou encaminhado. Tenho emprego como júnior numa empresa da área bancária e tudo corre de feição."

Michael correspondeu o brinde do seu primo, agora com entusiasmo. "Fico contente primo." deu um gole na cola e pôs a taça de Nachos em cima da mesa de centro. Estavam todos moles. Precisava de abastecer o seu stock urgentemente. "Então e... les filles?" Mike raspou no francês com um sotaque terrível e Serge sorriu.

"Sabes como é, umas aqui, outras ali..." Piscou-lhe o olho. "Nenhuma permanente!" Mas Mike notou um desconforto quanto à menção de raparigas por parte do seu primo. Talvez algo tivesse acontecido e ele não quisesse entrar em pormenores. Fosse o que fosse, não iria pressionar o assunto.

Ed escolheu esse preciso momento para se sentar no pufe preto que fazia parte da decoração da casa de Mike, e agarrou na taça de Nachos. "Então Serge, o que te trás por aqui amigo?"

"Onde está o Vic?" A pergunta de Mike vinha carregada de apreensão. Sempre que Ed e Vic andavam às turras um com o outro, geralmente os seus móveis e decoração acabavam por arcar com as consequências.

Ed encheu a mão de Nachos e abanou a mão que tinha a lata de cola no ar. "Oh, foi buscar cola à garagem."

Mike suspirou enquanto levava a mão à testa. "O que é que partiram desta vez...?"

Ed cuspiu os Nachos que tinha acabado de enfiar na boca de volta para a taça. "Que nojo! Estão moles." Fez três caretas de seguida e engoliu metade da lata de um só gole. Depois fingiu achar algo interessante no chão quando o olhar de Mike não o largava.

"Ed?"

"Oh, está bem! Foi sem querer! O cabeça dura do Vic partiu a tua taça de cereais..." Ed encolheu-se no puff.

"A taça com o meu nome?"

"Essa mesmo..."

"Vais comprar-me uma nova."

"Mas Mike!"

Michael levantou-se e dirigiu-se à cozinha para avaliar os danos. "Nada de mas! Ou tu ou o Vic! Quero uma taça que diga 'propriedade de Michael, não mexer' antes do final do mês."

Ed suspirou enquanto murmurava pragas rogadas quase em silêncio. Depois apercebeu-se da presença de Serge e voltou a sorrir. "Estavas a dizer-me porque é que tinhas vindo visitar-nos."

Serge apertou a lata vazia numa mão e encolheu os ombros. "Oh, sabes como é... vacances, amis, tudo o que vocês me proporcionam no Verão!"

"Então e o teu trabalho, estás de férias?"

"Sim, tenho três semanas de férias, vai dar para uma bela diversão, hein?"

"Ed!" Veio o grito urgente da cozinha. "A minha taça está intacta... onde é que está o meu Garfield que odeia as segundas-feiras que costumo ter em cima da bancada?"

Ed encolheu-se no pufe e suspirou. "Ups..."

-*-

"Um contrato de um ano com uma editora? Isso é exceptionnel!"

Michael anuiu euforicamente enquanto apontava para o papel estendido em cima da mesa. "E é só no final de Agosto, o que nos dá imenso tempo para ensaiarmos juntos. E dá para tu tirares o pó às articulações, cota. Há quanto tempo não tocas mesmo?"

Serge coçou a cabeça e sorriu de lado. "Oh, talvez há um ano e pouco. Às vezes brinco um pouco com a bateria, mas um tipo sozinho num sótão não é bem a mesma coisa do que quatro tipos sozinhos numa garagem." Gargalhou enquanto voltava a olhar para o papel. "Na praia? Isso é muito longe?"

"Fica a uma hora de caminho, mais coisa menos coisa."

"Ah, já sei onde é!" Serge sorriu. "Passámos lá um Verão quando éramos miúdos, não foi?"

Michael esticou os pés no sofá enquanto dobrava as mãos atrás da cabeça. "Yap. Fomos com o Vic e a família dele. Fomos para casa dos pais da..." Michael fechou os olhos e levou o indicador aos lábios. Um humm murmurado escapou-lhe dos lábios enquanto o moreno se perdia em pensamentos.

"Cousin, em que estás a pensar?"

"Verás." Mike colocou as mãos em frente à boca numa concha e encheu os pulmões de ar. "VICTOR!!" Esperou uns segundos até ouvir a porta da garagem a abrir e a cabeça despenteada de Victor a espreitar.

"Que se passa, meu? Interrompeste-me mesmo quando estava a ganhar!" Michael encolheu os ombros mostrando o seu nulo interesse quanto ao jogo dos amigos. Poderia ser Basket, poderia ser Futebol. Poderia até ser aos berlindes. Ed e Vic tornavam qualquer coisa numa disputa ou numa aposta. E Mike gostava de se manter afastado dessas brincadeiras, principalmente porque acabava sempre por ser arrastado, mesmo sem querer.

"Vic chega aqui." Victor rosnou e murmurou alguma coisa enquanto se arrastava até ao centro da sala. "Lembras-te do último Verão que o Serge esteve aqui?"

"Vagamente... estivemos na praia?"

Mike anuiu. "Certo. Estávamos com os teus pais."

Vic sentou-se. "Sim. Eles ainda estavam juntos, eu lembro-me. Estivemos na casa de praia dos pais da Patricia."

"Yap."

Vic olhou o seu amigo com desconfiança. "Era só isso que me querias perguntar? Porque me parece que te lembras de todos os pormenores, logo a minha presença aqui é supérflua... porque te estás a rir, Mike?"

"Vic... e que tal se telefonasses à Patricia e lhe perguntasses se podíamos ir passar o Verão na casa de praia dela?"

Vic levantou-se de um pulo e levou a mão à cabeça. "Ah não, Mike. Nem penses! Sabes que não posso!"

"Porque não?"

"Porque o meu pai quer juntar-me com a Patricia à força toda! E eu não quero, e ela não quer e uma coisa destas iria mandar a mensagem errada! Não podemos alugar um apartamento ou acampar?"

"Meu, achas mesmo que a esta altura do campeonato vai haver alguma casa disponível para alugar? Está toda a gente de férias!"

Vic passeava impacientemente de um lado para o outro da sala enquanto coçava a cabeça. "Deve haver qualquer coisa... tem de haver."

"Estás à vontade para procurar, amigo, mas duvido que encontres algo. Não te esqueças do concurso..."

Vic afundou o traseiro no sofá enquanto soltava o maior suspiro do mundo através dos seus lábios finos. Levou a mão aos olhos e pressionou com força. "Okay. Eu posso fazer isso."

Mike sorriu. "Telefonar à Patricia?"

"Nop." Vic levantou-se de um pulo e procurou o portátil pré-histórico de Mike. "Encontrar um apartamento para passarmos o Verão."

-*-

"Já encontraste alguma coisa?" Mike vasculhava os armários da cozinha por algo comestível para fazer para o jantar. Não lhe apetecia pizza de novo e o seu primo Serge estava em casa, logo teria de apresentar um jantar mais estilo refeição e menos estilo ração de guerra.

"Quase." Vic respondeu, a sua voz abafada pelos dedos em frente aos lábios.

"Estás a dizer quase há duas horas. Admite a derrota e telefona à Patricia." Mike fez uma careta quando abriu a gaveta do frigorífico e em vez de procurar qual vegetal (ou animal) é que estava a soltar um cheiro tão terrível, pegou em todos os conteúdos da gaveta e deitou-os para o saco do lixo. "Devia mesmo limpar isto mais vezes..."

"Ou arranjar uma namorada que faça isso por ti." Rematou Ed que voltava da casa de banho. "Alguma coisa interessante?" Parou em cima do ombro de Vic com os olhos colados no ecrã.

"Quase." Vic continuava a clicar seguinte na interminável lista de apartamentos para alugar na praia, mas ou eram muito caros, ou eram espeluncas inabitáveis ou eram perfeitos! Mas já estavam alugados. Não queria pensar na possibilidade de ligar à Patricia pois isso iria dar um gozo enorme ao seu pai, mas essa parecia ser a única solução. "Ed. Podes parar de respirar no meu ombro? É incomodativo."

"Quase." Respondeu Ed numa imitação perfeita de Vic.

"J'arrive!" Serge escancarava a porta e entrava pela sala adentro com vários sacos de cartão nos braços.

"Tu saíste?" Ed perguntou

"Onde foste?" Mike dirigiu-se ao seu primo enquanto o ajudava com as compras.

"Buscar algo comestível para preparar o jantar. Já olhaste para o interior do teu frigorífico? E os teus armários? Devias mesmo limpar a casa de vez em quando..."

"Ou arranjar uma namorada para o fazer." Ed repetiu.

"Meu, sabes que isso pode ser ofensivo para a maioria das raparigas?"

"Desculpa Vic, não queria ofender-te." Gargalhou Ed enquanto se desviava do tapete do rato que foi utilizado como arma de arremesso.

"Já encontraste algo Vic?"

"Mike! Estou quase!"

"Desiste Vic..." Michael olhava um vegetal branco que parecia uma mão pois tinha paus verdes (dedos!) no topo. "O que é isto?"

Serge arrematou-lhe o vegetal da mão e colocou-o em cima da bancada. "Funcho."

"E isso?" Apontou outro vegetal.

"Beringela." Serge suspirou. "Sinceramente cousin, nunca viste um vegetal à frente?"

"Sem ser enlatado ou conservado em vinagre, nem por isso!" Disse Mike enquanto encolhia os ombros

"E no entanto estás em boa forma." Olhou para o tecto. "Céus, afinal ainda há milagres."

"Achei!!" O grito estridente de Victor abalou todos os presentes que se reuniram à volta do pequeno sofá com estofos verdes gastos. "Olhem, está livre!" Victor começou a abrir as fotos de uma casa que parecia fantástica e nem tinha um preço muito elevado. Um verdadeiro achado.

"Meu... estou a ter uma sensação de Déja Vu..." Mike exclamou enquanto entortava a cabeça para ver a foto da casa de banho melhor.

"É. E isso é porque já aí estivemos." Ed plantou um calduço no cachaço de Vic e franziu o sobrolho. "Isso é a casa da Patricia, génio, por isso pára de pesquisar e liga-lhe logo!" Levou os braços ao ar e agarrou numa cenoura meio descascada que Serge segurava na mão. "Santa ignorância e teimosia! Eis o vosso filho!" Apontou a cenoura a Vic, fez um esgar de impaciência e mordeu a cenoura enquanto se deixava cair no sofá e fixava os olhos na televisão.

"Pois Vic... tinhas poupado tanto trabalho e paciência se tivesses ligado logo quando eu te disse..." Arrematou Mike que na verdade não queria esfregar um: 'eu bem te avisei' na cara do seu amigo, mas esfregou-o na mesma.

Serge deu uma palmada solidária nas costas de Vic e decidiu voltar ao jantar enquanto cantarolava uma qualquer canção em francês.

Vic suspirou, pegou no telefone e abriu o número de Patricia no visor. Olhou para o monitor do computador e franziu o cenho. O número não coincidia. Devia ser o da mãe, pai, ou um qualquer empregado da família Hawkins. Encolheu os ombros, suspirou e carregou no verde.

Depois do segundo toque ela atendeu. "Vic! Que se passa?"

"Olá Trish... está tudo bem?" Não queria soar tão resignado. Patricia era uma boa rapariga.

"Comigo sim mas tu estás estranho... Estiveste com o teu pai?" Vic passou a mão na cara e fechou os olhos. Ela era uma boa rapariga. Preocupava-se com ele, era carinhosa, simpática, bonita e rica. Deveria ser uma óptima namorada. Era boa com os empregados e tratava-os como iguais, não como servos. Adorava animais e tinha uma boa disposição contagiante. Deveria ser uma óptima esposa.

Vic fingiu uma gargalhada abafada. "Não... estou de ressaca." Ela era uma boa rapariga. Mas Vic não a amava e não queria, definitivamente, casar com ela. "Ouve Trish, estava a ver casas na praia para alugar no Verão e deparei-me com a tua. Não estou enganado, certo?"

"Oh, não, não estás! Afinal sempre aparece no site! Não tive nem uma única chamada de ninguém! Achei tão estranho que até baixei o preço! Mas ainda nada. És o meu primeiro interessado!" Gargalhou uma gargalhada tão repleta de juventude e inocência que Vic deu por si a sorrir com ela.

"Trish, sou o primeiro interessado porque eu sei o teu número. As outras pessoas não entendem que o número que lhes aparece no ecrã está errado."

O silêncio arrastou-se pelo fio de telefone durante alguns segundos. "Espera um segundo." Victor ouviu o teclar característico de um computador seguido de uma asneira meio comida e um suspiro de frustração. "Tens razão Vic! Como é que não reparei nisto antes? Que parvoíce..." Outro suspiro ao qual Vic não soube responder. "Bem, parece que tu tiveste sorte neste negócio! E bem, eu também, senão não tinha quem alugasse a casa! Para quando a queres?"

"Se puder ser já para amanhã era óptimo! E se puder ser até ao final do Verão, ainda melhor!" Talvez não devesse ter estado tão receoso de um simples telefonema. Estava a correr bem. Já não entendia a sua teimosia de há pouco.

"A partir de amanhã está óptimo. Mas não poderá ser até ao fim do Verão... Já combinei com a minha amiga Lizzie e a prima dela passarmos umas semanas em minha casa... desculpem..."

Agora foi a vez de Vic abafar uma asneira sentida. A última semana de Agosto era a semana do concurso. Era a semana principal. Tinham de estar na praia. Trish ouviu a tentativa falhada de Vic sussurrar o palavrão e gaguejou outra desculpa.

"Oh Vic... desculpa, a sério. Não queria estragar-te o Ver-... espera!" Victor distinguiu de novo o teclar do outro lado da linha. Mais uns segundos de dedos contra teclas rijas. Silêncio. E depois um gritinho ensurdecedor. "Ainda estás aí?"

"De certeza que uns graus mais surdo, mas ainda aqui."

"Bem, falei com a Liz e ela concordou comigo. Que tal ficarem em minha casa ao mesmo tempo que eu e a Liz e a prima dela?" Vic silenciou-se durante meros segundos e Trish começou a gaguejar. "É claro que pagarão apenas metade da renda e podemos dividir as despesas da comida... e sabes que a minha casa tem quartos suficientes para todos! Vais levar o Mike e o Ed, certo? Acho que cabemos todos e-..." Ela estava a divagar. E Vic não tinha escolha. Nem precisou perguntar aos seus amigos o que achavam quando a sua resposta já estava tão certa.

Não havia nem mais um sítio disponível para alugar. Ou passavam o Verão numa tenda na praia e corriam o risco de ser multados ou presos, ou passavam o Verão com três miúdas possivelmente giras e simpáticas?

Vic gostava de correr riscos. "Okay Trish. Está combinado então!" Riscos leves, claro.

"Mal posso esperar Vic! Talvez até vá mais cedo! Adeus! Estou ansiosa!"

Vic fitou o telefone que soltava um piiii contínuo e irritante agora que Patricia tinha desligado. "Yey, eu também..." Murmurou, resignado, e preparou-se para contar a notícia aos amigos.

Continua...

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Mensagem por Fox* Ter Jul 24, 2012 7:31 pm

Pandora! Novidades! Oh God, too much to handle! xD
1º, odeio quando começam com essas coisas, deixam-me toda baralhada e sem saber o que dizer! Ah, mas será que elas não se vão dar mesmo bem ou mais água vai correr por aqui?

Agora... Que hei de dizer destes meninos?
Adoro a ligação que têm entre eles! As piadas sempre a sair, o humor presente, tudo me lembra uma grande amizade! E conhecem-se bem e divertem-se! E até têm umas ótimas ideias para o Verão! E até me estão a deixar curiosa e super extasiada para o momento em que se reunirão todos na praia! Dear Lord, I said it was too much to handle!
Quero mais! Não, espera, risca isso, preciso de mais!
Beijinhos :D
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Mensagem por Nitaa Sáb Set 08, 2012 4:30 pm

Isto anda mesmo rodeado de amores e desamores :P
Será que esta Tish vai fazer alguma coisa???? Estou curiosa!
Quando puderes, posta mais!! (:
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Mensagem por PandoraTheVampire Qui Set 13, 2012 2:43 pm

Nop, não é um capítulo, é só uma resposta às duas meninas e um promessa de um novo capítulo brevemente (o meu brevemente pode ser um pouco mais longo do que o das pessoas normais...).

Por isso, Fox, vamos lá ver se eles se irão dar bem ou não... quem sabe... ainda não conheces a amiga Lizzie e a sua prima... ehehehe... *esfrega as mãos de contentamento* Ainda muita tinta vai correr Fox! Btw, talvez seja neste próximo capítulo que os rapazes e as raparigas se vão, finalmente, conhecer... Já era tempo não? Obrigada por seres sempre fiel Fox! ^^

Nitaa andas desaparecida não andas moça? Espero que tenha sido só as férias e que voltes para nós depressa! :D Vamos lá ver o que vai acontecer com a Trish e as suas amigas... com a minha mente perturbada nunca se sabe! xD Obrigada pelo comentário!

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Mensagem por CatariinaG' Qui Set 13, 2012 4:31 pm

Finalmente tive tempo de ler isto!!!
ADOREI!
Dud, a sério... faz lembrar os tempos de liceu *-*
Bem que podiam alugar uma casa assombrada, ou assim xD
Continua! Quero ver os arranjinhos que vais armar ;)
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Out 22, 2012 2:05 am

Spoiler:

Okay, sei que este cap é pequenino, mas queria mesmo postar qualquer coisa hoje e já é tarde para escrever mais! Espero que gostem, okay? :p


Capítulo 9 - A Loirinha e o Riquinho

"Estou exausta! A praia cansa-me!" Rita largou a toalha para cima do sofá e deixou-se cair na poltrona ao lado.

"Rita! Sai daí de cima! Ainda estás molhada! E tira-me a porcaria da toalha de cima do sofá que já estás a encher tudo de areia e ainda nem estamos aqui há um dia!" Angela apontava um dedo à morena enquanto as outras duas entravam com passinhos leves tentado desviar-se de uma espingarda pronta a disparar.

"Até parece que não és tu que limpas a casa! Sujas tudo como se não te custasse a limpar!" Angela agarrava Rita por um braço enquanto a empurrava para a varanda.

"Au, au, au!" A morena arrastava-se atrás da ruiva tentando não tropeçar nos próprios pés. "A varanda? Ange!! É só a toalha que tem areia! E u estou limpa!" Exclamou enquanto grossas pingas de água salgada salpicavam o chão quente do alpendre.

Angela semicerrou os olhos sabendo que não precisaria de acrescentar nem uma palavra quando o chuveiro que era o cabelo da Rita estava a fazer um trabalho tão bom a ganhar o argumento e fechou-lhe a porta de correr na cara.

Rita bufou de exasperação e deixou a sua cabeça embater no vidro da porta.

"Estás a sujar o vidro!!" Foi a resposta de dentro de casa.

"Agh!" Rita levantou os braços e virou-se de rompante. "Deves estar com o período..." Murmurou para ninguém enquanto pontapeava uma espreguiçadeira em direcção à parte esquerda da varanda, onde estava o sol a bater.

"Isso não é uma coisa muita simpática para se dizer de uma amiga..."

Rita congelou no lugar por um nanossegundo. "John..." Içou o olhar por cima dos óculos escuros e encarou com o moreno que a fitava do fundo das escadas do alpendre. Tinha o cabelo a pingar e estava só de calções de banho. A morena sentiu um arrepio involuntário pela espinha acima e sentou-se quando as pernas começaram a bambolear. "Que bons ventos de trazem?"

Para um dia tão quente, as suas palavras tinham conseguido carregar consigo uma boa dose de gelo. Ela sorriu com a sua conquista, ainda que pequena.

"Oh, fui dar um mergulho e vinha para casa a pensar em ti. Que coincidência estares mesmo aqui."

"Sim, imensa. Eu nem estou a morar aqui nem nada." O gelo continuava lá, mas o calor também. Ouviu passos e levantou a cabeça enquanto levantava os óculos de sol. "Onda pensas que vais? Não te convidei a entrar." John subia os degraus com um sorriso charmoso estampado na face e Rita mordeu o lábio inferior quando vislumbrou as covinhas que tanto gostava.

"Ora, Rita, não te faças de difícil." John aproximou-se e a morena sentou-se de rompante. Estava prestes a levantar-se quando o moreno se sentou e lhe prendeu os pulsos contra a cadeira. "Porque é que julgas que podes fugir de mim?" Rita abriu a boca para responder. Queria dizer-lhe que ele a tinha magoado, queria dizer-lhe que ele a tinha tratado como lixo, queria dizer-lhe que não era rapariga para ser usada como ele a usou, queria chorar e berrar e bater-lhe enquanto lhe gritava que ele era reles e um patife e que lhe tinha roubado toda a dignidade. Mas a única coisa que conseguiu pronunciar foi um gorgolejo engasgado que se prendeu na garganta e lhe secou a língua e os lábios.

Ele aproximou-se e Rita sentiu-lhe o calor dos lábios. A sua respiração quente e mentolada contra a sua face. Os seus olhos picavam e podia jurar que tinha suor a escorrer-lhe pelos olhos. Ou talvez fossem lágrimas... "Sabes perfeitamente que eu não te sou indiferente... Fomos feitos um para o outro."

John continuava a sorrir e o seu sorriso era hipnotizante. Sempre o fora. Ele levantou uma mão, soltando-a no processo, mas Rita não tentou fugir. O moreno tirou os óculos escuros da morena e fitou-lhe os olhos verdes. "Serás sempre minha." Aproximou-se levemente enquanto as palavras ressoavam como campainhas na cabeça de Rita. A possessão com que aquela simples frase tinha sido pronunciada espalhou pequenos bichinhos de dúvidas e memórias na mente da morena, mas ela queria a todo o custo ignorá-los. Os lábios de John eram tão quentes e macios e estavam mesmo ali... a um centímetro dos seus...

"Rita!"

O grito de Carrie despertou-a e Rita levantou-se enquanto empurrava John. "Tenho de ir." Virou-se e correu para dentro de casa. Tinha a face molhada. Sabia que estava lavada em lágrimas e que tinha, de novo, o coração despedaçado. Não lhe tinha bastado o mal que ele já lhe tinha feito? Ainda estava pronta para mais dor e desilusão?

Carrie fechou a porta atrás da Rita enquanto lançava um olhar mortífero ao moreno que apenas sorriu e se encaminhou para os degraus. "O que é que foi aquilo?"

"Ias beijá-lo?" Cat comentou enquanto secava o cabelo com uma toalha. Tinha acabado de sair do banho.

"Rita! O que é que se passou ali fora?" Carrie insistia. A morena abanou a cabeça e correu escadas acima.

"Não quero falar sobre isso!" Passou por Angela a correr e a pingar o chão, desta vez com lágrimas ao invés de água do mar mas Angela não tinha vontade nenhuma de a repreender.

-*-

Carrie e Cat tinham preparado uma lasanha para o jantar. Não daquelas pré-preparadas que é só colocar no forno, mas sim uma lasanha caseira com bastante molho de tomate e queijo derretido por cima. Angela tinha preparado uma salada de alface e uma de pimento grelhado para acompanhar enquanto Rita punha a mesa distraidamente e dobrava guardanapos em forma de leque para ter algo com que se entreter.

Quando por fim se sentaram para jantar, cochicharam sobre isto e aquilo e sobre a praia e o que tinha mudado mas Rita continuava silenciosa. Nenhuma das amigas quis tocar no assunto. Sabiam que a morena falaria do sucedido quando o quisesse fazer, ninguém a queria pressionar.

Foi quando estavam a lavar a louça que a bolha rebentou.

"Ele apareceu de repente... eu não estava à espera. Ele não me deixou levantar da cadeira e..." Rita esfregou o pírex da lasanha com força tentando descolar os bocados de massa agarrada. "E... e quando me tentou beijar eu não tive vontade de fugir." A morena inspirou fundo e mordeu o lábio inferior nunca tirando os olhos da esponja amarela e verde. "Eu sei que sou parva mas... mas..."

Cat que estava ao seu lado a passar a louça por água, desligou a água e abraçou-a com as mãos molhadas e tudo. "Não fiques assim, minorca. Podia acontecer a qualquer uma de nós."

Carrie deu-lhe umas palmadinhas no topo da cabeça de forma condescendente e sorriu um meio sorriso. "É. Podia ter acontecido a qualquer uma de vocês." Descartou-se com um piscar de olho. "Mas não lhe podes dar esse tipo de confiança. Lembro-me perfeitamente do estado em que ficaste quando vocês terminaram..."

"Ainda estou para saber o que é que aconteceu verdadeiramente... nunca te descoseste em relação a isso." Cat ponderava para tentar animar a sua irmã.

"Aposto que ele te traiu. Não precisas de te sentir envergonhada, podes contar."

Rita sorria. Estava levemente recuperada dos acontecimentos do dia. Preparava-se para abrir a boca quando um estilhaçar as despertou às três para a realidade. "Ange!"

Angela segurava o pano que estava a utilizar para limpar os pratos enquanto aos seus pés jazia os cacos do que seria, seguramente, um dos ditos utensílios. A sua cara contorcia-se num misto de tristeza e desespero. "A culpa foi minha! Eu é que te mandei para a rua! Se não fosse eu isto nunca tinha acontecido e tu tinhas ficado em casa e não estavas neste estado agora!"

"Angie?" Rita limpou as mãos no avental e aproximou-se da ruiva enquanto se desviava dos cacos brancos. "A culpa não foi tua. Se não estivesse na rua ele tocava à campainha. Se não fosse hoje, era amanhã. Sabemos como ele é. A culpa não é tua, parva!"

Angie soltou um pequeno sorriso sem qualquer confiança e fungou.

"A única coisa de que és culpada é de partires um dos pratos da mãe da Car e isso, minha cara, não tem desculpa..."

As amigas riram-se enquanto o ambiente pesado se começava a dissipar.

"E agora quem é que vai limpar isto?" Angie comentou meio resmungando.

A morena sorriu, "Oh Ange... espera até veres o estado em que deixei a casa de banho!"

-*-

"É cedo!"

Rita resmungava enquanto carregava no travão para deixar uma velhota com andarilho atravessar a passadeira.

"Achas que é mesmo seguro deixá-la guiar a esta hora? Ela é bem capaz de adormecer..." Carrie comentou para Cat no banco de trás.

"Ei, ela é que insistiu!"

"Porque é que estamos na cidade tão cedo, mesmo? Podia estar a dormir uma bela de uma sesta debaixo do chapéu de sol na praia..." Rita buzinou quando a velha adormeceu no meio da passadeira. "Pois agora refila! Estavas a dormir!"

"Preciso de combinar umas coisas com o Peter..." Carrie não conseguiu esconder o leve rubor que lhe subiu à face.

Cat sorriu manhosamente e deu-lhe um encontrão. "Claro, claro. Nós sabemos..."

"E," Car continuou enquanto ignorava os comentários das suas amigas. "Temos de comprar peixe para o almoço."

"Porque raio temos de comprar peixe agora?" Rita resmungava enquanto começava, finalmente a andar de novo.

"Er... o mercado é de manhã...?" Angie tentou não soar muito condescendente, sem qualquer sucesso.

"Piadinha..." Rita carregou no travão de repente quando o carro da frente travou. "Ahh!" Infelizmente não foram a tempo e o choque aconteceu, ainda que ao de leve.

"Ele não tinha travões, o idiota!" Carrie comentava aos berros enquanto desesperava por encontrar o botão que lhe soltava o cinto de segurança. Rita continuava agarrada ao volante tentando acalmar o bater do seu coração.

"Eu bati?"

Cat anuiu. "Ya, minorca. Mas foi só ao de leve. Vamos ver os estragos." Já conseguiam ouvir os gritos de Carrie que tinha saltado do carro tão depressa quanto uma mola.

"Seu idiota, mentecapto! Andas com um carro sem travões, que irresponsabilidade!"

"Ei, ei! Achas que é mesmo necessário esses insultos todos, loirinha?" O rapaz que a encarava não podia ser muito mais velho que ela. Tinha o cabelo quase rapado e uns óculos da moda que lhe tapavam os olhos. Olhava-a com um sorriso matreiro.

"Loirinha?"

Rita assobiou enquanto Angela caminhou para o meio dos dois tentando evitar qualquer contacto físico. Os amigos do rapaz também saíram do carro e um deles tentou apaziguar a situação da mesma maneira que Angie.

"Car, tem calma, okay?" Angela sorria tentativamente.

"Ed, acho que podemos resolver isto a bem, está?" Um rapaz pequeno e moreno falou quase ao mesmo tempo que Angie.

"Saí da minha frente Vic!"

"Angie, agora não!"

A resposta de ambos foi em uníssono e conseguiu o efeito desejado: afastar os seus amigos.

Carrie apontou o dedo a Ed que estava agora a meio metro dela. "A quem é que julgas que estás a chamar loirinha? Riquinho!" Car sorriu e colocou a mão na cintura.

"Riquinho? Tens uma grande lata para uma miúda tão gira!"

Angela e Vic olhavam de um para o outro e abriam a boca de vez em quando tentando falar mas sem sucesso já que Carrie e Ed não davam descanso. Enquanto isso, um outro rapaz veio ter com Rita que estava a olhar a situação de olhos esbugalhados.

"Olá." O moreno coçou a cabeça e sorriu-lhe. "Desculpa o meu amigo. Ele consegue ser um pouco exaltado."

Rita também lhe sorriu. "É. Estou a ver. A minha amiga também não encarna o Dalai Lama com facilidade..."

"Sou o Mike."

"Rita."

Sabia que devia estar preocupada com o carro e com a discussão que estava a acontecer em frente aos seus olhos, mas só conseguia pensar que este Mike era um tipo bem giro.

"E tu tens um ego enorme para um tipo tão bem-parecido!"

"Ah sim? E tu tens uma voz súper irritante para uma rapariga tão sexy!"

O cenho de Rita franziu-se ao mesmo tempo que o de Mike. "Eles... eles estão a insultar-se com elogios?"

Mike gargalhou alto e com vontade. "Parece que sim. Quase que sinto as faíscas daqui. Talvez fosse melhor irmos lá separá-los..."

Rita encostou-se ao carro enquanto sorria. "Sim." Ambos ficaram parados a ver a discussão. "Vamos só ver até onde é que isto vai..."

"Aposto que se despem em via pública." Mike comentou com um sorriso e um estender de mão em jeito de aposta.

Rita sorriu. "Hum... acho que não. Mas aposto num arfar apressado de respirações e de um agarrar furioso/excitado pelo meio." Apertou-lhe a mão com um piscar de olho.

"Uau. Explícita."

"Faço por isso." Largou-lhe a mão e continuou a fitar a cena.

Ele tinha a mão macia e quente e ela não conseguia parar de sorrir.

Continua...

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Mensagem por Fox* Seg Out 22, 2012 5:40 pm

Oh Pandora, demorou mas valeu a pena!
O quanto eu me ri com estes insultos/elogios na via pública! E estes amigos todos juntos e reencontrados (no caso do ex!) só podem trazer uma ótima confusão! Nem sei o que gosto mais na fic...
Se os diálogos, o passado de cada uma das personagens ou os momentos que têm em conjunto... E quem diria que um choque iria levar a uma situação tão caricata? :D
E pronto, lá fico eu à espera de um capítulo quando tu ainda vais escrever sobre todas as outras situações que se passam nesta fic menos esta aqui!
I'm sad xD
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Mensagem por CatariinaG' Seg Out 22, 2012 9:48 pm

AMEI...
só há uma coisa...
A reacção da Angie... ha qualquer coisa que nao bate certo, ou é mesmo so a minha dor de cabeça?

ADOREI!
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Mensagem por miaDamphyr Qui Out 25, 2012 3:33 pm

Eu adoro os diálogos Pandy, incríveis. Só espero que não demores mais, porque agora quero saber o que se segue, e ui, a Rita cheira a algo.. mãos macias e sorrisos. Lool. Beijos
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