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Veritaserum: Capítulo 1

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Veritaserum: Capítulo 1  Empty Veritaserum: Capítulo 1

Mensagem por Delirium Sáb Out 20, 2012 12:00 am

Resumo:. Snape não morre na batalha final. Em vez disso é trazido por Hermione e Ron para a enfermaria. De volta para frequentar o último ano de aulas, Harry pensa que agora vai puder finalmente descansar. Mas engana-se. Depois de beber Veritaserum não estará o seu maior segredo em perigo de ser revelado? HxS, Slash.

Aviso: Slash (male x male), Harry x Snape, conteúdo maturo e alguns palavrões.

Disclaimer: Harry Potter pretence exclusivamente a J.K Rowling. Não tenciono ganhar nenhum lucro com isso.

Veritaserum

Everyone leaves me stranded
Forgotten, abandoned, left behind
I can't stay here another night

Your secret admirer
Who could it be

Ooh, Can't you see
All along it was me
How can you be so blind
As to see right through me

- Evanescence "Taking Over Me"

Snape girou a sua varinha no ar e as palavras "Poção para Dormir" apareceram gravadas a giz no quadro preto. Esperou uns minutos fixando o seu olhar lúgubre em cada um dos alunos para se certificar que prestavam atenção e, após uma pausa que pareceu a Harry demorar uma eternidade, perguntou:

- Alguém sabe como é feita uma Poção para Dormir?

Se esta aula demorar muito mais tempo a acabar eu é que vou precisar de uma Poção para me ajudar a adormecer… - sussurrou Ron baixinho arrancado uma risadinha dos Gryffindor a seu lado.

- Porquê que o Mr. Potter não nos elucida acerca do seu modo de preparo? Já que parece achar muita graça – pediu Snape maldosamente. Da distância onde estava Harry viu os seus olhos brilharem de ódio.

Não se tinha rido do professor em circunstância alguma com medo de apanhar um castigo ou de contribuir para que a sua casa perdesse pontos. Não era preciso dar nenhum motivo ao Snape para lhe odiar, ele simplesmente fazia-o sistematicamente. Quando Harry julgava que, à medida que os anos passavam, o ódio de Snape por ele iria ameninar ele crescia, como uma erva de galinha que não importa o quanto seja arrancada cresce mais vigorosamente.

- Não sei… Senhor – respondeu Harry tentando transmitir uma imagem calma. Prometera antes de esta aula começar que não ia deixar que ele o afectasse mais.

- Tão eloquente com as palavras como sempre Potter – ironizou Snape.

Alguns Slytherin da mesa de trás desataram-se a rir mas Harry fez o melhor para os ignorar mesmo sabendo que sentia-se a ferver por dentro. Não se ia dar ao luxo de o satisfazer. Mas mesmo assim não queria dizer que não doesse. Sentiu uma punhalada forte no coração. Não importava o quanto mentia para si mesmo isso não alterava em nada a verdade. Podia-se não se preocupar pelos risos de escárnio dos Slytherin, estava habituado à muito a ser ridicularizado pelo Dudley, embora o professor de poções achasse que era um garoto mimado. O que não suportava era os olhos inflamados de raiva de Snape.

- Alguém sabe a resposta? – inquiriu Snape aborrecidamnete.

Hermione foi a única a levantar a mão. Abanava-a freneticamente no ar e por pouco não se levantou da cadeira e se pôs em bicos dos pés. Era óbvio que sabia a resposta mas Snape, no entanto, fez os possíveis por ignorá-la como se uma mosca se tratasse.

- Abram o livro na página setenta e nove e anotem aquilo que vos vou dizer. A Poção para Dormir foi inventada no século três e foi aperfeiçoada ao longo dos próximos séculos para ter a consistência que tem hoje. Contém propriedades relaxantes que permitem que a pessoa que a tome adormece passados uns minutos. Para isso basta apenas três gotas do preparado. Para fazer-se um frasco de meio litro usa-se um ramo de valeriana…

Harry suprimiu um bochecho e virou-se para se certificar o quê que os Slytherin andavam a fazer. A natureza ensinara-lhe que quando andavam muito silenciosos não era coisa boa. Draco sussurrava baixinho ao ouvido de Goyle mas Harry não conseguiu ouvir o quê que dizia. Se ao menos Snape se calasse… Virou-se novamente para o professor que não dera sinais de perceber que Harry não estava a tomar atenção. Olhou para o homem à sua frente nos olhos. Os cabelos escorria-lhe pelo rosto e os lábios finos comprimiam-se num esgar. Não conseguia entender o quê que a sua mãe vira nele. A sua cara permanentemente congelada parecia tornar difícil adivinhar-se me quê que ele estava a pensar. Será que ela alguma vez o tinha beijado? Pensou em como seria sentir a pressão dos seus lábios nos seus e ouvir a sua voz aveludada sussurrar-lhe coisas ao ouvido… Definitivamente não queria continuar esta linha de pensamento.

- Têm vinte minutos para prepara a poção – avisou o professor de poções. Os ingredientes estão na prateleira atrás da minha secretária. Alguma dúvida?

Depois, virando-se para Harry, disse:

- Potter, vais-te sentar na fila do meio ao lado do Seamus. Não queremos que a tua amiga te segrede o modo de preparo, como sempre.

Harry alevantou-se sem dizer nada, evitando fazer contacto visual com Snape. Pegou na sacola com os seus livros e veio sentar-se ao lado do Seamus. Não ouvira praticamente nada da explicação de Snape acerca da poção para dormir mas tinha a esperança que poderia encontrar alguma coisa no livro de poções. Folhou-o nervosamente mas não encontrou nada que já não soubesse. Se tirasse novamente "mau" a poções desistiria da disciplina. Que diferença fazia passar a poções? O Ministério da Magia prometera que todos os que participaram na batalha contra o Voldemort tinham passado obrigatoriamente no teste de prática para se ser Auror. Que maior teste poderia haver para além de matar um dos feiticeiros mais poderosos da história da magia? Arrepiou-se ao pensar que o seu nome iria aparecer nos livros de história da magia.

Já tinham passados dez minutos e ele começou a se sentir preocupado. Porque não tinha prestado atenção ao que Snape dissera? Concentrou-se nas palavras que ouvira vagamente ditas da boca do professor e conseguiu recordar pelo menos alguns ingredientes. Pôs o caldeirão em cima da mesa e começou a cortar as folhas de valeriana em pedaço pequenos. Juntou-lhes dois pares de olhos de sapos, que a Harry faziam lembrar os olhos de Travor e adicionou malva. A poção tinha uma cor dourada um pouco diferente da cor laranja pretendida mas não estava nada mal comparado com outras poções que já fizera. Lembrou-se que faltava cortar um bolbo de mandrágora em quatro rodelas.

Já eram quase duas e meia quando se levantou e veio procurar as mandrágoras no armário. Encontrou duas na prateleira do meio.

Snape rondava a sala com a sua capa negra a arrastar no chão, avaliando as poções dos Gryffindor da fila de trás, quando o cadeirão de Neville começou a fumegar perigosamente e a poção começou a esguichar no ar fazendo lembrar uma erupção vulcânica. A rapariga que estava a seu lado deu um gritinho nervoso. Uma parte do conteúdo quente quase acertou no seu braço, fazendo-a pôr-se de pé.

- Longbottom, o quê que fizestes desta vez? Pedi-te apenas para fazer uma simples Poção para Dormir mas fostes capaz de sai-te pior que o Potter – sibilou perigosamente baixo. As suas pupilas tinham-se dilatado fazendo-lhe lembrar-se de um homem doido. Não queria ser o Neville naquela situação.

- Eu não fiz nada. Só mexi a poção como o senhor disse – desculpou-se Neville soluçando baixinho. Suores escorriam-lhe pela cara a baixo e a sua pele estava cor de papel.

- No sentido contrário dos ponteiros dos relógios?

- Não? - respondeu como que a perguntar, apertando o Trevor de encontro ao peito.

- E relembra-me… Não estavas aqui quando eu disse expressamente que era para girar na direcção contrária aos ponteiros do relógio?

- Sim, Senhor… - murmurou baixinho

- Menos quarenta pontos para os Gryffindor pela sua idiotice e quero-te fora daqui, Longbottom, antes que estragues mais alguma coisa.

Neville começou a arrumar rapidamente e saiu da sala de cabeça baixa.

Na sala de aula, um murmúrio crescente começou a subir de intensidade por parte da turma em geral. Tirar tantos pontos aos Gryffindor parecia uma injustiça. Neville já tinha estragado muitas poções mas este era o último ano e toda a gente esperara que ele tivesse ficado melhor… ou que pelo menos Snape se tivesse tornado melhor.

Harry virou-se novamente para a secretária e começou a separa o bolbo da mandrágora quando sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

- O bolbo deve ser cortado em tiras muitos finas e esmigalhado formando uma substância semelhante a pó. Usa a navalha mais pequena com um cabo de madeira. A arte das poções é extremamente complexa e sem dúvida que para alguém como o rapaz dourado possa parecer tudo semelhante.

Enquanto cortava o bolbo em tiras finas o seu coração não parava de martelar, pressionando-lhe o seu peito. As suas mãos tremiam perigosamente e uma onda de calor percorreu-lhe o corpo. Tentou abrir a boca mas a sua voz parecia reticente em sair.

- O quê que se passa, Potter? Como medo de mim?

Talvez se não tivesses o corpo premido às minhas costas ou se a tua voz não suasse tão… sedutora não tivesse nenhum motivo para ter medo de ti, pensou. Estava cada vez mais perdendo o controlo da situação. O seu corpo queimava e todo o calor estava a dirigir-se para regiões mais baixas. Parecia como se o professor atrás de si fosse capaz de acender uma centelha de fogo que ameaçava carbonizá-lo por inteiro. E o hálito quente, que causava-lhe uma comichão agradável no pescoço, não estava a ajudar nada.

Concentrou-se no trabalho à sua frente e foi com alívio que sentiu Snape afastar-se uns passos de si dando-lhe espaço para poder respirar com calma. Se todas as aulas fossem como estas sabia que estava metido numa alhada. Para além do ódio declarado que sentia por ele sabia que havia alguma coisa no professor de poções que fazia com que o seu estômago andasse à roda e as suas mãos não parassem de tremer. Era como andar numa montanha russa. Onde o prazer e o medo diluíam-se num só.

- Acabou o tempo – disse Snape batendo com a varinha ao de leve na superfície da sua secretária. – Vamos começar pelo Potter e ver o quê que desta vez correu mal…

Harry ignorou-lhe enquanto o feiticeiro passava entre as fileiras de cadeiras até chegar até à sua secretária. Achava que tinha feito tudo certo desta vez mas com Snape não se podia ter a certeza. Hermione lançou-lhe um olhar tranquilizante e ele retribuiu-lhe um sorriso pequeno.

Com uma colher, Snape provou um pouco do conteúdo do seu caldeirão. Harry arriscou olhar-lhe nos olhos e o que viu não lhe agradou nada. Os seus lábios finos transformaram-se num esgar cruel.

- O quê que adicionastes à poção. Pusestes erva-do-diabo?

- Eu pus tudo exactamente como o Senhor disse – respondeu Harry sentindo-se um pouco irritado. – Quando eu faço tudo certo tens de arranchar sempre uma desculpa para me criticares!

- Vinte pontos a menos para os Gryffindor. Abre a mala Potter, antes que apanhes uma detenção de duas semanas.

Estava quase na hora da aula acabar e Harry sentiu vários pares de olhos cravados nas suas costas. Não tinha feito nada de mal mas mais uma vez o Sape inventara um motivo para gritar com ele. A sua irritação, acumulada ao longo da aula subiu-lhe à cabeça. Fez os possíveis por comprimir os seus lábios evitando arranjar mais problemas para si.

Tirou vários pergaminhos vazios, o livro de Feitiços, uma pena de escrever e outros quantos objectos para fora da sacola quando olhou espantado para o fundo dela. Por debaixo de uma caixa de doces dos duques, que recebera como presente de Miss Weasley por "convencer" o Ron a voltar e acabar o último ano, havia um frasco de poções que continha um líquido púrpura. O primeiro instinto de Harry foi tentar escondê-lo. Com uma mão suada empurrou-o mais para fundo da mala tentando ignorar o olhar penetrante de Snape na sua cara.

- Está tudo aqui. Poderia me dizer o que estás a procurar? Se eu soubesse talvez pudesse dar uma ajuda… - ofereceu-se inocentemente, tentando manter a calma. Não era possível que Snape fizesse o seu coração bater por vários motivos numa única aula. Debateu-se numa tentativa de parecer o mais normal possível.

Snape não disse nada. Agarrou bruscamente a mala de Harry antes que este tivesse tempo de reagir e virou-a ao contrário, fazendo com que o frasco caísse pesadamente em cima da mesa.

Após um silêncio, em que o professor saboreava cruelmente a sua vitória, disse: - Gostava de saber o quê que a Directora diria se soubesse que havia um ladrão entre os seus alunos. Principalmente alguém que se julga tão importante como tu, Potter, por teres derrotado o Senhor das Trevas sem muito esforço.

- Eu dei a minha vida para que o Voldemort estivesse morto. Raios! Gostaria de saber se todas as pessoas fariam isso no meu lugar – retorquiu indignadamente Harry, levantando-se da cadeira. – Posso ter tido a ajuda de pessoas mais experientes que eu, algumas destas nem estão vivas, mas…

- Poupa o teu discurso para quem o quer ouvir. Aqui tens de me responder a mim. E eu quero saber o quê que um dos frascos de Beladona, que foram roubados recentemente, está a fazer na tua posse.

- Não fui eu que o roubei!

- Não mintas! Quero saber onde pusestes o outro antes que arranje forma de te expulsar desta escola. Que te faltava um mínimo de subtilidade e que eras incompetente a poções eu já o sabia mas agora também te dedicas a roubar poções? Talvez julgastes que tudo o que existe nesta escola está à tua disponibilidade mas receio informar-te que isso não é verdade. Não tens autorização para invadires o meu escritório e roubares as minhas poções – Snape trazia uma expressão carregada de ódio que não lhe agradava.

- Não fui eu! Deve ter sido alguém que a pôs aqui!

Defendeu-se o melhor que podes mas sabia que o morcego não lhe daria ouvidos. Odiava-o desde a primeira vez que o vira e reconhecera nele os cabelos cor de corvo, revirados, os óculos arqueados e os traços faciais característicos do seu pai. Em muito se sentira orgulhoso ao saber que toda a gente o achava parecido com o seu progenitor. Mas se estas semelhanças tinham sido responsáveis pelo ódio que o homem à sua frente lhe administrava já não tinha tanta certeza. Queria ser olhado com compreensão, com amor… Queria poder retribuir este olhar sem ver nojo estampado na cara do outro. Nem sentir o seu coração transformar-se em cinzas.

- Que oportuno. Não pensastes numa desculpa melhor? – ironizou Snape. – Por culpa do vosso colega vão ter de fazer um trabalho de casa extra sobre a Beladona e as suas características. Podem encontrar mais informação na página cento e dois. E tu Potter… - disse aborrecidamente, sem se dignar a olhá-lo nos olhos. – Para além do trabalho de casa vais ter detenção comigo hoje, depois do jantar.

Só hoje? De alguma forma não acreditava muito. Tinha sorte se não tivesse detenção para o resto da sua vida.

A campainha tocou e os alunos apreçaram-se a sair, tendo em conta o facto de o professor estar especialmente maldisposto hoje. Alguns lançaram-lhe um olhar zangado e afastaram-se dele. Iria ser culpado para o resto da vida pela expulsão de humor de Snape. Mas podia viver com isso.

Juntou-se com Ron e Hermione ao atravessar o limiar da porta. Hermione lançava-lhe um sorriso tranquilizador. Porque que toda a gente tinha pena dele? Percorreram juntos o corredor sem disserem nada e subiram as escadas que davam para a torre dos Gryffindor. Ron acalmou-o:

- Já sabes como é que este filho da mãe é, pá. Está sempre à procura de motivos para nos tirar mais pontos. Por ele nós vivíamos na detenção. Mas só por ele não ter uma vida não…

- Ron! – exclamou Hermione escandalizada. – Que raio de linguagem é esta. Somos perfeitos é suposto dar-mos um exemplo…

- Mas é verdade! – retorquiu Ron mas ao ver que Harmione mantinha um olhar indignado tentou mudar de assunto. – De qualquer forma não percebo porquê que não fostes escolhido como perfeito, Harry – disse virando a cabeça para Harry que arrasava os pés aborrecidamente. - Se matar o Voldemort não foi suficiente então não sei o que é preciso fazer.

- Foi uma bênção. De qualquer forma não estava interessado. Ser perfeito é uma grande responsabilidade e depois de tudo o que aconteceu só quero descansar.

- Porquê que não pedistes ao Snape, Potter? Ou tratas-lhe por Severus? – troçou Draco aparecendo ao fundo das escadas. Estava acompanhado por Goile, Zabini e um pequeno grupo de raparigas dos Slytherin que se desataram a rir e apontar para eles. Alguns alunos que passavam no corredor pararam para ver melhor o que se passava.

- Vai dar uma volta Malfoy – disse Harry mal humoradamente. Já tinha muita coisa para aturar e agora tinha que ouvir os disparates de Draco.

- Não tenho medo de ti. Ou vais pedir ao professor Snape para te salvar sempre? Ouvi dizer que ele já não precisa de ti depois do quem-nós-sabemos…

- O quê que estás para aí a dizer? Eu nunca precisei de ninguém para me salvar ao contrário de ti ou já te esqueceste do quê que aconteceu antes da batalha?

- Cala a boca, Potter… Estou-te avisando – respondeu perigosamente Malfoy. O seu sorriso trocista deu lugar a um esgar de ódio. As raparigas atrás dele pararam de cochichar para ouvir melhor o quê que eles diziam.

- Estás-te a sentir menos corajoso depois do Crabbe ter morrido? – respondeu sem pensar. As palavras saíram-lhe da boca num tumulto de raiva. Sentia-se estremecer de ódio. Detestava genuinamente o rapaz à sua frente. O muro que tinha posto em seu redor, protegendo-o, estava prestes a desmoronar. Draco pontapeava-o e quebrava-o com as suas palavras amargas. Depois de tudo o que tinha feito por ele… Havia pessoas que eram incapazes de mudar.

Draco alevantou a varinha em sinal de ataque mas Hermione foi mais rápida. Lançou-lhe um feitiço de imobilizar que o fez ficar pregado ao chão. Goyle e Zabini olhavam para ele com um olhar assustado em dúvida do quê que haveriam de fazer.

- Se voltarem a atacar-nos vou dizer à Professora Mcgonagall – respondeu-lhe Hermione esganiçadamente. Harry estava tanto contente com ela que nem se deu ao trabalho de lhe insinuar que de alguma forma ela soava um pouco infantil. Sentia vontade de abraça-la e de levanta-la do chão. Mas pensando nisso decidiu por não o fazer. Não queria arranjar problemas com o Ron.

O resto da tarde passou lentamente. Harry entreteu-se a jogar xadrez com Ron mas acabou por perder as três partidas. Andava distraído e com dificuldade em concentrar-se. Não podia deixar de pensar nos olhos cor de ónix de Snape que contrastavam com a pele cor de porcelana emoldurada por cabelos escuros e escorregadios. Havia alguma coisa no professor de poções que fazia-o sentir-se diferente. Quente por dentre enquanto uma corrente de emoções passavam pelo seu corpo. Felizmente que ninguém pareceu notar nisso para além de Hermione que era especialmente perspicaz e que lhe lançava agora um olhar aguçado. Com medo que a rapariga adivinhasse o que lhe passava pela cabeça, se bem que duvidasse, tentou distrair o cérebro de Hermione para algo bem mais produtivo.

- Hermione não temos trabalho de Transfigurações para fazer? – perguntou inocentemente.

- Ó meu deus! Tens razão Harry. Porque não me lembrastes mais cedo? Este trabalho envolve muita pesquisa e vamos precisar de umas boas horas para o terminar…

Ron prontificaram-se a inventar uma desculpa para não se juntar mas Harry não teve nenhum problema com isso. O trabalho de Transfiguração apresentava-lhe uma desculpa para se concentrar em outro assunto que não Snape.

Quando por fim o sol começou a pôr-se por de trás dos cumes, deixando uma mancha de amarelo cintilante sobre o horizonte, o trio dourado dirigiu-se ao Grande Salão.

Sentou-se na mesa dos Gryffindor em frente a Hermione e Ron arriscando um olhar na direcção da mesa do corpo docente. Snape estava lá. Com o seus lábios finos que formavam um esgar permanentemente azedo. Os olhos negros profundos do professor pareciam querer inspeccionar-lhe a alma. Um calor brotou do seu peito acendendo uma faísca no seu coração. Imaginava como saberiam aqueles lábios sobre os seus tentando devorar-lhe a boca, penetrando-a com a sua língua molhada.

- Está tudo bem contigo, Harry? – perguntou Hermione preocupada. – Ainda não tocastes na tua comida.

Harry apercebeu-se que respirava com dificuldade. Afastou o rosto corado do de Snape e poisou os olhos no estufado, repentinamente muito interessado em remexê-lo nervosamente com o garfo.

- Parece que vou apanhar uma constipação.

- Numa altura muito má. Duvido que o bastardo seboso te deixe faltar à detenção – disse Ron cabisbaixo. – Felizmente que não te pôs de detenção durante o mês inteiro senão ia ser muito difícil para apareceres nos treinos de Quidditch e não falta muito para o jogo com os Ravenclaw.

Lá isso era verdade. Ele sentiu-se animar. Nada melhor do que Quidditch para lhe levantar a moral. Discutiu com Ron as últimas ideias que tivera e as fraquezas, em particular, de cada um dos seus adversários.

Várias corujas entraram abruptamente pelas janelas do refeitório circulando as paredes de pedra, voando a pico sobre as mesas das diversas casas. A coruja que a Miss Weasley comprara para Ron, como recompensa por não ter morrido, deixou cair um exemplar da última edição do Profeta Diário sobre a sua cabeça. Lembrava-lhe a Harry da sua coruja, embora esta fosse alva com a neve e também muito menos distraída. Ron chamara-lhe Pidgeotto mas Hermione e Harry chamavam-lhe secretamente Piggy devido ao seu peso um pouco invulgar.

Ron agarrou o jornal embaraçado. Os seus olhos focaram-se imediatamente na capa. Revirou as páginas nervosamente até chegar aonde pretendia.

- O quê que se passa, Ron? – perguntou Harry agitadamente. Algures, no meio do salão, podiam-se ouvir risinhos mal contidos. Pansy Parkinson, inclusivo, desatou a rir histericamente calando-se apenas quando a directora lhe lançou um olhar assassino.

A cara de Ron mais parecia um tomate e os seus globos oculares ocupavam virtualmente metade das suas compleições. Hermione arriscou uma olhadela por cima dos seus ombros.

- Não ligues a nada disso. É um milagre como ainda existe pessoas que dão ouvidos ao que a Rita Skeeter diz – falou lentamente Hermione lançando-lhe um olhar de pena.

- Se o Profeta Diário diz alguma coisa acerca de mim eu tenho direito a saber! Passem-me o jornal – pediu Harry furioso.

- Harry é melhor não… - tentou dizer Ron mas Harry foi mais rápido e arrancou-lhe o jornal das suas mãos.

Podia-se ler na sétima página a negrito: Snape, vilão ou Herói? Será tão inocente como Harry Potter o fez querer?

"Severus Snape, correntemente professor de poções em Hogwarts, colaborou com o Quem-nós-sabemos em vários ataques a membros do Ministério e autorizou a entrada de Devoradores da Morte para leccionar em Hogwarts no ano subsequente ao assassinato de Albus Dumbledor. Segundo o próprio Harry Potter foi Snape que se encarregou de matar o antigo Director de Hogwarts. Mas o quê que o fez mudar de ideias?

Miss Andrey Scott, mãe de duas raparigas que faleceram na Batalha de Hogwarts, disse:

- Não sei porquê que Harry Potter defendeu aquele monstro diante do Ministério da Magia. Seja o quê que foi que o rapaz viu nas memórias dele. Não acredito que tivesse realmente um significado relevante. Snape, quando era director, autorizou que diversos professores Devoradores da Morte torturassem alunos. Acredito que o Ministério queria acreditar naquilo que o Mister Potter lhes disse depois de tudo o que ele fez pelo mundo da feitiçaria.

Questionada do porquê que o rapaz maravilha queria defender o professor de poção que, segundo se ouve dizer, nunca se deu muito bem com ele Scott apenas responde:

- Não sei ao certo. Harry Potter fez muito por nós mais não nos podemos esquecer que ainda é muito novo e inocente. Acredito que se possa ter enganado.

Mas uma segunda fonte anónima adianta mais pormenores.

- Os pais de Harry Potter morreram quando ainda era muito novo. Creio que sempre necessitou de uma figura paternal. Harry acreditou que Snape pudesse desempenhar esse papel. A sua mãe, Lily Potter, sempre se dera bem com o professor de poções antes deste se virar para a magia negra. Até, segundo se consta chegaram a ter um caso muito ligeiro. Talvez o rapaz tenha visto nele o mesmo que a sua mãe.

Precisaria dele de uma figura paternal ou de um companheiro de romance?

- Tudo começou de uma forma muito inocente é claro – respondeu-me seguramente. – O rapaz precisava de um pai e cedo se sentiu atraído pelo poder que o outro tinha sobre ele. Severus Snape aproveitou-se dele. Tinha em mente utilizá-lo em seu favor. Começou a pedir para que o rapaz ficasse para depois das aulas e começou a fazer avanços nele. Eram encontros frutíferos, a meio da noite e Snape tinha de inventar desculpas constante para o rapaz encontrar-se no seu escritório a horas tão tardias. Harry Potter ficou cada vez mais dependente e manipulado. Maltratado pelos seus familiares Muggles acreditou que era amado pela primeira vez sem se ter conta da diferença de idade chocante. Provavelmente Snape planeava utilizá-lo numa situação desse género.

Perguntei-lhe então com tinha a certeza de todos estes pormenores insólitos.

- Trabalho em Hogwarts é tudo o que posso dizer – respondeu misteriosamente.

Uma onda de raiva percorreu-lhe o corpo fazendo-o tremer. Levantou-se da mesa com tanta força que os estudantes em seu redor arriscaram um olhar na sua direcção.

Estava farto de todo o mundo.

- Harry, não é preciso… esquece…

- Vou-me embora – grunhiu mal humoradamente.

- Deixa-o em paz ele precisa de tempo para si. Se tivessem escrito isso acerca de mim…

Mas Harry não ouviu o quê que Ron continuou a dizer. Saiu do Grande Salão apressadamente, sem se arriscar a lançar uma olhadela na direcção da mesa dos professores. Saberia Snape acerca disso? Se o soubesse talvez isso justificasse os olhares que o lançara no jantar como se tivesse tentado penetrar na sua mente. Talvez suspeitasse que Harry já tivesse lido o Profeta diário.

Nunca mais leria aquele lixo. Estava farto de ser humilhado embora julgasse que aquele ano seria diferente, depois de ter morto Voldemort. Enganara-se.

Raios! Não queria ter de voltar de enfrentar os colegas. Não queria ter que encarar ninguém e ver os seus sorrisos zombeteiros na cara. Decidiu-se a faltar às primeiras aulas do próximo dia. Tinha começado o termo por isso dificilmente perderia algo de muito relevante e Hermione disponibilizar-lhe-ia, como sempre, os apontamentos das lições.

Se tudo fosse assim tão simples… Quase se esquecera. Tinha detenção hoje às oito e meia. A última coisa que queria neste momento era ter de aguentar com o olhar calculista de Snape e os seus sorrisos sardónicos. Muito menos agora depois de tudo o que acontecera.

Olhou para o relógio de pulso. Eram apenas oito horas. Tinha ainda meia hora para se recompor antes da detenção. Os alunos eram autorizados a vaguear pelos corredores até às dez horas embora quase todos se encontrasse ainda no Grande Salão.

Dirigiu-se a correr para o Dormitório onde estaria mais sossegado. Pelo caminho caiu das escadas e fez figura de parvo diante da Dama Gorda. A mão ardia-lhe provocando-lhe uma comichão intensa e dolorida.

Harry sentou-se na sua cama do Dormitório. Estava completamente vazio e uma aragem húmida entrava pela janela na parede em sua frente. Sentia-se sozinho. Uma dor intensa apertava-lhe o peito fazendo com que tivesse dificuldade em falar. Porquê que tinha-se de sentir assim tanto abandonado? Não era aquele rapaz que Rita Skeeter descrevera. Que precisa constantemente de atenção e carinho. Pelo menos não julgava que era até agora. Veio-lhe à cabeça a imagem de Draco. Ele tivera sempre amigos à usa volta a apoia-lo mesmo depois de os seus pais terem sido presos. Era verdade que o número de Slytherin reduzira drasticamente mas não o suficiente para que ele tivesse sido deixado sozinho. Ainda tinha Zabini, Crabbe, Pansy Parkinson e uma mão cheia de filhos de Devoradores da Morte. Todos a rirem-se dele. O que fizera para merecer isso? Afina nem bastava salvar o mundo da bruxaria.

Gotas de lágrimas quentes começaram a escorrer pela sua face abaixo. Olhou-se ao espelho. O seu cabelo rebelde estava mais despenteado que o normal e os seus olhos vermelhos e inchados. As suas pontas dos dedos deslizaram pelo seu cabelo numa tentativa de o pôr com um aspecto mais apresentável. Depois dos seus cabelos revoltados amansarem lavou a cara com água fria e obrigou-se a voltar a olhar para o espelho.

Porquê que Snape o odiava? Teria a cara demasia parecida com a do seu pai? Apostava que Snape nunca olhara par si com prazer. Desejando-lhe agarrar prelos braços e puxá-lo em direcção à cama como ele sonhara. Sentia as suas entranhas a revirar-se de encontro ao seu estômago provocando-lhe uma sensação de náusea.

Eram quase oito e meia. Agarrou na sacola e guardou no fundo o manto da invisibilidade, junto do mapa dos salteadores. Não queria chegar atrasado à detenção e arranjar outro motivo para o professor se chatear.

O gabinete de Snape, junto aos seus aposentos, ficava nos calaboiços, a zona mais deprimente do castelo. Hoje dava-se por contente por isso. Não tivera-se de deparar com ninguém a partir do momento que descera as escadas para o último andar.

Bateu duas vezes à porta antes de ouvir a voz grave de Snape.

- Entra Potter. Estás atrasado três minutos. Eras para estar aqui às oito e meia. Dez pontos a menos para os Gryfinddor.

Harry olhou para o seu relógio de pulso. Eram oito e meia em ponto. Maldito! Quando deixaria de descontar nele?

Um manto negro estendia-se sobre a sala mergulhando-a em sombras. A pouca luz que iluminava a sala provinha da lareira de pedra escura e dos candelabros espalhados ao longo da sala, fazendo com que os olhos de Harry começassem a picar. As colecções de jarros com conteúdos estranhos, que se alinhavam ao longo das prateleiras que cobriram grande parte das paredes do escritório, pareciam ter duplicado de número desde a última vez que lá estivera. No centro da sala encontrava-se uma mesa de magno escuro.

- Bem, tens aqui os testes da turma dos Gryffindor do primeiro ano. Verás que as suas notas desastrosas assemelham-se às tuas – ironizou Snape fixando-lhe nos olhos intensamente fazendo com que Harry corasse, sem saber ao certo se de vergonha ou outro sentimento… Obrigou-se a fixá-lo nos olhos. – Quero que anotes os resultados obtidos e que os escrevas nesta grelha – explicou monotonamente fazendo com que a sua varinha deslizasse entre os seus dedos. Um maço de folhas de papel agitaram-se no ar caindo com um baque à sua frente, em cima da mesa circular.

- Para que são estas outras folhas, Senhor?

- Quando acabares quero que faças o mesmo para as composições do segundo ano.

Harry tinha um pressentimento que chegaria ao quarto exausto. Ao menos não teria de catalogar novamente os recipientes viscosos com animais mortos. Estava com sorte, tentou se convencer.

Aqueles alunos novatos passariam muitas noites em branco e muito tempo nervosos a dedicar-se a estudar Poções e a inventar desculpas aos seus pais para o porquê de tão mau desempenho. Tinha sorte que estes não fossem os seus. Não que o professor de poções confiasse nele o suficiente para lhe deixar perto dos testes do seu ano.

Conseguia ouvir nitidamente os passos de Snape atrás da cadeira onde se sentava. Um arrepio frio percorrer-lhe as costas.

- Senhor, já acabei – informou desconfortavelmente Harry. – Poço ir andando? Já passou da hora de recolher e eu poço arranjar sarilhos…

- Deixa-te ficar onde estás, Potter. Irei te escoltar de volta ao Dormitório e se o Filch te incomodar falarei com ele pessoalmente se for necessário – disse Snape. Harry conseguiu distinguir o tilintar de te talheres a ressoar do fundo do gabinete e o ranger do armário de poções, do canto da sala, a ser aberto.

Snape emergiu a seu lado e pôs uma chávena de chá fumegante à sua frente.

- Bebe-a antes que arrefeça. O chá tem umas gotas de visco que vão ajudar-te a curar a ferida no teu braço.

Harry olhou automaticamente para o seu braço. Já não se lembrava que o tinha magoado ao cair das escadas abaixo. A dor já tinha desaparecido dando lugar a uma sensação de dormência.

- Despacha-te e bebe, Potter. Tenho muita coisa a fazer esta noite e não tenho paciência para tomar conta de ti.

Deixou com que o líquido quente escorresse pela sua garganta a baixo. Sentia-se melhor, embora a chá amargasse um pouco.

- Quero que me respondas a verdade. Magoar-me-ia saber que tenho como aluno um ladrão – afirmou Snape com um sorriso torto a parecer-lhe no canto da sua boca. - Embora não tenha sido a tua primeira vez a arrombar o meu armário de poções pensei que ao contrário do teu querido pai tinhas crescido um pouco. Não sei como a Directora reagirá – acrescentou maldosamente. – Ela incutirá o castigo que achar necessário embora ache que já devias ter sido expulso à muito tempo.

- Não fui eu! Já lhe disse centenas de vezes. Para quê que havia de roubar Beladona se nem sei o que é? – articulou Harry, as palavras escorreram-lhe da boca sem lhe darem muito tempo para pensar.

- Devia saber que faltava-te inteligência para tal. Então nesse caso foi um dos teus amigos…

Sentia-se a afogar em desespero. Não importava o que disse-se Snape nunca acreditava nele. Preferia ouvir Draco e os outros da sua casa.

- Não sei de nada! – exclamou Harry irado. – Porquê que me odeia assim tanto? Não importa o que eu faço sinto que nunca vai gostar realmente de mim. Se eu não tivesse o rosto como o do meu pai gostaria de mim? Continuo a torturar-me com perguntas sem respostas sabendo que não importa o que eu faça nunca vai gostar de mim – arfou Harry. Uma torrente de palavras deslizavam-lhe abundantemente dos seus lábios. Não importava o que fizesse não conseguia parar.

Maldição! Snape drogara o seu chá com Veritaserum. Porquê fora tão estúpido ao ponto de o aceitar?

- Tu drogaste-me! - acusou-o Harry observando o sorriso malicioso de Snape aumentar de proporções. – Os Professores não podem drogar os seus alunos.

Ouve uma pausa na qual Snape avaliava-o com um olhar perplexo. Harry desejou com todas as forças que o homem à sua frente não fizesse a próxima pergunta ou ver-se-ia a obrigado a responder a verdade. Ele sentiu um peso de encontro ao peito, apertando-lhe e remexendo-lhe até lhe provocar náuseas.

-Devo deduzir que gostas de mim? O teu professor de poções que passas a vida a amaldiçoar e insultar? – gozou agora abertamente Snape, com o seu sorriso de escárnio.

- Eu quero-te e sempre te desejei desde o momento que te vi deitado no chão no meio de uma poça de sangue a olhares para mim e a me pedires para te olhar nos olhos desesperadamente. Agarraste-me pelos braços e um calor brotou do meu peito. Senti-me lívido e desesperado porque neste momento percebi que não queria que morresses.

Um silêncio prolongado fez-se sentir entre os dois.

Snape levantou-se da cadeira à sua frente e caminhou na sua direcção.

- O quê que estás a fazer?

- O que tu queres – Snape tentou mimicar a voz de Harry. – Põe-te de joelhos – ordenou rispidamente.

Vários pensamentos passaram ao mesmo tempo pela cabeça de Harry. Snape tentava humilha-lo. Tinha que sair dali imediatamente. Ainda vinha a tempo de emendar a situação. Claro que sempre viveria com vergonha por Snape saber o seu maior segredo mas ainda podia evitar o pior: um coração partido. No entanto os seus pés continuavam pregados ao chão.

O seu corpo moveu-se contra a sua vontade como uma marioneta e, antes de dar por si, ajoelhara-se em frente ao professor.

Desejava-o. Queria nem que seja uma vez experimentar sentir-se amado.

As mãos de Snape agarraram-lhe pelos ombros mantendo-o ajoelhado em sua frente. Harry brincou com o fecho da braguilha abrindo-a lentamente. Baixou as calças, fazendo-as deslizar pelos quadris a baixo, revelando as cuecas negras. Exprimidas de encontro às cuecas Harry conseguiu deslindar os contornos do membro erecto de Snape. Passou os seus dedos pelo tecido altercando círculos invisíveis com pressões momentâneas sobre o membro.

Era invadido por uma corrente eléctrica que fazia o seu coração martelasse, derramando pontadas agudas sobre ele.

Olhou Snape nos olhos. Para além da sua respiração ligeiramente ofegante não conseguiu distinguir qualquer sinal de prazer súbito. Havia uma sombra escura que enublava os poços escuros dos seus olhos. Mas o seu sorriso de escárnio malicioso ainda estava colado de encontro à sua cara.

A porta bateu furiosamente ecoando pela sala. Snape apressou-se a levantar e a puxar as calças para cima. Ainda se podia ver os trajos molhados de saliva que Harry deixara nas cuecas.

Harry levantou-se atarantado e ofegante tentando acalmar a sua respiração a todo o custo. Podia ouvir a porta a abrir e a voz de Draco a saudar o professor.

- Desculpe tê-lo interrompido, senhor, não sabia que tinha companhia… - disse fixando os olhos gozosos em Harry. Ele iria pagar por isso mais tarde, tinha a certeza. – Peeves provocou um incêndio na aula norte e a professora Sprout precisa da sua ajuda para o conter.

- Eu já vou lá ter – respondeu-lhe Snape monotonamente. Seria aquele homem capaz de sentir prazer por alguma coisa? – Potter - chamou-lhe fixando-o nos olhos. – Fica aqui. Ainda não acabámos.

Snape saiu do seu gabinete deixando-o atarantado. Ele sentiu um peso de encontro ao peito e uma onda de excitação percorrer-lhe o corpo. O quê que iria fazer?

FIM

Deixem um review por favor. Se não tiverem tempo basta um smile.


N/A: Espero que gostem do primeiro capítulo. :oops: Não sei ao certo quantos vão ser mas estou a contar com mais de vinte. :) A fanfic está a ser correntemente publicada em http://www.fanfiction.net/s/8487877/1/Veritaserum podem lá deixar um comentário mesmo que não tenham conta. ;)
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Veritaserum: Capítulo 1  Empty Re: Veritaserum: Capítulo 1

Mensagem por Kyra Satsuki Ter Nov 06, 2012 10:57 am

Ola!!!!

Nunca fui muito fã de Harry&Snape, talvez porque todas as Fics que li sobre o shipper nunca me cativaram.
Gostei bastante!! espero ansiosamente por mais capitulos!! :)
Kyra Satsuki
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