Enfim. Sou novo. E de novidade, Trago-o novo, de novo.
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Enfim. Sou novo. E de novidade, Trago-o novo, de novo.
NECÍTRAGUF
Algo, ainda me chama. Parei de tomar os meus remédios. Parei de fazer pouco caso do espetacular programa de quiz da madrugada. E parei de julgar os filmes autobiográficos.
O doutor me disse que o primeiro dia sem sua ausência me causaria uma espécie de tédio – tédio que levaria a alguma depressão aguda. Tudo ainda continua na mesma cor, nossa cidade ainda é cinza. Eu ainda não sou cinza. Prefiro – diferente de todos – olhar pela janela. Sempre sonhei que um dia toda essa máscara cairia abaixo, toda essa obsessão. Então... Aguardo tecendo uma toalha de rosto com a máquina velha de meu avô. Teço não pelo fato de não existirem sexismos , teço porque ainda sonho em ser alfaiate.
Ainda pela janela observo os carros, velozes – como o som - E eu apenas calculo a potência de seus motores – quando não me assusto – com o tremor de minhas janelas.
Agora tudo complica, o tecido rasgou. Então eu passo a pensar em Janira – e como seu nome jamais encaixaria em um texto. Jamais? Penso em seus lábios tortos e seus dentes amarelados, penso nela lambendo envelopes e deixando marcas sujas, sabores escrupulosos de horários de almoço, e finas camadas de papel de cigarro recém-queimado. Penso nela escrevendo trabalhos – ‘’trabalhos’’ – no computador, com seu próprio nome em sua mente - Será que toda vez que ela escreve, pensa em mudar. Os dedos pensam mais que a cabeça, e acabam travando. ‘’Meu nome é feio pra mim? Ou pra qualquer um?’’ Eu diria que feia é Janira, seu nome completa seu caráter. Ela não é feia por usar roupas velhas, ou não ter cabelo liso, ou não ser loira, ou não tem bunda e seios fartos. É feia porque ainda acha que precisa, deliberadamente, daquilo que quando ela olha julga, mas julga querendo. Janira quer seus peitões, Janira quer seus lábios carnudos, Janira quer o poder de ganhar uma bolsa integral oferecendo apenas sexo em troca. Mas pouco me incomoda isso em Janira. O que me incomoda é seu nome – e toda a inutilidade por trás de eu ainda ter devaneios no meio da tarde.
Passei a tarde toda, sem sentir falta de meus remédios (inúteis).
Por isso, ainda quero parar de olhar.
Ou, acompanhar.
O compasso.
Não foi valsa nem fumar maço.
De cigarro ou de... Qualquer.
Com o pano enrolo meu punho.
Esquerdo, pois sou de outro mundo.
Farei em pedaços.
O vidro
Em estilhaços.
Agora tenho vista panorâmica.
Sem
Compass
o.
Algo, ainda me chama. Parei de tomar os meus remédios. Parei de fazer pouco caso do espetacular programa de quiz da madrugada. E parei de julgar os filmes autobiográficos.
O doutor me disse que o primeiro dia sem sua ausência me causaria uma espécie de tédio – tédio que levaria a alguma depressão aguda. Tudo ainda continua na mesma cor, nossa cidade ainda é cinza. Eu ainda não sou cinza. Prefiro – diferente de todos – olhar pela janela. Sempre sonhei que um dia toda essa máscara cairia abaixo, toda essa obsessão. Então... Aguardo tecendo uma toalha de rosto com a máquina velha de meu avô. Teço não pelo fato de não existirem sexismos , teço porque ainda sonho em ser alfaiate.
Ainda pela janela observo os carros, velozes – como o som - E eu apenas calculo a potência de seus motores – quando não me assusto – com o tremor de minhas janelas.
Agora tudo complica, o tecido rasgou. Então eu passo a pensar em Janira – e como seu nome jamais encaixaria em um texto. Jamais? Penso em seus lábios tortos e seus dentes amarelados, penso nela lambendo envelopes e deixando marcas sujas, sabores escrupulosos de horários de almoço, e finas camadas de papel de cigarro recém-queimado. Penso nela escrevendo trabalhos – ‘’trabalhos’’ – no computador, com seu próprio nome em sua mente - Será que toda vez que ela escreve, pensa em mudar. Os dedos pensam mais que a cabeça, e acabam travando. ‘’Meu nome é feio pra mim? Ou pra qualquer um?’’ Eu diria que feia é Janira, seu nome completa seu caráter. Ela não é feia por usar roupas velhas, ou não ter cabelo liso, ou não ser loira, ou não tem bunda e seios fartos. É feia porque ainda acha que precisa, deliberadamente, daquilo que quando ela olha julga, mas julga querendo. Janira quer seus peitões, Janira quer seus lábios carnudos, Janira quer o poder de ganhar uma bolsa integral oferecendo apenas sexo em troca. Mas pouco me incomoda isso em Janira. O que me incomoda é seu nome – e toda a inutilidade por trás de eu ainda ter devaneios no meio da tarde.
Passei a tarde toda, sem sentir falta de meus remédios (inúteis).
Por isso, ainda quero parar de olhar.
Ou, acompanhar.
O compasso.
Não foi valsa nem fumar maço.
De cigarro ou de... Qualquer.
Com o pano enrolo meu punho.
Esquerdo, pois sou de outro mundo.
Farei em pedaços.
O vidro
Em estilhaços.
Agora tenho vista panorâmica.
Sem
Compass
o.
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