Prerogative
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Prerogative
Na tentativa de satisfazer expectativas alheias deparei-me com a as minhas defraudadas. Na incapacidade de entender o que sou converti-me numa boneca que se pinta e adorna ao ritmo dos ponteiros no relógio. Uma figura indefinida que se molda às necessidades e à volição que não são suas. Transfiguro-me para agradar. Remodelo para não sofrer. Porque é mais fácil seguir as instruções e não pensar. Optar é tarefa que endurece as mãos e faz coçar o couro cabeludo. Seguir a corrente é pacífico, pelo menos enquanto as ondas remarem baixo.
Não estou sedenta de amor. Faminta de me entregar ou me envolver, é coisa que não sinto, que por vezes nego… Encontro-me dividida entre a certeza e a privação. Questiono-me se valerá a pena ver-te partir e não mover um pouco mais para te ter mais perto. Hão dias em que me faz sentido. Hão dias em que, simplesmente, não. Ultimamente a primeira tem subido no meu conceito. De uns dias para cá a segunda tem vencido sempre, somente porque sou fraca. Estremeço ante a adrenalina de me ver derrotada pelo ideal de te ter e não alcançar. Paraliso pela sensação de me achar solitária na minha própria fantasia. Um sonho vivido a sós. Uma paixão que não ardeu em dois pontos, mas apenas num.
Em mim encerro a certeza que te amo. Em mim vislumbro doença jovial e imatura. Condeno o que habita dentro e transparece fora. Desprezo tudo aquilo que sinto e me repulsa por achar que sentir não o devia. Julgo como certo ou errado ou idiota os pensamentos que me detém horas antes de dormir. E concluo que a esperança de realização emocional jamais acontecerá para mim. Numa espera eterna eu me antevejo.
Não estou sedenta de amor. Faminta de me entregar ou me envolver, é coisa que não sinto, que por vezes nego… Encontro-me dividida entre a certeza e a privação. Questiono-me se valerá a pena ver-te partir e não mover um pouco mais para te ter mais perto. Hão dias em que me faz sentido. Hão dias em que, simplesmente, não. Ultimamente a primeira tem subido no meu conceito. De uns dias para cá a segunda tem vencido sempre, somente porque sou fraca. Estremeço ante a adrenalina de me ver derrotada pelo ideal de te ter e não alcançar. Paraliso pela sensação de me achar solitária na minha própria fantasia. Um sonho vivido a sós. Uma paixão que não ardeu em dois pontos, mas apenas num.
Em mim encerro a certeza que te amo. Em mim vislumbro doença jovial e imatura. Condeno o que habita dentro e transparece fora. Desprezo tudo aquilo que sinto e me repulsa por achar que sentir não o devia. Julgo como certo ou errado ou idiota os pensamentos que me detém horas antes de dormir. E concluo que a esperança de realização emocional jamais acontecerá para mim. Numa espera eterna eu me antevejo.
Re: Prerogative
Estar apaixonada e não ser amada de volta é sem dúvida uma das piores sensações de sempre. Conseguiste captar esses sentimentos neste pequeno texto, a dualidade de querer agarrar essa pessoa ou deixá-la ir, de querer esquecê-la mas não conseguir.
Bom começo aqui no fórum :)
Bom começo aqui no fórum :)
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