Um negro anjo sob a noite estrelada

No prado,
Sob o negrume da noite,
Brilhando baço
Pela luz da Lua,

Estendes teu corpo morno,
Nu sobre o prado de gelo,
Um anjo na escuridão gelada,
Uma alma vibrando de paixão;

Mas tua mente voa longe,
Abrindo as asas para o Além,
Onde com a tua amada te encontras,
Onde com ela pernoitas.

Quem ta levou e porquê,
Desejo eu saber...
Porque te torna isso não meu
E ao mesmo tempo une o meu coração ao teu?

Mas tu confundes-te na noite,
Revelando em ti negrume, escuridão.
Caíste para os infernos,
Quando ela ao céu ascendeu.

Mas aqui,
Nesta negra noite estrelada,
Quem te observa e quem te ama,
Sou eu.

A imagem do prado sob a luz prateada da lua é fantástica! Gostei muito disso e da antítese entre as três "personagens", o rapaz, a amada que ele perdeu e "tu", a voz poética que o ama.
A última estrofe está muito bonita!

Merci merci ^^