Perdas
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Perdas
por Snoopy Qui Jan 24, 2013 8:57 pm
Preciso de ter um momento só para mim, para que possa compreender tudo o que se passa na minha cabeça, na minha alma, no meu coração...
Tenho a cabeça confusa com ideias, com receios e com frustrações.
A alma perdida, sem saber a quem pertence.
O coração ferido, com sentimentos confusos e com medos.
Questiono quem realmente sou; podia descrever-me de mil e uma formas, mas nunca descobriria quem eu sou realmente.
Onde estaria aquela pessoa, aparentemente fria, tímida, que nada afetava, mas que para os amigos era divertida e também querida, enquanto bruta ao mesmo tempo? Onde estaria? Mais uma questão por responder.
– Menina Anne, precisa de alguma coisa? – Diz a figura masculina de meia-idade, alta e com alguns quilos a mais, já com uns cabelos brancos, do lado do sofá onde permaneço sentada.
Saio dos meus pensamentos surpreendida e ali está o meu fiel mordomo, motorista e também conselheiro, o Peter.
– Peter… – será que devo fazê-lo?
– Sim, menina? – Peter mantém a sua postura profissional.
– Leva-me ao cemitério. – Olho-o nos olhos, ele demonstra preocupação. Viu-me tantas vezes assim transtornada e nunca demonstrou, num só olhar, tanta preocupação. Estarei mais transtornada do que nas vezes anteriores?
Eu sei que devo fazer isto, mas estarei preparada? Valeria a pena fazê-lo neste momento? Ou deixá-lo-ia para outra ocasião?
Mas porquê? Porquê? Porquê? Porque é que o meu pensamento não para de colocar questões? Tenho imensas perguntas por fazer mas todas elas sem respostas. A vida não seria mais simples se tivéssemos alguém para responder a todas as nossas dúvidas?
– Menina…? – Peter observa-me pelo espelho do carro. Estamos já em andamento e ele conduz com algum receio.
– O que foi, Peter? – Olho sobre o horizonte. Não tenho vontade de conversar com quem quer que seja, mas Peter tem sempre algo de reconfortante a dizer. – Posso ir consigo ao cemitério? – A sua voz apresenta tristeza e sofrimento. Afinal, não estou apenas eu a sofrer pelos últimos acontecimentos.
– Sim, Peter.
– A menina permite-me que compre flores para deixar na campa? – Peter receia que recuse tantos pedidos, mas como posso eu fazê-lo? Peter é o meu segundo pai, conhece-me desde que nasci, cuidou sempre de mim enquanto foi necessário e também quando não o foi.
– Permito, Peter. Compra uma coroa também, eu depois transfiro o valor para a tua conta.
Sinto-me vazia. Já nada me prende a este mundo. Valeria a pena cometer suicídio? O que diriam e o que pensariam os meus pais e a minha irmã sobre isto, se ainda estivessem vivos?
Peter chega silenciosamente e decora a campa.
Lágrimas escorrem pelo meu rosto; perdi a última pessoa da minha família, que cuidara de mim até ao último minuto e é a primeira vez que a visito no cemitério depois… depois do seu desaparecimento. E agora? E agora quem cuidará de mim?
Peter abraça-me também com lágrimas a escorrer-lhe pela cara. Há tantos anos que isto não acontecia, nem sei dizer, ao certo, quando foi a última vez que eu e Peter nos abraçamos; certamente eu seria ainda uma criança.
– Eu cuidarei de si, menina! – Peter parece que me lê os pensamentos. Ele teve sempre este poder de saber o que estou a pensar, eu e a minha irmã, mas há mais de um mês que Peter não pode responder aos pensamentos dela. – Enquanto estiver por cá, cuidarei sempre de si. Não cometa nenhuma loucura! – Peter beija-me a testa e lá ficamos num abraço infinito.
Tenho a cabeça confusa com ideias, com receios e com frustrações.
A alma perdida, sem saber a quem pertence.
O coração ferido, com sentimentos confusos e com medos.
Questiono quem realmente sou; podia descrever-me de mil e uma formas, mas nunca descobriria quem eu sou realmente.
Onde estaria aquela pessoa, aparentemente fria, tímida, que nada afetava, mas que para os amigos era divertida e também querida, enquanto bruta ao mesmo tempo? Onde estaria? Mais uma questão por responder.
– Menina Anne, precisa de alguma coisa? – Diz a figura masculina de meia-idade, alta e com alguns quilos a mais, já com uns cabelos brancos, do lado do sofá onde permaneço sentada.
Saio dos meus pensamentos surpreendida e ali está o meu fiel mordomo, motorista e também conselheiro, o Peter.
– Peter… – será que devo fazê-lo?
– Sim, menina? – Peter mantém a sua postura profissional.
– Leva-me ao cemitério. – Olho-o nos olhos, ele demonstra preocupação. Viu-me tantas vezes assim transtornada e nunca demonstrou, num só olhar, tanta preocupação. Estarei mais transtornada do que nas vezes anteriores?
Eu sei que devo fazer isto, mas estarei preparada? Valeria a pena fazê-lo neste momento? Ou deixá-lo-ia para outra ocasião?
Mas porquê? Porquê? Porquê? Porque é que o meu pensamento não para de colocar questões? Tenho imensas perguntas por fazer mas todas elas sem respostas. A vida não seria mais simples se tivéssemos alguém para responder a todas as nossas dúvidas?
– Menina…? – Peter observa-me pelo espelho do carro. Estamos já em andamento e ele conduz com algum receio.
– O que foi, Peter? – Olho sobre o horizonte. Não tenho vontade de conversar com quem quer que seja, mas Peter tem sempre algo de reconfortante a dizer. – Posso ir consigo ao cemitério? – A sua voz apresenta tristeza e sofrimento. Afinal, não estou apenas eu a sofrer pelos últimos acontecimentos.
– Sim, Peter.
– A menina permite-me que compre flores para deixar na campa? – Peter receia que recuse tantos pedidos, mas como posso eu fazê-lo? Peter é o meu segundo pai, conhece-me desde que nasci, cuidou sempre de mim enquanto foi necessário e também quando não o foi.
– Permito, Peter. Compra uma coroa também, eu depois transfiro o valor para a tua conta.
Sinto-me vazia. Já nada me prende a este mundo. Valeria a pena cometer suicídio? O que diriam e o que pensariam os meus pais e a minha irmã sobre isto, se ainda estivessem vivos?
Peter chega silenciosamente e decora a campa.
Lágrimas escorrem pelo meu rosto; perdi a última pessoa da minha família, que cuidara de mim até ao último minuto e é a primeira vez que a visito no cemitério depois… depois do seu desaparecimento. E agora? E agora quem cuidará de mim?
Peter abraça-me também com lágrimas a escorrer-lhe pela cara. Há tantos anos que isto não acontecia, nem sei dizer, ao certo, quando foi a última vez que eu e Peter nos abraçamos; certamente eu seria ainda uma criança.
– Eu cuidarei de si, menina! – Peter parece que me lê os pensamentos. Ele teve sempre este poder de saber o que estou a pensar, eu e a minha irmã, mas há mais de um mês que Peter não pode responder aos pensamentos dela. – Enquanto estiver por cá, cuidarei sempre de si. Não cometa nenhuma loucura! – Peter beija-me a testa e lá ficamos num abraço infinito.
Última edição por Snoopy em Sex Jan 25, 2013 1:14 pm, editado 2 vez(es)
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Re: Perdas
por Anne Margareth Qui Jan 24, 2013 9:18 pm
Gostei da linguagem que utilizaste, é um pouco simples, mas fácil de perceber. Contudo, tens alguns erros ortográficos que penso que com o tempo irás habituar-te a não cometê-los.
Continua a postar...
Beijos,
Fan Joana Alvarenga.
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Beijos,
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Anne Margareth- Brontë
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Histórias Publicadas : -----------
A Força d'um Amor (+18) Tomo I: Amor Imortal -
Re: Perdas
por DeathlessNokas Qui Jan 24, 2013 9:44 pm
... XD tipo, eu betei-a e ela está com erros e faltas de acentos na mesma, Snoopy XD .... que eu tinha corrigido XD .
Quanto a conteúdo, acho que já te tinha dito; tem sentimento que é bem passado, a tristeza, a saudade, a necessidade de apoio e de alguém que ampare a protagonista... Isso é interessante.
Boa história!
Quanto a conteúdo, acho que já te tinha dito; tem sentimento que é bem passado, a tristeza, a saudade, a necessidade de apoio e de alguém que ampare a protagonista... Isso é interessante.
Boa história!
DeathlessNokas- Bocage
-
Re: Perdas
por Anne Margareth Qui Jan 24, 2013 11:51 pm
DeathlessNokas escreveu:... XD tipo, eu betei-a e ela está com erros e faltas de acentos na mesma, Snoopy XD .... que eu tinha corrigido XD .
Quanto a conteúdo, acho que já te tinha dito; tem sentimento que é bem passado, a tristeza, a saudade, a necessidade de apoio e de alguém que ampare a protagonista... Isso é interessante.
Boa história!
Lol! Desculpa então... :)
Anne Margareth- Brontë
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Re: Perdas
por DeathlessNokas Sex Jan 25, 2013 12:31 am
... Snoopy O_O , tu misturaste a versão não betada com a betada.. Por exemplo, eu lembro-me de ficar a tentar perceber o que era o "cimenteiro" quando li isso... e que só percebi depois que era "cemitério" quando li a palavra direitinha mais abaixo... XD
.. Mas, ao mesmo tempo, está aí pontuação que eu sugeri ... O.o estou confusa; que se passou?
.. Mas, ao mesmo tempo, está aí pontuação que eu sugeri ... O.o estou confusa; que se passou?
DeathlessNokas- Bocage
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Re: Perdas
por Fox* Sex Jan 25, 2013 12:15 pm
Como os erros ortográficos e de sintaxe já foram falados, passo à frente.
O teu tema é bom e tem muito pano para mangas, daí que ache que talvez devesses aprofundá-lo um pouco mais.
Achei o tom de tristeza e solidão que retratas muito bom e gostaria mesmo de ver mais estas personagens que foram abandonadas no próprio mundo :)
O teu tema é bom e tem muito pano para mangas, daí que ache que talvez devesses aprofundá-lo um pouco mais.
Achei o tom de tristeza e solidão que retratas muito bom e gostaria mesmo de ver mais estas personagens que foram abandonadas no próprio mundo :)
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