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O Colector de Almas

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O Colector de Almas Empty O Colector de Almas

Mensagem por miaDamphyr Ter Ago 07, 2012 6:15 pm

N/A:
- Este é o meu novo longshot ( não tão novo visto que o escrevi há já algum tempo, por isso decidi postar porque tenho muitos capítulos em avanço).
- Prometo tentar postar com frequência, e saber dosear o pouco tempo que me resta.
- É Longshot porque serão quatro livros com personagens diferentes, embora que interligadas entre si.
- E sim, eu amo vampiros.

Classificação: 18+
Gêneros: Fantasia, Ação, Mistério, Romance, Death fic.
Avisos: Sexo, Violência, Linguagem imprópria.

Disclaimer:

Esta fic, a cidade de Lianzi e os personagens me pertencem. Qualquer similaridade com uma outra história ou com a realidade (quase impossível) é pura coincidência. Bem, já sabem que o plágio é crime, e a falta de criatividade é triste.


SINOPSE 1

Apaixonada pelo colega e instrutor de ballet, Deana esconde uma paixão há muito reprimida e não acredita que entre ela e Millan Parker poderá acontecer algo mais para além de troca de olhares. Ele é muito recatado, enfatado e engomadinho e ela não tem coragem suficiente para se aproximar e se declarar.
O que ela não esperava era que um estranho a salvasse da morte e que o mesmo começasse a segui-la, despertando um certo interesse. Zrich é misterioso, e Deana fará de tudo para o desvendar, sem saber que dele depende a sua vida e a sua morte.

SINOPSE 2


- Os Intermédios foram escalados para trabalhar no meio, e intermediar a relação e questões sobre a cidade de Lianzi – a cidade sem sol. Cada um deles tem o seu trabalho, mas Zrich recebeu o pior: Colectar almas. Todos aqueles que escaparam da morte por algum motivo, ele deverá cobrar a alma para manter a calma no inferno. É o oposto do seu irmão gémeo, Divo, que tem o trabalho de dar a vida, trazer alegria para os humanos e criar uma nova geração.
Marcado por castigos e destinado a não ter sentimentos para além da raiva que sente pelo seu irmão, Zrich acidentalmente e mesmo sem saber porquê, salva uma humana da morte. É-lhe dado dez dias para levar a alma de Deana, ou será extinguido para o Vão sem direito a reencarnação, e a aposentadoria pela qual sempre esperara. Ele corre então contra o tempo para executar a sua tarefa, mas as coisas só tendem a complicar-se quando se apaixona por ela. Agora os Ero-fills criam uma guerra contra o Oráculo pois Zrich por ser meio-vampiro e meio demónio foi impedido de sentir, tanto mais algo tão divino como o amor. Os céus querem outra audiência com o colector, o inferno reclama a sua alma, e Zrich terá de decidir.


- Os Intermédios.
O primeiro será Zrich!

well, se gostarem eu posto o prólogo.
Bisous.


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Mensagem por Fox* Qua Ago 08, 2012 11:02 am

Andas a ler J.R.Ward? Ou Sherilyn Kenyon? Não?
Juro que podia ter vindo de um das suas mentes, a história da apaixonada que é salva, o condenado que precisa de mais do que um milagre para ser salvo... Oh, as coisas estão a aquecer! E ainda vamos no início!
Eu compro! E vou ler avidamente :D
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Mensagem por miaDamphyr Qua Ago 08, 2012 6:59 pm

Tu deves ser daquelas que no supermercado carrega tudo, não? Lool.

Já tinha lido J. R. Ward, a sério que sempre procurava encontrar algo melhor nos seus livros, tem lá a sua graça mas tem partes que me desagradam de todo, e sim, posso dizer que a ideia de fazer um livro para cada um dos Intermédios veio de lá, lool. Não lhe posso tirar esse mérito.

Sherylin Kenyon? Terá algum caçador de sonhos por aí?? Eu quero um para mim, lool. Mas de verdade não tinha pensado nisso, ihihihi. Beijos.

Ahm sim, Obrigada por estar sempre aí desse lado. ❤
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Mensagem por miaDamphyr Sáb Ago 25, 2012 12:06 pm

PRÓLOGO

A chuva fustigava as ruas numa torrencial contínua que chegava a parecer infinita pela sua força e intensidade.
Os olhos escuros de Deana tentavam ver o que quer que fosse através da janela, mas de nada adiantava. Ver através de uma parede e por àquela janela não tinha diferença alguma. Era simplesmente impossível.
O frio era avassalador, percorria a espinha e as entranhas do corpo feminino e esguio. Nem a manta pesada a protegia de tamanho frio, este que por sua vez começava na angústia do seu coração e terminava em arrepios pela sua pele aveludada.
O relógio continuava o tique-taque e parecia acompanhar as batidas do seu coração num pulsar rítmico e repetitivo. Um estranho medo a preenchia, e era movido por um pressentimento causado pelo famoso sexto-sentido-feminino.
A lareira crepitava serena, a chuva não fazia menção de parar tão cedo e Deana continuava impávida, numa estranha espera que não sabia se a levaria para lado algum. Mas levou!
Assim que bateram na porta, ela levantou-se num salto que provavelmente teria vencido as Olimpíadas e entrado para o Guiness-book. Seu coração parou de bater e o frio outrora sentido desvaneceu-se como uma lufada de ar fresco. Nunca a sua desaconchegante sala preenchida por móveis do século I, e uma decoração da era dos Flinstones, lhe pareceu tão pequena para o seu giganorme corpo de um metro e setenta. Andou descalça até alcançar a porta de madeira, abriu-a, e nem sequer o vento frio serviu para arrefecer o seu corpo que agora borbulhava de calor.
Zrich estava ali parado, o seu corpo era maior que a porta, o qual teve de agachar para poder transpôr a sala. Ele estava completamente molhado, o cabelo a cair estava colado contra a sua testa, seus olhos estavam húmidos e ela não soube dizer se era da água da chuva. Ela tentou abraçá-lo, mas este esquivou-se.
― Deana ― A sua grossa e amargurada voz só serviu para piorar a dor que se instalara no peito dela por causa da rejeição. Zrich engoliu em seco e prolongou os segundos silenciosos, onde só se escutava o som da chuva a cair, antes de voltar a falar. ― Vim aqui apenas para te dizer que tenho vinte e quatro horas de vida e ― Colocou um dedo grande nos lábios carnudos dela, quando esta os abriu para protestar. Soltou um suspiro exasperado ao ler a tristeza em seus olhos. ― E quero que saibas que foste a pessoa mais importante da minha vida.
Deana ainda foi a tempo de ver o corpo dele começar a desintegrar-se em pequenas partículas de fumo negro e brilhante, até este desaparecer por inteiro. Para sempre!
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Mensagem por Fox* Dom Ago 26, 2012 10:39 pm

Eu tenho demasiado tempo livre, admito!
E também admito que a Ward me tem ganho em algumas descrições (e vampiros sedutores), mas acho-os parecidos ao Predador da Noite (os maus ganham-me, que posso fazer? xD)
Quanto ao capítulo...

Oh, que romântico. Posso ver que vão ficar felizes para sempre, tal foi a quantidade de felicidade com que nos brindaste aqui. Desde o tempo alegre e solarengo, à disposição e temperatura da sala, rematando com o encontro (desencontro? Despedida? Perdi-me xD) destes dois amantes, vê-se mesmo que tens aqui um romance bastante cor de rosa :D!
Estou a brincar, até porque gostei que não tivesses dado uma introdução "normal" mas, pelo contrários, nos levasses bem ao centro da intriga!
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Mensagem por miaDamphyr Ter Ago 28, 2012 5:05 pm

Ohh sim.. tempo livre.. sniff :'( um sonho distante. Lool.

Os predadores da noite, hum sim, por acaso gosto. Os maus? Ganham sempre. Ihiihihih. Adoro um bom vilão. (Ganda segredo).

Ohh sim minha Fox, quanta primavera e flores, e piqueniques e borboletas. (Tem mesmo a minha cara, não? Lool).

Ao que me parece foi uma despedida.., acredito que não é segredo para ninguém que eu sou adepta de finais infelizes. Muahahahahahhaa. (Do not believe in happy after ever) Maas hum, quem sabe o que o futuro disto nos reserva?
Lool, beijos minha querida e vamos lá ver o que acontece então.
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Mensagem por miaDamphyr Qua Set 12, 2012 8:44 pm

I. Capítulo Um

Uma nova era se aproximava, então, talvez o Oráculo o perdoasse e o livrasse daquela maldição. Não era preciso sentir para saber o mal que causava e a dor que espalhava pelo mundo. Ou uma parte dele.
Sempre tinha cumprido a sua tarefa sem falhar nem sequer uma vez. Era um exemplo a ser seguido pelos seus iguais, e se lhe tinham renovado o contracto durante vários séculos era porque fazia tudo certo. Esperava que desta vez lhe ortogassem a bendita aposentadoria.
Mil anos.
Durante mil anos aceitara a sua maldição, servira aos infernos e espalhara a morte. Uma definição para a morte? Simples. A morte é o fim da vida.
Se pudesse teria sorrido ao imaginar a cara furiosa do seu querido irmão gémeo. Este era o seu oposto, mas bem, isso era um outro assunto.
Do alto do prédio, os olhos verdes cristalinos observavam a cidade cintilante à sua volta. Havia uma mistura de sons, em particular o de motores de veículos de locomoção motora, entre música e gritos... causados por todo tipo de coisas possíveis. Mas Zrich do alto conseguia escutar ainda mais sons, como as ondas do mar situado do outro lado na costa da cidade, escutava choros, os lamentos, a dor, os navios a deslizarem pelo mar e a música que os marinheiros entoavam nas proas, isso, entre vários outros sons. Mas os que mais lhe irritavam eram os risos alegres e o choro de um recém nascido. Não sabia bem porquê, mas tal facto causava-lhe uma inquietação, uma boa desculpa seria talvez por se tratar da rivalidade que tinha com o seu irmão, sim, era exatamente isso.
Escutou as dozes badaladas do relógio a acusar a meia noite, um cão enorme e preto com asas, surgiu ao lado do Intermédio. Estava na hora de trabalhar. Vários cães iguais àquele mas num tamanho menor e em um estado vítreo voaram numa fumaça negra e brilhante, cada um para um lado, a fim de executar o mesmo de sempre: Espalhar a morte e colectar almas para que Zrich pudesse depositá-las no inferno. Por sua vez as almas boas escapavam de suas mãos e à condenação eterna nas brasas ardentes.
Ele deu um salto que teria sido mortal para qualquer um menos para ele que era a personificação da própria morte. O casaco preto de cabedal levantou-se como um pára quedas para amortecer a queda, o som das botas a embater contra o chão de cimento provocou um estrondo e uma nuvem de poeira elevou-se ao ar.
Estava na sua rua favorita por ser deserta e ajuda-lo a metamorfosear-se com a escuridão. Os seus passos largos e felinos transbordavam confiança e mostravam que poderia conseguir fulminar qualquer um apenas com o olhar. Zrich tinha uma estatura de dois metros distribuídos em músculos que inclusive assustava a maioria dos seguranças das casas noturnas de Lianzi.
Ele parou entre as sombras ao visualizar a cena a sua frente.
Um grito ecoou.


Para Deana a vida não passava de uma novela mexicana que era exibida todos os dias no horário nobre e ela era apenas uma simples figurante que deambulava mais uma vez pelas ruas da cidade de Lianzi. Naquela noite sentia-se frustrada e traída pois abdicara de muitas coisas para se tornar na estrela que nunca seria. Tinha se dado conta daquilo tardiamente e não tinha como voltar atrás. Vivia apenas para o ballet e nunca houvera espaço para mais nada. Nada!
Nem amigos, vida social, família ou o que quer que fosse. E agora parecia que tudo tinha sido em vão. Naquela noite após estar a treinar desde as seis da manhã tinham finalmente lhe dado a resposta sobre o bailado. Não ia ser solista mais uma vez, e aquilo destroçava-lhe por completo. Vinte anos de ballet e nenhum solo, mesmo quando todos acreditavam que ela era a melhor da academia. Deana tinha gritado com o seu instrutor, apesar de Millan Parker ser conhecido pela sua antipatia, o isolamento ao qual ela se tinha icubido por vezes dava-lhe algum tipo de ira-momento-bipolar onde alternava diariamente entre a boa e a má disposição, e isso também tinha sido uma das causas pela qual perdera a cabeça. Estava zangada e quase atirava tudo para o ar, mas agora que caminhava pela rua deserta e fria, percebia que tinha agido como uma criança ao sair de lá a correr e a choramingar, não teria coragem de enfrentar o instrutor e as colegas na manhã seguinte. Meneou a cabeça a bufar de raiva enquanto caminhava num passo apressado e irritado. Tanto que optara por uma via deserta para evitar o barulho da cidade. Outro erro, dado que Lianzi era conhecida pelo seu nível de criminalidade elevado ao extremo.
Deana ainda foi a tempo de apertar a bolsa para junto de si antes de sentir uma mão forte agarra-la com força e puxa-la para junto de um corpo obviamente masculino. Algo gelado e fino tocou-lhe o pescoço, e ela soltou um grito agudo e assustado pelo acontecimento inesperado. Seu coração acelerou as batidas e quando inalou o fedor que o outro corpo exalava, percebeu de imediato que ia morrer. Não era uma reação provocada pelo cérebro, era uma certeza. Merda! Nem sequer era uma sexta-feira treze. Lágrimas automáticas desceram dos olhos e lamberam-lhe a face.
― Prometo que não vais chorar nunca mais ― Sussurrou a voz que soltou um bafo fetido.
Ia ter a porcaria de uma morte lenta e dolorosa.
Deana abriu a boca para implorar mas o silêncio foi o seu som. No estado de choque ao qual se encontrava não conseguia emitir um pio que fosse. Sentiu a faca a enterrar-se no seu pescoço a mesma medida em que a outra mão livre do homem massageava um dos seus seios. O riso escarninho que este soltava doia ainda mais do que a faca que lhe fazia um corte profundo. Ela apenas chorava desesperada, rezou aos deuses com a pouca esperança que abalava qualquer ser humano em perigo, seu corpo tremia sem parar como varas verdes, o medo lhe tinha dominado.
― EI!! ― Escutou-se uma voz rouca e de algum modo, poderosa. ― Solte-a!
― Saia daqui se não ― E o homem não viveu para terminar.



As lembranças de início surgiam como pequenos fragmentos de poeira que ao tentar agarra-los se desvanecem com o vento. Lembrava-se de uma pequena discussão com o seu mentor de ballet, mas o estranho é que não se sentia furiosa com isso. Porquê seria? Aham, sim! Talvez por ter uma paixão platónica por àquele deus do ballet.
Abriu os olhos com certa dificuldade e um mau estar a invadiu por conta de ter a certeza que o seu cérebro lhe estava a ocultar algo. Sentia-se traida pelo próprio órgão vital e aquilo parecia sufocar-lhe.
― Deana? ― A voz de Aena era algo que jamais poderia esquecer. Ela era uma amiga inconveniente que estava sempre do seu lado mesmo quando ninguém a chamava. Se bem que naquele caso era diferente, a sua família nunca viria caso fosse chamada, nem mesmo para o seu funeral.
― Oh Aena, não morres tão cedo. ― Deana ironizou num murmúrio e sentiu uma forte dor de cabeça comparada a uma bomba atômica prestes a explodir o seu crânio. Bem, pelo menos não seria uma grande perda para a humanidade de alguém que só pensava em ballet, academia e...
― Ora, és mesmo tu. Aviso-te desde já que és tu quem não morre tão cedo. Escapaste da morte e de um bilhete de ida para o outro lado ― afirmou ela com os grandes olhos verdes fixos nela.
Deana fungou e soltou uma imprecação quando fechou os olhos de dor que sentiu quando todas as lembranças encheram a sua memória como uma chuva de asteróides. Lembrava-se agora da textura fria da faca no seu pescoço, do cheiro podre e da mão nojenta que lhe apalpava os seios. Sentiu um calafrio misturado com uma forte raiva, a mesma que por sua vez se rebelou contra o seu estômago provocando-lhe uma horrível sensação de mau estar e uma certa ânsia de vómito. E para piorar, ao ver os olhos de Aena lembrou-se do estranho homem do tamanho de um pequeno gigante, com uns vibrantes olhos verdes cristalinos que lembravam os de um gato.
― Onde estou? ― Deana finalmente teve àquela demorada óbvia reação e pela primeira vez olhou á sua volta. Estava num quarto branco, numa cama com lençóis azuis e uma seringa no braço que lhe transportava soro. Respirou fundo.
― Estás bem, foi apenas um choque minha querida. E um corte que vai deixar uma pequena marca, mas nada que a cirurgia, ou no teu caso de pobreza absoluta, a maquilhagem não resolva. ― Aena tossicou para aclarar a voz e afastou uma madeixa ruiva da frente, escondendo-a por trás da orelha. ― Bem, já não posso dizer o mesmo do teu agressor. O corpo foi encontrado separado da cabeça.
Deana soltou um grito de susto, cobriu a boca com as mãos trémulas. Não soube o que dizer, nem o que pensar. Protestou em surdina e seu corpo se rendeu ao conforto da cama, recostando-se.
― E o outro homem? ― perguntou. Seu rosto revelava confusão e Aena assentiu em silêncio que deveria se tratar do susto que esta levara. Passou-lhe uma mão pelos cabelos ondulados num movimento de compaixão que irritou Deana.
― Eram apenas vocês dois, pelo estado em que te encontravas, isto é, em choque, a polícia assumiu que se deveu ao que deves ter visto. De certeza que ainda vão te interrogar.
― Se eramos apenas dois, quem terá feito a decapitação ao agressor? ― A pergunta de Deana apanhara Aena desprevenida. O pior é que Deana não se lembrava de nada, se estava até agora assustada devia-se ao facto de pensar numa possível violação e numa morte iminente. Nada mais para além disso.
Os seus músculos retesaram-se pela força do cérebro para tentar se lembrar o que quer que fosse. De repente ecoou o aviso daquele homem estranho:
« Solte-a!»
Tamanha voz masculina, dura e firme.
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Mensagem por Fox* Qui Set 13, 2012 12:40 am

Ha ha (som semelhante ao Sherlock quando descobre algo completamente evidente)! Começamos bem.
Lembrou-me, durante algumas linhas, a Ward, mas afastei a ideia enquanto descrevias as personagens e o que estava a acontecer.
Gostei da imagem do Zrich no topo do edifício com os cães, à espera que as ordens da morte chegassem, gostei da forma como descreveste a Deana, sem vida social e dedicada a um sonho, mas gostei ainda mais de quando ele, intencionalmente (com intenção, isto faz sentido?! xD) a salvou! Tudo isto com umas comparações lá para o meio bastante divertidas :D!
Muito bem, Mia! Ótimo capítulo
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Mensagem por PandoraTheVampire Qui Set 13, 2012 2:39 pm

Mia, Mia, Mia... mas a tua imaginação não tem fim? Meus Deuses, onde vais buscar tantas ideias e podes passar algumas para este lado, por favor? Estou a adorar, adorei a segunda sinopse, resumiste a história lindamente e deixaste-me empolgada com o que ai vem. O prólogo tornou-se mais um prenuncio do que por aí virá e o primeiro capítulo foi mais que bom. Estou super curiosa e quero ver o que irá acontecer ;) Crias sempre mundos fantásticos Mia! ^^

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Mensagem por CatariinaG' Qui Set 13, 2012 4:33 pm

I'm in love with this story, i seriously am!!!
Please keeeeeeeeeeeeeep on!

e conheço muito destas:
― Deana? ― A voz de Aena era algo que jamais poderia esquecer. Ela era uma amiga inconveniente que estava sempre do seu lado mesmo quando ninguém a chamava.
.
Please keep on!!! *
Loved it!
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Mensagem por miaDamphyr Sex Set 14, 2012 9:17 pm

Heheheh, Minha querida Fox, já vamos ver a razão do Zrich ter salvo a moça sem vida social, ihihih. E que bom que gostaste, eu também tenho a imagem dele no topo aqui na mente, com o casaco a voar e tals, lool. Obrigada por estares ai e gostares. Bisous.

Hello, Pandy. Obrigada, mas tu também tens uma imaginação soberba, e nem é preciso que to diga, não penses que não li o sexteto macrabo ou o BoBD. Então estamos mais do que quites, isso se não estiver a ser presunçosa. Lool. Mas fico mesmo feliz que estejas a gostar deste meu novo mundinho, ainda tem muito por vir. Beijos

OHH Cata, a Aena é a criação viva de uma queridíssima suposta amiga minha, só para teres a noção, ela me chama de "barbie". Ahh muito obrigada. ENtendo perfeitamente. E não te preocupes eu vou continuar sim, obrigada por ler. Beijos.
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Mensagem por Eli Green Dom Set 16, 2012 6:04 pm

Me like it! Me want more!

Mia, acredito que conheças aquela sensação de terminar a leitura de um livro e querer ler mais, mas não poderes, pois o escritor ainda não publicou a continuação. Consequentemente, és obrigada a esperar e a roer as unhas, hábito que abomino, enquanto interrogas-te sobre o que é que irá acontecer a seguir. Pois bem, foi assim que fiquei depois de ler isto. Com um grande ponto de interrogação no meio da testa.
Devo dizer que, após a çeitura do prólogo e do primeiro capítulo, franzi a sobrancelha e pensei: parece uma das ideologias da Kenyon. No entanto, gostei imenso. Ainda tenho imagem do Zrich a saltar - ainda por cima a ver Prince of Persia na televisão, a imagem torna-se ainda mais nítida.
O Prefácio deixa-me deveras curiosa, pois, se ele tem 24 horas de vida, por que é que ele se desvanesse depois de falar com a Deana? Se foi para o Inferno, imagino-o a sofrer como o Dean de Supernatural.
Mas enfim, fico a espera da continuação.
Beijos, Elissa.
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Mensagem por miaDamphyr Sáb Set 22, 2012 9:59 pm

Olá, Eli. Pode ser mesmo que eu tenha sido afetada pela Kenyon visto que não és a primeira quem diz isso, algo que é muito estranho pois isto já tinha sido escrito há seculos, confesso que mudei muitas coisas, mas a base é a mesma. Lool.
Obrigada por teres gostado e teres ficado assim com essa sensação (Agora até dá medo de dececionar, afff) E adoro as tuas ideias. Ihihi, pobre Zrich a sofrer no inferno, opah, o que será que eu tenho tramado? Em breve verás, até porque só não atualizo com frequência por falta de tempo, porque na verdade tenho tudo escrito.
Enfim, vou já atualizar e espero que continues ai.
Bisous.
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Mensagem por miaDamphyr Sáb Set 22, 2012 10:14 pm

II- Capítulo dois

Zrich viu a longa fila que levava á Ordem, olhou para os seus pulsos presos por algemas de prata, as quais lhe queimavam lenta e dolorosamente. Cheirava a barbecue, e não eram apenas os seus pulsos que estavam a ser assados. Vários vampiros apanhados pela Classe da Caça e em dívida com a Ordem, aguardavam a sua vez. Mas.. o que teria feito de errado para ir a julgamento? De forma alguma lhe estavam a ortogar a aposentadoria, caso contrário não teria as algemas, e estaria em Kéthar onde se encontrava o Oráculo que lhe absolveria da sua tarefa e lhe livraria da maldição. Mas ele estava em Bliton, na Ordem. E a única coisa que se lembrava era de separar a cabeça do corpo de um violador furibundo qualquer. Teria sido por levar a alma dele? Isso era mais do que improvável.
Ele olhou a sua volta onde vampiros agonizavam de dor por causa das algemas de prata Oros. Eram conhecidas pelo extremo poder de imobilizar os sugadores, e forjadas especialmente para os Caçadores da Hierarquia. Zrich não sentia da mesma forma por ser metade demónio, e apesar de ter a pele a assar em lume brando tentava recapitular o que acontecera na noite anterior. Imaginava que os seus Oteker deveriam estar mais do que agonizados pela quantidade de almas ingeridas sem que eles os pudesse aliviar.

“ Quando dera a meia noite, Zrich aterrizara pela mesma rua onde sempre iniciava o seu trabalho. Caminhava com os olhos atentos quando escutara um grito que ecoara pela rua deserta e fria. Em Lianzi ninguém ajudava o outro, ao contrário, fugiam e agradeciam por não estar no lugar da pessoa que gritava.
Ele muito menos se importava com o destino infortúnio de quem quer que fosse, mas naquele caso era diferente. Uma aura rubra como névoa pairava sobre o agressor e a sua vítima, embora que, misturada com uma aura de cor esverdeada. Para Zrich aquilo indicava que um deles teria escapado da morte quando esta lhe batera a porta, e tinha de morrer. O dono da aura vermelha teria a alma enviada diretamente para o inferno, e nada o iria salvar desta vez. Ao perceber que o agressor não era abordado por ninguém mais e que provavelmente seria ele quem deveria partir desta para melhor, ou pior nesse caso, ele decidiu intervir.
― Solte-a! ― Ordenou no seu habitual tom imperativo, e antes que este matasse a vítima e os céus tivessem a alegria de receber uma alma que se tornaria inocente.
― Saia daqui se não ― Zrich fez um simples movimento com a sua mão grande e emitiu uma luz vermelha que trespassou o homem pelo pescoço fazendo a cabeça rolar centímetros à frente. O corpo tombou para um lado e o da vítima para o outro, em estado de choque.”

Agora aparecia ali, no longo corredor de paredes brancas e frias, era como se nem um grão de pó pudesse aparecer por àqueles lados. Resmungou indisposto, não fazia questão de esperar que a fila terminasse, embora gostasse dos guinchos de dor.
― Zedriachan ― Uma voz sonora e altiva fez-se ouvir pelo corredor. E a raiva de Zrich cresceu. Detestava àquele nome!
Como se seu corpo tivesse sido catapultado, Zrich moveu-se para frente e mesmo contra a sua vontade caminhou pelo corredor com o chão de azulejos pálidos, foi seguido pelos olhares doloridos dos vampiros até chegar a uma grande porta. Não estremeceu pois jamais aceitaria ser julgado pela líder da Ordem quando não respondia como vampiro mas sim como..
Os seus pensamentos foram cortados quando a porta se abriu e viu Demétrica sentada no alto de uma bancada de júri. O salão abobadado era amplo, igualmente branco e sem nenhuma decoração. O cheiro almiscarado revelava o uso de especiarias que disfarçavam a verdadeira composição do salão.
― Que surpresa! Um Demetriano ― ironizou Zrich ao parar diante dela que era a visão estonteante de uma mulher bela. Demétrica era alta, com os cabelos acobreados até aos ombros.
― Apresenta-te, Intermédio! ― Ordenou sem abrir os lábios, seus olhos violeta brilhavam maleóvolos e o queixo estava esticado para frente.
― Não é como se não nos conhecessemos, Demétrica ― murmurou e uma rajada quente atravessou-lhe a face deixando a marca de garras na sua face.
― Parece que as marcas deixadas por mim ao longo destes anos, não foram suficientes! ― disse com a voz a sibilar. Estava notavelmente enfurecida.
Por norma, Zrich sarava de qualquer ferida automaticamente, mas as inflingidas por um Demetriano deixavam cicatrizes eternas. Estes eram responsáveis por zelar pelos Intermédios e castiga-los caso houvesse necessidade.
― Ora, visto que estamos na Ordem pensei que fosse ter a honra de obter uma audiência com Drusilda ― Ele trocou de assunto, mas sem desviar o olhar desafiador.
― Tu respondes a mim e aos meus irmãos.
― Então porque não estamos no Calabouço? ― Questionou arqueando o sobrolho grosso.
Demétrica esboçou algo parecido a um sorriso e uniu as mãos que continham tatuagens parecidas com as dele.
― Para a tua sorte não estás aqui para ser punido, Zedriachan ― Ela carregou no nome por saber que ele o detestava.
― Desculpa, mas não estou apto para encontros ― As algemas apertaram-lhe mais os pulsos, inflingindo-lhe uma dor aguda. Ele contorceu-se.
― É notável que não suportarias o meu masoquismo ― volveu ela com uma calma aparente, mas os cabelos a ondular como serpentes mostravam o quanto sentia vontade de o enviar diretamente para o Vão.
― Diz-me o que queres, Demétrica ― exigiu ele a esconder a aflição causada pela dor, embora o seu arfar não o ajudasse.
Apresenta-te, Intermédio ― ordenou mais uma vez.
― Zedriachan, meta-metade de segundo escalão, Intermédio, Colector de almas.
Demétrica esboçou um sorriso esforçado apenas para o irritar.
― Estás aqui presente para responder pelo erro ocorrido na meia noite passada. Terás algo a dizer sobre isso?
Zrich uniu as sobrancelhas e não escondeu a admiração.
― Erro? ― repetiu confuso. ― Enviei uma alma para o inferno como sempre tenho feito durante os mil anos que me foram concedidos. Sem nenhum erro, dado que foi constactado com a renovação do contrato durante séculos.
― Mas que belo currículo. Mas para o teu governo o homem que mataste não era um destinado.
Ele negou veemente com a cabeça.
― A aura que pairava sobre ele era rubra. O único erro que talvez tenha cometido foi o de não deixar que ele matasse a mulher, e a alma dela talvez pertencesse aos céus, mas não posso sofrer uma inquisição por isso. Ele era um criminoso e o inferno agradece.
O terceiro sorriso de Demétrica arrepiou-lhe, era estranho e mal feito.
― De certo estará. Mas a aura rubra pertencia a mulher, outrora escapada de uma morte voluntária e o inferno não está grato quanto a isso.
Ele abriu a boca e voltou a fechar, não acreditava ter cometido aquele erro, apesar das auras terem estado misturadas tinha caido na armadilha de julgar que a rubra certamente pertenceria ao agressor. Cerrou os maxilares.
― Vejo que nos entendemos ― constactou Demétrica.
― Foi uma armadilha ― afirmou convicto e acusou-a com o olhar. ― Estou prestes a ser livre e preferes me condenar ao Vão a me conceder a aposentadoria.
― Mas que acusação tão grave feita a um Demetriano. Mas vou perdoar-te, até porque estou aqui para te ajudar e não deixar marcas na tua linda pele.
― Ajudar? ― O tom de Zrich foi jocozo e os cabelos de Demétrica ondularam sem parar. Seus olhos violeta brilhavam e tossicou antes de voltar a falar.
― Vejo que ainda não está surdo ― disse num tom forçosamente calmo. ― Terás dez dias para levar a alma da mulher e entrega-la aos infernos. Após esse período, terás a tua aclamada aposentadoria e serás livre da maldição de colector.
Os olhos verdes de Zrich brilharam como duas pedras preciosas.
― Porquê me concedes dez dias quando o farei em menos de alguns segundos?
Demétrica levantou-se e deu de ombros.
― Dez dias, Zedriachan. Nem um a menos e nem um a mais. Se falhares, o Vão será o teu novo lar ― concluiu e antes que este pudesse protestar, ela o fez desaparecer do salão. Respirou fundo antes de se atirar novamente na poltrona e praguejou num murmúrio.
― E se ele conseguir? ― O sotaque forçosamente britânico de Demetrício era inconfundível. Seus cabelos negros descaiam pelos ombros e dançavam como os de sua irmã.
― Tenho certeza que não vai. Nem sequer imagina o que lhe espera ― afirmou esta com os dedos a tamborilar sobre a mesa a sua frente. Demetrício não questionou as razões de Demétrica, mas perguntou-se por dentro porque razão esta odiava tanto a Zedriachan ao ponto de fazer de tudo para que este fosse condenado ao Vão.


Zrich aterrou diretamente na Cave. O estrondo foi tão grande que quebrou o chão de cimento. Começou a tossir compulsivamente assim que começou a tentar recuperar o ar.
― Pelo menos não foi a tua cabeça ― A face perfeita de Divo surgiu a sua frente. A última face da terra que ele desejava ver. Levantou-se rapidamente e encarou o irmão, era totalmente diferente de si.
Divo era alto, com a pele branca como porcelana e rosada nas faces, o cabelo loiro dourado adornava a sua cabeça em pequenos caracóis e os olhos azuis transparentes eram afáveis. Vestia um conjunto de roupa branca, e só as tatuagens nas mãos os identificava como irmãos.
― Não estou de bom humor ― advertiu-lhe Zrich enfrentando-lhe o olhar, embora o seu fosse amargo e frio como se estivesse diante do último bandido de um jogo de consola.
― Um Demetriano? ― Divo observou a marca de garras na face do irmão e em seguida os pulsos queimados em forma circular. ― O que fizeste? Se usaste uma Oros foste algemado e chamado a responder pela Ordem.
― Ao acaso já te disse que não estou de bom humor? ― Zrich empurrou-lhe para o lado e caminhou pela sinistra sala da Cave. Era iluminada apenas por pequenos candelabros, não possuia nenhuma janela e as decorações destoavam entre si. Num canto tinha uma estante de livros, um sofá aconchegante e uma mesa com um vaso de flores, era o canto de Meera, a Intermédia pregava a palavra de Deus e espalhava a bondade e a esperança nos corações humanos. Mesmo ao lado tinha uma cadeira de descanso, um pequeno bar com bebidas alcoólicas fortes, uma mesa com um grande cinzeiro em cima, cigarros, drogas e armas de fogo. Era o lugar de Ikko, o irmão gémeo de Meera. Já o lado de Divo era pintado de branco com uma poltrona de veludo, duas mesas de vidro dispostas de cada lado com pequenas caixas que continham saquetas de chá e por baixo várias coleções de livros de medicina. Por fim, num canto afastado de tudo estava a cadeira de napa de Zrich, imagens coladas na parede exibiam cemitérios, fantasmas ou corpos em degradação. Várias velas estavam dispostas na mesa baixa e no meio uma estátua meio demoníaca, o que transformava o lugar parecido a uma sala de culto.
― Poderias tentar me dizer se algum dia estarás de bom humor ― Insistiu Divo que o seguiu ainda preocupado até a cozinha que era mais iluminada e organizada, talvez por ser Meera quem cuidava do lugar. Zrich bufou de raiva ao sentir o irmão atrás de si, parou a meio trajecto e voltou-se com os olhos escurecidos.
― Daqui ha dez dias estarei de bom humor quando tiver a minha aposentadoria e me livrar das vossas caras. A tua especialmente! ― gritou, e Divo estacou-se. Nem ele, ou os outros dois queriam a aclamada aposentadoria e se livrar do trabalho que lhes fora imposto. Talvez porque o de Zrich era o pior, pois diferente dos irmãos, vivia apenas para trabalhar, enquanto os outros misturavam-se com os humanos, criavam vida social, Zrich isolava-se. Nem sequer Ikko que espalhava a maldade queria deixar de ser Intermédio.
― Espalhar a maldade é diferente, Divo. Os humanos tem livre arbítrio para escolher entre a Meera e o Ikko. Mas entre a morte e a vida, não. ― respondeu-lhe a abrir uma garrafa de wiskhy e deu um gole do gargalho.
― E tu te sentes mal por isso? ― perguntou Divo sem se preocupar que o meio-vampiro lhe tivesse lido os pensamentos.
― Da mesma forma que não hesitaria em atirar-te para o Vão ― respondeu-lhe friamente. Não gostava quando o irmão tentava procurar nele uma bondade que não tinha. Afastou-se bruscamente e entrou para o seu quarto, tinha de ver os seus Oteker.



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Mensagem por Fox* Dom Set 23, 2012 12:23 am

Mia, eu dou-te os mais sinceros parabéns pelo mundo que criaste aqui. As raças, as tradições, histórias e passados de cada uma das tuas personagens e do seu passado em si estão fantásticas, faz-nos mesmo acreditar que esse mundo de Colectores, Vampiros e outros seres é real, paralelo ao nosso! O julgamento, as raças, as algemas de prata, os locais onde vivem... Tudo!
E agora deixaste-me ainda mais curiosa! O que é que se vai passar com o Zrich (nem me atrevo a dizer o seu nome completo, ainda me aparece aqui em casa!) e com a humana intriga-me, ainda mais porque não é uma simples coincidência este trabalho salvar-lhe a alma...

Oh God, more! Right Now :D
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Mensagem por Eli Green Dom Set 30, 2012 4:39 pm

Ah! Adoro nomes estranhos, pois o meu primeiro também o é. Além disso, acho que o mundo que criaste é adorável. Dá-me vontade de fazer uma visita guiada.
Agora... O que é que vai acontecer durante os dez dias? E por que raio é que a alma de uma rapariga com a vida enfadonha pertencia ao inferno e a de um criminoso não?
De uma coisa é certa, tenho a certeza que, em dez dias, tanto a vida dele como a da rapariguita vai tar uma volta de 180º, ou mais...
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Out 01, 2012 2:05 pm

Uau, uau, Mia! Fantástico. Adorei tudo. Mas fiquei curiosa sobre o ódio que a Demétrica tem por o nosso "herói". Acho que ela tem qualquer coisa recalcada que não quer admitir... vamos lá ver o que vai acontecer nestes dez dias... Mais!

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Mensagem por miaDamphyr Sex Out 05, 2012 7:03 pm

Ohh quantos elogios minha Fox *cora* e obrigada, assim fico com a sensação de estar a fazer o correcto e passar o meu mundo para vocês. Obrigada mesmo, adorei a sensação. Lool.
E sim, cuidado com o Zrich a aparecer aí na tua casa, pronto para te comer (Ui). Se esconder o bicho pega. Muahahahhaha.
Vamos lá ver o que se segue. Beijos e bom fim de semana.


Olá Eli, já agora o meu nome também é estranho, então dizes-me o teu e eu digo-te o meu, deal?
E oh, obrigada por gostares do meu pequeno (não tão pequeno) mundo, não sei se teria coragem de lá ir, a não ser acompanhada de um vampiro super poderoso para me proteger. Ihihi *medricas*

As tuas perguntas serão respondidas, e a tua certeza é mesmo certa. Lool. Beijos.

Pandy! É bom teres reparado mesmo nisso. O que será que a Demétrica tem contra o Zrich hum? lool.Beijos e obrigada.
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Mensagem por miaDamphyr Sex Out 05, 2012 8:08 pm

III.

*Mil anos atrás


― Lianzi deveria ser destruída, foi criada pelo descendente de um Atlantis! ― protestou Plutão furiosamente, nem os gritos de dor que a sua filha soltava do outro lado da sala, o incomodavam.
― Não te preocupes meu caro. Com a criação dos Intermédios, a disputa será equilibrada. Tanto os céus como a terra, terão o que necessitam. As almas serão devidamente separadas, e os humanos terão livre arbítrio para decidirem no que mais lhes atrair ― anuiu Cammellia, a filha mais velha do demónio. Ela trabalhava diretamente com Plutão, o deus da morte, e não era de se dizer que se davam bem.
A sala era escura, mal iluminada por velas flutuantes. Todos ocupavam poltronas de pedra, e no centro tinha um poço de lume de cor verde.
― Só não compreendo o facto do Drácula ter um representante nisto! ― exclamou um anjo, os seus cabelos loiros pareciam brilhar na escuridão e a sua pele era quase translúcida.
― Ora, minha cara Angélica, Dimitri não conseguiria aceitar o facto de Lianzi ser destruida. Ele a ganhou por direito, e é sobre a cidade dele que isto se trata ― Minerva tinha as unhas compridas de um brilho vermelho feroz. Representava o Drácula, como a vampira Sangue-puro mais velha que se conhecia.
― Nuances! ― praguejou Cammellia irritada, seus cabelos arderam em chamas alaranjadas e de um momento para o outro, o lugar transformou-se num alvoroço, vozes altas e imprecações voaram de um lugar para o outro sem parar.
― Nasceram! ― Àquela voz foi o suficiente para cessar com a discussão. E só então se aperceberam que os gritos do outro lado tinham terminado.
― Tragam-nos! ― ordenou Plutão que se levantou apressado. Ele era forte, do tamanho de um gigante, nem sequer se preocupou com a sua filha que provavelmente não teria sobrevivido.
― Demétrica, Demetrício, Deméter e Demetrillian! ― chamou a mulher que tinha vindo avisar que os bebés tinham nascido. Os quatro Demetrianos ortogados por zelar pelos Intermédios entraram para a sala sorrateiramente. Seus corpos estavam cobertos por capuzes e apenas as mãos tatuadas eram notáveis.
Estavam todos ansiosos e em silêncio, e os olhos brilhavam ao verem cada um dos Demetrianos receber um bebé em seus braços.
― Quatro seres fecundaram a mesma mulher ― disse Bendita, a mulher responsável por trazer os Intermédios ao mundo. Ela participara de todo ritual, tinha visto a filha de Plutão sofrer ao receber vários homens, e um demónio que se aventurara pelas suas entranhas e que levara mais de vinte e quatro horas até se saciar. O sacrifício tinha sido horrendo.
― Obtemos o meta-metade? ― perguntou Cammellia preocupada.
― Estés bebés dividiram-se em duas bolsas. Dois, em cada uma ― explicou Bendita cuja face ora velha, ora jovem alternava devido ao cansaço. ― Um dos óvulos foi fecundado pelo sémen de um vampiro e de um demónio simultâneamente, mas ambos geraram um único embrião. O outro foi por um anjo e terá as linhagens da mãe, filha de Plutão e que é uma deusa.
Tudo aquilo era racionalmente impossível, mas no plano paranormal não havia o que contestar.
― Os outros dois, tiveram um pai humano e outro demónio.
― E os demónios vencem! Pai de dois. ― orgulhou-se Cammellia pelo pai ter honrado com o nome da sua família.
― E mesmo assim continuam a guerrear com os vampiros. Serão pais da mesma criança ― ironizou Angélica que se levantou e deitou um olhar de despreso para Minerva. ― É sabido que os da vossa raça não geram, uma exceção neste caso, mas a fraqueza dos vossos homens foi vista logo. Dois espermatozóides fecundaram o mesmo óvulo e geraram um embrião.
― Cala-te, puta! ― rosnou Plutão que bateu com a mão no braço da poltrona e esta partiu-se aos bocados. ― Devemos continuar.
Angélica torceu os lábios e andou até Demetrillian que carregava uma bela criança de olhos azuis. Sorriu de lado.
― Serás Divo, descendente dos deuses, criarás gerações e darás a vida. ― afirmou num tom de voz doce e suave, em seguida virou-se para Deméter que carregava uma menina de cabelos castanhos e olhos cinzas. ― Tu és a Meera, infelizmente não és univitelínea de Divo, mas são irmãos da mesma mãe. Espalharás a bondade, pregarás o nome do Senhor, e a humana que há em ti encherá de esperança o coração dos humanos.
Cammellia antes se dirigiu até Demetrício e viu o bebé de olhos cinzas e que era da mesma bolsa que Meera. Estreitou os olhos, estes brilhavam de agrado.
― Tu, serás Ikko. O oposto de tua irmã, espalharás a maldade, negarás o nome de Deus, e o demónio que há em ti destruirá o sonho e a esperança dos humanos. Dominarás os sete pecados capitais.
Plutão passou a frente de Minerva, caminhou até Demétrica que carregava um bebé de olhos verdes brilhantes. Esta se encolheu diante daquele deus.
― Teu nome será Zedri ― iniciou ele firme e empolgado, mas sentiu o leve toque no ombro e virou-se para enfrentar a pequena Minerva.
― O teu nome será Achan ― afirmou quieta e sem nenhum medo na voz. Plutão ergueu o sobrolho.
― Atreves-te a desafiar-me? ― Ameaçou, mas a vampira nem sequer pestanejou.
― Ele te foi prometido e é teu descendente, mas foi pela parte dos demónios. A parte dos vampiros ainda está aí ― lembrou-lhe com calma, embora não fosse preciso. Plutão ponderou e respirou fundo, já tinha esperado muito para chegar até ali.
― Serás Zedriachan ― nomeou a contra gosto. ― Ao contrário de Divo, tirarás a vida, espalharás a morte e entregarás as almas destinadas ao inferno. ― A última coordenada da frase foi dita sob o olhar de Cammellia pois esse era o acordo. ― Serás o anjo da morte, não terás sentimentos a não ser a raiva e a única dor que sentirás será provocada pelos Demetrianos.
Todos aplaudiram satisfeitos por terem conseguido concluir o plano, menos Minerva que se aproximou do bebé que Demétrica carregava.
― Mil anos depois terás a absolvição dessa maldição, e então viverás como o vampiro que há em ti ― sussurrou, mas a Demetriana escutou perfeitamente e franziu.
Em seguida os quatro bebés foram separados, cada um foi treinado pelo seu Demetriano para praticar o que lhe tinha sido destinado. Em nove meses cresceram até ter forma de um adulto e então se instalaram em Lianzi.
Depois deles, vários Intermédios foram criados e espalhados pelo mundo a fora...

Saltava do alto de cada prédio como se voasse através do vento. Lá em baixo a cidade borbulhava de agitação, os pontos coloridos das luzes cintilavam e o ar frio soprava pela sua face esculpida. Uma estranha sensação a qual não sabia denominar invadiu-o no peito, em menos de minutos teria aquilo que mais desejava: seria livre! Para sempre.
« E a parva me deu dez dias! »
Finalmente parou no terraço degradado de uns dos prédios da cidade e observou o prédio baixo que estava mesmo em frente, cada andar mal pintado por uma cor, e a rua estreita mal arranjada. Segurou a respiração ao confirmar a aura rubra que o atraia até lá, e agachou-se a observar atentamente. Os cabelos escuros voavam de leve, e os seus maxilares estavam cerrados. « Perto, muito perto.»
Zrich deu um salto ainda camuflado pela noite, qualquer humano que olhasse para cima o confundiria com um pássaro negro, e aterrou numa pequena varanda com vasos partidos e flores há muito secas. Tinham também malas mal fechadas cheias de tralhas e uma porta velha de madeira que levava ao interior. A sorte é que ela estava no terceiro andar, em Lianzi uma porta daquelas seria facilmente arrombada por qualquer bandido que se quisesse aventurar. Abriu a porta trancada e sentiu o calor do quarto a contrastar contra a sua pele. O quarto era pequeno, com uma cama de tamanho médio, um guarda-roupa de madeira escura e um criado-mudo num canto. Na parede várias fotos que ilustravam várias fases dela no ballet, e nada mais. Era estranho como ele sentia que faltava alguma coisa, mas a mulher que dormia serena na cama parecia perfeitamente confortável naquele lugar.
Ele aproximou-se devagar, seus passos não reproduziam nenhum som e esticou a grande mão tatuada pronto para lhe ceifar a vida.
Deana abriu os olhos escuros de repente e os arregalou ainda mais quando encarou a figura gigante na sua frente. Soltou um grito ensurdecedor, e Zrich recuou instintivamente. Ela tinha a marca! Uma cruz apenas visível pelos seus olhos estava no pescoço da mulher que se tinha esgueirado pela cama a fora e negava várias vezes com a cabeça.
― Deana? ― A voz de Aena do outro lado da porta estava deveras preocupada e assustada. Mas Zrich e Deana apenas se encaravam atentamente, o peito dele subia e descia sem parar e ela mal conseguia se mover tamanho era o choque. Não se lembrava de ter trancado a porta de dentro do quarto e não compreendia porque Aena não entrava logo para a acordar daquele pesadelo. Sentiu as pernas falharem. ― Deana?
Tinha estado muito perto de concretizar, aliás, ainda o poderia fazer, mas Zrich deu passos para trás, passou pela porta que dava a varanda e saltou. Deana correu na direção dele assustada com medo do invasor ter atentado contra a própria vida e espreitou, mas tudo o que viu foi o movimento da sua rua, os carros, as músicas, as vozes, a neblina que envolvia a lua, mas nem um sinal daquele homem.
― Deana! ― gritou Aena assim que alcançou a varanda finalmente, seguiu os olhos dela para o prédio abaixo, mas em seguida encarou a amiga que estava estática. ― O que aconteceu? Gritaste.
― Eu vou morrer, tenho a certeza disso ― murmurou ainda pálida e incrédula.
Aena primeiro esboçou um sorriso divertido, mas em seguida decidiu ponderar a situação visto que a sua amiga estava pálida e a tremer sem parar.
― Acalma-te Deana, foi um sonho. ― Tentou acalmar-lhe e tocou-lhe delicadamente, conduziu-a pelo braço como se de uma criança se tratasse e acariciou-lhe os cabelos. ― Ao acaso viste um fantasma?
― Sim ― afirmou num murmúrio e olhou para trás como se quisesse verificar se o homem não voltava. Caminhava a revelia pois sentia seu corpo pesar e sentiu os olhos a picar, não percebia porque cargas de água nos últimos dias só lhe aconteciam coisas esquisitas. Passaram pelo corredor escuro e entraram na cozinha pequena com balcões de ilha e prateleiras de madeira envernizada. Uma pilha de loiça enchia o lava loiça e os azulejos eram brancos floridos, tudo muito antigo e elas sentaram-se de frente uma para a outra. Deana ainda tremia sem parar, suas pupilas dançavam dentro das órbitas e ainda não estava em si.
― Bem, lamento em dizer-te mas fantasmas não existem ― disse Aena num tom sério e encheu uma pequena chávena de porcelana com o chá que estava no bule. ― Sei que ainda deves estar traumatizada, mas tens de superar. Está bem?
― Larga a mão de ser estúpida Aena, estou a dizer-te que tinha um homem no meu quarto. Era enorme, com olhos verdes com o brilho de um diamante ― afirmou com a maior certeza do mundo e engoliu em seco. Bebeu um gole do chá e fez cara feia pois este estava frio, afastou a chávena para o lado e encarou a ruiva.
― Um homem desses entra no teu quarto e tu gritas? Tsc, e a estúpida sou eu! ― volveu Aena que puxou a chávena e bebeu com gosto. Deana soltou um suspiro aborrecido, passou a ponta dos dedos nas têmporas em movimentos circulares e não soube a razão de ter concordado com que a vizinha chata ficasse na sua casa. Levantou-se ainda com as pernas fracas, e pensou que talvez em parte esta pudesse ter razão, não tinha nenhuma explicação científica que justificasse aquilo que tinha visto, era impossível. A sua cabeça estava a reproduzir os seus medos e nada mais, sim, era isso.
― Vou me deitar. ― Não queria ter dito tal coisa pois sentia medo de estar no quarto sozinha, mas estar com Aena não era uma das melhores escolhas. A única pessoa que se aproximava dela sem lhe julgar ou alguma intenção malévola, era a mais esquisita que existia.
― Vou contigo! ― Levantou-se prontamente e prestativa, mas Deana negou com a cabeça.
«Céus, a última coisa que quero é esta tipa por perto.» Sorriu para disfarçar o seu pensamento, sentia como se tivesse pensado em voz alta e deixou a cozinha sem olhar para trás. Aena ainda espreitou para ver se ela já tinha ido, e só então aproximou-se do lava loiça, tirou uma bacia de vidro pequena e encheu de água. De início parecia que ia lavar a pilha de loiça, mas em seguida uma luz alaranjada surgiu num feixe e iluminou a face dela.
― O Intermédio apareceu, está tudo a postos para dar início do plano ― Falou numa voz dura e firme, diferente do tom aparvalhado que normalmente usava quando se fazia de Aena.
― Ótimo!
E a luz desapareceu.
Enquanto isso, Deana estava sentada na cama e seu coração batia num pulsar deveras acelerado, sentia muito medo e sem saber o que fazer. Se fosse à polícia iam pensar que não passava de uma maluca, mas os seus pensamentos eram contraditórios entre acreditar que era uma partida do cérebro e que se tratava de realidade.
― Oh meu Deus, isto vai dar cabo de mim ― murmurou para si a passar a mão pelos cabelos ondulados e mordeu o lábio inferior. Era mais que certo que não teria mais sono naquela noite, tinha tido o azar de nascer em Lianzi onde coisas estranhas aconteciam da noite para o dia.
Levantou-se para fechar as cortinas e esconder a porta que dava a varanda, e pensava também em empurrar o criado-mudo para fechar a entrada. Se bem que talvez não fosse adiantar visto que mesmo com a porta trancada conseguiam invadir o recinto. Um arrepio estranho invadiu-lhe o corpo inteiro e quando olhou para frente as suas dúvidas foram varridas por todas a certezas do mundo.
Zrich estava no alto do prédio em frente, agachado, as duas mãos apoiadas no parapeito e o casaco voava em ondas contínuas. Seus olhos brilhavam, cintilavam como duas pedras preciosas no escuro, e olhava fixamente para ela sem se dar conta de que aos olhos daquela humana não estava camuflado. Deana o via com os olhos que a terra ia comer, não pestanejava e nem se mexia, apenas encarava a figura corpulenta e agora não mais assustadora. Quando ergueu a pequena mão feminina e acenou, o Intermédio assustou-se!
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Mensagem por Fox* Ter Out 09, 2012 5:48 pm

Mia, pára com isto imediatamente! Não é bonito andares a jogar ténis com o meu coração, que ele é uma bola frágil e precisa de ser tratado com cuidado!
Então tu mostras primeiro tudo o que o pobre demónio/vampiro sofreu e depois enches-nos de perguntas! A sério?
Não, too much to handle!
Afinal, quem ou o que é esta Deana? E porque é que a amiga dela está a fingir e a fazer complot contra ela? E porque é que o Zrich não tratou logo da sua liberdade em vez de se armar em gárgula?
Ah não, demasiado mistério no ar... :D
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Mensagem por PandoraTheVampire Qui Out 11, 2012 12:12 am

Ohhhhh e acabas assim porquê??

Bem, adorei o nascimento dos intermédios. Brilhante, cara Mia. Gostei de saber de onde eles vieram. Quanto ao resto, já vimos que a amiga dela não é quem aparenta ser. Só resta saber então quem é realmente! E isso só tu nos dirás!

E agora que ia começar alguma interacção entre os dois, tu terminas! Pois não pode ser! Tem que haver mais qualquer coisa. Tipo, já!

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Mensagem por miaDamphyr Qui Out 25, 2012 4:20 pm

Olá minha cara Fox não sou muito boa jogadora de ténis ihihhiihih, e não quero que o teu coração se quebre como a taça da tua assinatura, isso jamais!! btw gosto muito da taça aí, lool. E sim, perguntas é o que não faltam por aqui, prometo responder a todas sim? Mas não tão já, as perguntas animam mais. Ihihi, obrigada por estares ai e gostares.

Ohhh Pandy já sabes que tudo se trata de uma vingança de minha parte, tal como tu terminas os capítulos em chamas, eu também me atrevo a tentar fazer o mesmo. ehehehe. Perguntas e perguntas, lool. Vamos lá ver no que dá! Obrigada por leres, beijos.


N/A- este capítulo contém alguma insinuação de sexo, digamos algo sensual.

IV.

Qual seria a probabilidade de um ser humano ver um Intermédio camuflado durante o seu processo de trabalho? Bem, nenhuma. A não ser que este se quisesse mostrar, o que nunca era o caso de Zrich. Se Deana realmente o tinha visto, não existia explicação possível.
Uma história a se contar era a sobre os filhos de Judas Iscariotes, pior do que os filhos de Adão, os primeiros tinham sido condenados a não ver a luz do sol, não tocar moedas de prata, a uma imortalidade de sangue e a nenhum direito a perdão, ou sequer uma segunda chance no paraíso. Muitos eram procurados e extinguidos para sempre. Outros escondiam-se e infiltravam-se entre os humanos, conseguiam multiplicar-se e criar gerações de descendentes, alguns quase sem sequer um vestígio no seu sangue de que tinham linhagens destes, mas existia A marca, em forma de uma cruz que revelava alguns dos descendentes de Iscariotes. Em alguns humanos esta marca jamais era visível, mas para os que já teriam tentado o suicídio certa vez, esta se tornava brilhante principalmente aos olhos de um colector de almas.
A alma deles pertenceria ao inferno incontestavelmente.
Seria por isso que Deana o teria visto? Por ser uma descendente de último grau sem qualquer indício no seu sangue de que o era, mas que poderia de alguma forma ter influenciado.
― Está tudo bem, Zrich? ― perguntou Meera que passou por ele devagar. Trazia o cabelo apanhado num coque, e um tailleur preto e branco, modesto. Os sapatos eram rasos, e levava uma bíblia em seus braços. ― Me pareces preocupado.
Em outras alturas, ele teria gritado que não era da sua conta mas naquele momento sentia-se confuso e a precisar de alguma ajuda.
― Qual a probabilidade de um descendente me ver quando acredito estar camuflado? ― perguntou com a voz rouca e a acender um cigarro.
― Bem.. ― Ela arqueou o sobrolho. ― Deveria ser nula. Os descendentes sofrem várias misturas e metamorfoses para que tenham adquirido qualquer que seja dos seus dons, digamos.
Ele puxou um trago com força, e sentiu as veias de sua testa pulsarem. Precisava de resolver àquele assunto o quanto mais rápido pudesse, estava ha nove dias e não queria que o prazo se estendesse mais do que devia. Aliás, não deveria. Ia terminar aquilo ainda naquela mesma noite, afinal um descendente era um presente a enviar para o outro lado. Levantou-se e empurrou a irmã para o lado, esta estava preocupada, mas foi completamente ignorada.

Deana arrependeu-se assim que entrou na academia, os olhares eram todos dirigidos para si e um burburinho invadiu os corredores, tanto quanto dedos apontados para si. Ela já não era nenhuma criança para ser tratada com risinhos infantis e certo desdém, como se se tratasse do bobo da corte, mas também reconhecia que a sua atitude da última vez que lá estivera não tinha contribuido em muito para que fosse tratada de forma diferente. Ergueu o peito para frente a apertar a mochila que trazia consigo e entrou na sua sala de ensaios, onde uma música de fundo se escutava e vários bailarinos dançavam aos comandos da voz de Millan Parker.
― [...] e dois, e três, Elevé! ― ordenava a seguir todos com os olhos atentamente. Era alto e não muito magro. Tinha costas largas, cintura estreita e pernas bem definidas. O cabelo castanho escuro estava bem cortado e possuia uma face de traços finos, lábios rosas, nariz recto e olhos castanhos esverdeados. ― Menina Novak, pretende ficar parada na porta o dia todo ou faz menção de se juntar a nós?
Ela sentiu um baque no coração e assustou-se quando ouviu Millan se dirigir á ela. Prendeu o ar e caminhou de leve enquanto via alguns dos seus colegas arregalarem os olhos e executarem mal os passos. Deana deixou a mochila, calçou as sapatilhas e breve juntou-se a barra de metal que ficava do lado do longo espelho para exercitar os músculos. Assim que terminou juntou-se á dança e acompanhou as ordens de Millan que a olhava de forma indiferente como sempre. Faziam anos que estava interessada por àquele homem, mas jamais tinha sido correspondida, o que lhe magoava o coração. Ele era um homem educado, e gentil, mas não passava disso.
― Atenção aos teus Fouettés ― disse-lhe e ajudou-lhe a corrigir a postura. Um arrepio cobriu-lhe o corpo, apesar de ser um simples toque. ― Ótimo!
No fim da aula estavam todos exaustos, Deana sentia-se ainda pior pelos dias em que tinha ficado em casa sem se exercitar. Seus músculos doiam e sentia que sua cabeça ia explodir. Tinham dançado todo dia, com apenas uma hora de intervalo para um lanche leve.
― Menina Novak deverei acompanha-la, preciso de dissertar um assunto consigo ― disse Millan que agora vestia um sobretudo castanho. Deana sentiu suas faces arderem e apenas confirmou com a cabeça. Terminou de se agasalhar, e os dois desceram para fora dos corredores de mármore da academia de ballet de Lianzi. As ruas eram agitadas como sempre, cheias de carros, e um trânsito quase impossível de transpôr. O anoitecer estava frio, e o céu escuro e nublado como sempre, se não fossem as luzes de certo a cidade seria sombria.
― Vivo á duas quadras daqui, de nada lhe serve levar o carro e ficar preso no trajeto ― adiantou Deana quando o viu a estudar o seu Ferrari.
― Certo ― concordou após refletir um tanto sobre o assunto. Ela observou a face angelical que ele tinha, nem parecia que tinha estado a dançar durante horas. Era como se o pudesse fazer durante vinte e quatro horas sem parar.
Os dois começaram a caminhar devagar, as ruas estavam cheias de pessoas que iam e vinham, e várias lojas de vitrine que ajudavam a iluminar os passeios degradados e as latas de lixo amontoadas e que exalavam um cheiro nauseabundo. Nada que nenhum habitante daquela cidade já não estivesse acostumado.
― É de se admirar a sua recuperação ― iniciou Millan com as mãos dentro do sobretudo. Andava em passos rápidos que ela tinha dificuldades em alcançar.
― Foi apenas um susto, mas será que me poderia tratar por tu? ― perguntou quase sem graça por existir tantas formalidades quando se conheciam há mais de dez anos. Viu ele acenar com a cabeça e desviar a atenção para uma vitrine com manequins velhos e roupas baratas.
― Acredito ter cometido um erro ― disse enquanto paravam no semáforo, e viam os inúmeros carros que passavam á alta velocidade.
― Como assim? ― questinou Deana que o olhava de esguelha. Não queria acreditar que estava lado a lado do deus do ballet, do homem que mais admirava na vida. Seu coração estava apertado e sangue corria á velocidade em suas veias.
― Deverás ser a solista do bailado ― afirmou e atravessou apressadamente assim que o semáforo fechou, deixando uma Deana perplexa para trás. Ele virou-se de sobrolho unido e ela correu sem acreditar no que acabava de escutar. Então a sua histeria teria valido a pena, ou seria um prémio de consolação por quase ter perdido a vida sem nunca ter tido um bailado seu.
― O que mudou? ― perguntou a tentar segurar a emoção, mas o brilho de seus olhos a denunciava. Millan parou de rompante e ela quase se esbarrou contra ele, mas então virou os olhos e viu a rua escura e deserta por onde tinha se atrevido a passar na noite anterior, dava exatamente na sua rua, mas tinha jurado não passar mais por ali e preferir perder mais cinco minutos a dar a volta. Seu coração congelou ao imaginar a cena e empalideceu.
― Sente-se bem? ― Millan notou a mudança de reação da sua bailarina e olhou para o beco, pousou-lhe uma mão confiante no ombro e obrigou-a a prosseguir. ― Não se preocupe.
Deana ainda sentia o medo lhe gelar a barriga quando escutou o farfalhar de um casaco a dançar contra o vento. Olhou instintivamente para cima a fim de ver alguma coisa no telhado, afinal àquele som era-lhe deveras familiar. Mas não viu nada, e decidiu que estava a ficar maluca de vez. Desde que sonhara com o homem em cima do telhado, que tinha dificuldades em distinguir a realidade. Sabia que o seu caso poderia ser sério e que deveria ser tratada, mas não sem antes dançar o seu bailado.
― Muito bem, o que dizia? ― Esboçou um sorriso falso e quando Millan retirou a mão, desejou pedir-lhe que a colocasse de volta. Respirou fundo enquanto continuavam a andar.
― É a melhor bailarina que temos, devo finalmente dar a mão a palmatória e reconhecer. Sei que foi errado não lhe dar o lugar de solista de imediato, e espero ir a tempo de corrigir o erro.
― Não me poderia dar melhor notícia ― afirmou Deana sem se conter de contente. Desejava sair a rodopiar e a dançar, mas tentou parecer o mais calma e menos emocionada possível.
― Estou satisfeito com tudo isto. Muito obrigada ― disse ele com meio sorriso, exibia os seus dentes certos e brancos. E tudo o que ela teve vontade foi de saltar para os seus braços e beijar a sua boca maravilhosa. Mas apenas sentiu uma tristeza quando parou na entrada do pequeno prédio e Millan se despediu apressadamente. A euforia de estar ao seu lado se dissipou e ficou apenas a certeza de que ele nunca seria seu. Subiu as escadas velhas devagar para garantir que Aena não descobrisse que já estava em casa e decidisse lhe fazer companhia. Precisava de um tempo para refletir, pois não entendia como a notícia de que ia ser solista não lhe alegrava de todo. Deana no fundo sentia-se sozinha, sem um companheiro e a quem pudesse se entregar sem pudor. Millan Parker seria sempre um sonho tão perto e tão distante.
Deixou as suas coisas na sala e foi logo tomar um banho quente para relaxar os músculos. Comeu apenas uma fruta antes de se atirar na cama, exausta. Precisava de parar de querer o impossível e tentar agarrar o que estava ao seu alcance.
«Mas como?» a sua caixa da esperança ainda não estava vazia, acreditava fielmente que um dia os seus desejos seriam atendidos, só não sabia quando e nem como, mas quem sabe se não valeria a pena esperar.

Zrich observava tudo através da janela da porta do quarto que dava á varanda. Não compreendia que sentimento era àquele que ela nutria por aquele homem esquisito. E porquê que uma mulher como Deana se dava ao luxo de viver em plena solidão quando possuia atributos que vários homens desejavam numa mulher. Não entendia nada sobre tais factos, mas pelo que já tinha visto nos mil anos, sabia que não justificava a escolha dela e muito menos a espera. Era mais do que óbvio que Millan não a desejava, apenas reconhecia os atributos femininos que esta parecia ter e nada mais que o encantasse ou que o levasse a unir-se á ela.
Bem, pelo menos não choraria como um amante no seu funeral.
« Que raios ela está [...] » os olhos verdes arregalaram-se ao ver a mão pequena deslizar pelo baixe ventre, e o dedo médio perder-se dentro dela. Deana tinha os lábios entre-abertos, os olhos fechados e a mão livre acariciava um dos seios protegidos pela camisola.
Ele sentiu primeiro um cheiro estranho que emanava dela, parecia o de amêndoas doces. Depois conseguia escutar perfeitamente uns gemidos baixos, e a mão escondida parecia fazer movimentos suaves e ritmados. Zrich baixou os olhos e admirou-se ao ver o seu órgão começar a crescer, sempre o tinha usado para urinar e nada mais, e não percebia que sensação era àquela. Sentia um estranho formigueiro, e um doce pulsar latejante. Precisava de fazer alguma coisa e sem saber porquê, meteu a mão dentro das calças. Abriu a boca e soltou um gemido involuntário. « Porra! » praguejou ao sentir um arrepio invadir o seu corpo, e cada vez que olhava para Deana que se tocava voluptuosamente, a sensação só parecia piorar.. ou melhorar. Ele passou a acariciar-se lentamente, acompanhava os movimentos dela e seus olhos semicerraram-se. Não sabia descrever o que estava a sentir, mas era desconfortavelmente bom. Sua respiração tornou-se pesada a medida em que aumentava os movimentos como se precisasse de chegar a um lugar certo, movia para cima e para baixo e sentia as gotas que pingavam do seu membro palpitante.
Por um instante desejou invadir o quarto e estar ali com ela, embora não soubesse para fazer o quê ao certo, sentia que algo o guiaria. Soltou outro gemido, mordeu o lábio inferior com força e sentiu que as suas garras caninas tinham crescido. Seu corpo ardia em chamas, queria mais, a sua mão não era suficiente! Olhou mais uma vez para ela que tinha aumentado o ritmo dos movimentos e que se desdobrava entre os lençóis, era como se estivessem em sintonia e Zrich bateu com força com a cabeça contra a porta.
Deana abriu os olhos assustada! Retirou a mão de dentro da calcinha e sentiu seu coração bater sem parar, e um tanto frustrada por não ter chegado ao ápice. Sua respiração estava entre cortada e não sabia se tinha escutado um baque ou coisa parecida. Talvez tivesse vindo do lado de fora, não saberia dizer. Apenas desceu da cama ainda com as pernas um tanto fracas e caminhou até a porta que dava a varanda. Arregalou os olhos quando viu que tinha a janela partida e um mundo de rachas espalhadas por ela, talvez tivesse sido algum engraçadinho que atirara uma pedra, mas quando saiu para procurar não encontrou nenhum vestígio, nem nada para contar a história. Engoliu em seco e ponderou pôr grades.
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Mensagem por PandoraTheVampire Sex Out 26, 2012 2:45 pm

Ora bolas! Raios partam o homem! Não podia ter esperado até a moça ter terminado? Não sabe que isso é feio? xD Gostei do cap, Mia, mas continuo muito curiosa para saber o que vai acontecer mais! :D

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Mensagem por Fox* Sáb Out 27, 2012 2:41 pm

Que hei de dizer deste capítulo?
Fiquei estupefacta quando disseste que ele não sabia o que ela estava a fazer! Mil anos e é virgem? Sério?! Milhares de mulheres (ou homens, também dá!), milhares de sítios, milhares de hipóteses e nada?
Deana, vais levar este ser à loucura! E nenhum de vocês sabe disso!
Mia, ótimo, fantástico, não pares! Manda mais :D
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Mensagem por Eli Green Qui Nov 01, 2012 9:14 pm

Então ele é mais velho que o próprio tempo e não sabe o é sexo? E eu pensava que um vampiro virgem com uma centena de anos era estranho (devido a ideia original que tinha sobre os seres desta espécie, antes de os ver brilhar).
Não me admira que ele necessite de dez dias, a rapariga vai levá-lo à loucura, estou a imaginar uma história a "Amante de Sonho" da Kenyon, em que ela o vê como o ser humano comum que ele poderia ser.
Continuação?
Kiss, Eli!
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