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Pequenos Gestos

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Mensagem por Nitinha Dom Mar 31, 2013 3:31 pm

Um rapaz, encostado a uma árvore no meio dos jardins do colégio, encontrava-se com o olhar perdido no lago enquanto um livro aberto repousava no seu colo. Na sua opinião não haveria melhor maneira de aproveitar a única tarde livre que possuía do que no lugar que mais o agradava, que sempre lhe proporcionava uma sensação de paz sem limites.

Com estes pensamentos vagueando pela mente do jovem loiro que os seus olhos desviaram-se da maravilhosa visão do lago e se fixaram, uma vez mais, no livro. Virou uma página e estava prestes a mergulhar, novamente, naquela emocionante história quando outra cena lhe inunda a visão e, naquele momento, não é o livro ou a maravilhosa paisagem que o rodeia que capta a sua total atenção mas sim um casal de mãos dadas, que acaba por se sentar perto de uma árvore a alguns metros do local onde o jovem se encontra.

A rapariga senta-se de frente para o namorado o que permite ao loiro ter uma visão do perfil do casal. O vento, um pouco forte, balança o cabelo longo da bela jovem fazendo-a, inutilmente, tentar mantê-lo no lugar. O moreno, vendo que a namorada falhara na sua tentativa, coloca gentilmente alguns fios de cabelo da mesma, que caíam suavemente à frente dos olhos azuis, atrás da sua orelha recebendo um pequeno sorriso de agradecimento pelo gesto.

Gesto que não pôde deixar de ser captado, minuciosamente, pelo loiro que não conseguia desviar o olhar da rapariga. Sem dúvida alguma ela era o mais interessante de ser notado, ela merecia mais a sua atenção e admiração mesmo nos minimos gestos que apenas o faziam prender mais a atenção nela e foi por isso que o loiro não conteve um minimo vestigio de sorriso surgir na sua face quando a admirou pegar o cabelo e amarrá-lo de maneira desajeitada e desordenada fazendo os cachos ruivos caírem graciosamente pelas suas costas.

Viu os lábios dela pronunciarem alguma qualquer frase que era impossível de escutar perante a distância a que se encontravam mas que fez com que o moreno sorrir e aproximar-se da namorada depositando um rápido beijo nos lábios naturalmente vermelhos.

Os minutos que se passaram foram preenchidos pelo silêncio. Silêncio que nenhum dos três jovens tencionava quebrar. O loiro continuava absorto nos minimos gestos da ruiva que dividia olhares entre o lago e o namorado e ajeitava qualquer fio de cabelo que, de vez em quando, lhe caia sobre a face enquanto o moreno sorria sempre que tal acontecia.

Pegou a mão da namorada e entrelaçou os dedos nos dela apertando um pouco, o suficiente para captar a atenção da ruiva que se distraíra olhando uma flor que se encontrava do seu lado.

Ao notar o gesto olhou o namorado e sorriu depositando um beijo nos seus lábios para, de seguida, fixar o olhar nas orbes esverdeadas e perder-se nos seus pensamentos que nada tinham que ver com o jovem que lhe sorria acariciando a sua face docemente.

O loiro apenas observava toda a cena e sorriu perante as conclusões que retirara da sua observação minuciosa do casal pois, apesar da bela ruiva manter um sorriso no rosto não era um sorriso verdadeiro, não era forçado tampouco, mas não era o sorriso Dela, o que tantas vezes se acostumou a observar iluminar a face da ruiva.

A mão da jovem, entrelaçada na do moreno, não fazia qualquer movimento por minimo que fosse, como se, de alguma maneira, aquele gesto não lhe fizesse qualquer diferença, como se ela se tivesse cansado dos carinhos que outrora o loiro a observara fazer naquela mesma mão em tantos outros momentos como aqueles.

Mas, apesar dessas observações, foram os olhos azuis celestes que lhe deram a total confirmação da sua teoria porque, apesar de o olhar da ruiva brilhar ao fitar as orbes esverdeados do namorado ele não era a razão desse brilho pois o loiro tinha a absoluta certeza que, apartir do momento em que a jovem fixara o olhar no moreno ela já não se encontrava naquele jardim com ele mas sim em qualquer outro local perdidam profundamente, nos seus pensamentos.

A prova disso estava, exactamente ali, no seu olhar vazio que denunciava que o que quer que o fizesse brilhar daquela maneira nada tinha que ver com o moreno que a fitava apaixonadamente, paixão à qual ela, apesar de ainda não ter notado e talvez tão cedo não o fizesse, não conseguia mais corresponder.

Essa era a conclusão a que o loiro chegara, conclusão que os gestos da jovem denunciavam tão facilmente para ele mas que passariam despercebidos a qualquer outra pessoa, mesmo até à pessoa que a olhava de forma apaixonada cego perante o facto da bela ruiva já não o amar.

O moreno levantou-se e estendeu a mão para a namorada ajudando-a a colocar-se de pé para, de seguida, começarem a afastar-se daquele lugar a passos lentos. O loiro vendo-os afastar-se estava pronto para desviar o rumo da sua atenção para o livro quando, num gesto lento e inconsciente a ruiva fixa o olhar nele.

Os olhos azuis celestes fitaram os azuis acizentados sem qualquer expressão aparente durante meros segundos até os desviar e fitar o namorado que colocou o braço sobre os seus ombros e ambos desapareceram do campo de visão do loiro quando atravessaram a entrada para o colégio.

Mas a mente dele ainda se encontrava a processar aqueles segundos que tinham sido mais do que suficientes para retirar outra conclusão naquela tarde. Porque enquanto ela o fitava as orbes azuis celestes, sem qualquer vestigio do olhar vazio anterior, brilhavam com o brilho que apenas o olhar dela possuía, o qual fora direcionado somente a ele.

Ao desviar o rosto em direcção ao namorado, o loiro não pôde deixar de notar que o pequeno sorriso que se formara nos lábios da ruiva era o sorriso tipico Dela, o primeiro sorriso verdadeiro que ela conseguira formar naquela tarde e ele sabia que o culpado desse gesto era apenas ele e, pela primeira vez, ser culpado de algo nunca o fez sentir-se tão bem.

Foi com esses pensamentos que o loiro abriu o maior sorriso que os seus lábios permitiam ao constatar que talvez, apenas talvez, houvesse uma minima hipótese apesar de tudo.Pequenos Gestos PequenosgestosPequenos Gestos Pequenosgestos
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Mensagem por Fox* Sáb Abr 06, 2013 11:27 am

Quando comecei a ler, estava à espera que o rapaz loiro, aquele que estava a ler, fizesse apenas uma descrição do que via e do que desejava que lhe acontecesse com uma qualquer outra rapariga. No entanto, a tua transição de eventos e a forma como ocorreu levou a um final um pouco inesperado e igualmente divertido (para o loiro, duvido que o namorado da rapariga ache o mesmo).
O texto está muito bem escrito e tem um bom ritmo, não muito acelerado e não muito lento, mas aconselho-te a rever algumas partes porque repetes certas palavras e expressões (lembrei-me do "orbes" porque as primeiras vezes que li cativaram-me mas as seguintes repetições perderam um pouco o encanto, na minha opinião) que quebram o ritmo.
Espero que não leves a mal a opinião pessoal!

E bem-vinda ao nosso fórum! Gostava de ler mais textos teus por aqui :D
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Mensagem por Nitinha Sáb Abr 06, 2013 2:47 pm

Muito obrigada por leres e principalmente por dares a tua opinião (claro que não levaria a mal, é a tua opinião e acho que tens razão, tenho de rever bem isso!) Eu publiquei alguns textos se quiseres ir ver :D
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