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Um Segredo de Outro Mundo

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Um Segredo de Outro Mundo Empty Um Segredo de Outro Mundo

Mensagem por Su'anne Dom Out 14, 2012 10:58 pm

Bem aqui trago uma das minhas historias que já escrevi vai lá uns bons anitos, estou a aproveitar e a rever toda a historia e modificar algumas coisas, espero que gostem^_^.

Os nomes das personagens vem de palavras japonesas cada um tem mesmo um significado que acaba por descrever a personagem.

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Capítulo Um


De onde viria toda aquela escuridão que me envolvia, aquele cenário era-me familiar, mas não me recordava onde já o tinha visto, e isso assustava-me. Sentia como se alguém me estivesse a espiar, mas não via ninguém no meio de toda aquela escuridão portanto só havia uma solução, reuni a coragem suficiente e perguntei para o ar.
– Quem esta aí?
Mas para minha infelicidade ninguém respondeu, no entanto a escuridão que me rodeava começou a desaparecer mostrando uma paisagem que eu conhecia perfeitamente, sim agora percebia o significado de toda aquela escuridão.
Quando comecei a caminhar, comecei a ouvir um som vindo de muito longe, ao princípio assustei-me mas depois reconheci aquele som.
Após ter reconhecido o som, já não me encontrava naquela paisagem que eu conhecia tão bem, mas sim no meu quarto. Com apenas uma janela que deixava entrar o calor do sol e aquecer o meu quarto. Com alguma dificuldade levantei-me e comecei a arrumar o material que iria precisar para o dia de aulas depois arranjei-me e segui para a faculdade.
Quando finalmente cheguei dirigi-me para a sala, ainda faltava algum tempo para a aula começar. Senti a porta da sala abrir mas não liguei pensando que era apenas um colega meu, mas no instante seguinte tinha os dois lugares ao meu lado ocupados, deixando-me no meio dos dois.
– Bom dia Shín. – disseram os dois.
– Bom dia – respondi aos dois.
– Então, hoje vais jantar connosco? – perguntou o que se encontrava a minha direita.
– Sim, Morí, vou. – respondi-lhe.
– Então, eu vou-te buscar as 19 horas a tua casa. – disse o outro.
– Estarei a espera Tamashii. – disse-lhe.
Tamashii e Morí eram dois dos meus melhores amigos, Tamashii tinha mais ou menos a minha altura, cabelo castanho e os seus olhos também eram castanhos, Morí também tinha mais ou menos a minha altura, só que era louro e tinha olhos azuis.
– Bem é melhor irmos se não chegamos atrasados as nossas aulas. – sugeriu Morí.
– Sim, tens razão.
– Então até logo. – despedi-me dos dois.
Ambos dirigiram-se para a porta e aí desapareceram.
O dia passou rápido e quando dei por mim já estava a voltar para casa. Quando já me encontrava em frente da minha casa, a escuridão do meu sonho começou a envolver-me, agora que sabia o significado desta comecei a assustar-me e fiquei paralisada, não conseguia ver mais nada além daquela escuridão até que ouvi vinda de trás de mim.
– Shín estás bem?
A voz tinha um tom preocupado, quando me virei para trás toda a escuridão desapareceu e eu vi o Tamashii.
– Sim, estou. – respondi a sua pergunta, mas ainda um pouco assustada.
– Tens a certeza? Pareces assustada.
– Sim, tenho. – respondi um pouco mais calma. – O que fazes aqui, não me vinhas buscar só as 19horas? - perguntei.
– É que sai mais cedo de casa e decidi vir ter logo contigo, assim também podemos ir um pouco mais cedo. – respondeu.
Olhei de relance para o relógio, eram 18horas, quanto tempo teria ficado ali a porta.
– É melhor entramos um pouco, ainda é cedo. – propôs.
– Está bem.
Entramos os dois, acompanhei-o até a sala e depois fui arrumar as minhas coisas, e fui novamente para a sala para lhe fazer companhia.
– Desculpa perguntar outra vez, mas porque estavas tão assustada à pouco? – perguntou ele.
– Huh. Não foi nada, apenas lembrei-me de uma coisa. – respondi
– Tens a certeza? Tu estavas paralisada quando eu cheguei. – continuo ele.
– Sim, a verdade é que me lembrei de algo bem desagradável. – respondi.
– Tu sabes que podes contar comigo, se precisares de algo é só pedires. - disse por fim percebendo que não lhe diria mais nada.
– Sim eu sei, mas não tens que te preocupar.
Por fim saímos de minha casa para nos dirigimos ao restaurante onde nos iríamos encontrar com os restantes, a verdade é que já não via alguns a algum tempo.
Quando chegamos ainda só estavam presentes Morí, Inochi e Méi, mas não demorou muito até Torí chegar, depois de já estarmos todos dirigimo-nos para uma mesa vazia, e como sempre voltei a ficar entre Tamashii e Morí, a minha frente estava Méi, ela tinha apenas 15 anos, era pouco mais baixa que eu, tinha o cabelo castanho claro que lhe dava pelos ombros, ao lado dela e em frente de Morí encontrava-se Torí, também, como Méi, tinha 15 anos, sendo os dois, três anos mais novos que eu, Tamashii e Morí, Torí era mais alto que Méi, tinha o cabelo aloirado que brilhava a luz, do outro lado de Méi encontrava-se Inochi, ele tem 17 anos sendo mais novo que eu penas um ano, tendo a mesma altura que eu, e os seus cabelos de um preto bem intenso.
Como o silêncio pairava na nossa mesa decidi falar.
– Então Méi como vais?
– Eu vou bem, apesar de já estar cansada das aulas. – respondeu ela.
– Mas das aulas estamos todos fartos. – interferiu Torí.
– Sim isso é bem verdade. – disse Inochi.
– Que tal deixarmos o tema aulas de lado? É que vocês não são os únicos fartos delas. – propôs Morí.
Mas antes que qualquer um pudesse responder os pedidos chegaram.
Depois de jantarmos, decidimos ir dar um pequeno passeio antes de voltarmos para casa, fomos até um pequeno parque onde ficamos a falar sobre várias coisas. Quando começou a ficar tarde, todos foram para casa, a Méi, o Torí e o Inochi foram com Morí e eu fui novamente com Tamashii, ele fez questão de me acompanhar até a porta, ainda devia estar preocupado com o que tinha visto quando me tinha ido buscar, despediu-se com dois beijos, um em cada face, e depois esperou que eu entrasse em casa, e só depois foi embora, ainda antes de fechar a porta de casa disse-lhe.
– Boa noite Tamashii. E obrigada pela boleia.
Ele sorriu ligeiramente e depois fechei a porta. Nesta altura tudo me magoava imenso, por mais quanto tempo aguentaria sem contar a verdade. Esta era a pergunta que agora, como nunca antes, não saia da minha cabeça.
Teria que decidir o que fazer e tudo o que pudesse fazer poderia mudar tudo, mas tinha que lhe contar, não iria suportar que ele descobrisse de outra maneira.
Aquela escuridão que me envolvia em sonho, aproximava-se de mim na realidade e isso ainda me deixava mais preocupada. Como já era tarde decidi ir deitar-me, nesta noite voltei para o meio da escuridão, mas desta vez estava muito mais próxima de mim. Acordei sobressaltada a meio da noite, a única coisa que me lembrava do meu sonho foi algo, ou alguém, a sair da escuridão.
– O tempo está a acabar, tenho que me preparar.
Tentei voltar a adormecer, mas não consegui, quando a manhã chegou arrumei tudo e sai de casa em direcção a faculdade, quando cheguei dirigi-me a porta da sala, Tamashii e Morí estavam a minha espera.
– Bom dia. – cumprimentei-os quando cheguei mais perto deles.
– Bom dia. - disseram os dois.
– Estás nem Shín, pareces muito cansada? – perguntou Tamashii preocupado.
– Eu estou bem, só não consegui dormir muito.
– Não me parece que só não tenhas conseguido dormir, também pareces preocupada. – disse Morí.
– Não se preocupem eu estou bem. – respondi mentindo.
Tamashii deve ter percebido que eu estava a mentir, pois mostrava-se ainda mais preocupado, mas não disse nada, e ainda bem porque naquela circunstância por mais eu lhe quisesse contar, ali não o poderia fazer.
– Vamos Morí, temos que ir para a nossa sala – disse por fim.
– Sim tens razão. Até logo Shín. – concordou Morí.
– Até logo. – retribui.
Não aguentava mais, tinha que lhe contar a verdade, por isso segui-os até os dois se separarem e seguirem cada um para a sua sala, aproximei-me de Tamashii e chamei-o.
– Tamashii, espera, preciso de falar contigo.
Quando ele se virou para mim e se dirigiu na minha direcção, enquanto se aproximava tudo a minha volta começou a envolver-se na escuridão até que tudo desapareceu, a última coisa que me recordava era de uma voz a chamar pelo meu nome.
– Shín, estás bem? Shín!
Quando finalmente acordei, encontrava-me numa sala de paredes brancas, e ao longe ouvia duas vozes a falar entre si.
– Ela vai ficar bem? – perguntava um rapaz.
– Sim vai, ela deve estar a acordar, foi apenas do cansaço. – respondeu a outra voz, era uma voz de uma rapariga.
Por fim consegui perceber onde me encontrava, estava na enfermaria, comecei a levantar-me mas alguém me impediu.
– Não te levantes Shín, tens que descansar. – disse Tamashii que agora se encontrava a meu lado.
– O que aconteceu? – perguntei-lhe.
– Quando foste ter comigo desmaias-te. – respondeu-me.
– Desmaiei? – perguntei.
– Sim e agora tens que descasar, por isso vou-te levar a casa. – disse Tamashii.
– Obrigada. – agradeci-lhe.
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Out 15, 2012 11:05 am

Afinal o que é que ela está a esconder que tem de contar mas ainda não contou? Hum??

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Mensagem por Su'anne Seg Out 15, 2012 7:36 pm

O que será que ela esconde, será que ela ira lhe contar agora? possivelmente teras as respostas neste capitulo Pandora :D

espero que gostem do segundo capitulo ^_^
Capítulo dois

Quando chegamos a minha casa, Tamashii fez questão de me acompanhar até dentro de casa e como precisava de falar com ele não neguei.
Sentei-me no sofá e ele sentou-se na cadeira a minha frente.
– Agora é melhor descansares. – disse muito serio.
Apenas olhei para ele e não respondi nada.
– O que se passa? Nestes últimos dias tens agido de uma forma estranha.
– Há algo que te preciso de contar. – disse-lhe por fim.
– E o que é?
– Bem, eu, não sei como explicar. Na verdade eu não sou de cá. Venho de um outro lugar – respondi.
– Sim eu sei mudaste-te para aqui há três anos.
– Não, não estás a perceber eu não sou deste planeta.
– Tu só podes estar a brincar, isso não pode ser, é impossível. – disse ele com ar desconfiado.
– Não, não estou a brincar é a berdade. E o pior e que o siti de onde venho foi destruído por um ser chamado Aku, eu fui a única que conseguiu fugir e agora ele vem a minha procura. – continuei.
– Não isso não pode ser verdade, és igualzinha a nós como podes ser de outro mundo? – continuo ele ainda sem acreditar.
– A única forma que tenho para provar é usar os meus poderes. – disse.
– Não, não o precisas de fazer. Precisas é de descancar. – disse enquanto se levantava. – Pode ser difícil de acreditar no que me estás a dizer, mas tenho a certeza de que nunca me mentirias. – continuo enquanto se dirigia para a porta.
Deixei-o ir, voltaria a falar com ele noutro dia, aquilo já tinha sido demais para um dia. Depois de Tamashii ter ido embora, deitei-me no sofá e acabei por adormecer, não sei por quanto tempo fiquei ali a dormir, pois quando acordei já era de noite. Antes de me dirigir para o meu quarto decidi comer alguma coisa.
Desta vez não sonhei com a escuridão a envolver-me mas sim com a minha conversa com o Tamashii, nem enquanto dormia conseguia esquecer a forma como ele tinha reagido, mesmo que ele tenha dito que acreditava.
Como era sábado decidi ir dar uma volta até ao parque que estava perto da minha casa, já era habitual, mas fiquei surpreendida por ver Tamashii sentado num dos bancos.
– O que fazes aqui? – perguntei enquanto me aproximava dele.
– O que me contas-te ontem é mesmo verdade? – perguntou-me sem responder a minha pergunta.
– Sim, é tudo verdade. – respondi.
– Porque não me contas-te antes? – perguntou.
Agora olhava fixamente para mim.
– Não te contei antes porque pensava que nunca me encontrassem, e assim pudesse viver uma vida normal aqui. Mas não foi isso que aconteceu. – respondi olhando também para ele.
– Então se não tivessem vindo a tua procura, nunca me contarias nada? – perguntou enquanto se levantava e se dirigia para mim.
– Não sei, talvez contasse mas não agora. – respondi.
– Agora vais voltar a fugir? – perguntou enquanto.
Ainda, olhava para mim.
– Não, nas condições em que estou não posso ir a lado nenhum. Mas mesmo que pudesse não iria. – respondi olhando-o, para os seus olhos que mostravam alguma tristeza o que me preocupava .
– E se te capturem? – perguntou no tom preocupado. – O que te vai acontecer?
– Não sei, talvez desapareça para sempre. – respondi séria. – Mas tenho possibilidades de ganhar.
Tamashii não disse mais nada e começou a ir embora, mas antes que ele se afastasse perguntei-lhe.
– Preferias que te tivesse contado mais cedo?
– Talvez. – respondeu sem olhar para mim. – Talvez tivesse sido mais fácil, agora preciso de algum tempo para pensar. – continuo e recomeçou a andar.
Não fiquei muito mais tempo e também foi para casa, no caminho pensava no meu tempo limitado, teria que me preparar para quando o tempo terminasse, mas será que conseguiria? Só de pensar no que tinha que fazer sentia um arrepio frio a passar por mim.
O fim de semana passou rapidamente, e eu voltara a sonhar com aquele alguém a sair do meio da escuridão mas continuava sem conseguir ver quem era.
Quando cheguei a porta da sala onde iria ter a minha aula vi apenas Morí a minha espera.
– Bom dia Morí. – disse ao chegar perto dele.
– Bom dia Shín. – disse ele sorrindo-me.
– Onde está o Tamashii? – perguntei.
– Acho que seguiu directamente para a sua sala, não sei porque, mas parecia que estava muito pensativo.
– Ah. Quando é que é o nosso próximo jantar? – perguntei mudando de assunto.
– Ainda não está nada combinado. – respondeu.
– Quando souberes algo diz-me. Bem agora é melhor eu entrar. Vemo-nos depois.
– Até logo, então.
O dia passou depressa, mas não consegui ver uma única vez Tamashii, procurei-o por todos os lados e não o encontrei.
Acabei por desistir e voltar para casa, no momento em que estava a abrir a porta comecei a ouvir uma voz sombria dentro da minha cabeça.
“O tempo está a contar, em breve saborearei a minha vitoria sobre ti princesa.”
Enquanto a voz falava o meu corpo paralisou por completo, não me conseguia mexer nem um milímetro, quando finalmente consegui mexer-me vi que Méi se encontrava mesmo ao meu lado.
– Olá Méi. – cumprimentei. – O que fazes aqui?
– Olá. Eu preciso de falar contigo. – respondeu-me. – É sobre o Tamashii.
– Sobre o Tamashii? – perguntei preocupada.
– Sim sobre ele.
– É melhor falarmos dentro de casa. Entra. – disse-lhe enquanto abria a porta.
Méi entrou logo atrás de mim, fiz-lhe sinal para que ela se sentasse no sofá enquanto eu arrumava as minhas coisas. Arrumei os materiais rapidamente e dirigi-me para a sala onde me sentei ao lado de Méi.
– O que precisas de falar comigo? – perguntei.
– Ontem vi o Tamashii e ele parecia muito triste… - começou.
Ele estava triste? Da última vez que o vira ele parecia preocupado e não triste, agora estava a ficar mais preocupada.
– …mas também parecia muito zangado com algo.
– Zangado? – perguntei confusa.
Méi assentiu e depois continuo.
– Como vocês se dão muito bem pensei que soubesses de alguma coisa.
– Sim, acho que sei a razão mas não te posso dizer.
– Compreendo, mas acho que devias falar com ele, já que ele é tão especial para ti. – disse Méi.
– O que queres dizer com isso? – perguntei confusa.
– Tu sabes muito bem. Eu não sei porque razão ele está assim, mas tenho a certeza que só tu o podes ajudar. – respondeu.
– Méi, na verdade eu não o posso ajudar muito… - comecei mas ela interrompeu-me.
– Isso não é verdade, sempre foste a única que o conseguiste ajudar, e tenho a certeza de que isso não vai mudar agora.
– Não, ele está assim por causa minha. – continuei.
Méi parecia confusa e ficou calada durante algum tempo.
– Desculpa, eu não sabia. É melhor ir andando.
– Não tens que pedir desculpa, tu não sabias.
Méi levantou-se e dirigiu-se para a porta, eu acompanhei-a.
– Então até outro dia. – despedi-me dela.
– Sim até outro dia. – disse Méi.
Depois de Méi ter ido embora fiquei a pensar no que ela me tinha dito, ainda não compreendia porque aquela reacção dele.
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Mensagem por Su'anne Dom Dez 09, 2012 1:18 pm

Finalmente o 3º capitulo, peco desculpa pela a ausencia mas tenho estado cheia de trabalhos na faculdade D:, espero que agora consiga vir mais regularmente fazer o update da historia. espero que gostei e comentei :)

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Capitulo três

No dia seguinte, quando vi que Morí estava sozinho, a minha espera, perto da porta da minha sala, antes dele me ver dirigi-me a sala onde Tamashii iria ter aulas. Quando lá cheguei ele estava a porta, vi que ele vacilava.
– Bom dia. Posso falar contigo? – perguntei quando já estava mais perto dele.
– Bom dia. – disse ele espantado por me ver ali. – Eu não tenho nada para falar contigo Shín. – respondeu-me.
– Mas eu tenho. – disse-lhe. – E não me vou embora sem falar contigo.
Ele olhou para mim espantado, e depois disse.
– Fala então, estou-te a ouvir.
– Primeiro tenho que te pedir desculpa, por ter-te contado o que contei, não te deveria ter preocupado. Mas és o único em quem eu confio. – começei.
– Obrigado por confiares em mim. E podes continuar descansada que eu não vou contar a ninguém. – disse-me.
– Espera eu ainda não acabei. Eu confiei em ti, não apenas porque eras meu amigo ou por ter a certeza que não contarias a ninguém, até ontem eu não percebia também a verdadeira razão. – continuei.
– O que queres dizer? – perguntou.
– Ontem enquanto pensava apercebi-me que a verdadeira razão por te ter contado era porque és o meu melhor amigo e porque… - comecei, mas comecei a hesitar.
– Porque? – perguntou.
Não consegui aguentar mais.
– Porque te Amo. – disse-lhe e as minhas pernas começaram a mexer-se.
Quando dei por mim estava a correr na direcção do pátio da faculdade.
Não tive coragem de ir as aulas, fiquei ali no pátio a contemplar o céu, quando os alunos começaram a sair, o meu sossego terminou, agora era eu que não queria encarar Tamashii, por isso também foi embora.
Estava já perto de casa quando Morí apareceu mesmo ao meu lado.
– Hoje não te vi na faculdade. – disse enquanto caminhava ao meu lado.
– Pois tive um pequeno assunto para resolver. – respondi-lhe.
– Um assunto? – perguntou-me.
– Sim um assunto, mas agora não estou com disposição para falar disso agora. – respondi-lhe.
– Tudo bem. Só estava preocupado. – disse enquanto parava a minha frente. – E, eu preciso de falar contigo.
– Desculpa Morí, eu hoje não estou muito bem, podemos falar noutra altura? – perguntei-lhe enquanto me desviava e continuava a caminhar.
– Mas é importante. – disse, mas depois de olhar para mim continuo. – Está bem, falamos noutro dia.
– Obrigada Morí. – disse-lhe. – Bem então adeus.
– Adeus. – despediu-se de mim.
Após ter-me despedido de Morí continuei o resto do caminho que me faltava para chegar a casa. Dirigi-me para o meu quarto e estendi-me na minha cama, escutando o silêncio que pairava a minha volta, silencio que não durou muito, comecei a ouvir um terrível som vindo de todos os lados, mas não foi aquele som horrível que me assustou, mas sim o grito de dor e de sofrimento que se ouviu antes de uma enorme sombra Negra aparecer a minha frente.
– Olá querida princesa. – disse a sombra Negra.
– Aku, que fazes aqui? – perguntei algo irritada.
– Tu sabes o que eu vim fazer. Falta pouco tempo para que a tua protecção contra mim desapareça, e quando isso acontecer estarei ao pé de ti. – respondeu.
– Não conseguiras o que queres. – disse-lhe.
– Veremos isso na altura certa. – disse e desapareceu e enquanto desaparecia continuo. – Terei tudo o que é teu.
O que é que ele queria dizer com aquilo. Agora mais que nunca tinha que me preparar para o enfrentar. Teria que sair dali durante algum tempo, mas não podia dizer nada aos meus amigos, teria que mentir a todos. A todos menos a um.
Telefonei para Méi e pedi-lhe que viesse ter comigo, enquanto esperava por ela escrevi uma carta para Tamashii que dizia.

“Tamashii,
Desculpa dizer-te por carta o que vou fazer, mas não tive coragem suficiente para ir falar contigo.
O meu tempo de espera está a terminar e eu preciso de me preparar, por isso tenho que ir embora durante algum tempo.
Apenas espero que tu e os outros fiquem bem. Voltarei em breve.
Desculpa por tudo o que te fiz passar, e se por alguma razão e eu não voltar, espero que me perdoes.

Adeus Shín.”

Guardei a carta num envelope com o seu nome escrito e pousei a carta em cima da minha cama, pouco depois ouvi o som da minha campainha, deveria de ser Méi por isso dirigi-me para a porta, mas quando a abri a porta fiquei surpreendida.
– Tamashii. – disse eu ainda desorientada.
– Sim sou eu, estavas a espera de outra pessoa? – perguntou.
– Por acaso estava a espera da Méi. – respondi.
– Ouh. Desculpa se te desiludi. – disse-me.
– Não. Entra, não fiques aí a porta. – disse-lhe.
Ele entrou e dirigimo-nos os dois para a sala, ele sentou-se ao meu lado no sofá.
– O que vieste cá fazer? – perguntei um pouco curiosa.
– Precisava de falar contigo. Hoje de manhã não me deixas-te falar muito. – respondeu.
–Desculpa. – disse-lhe.
– A razão pela qual fiquei tão preocupado após teres-me contado quem realmente eras, foi de saber que poderias desaparecer de um momento para o outro, eu estava preocupado pela tua segurança. Eu não suportaria ficar sem a minha melhor amiga e por isso comecei a afastar-me, pensava que desta forma me custaria menos, se algo te acontecesse, mas sempre que pensava nisso…eu não conseguia suportar. – disse com uma voz triste.
Afinal ele não estava zangado comigo, estava apenas preocupado com a minha segurança. Levantei-me e dirigi-me ao meu quarto para ir buscar a carta para lhe entregar.
– Toma. – disse-lhe entregando a carta quando cheguei a sala. – Mas lê-a apenas quando tiveres em tua casa. Prometes. – pedi.
– Prometo. – disse enquanto pegava na carta.
No momento em que Tamashii pegou na carta ouviu-se novamente a campainha, desta vez era Méi, quando fiz sinal para ela entrar, Tamashii encontrava-se junto da porta.
– Bem eu vou andando, vemo-nos depois. – disse ele enquanto saia.
– Ele veio ver-te? – perguntou Méi.
– Sim. – respondi enquanto caminhávamos para a sala.
– O que querias falar comigo afinal? – perguntou depois de se sentar.
– Bem, sabes que eu não gosto de me despedir, por isso ia te pedir um favor. – comecei.
– Que favor? – perguntou confusa.
–Eu vou ter que viajar durante algum tempo, só que não quero me despedir. – respondi.
– Entendi, não te preocupes. Podes ir descansada. – disse-me.
– Obrigada. –
– Quando é que vais? – perguntou.
– Hoje. –
– Já! Quando é que voltas? – perguntou-me.
– Ainda não sei. –
– Então é melhor ir andando. Deves ter muito que fazer. – disse ela.
– Se queres ir já embora, se quiseres ficar mais um pouco podes ficar. – disse-lhe.
– Não eu vou, tens que preparar as coisas para ires. – disse com alguma tristeza.
– Não te preocupes, eu vou tentar não demorar muito. – prometi-lhe.
Após Méi ter ido para casa preparei-me para sair, mas quando já estava longe da minha casa vi que alguém estava um pouco mais a frente, como se estivesse a minha espera.
– Vais-te mesmo embora? – perguntou.
– Sim. – respondi.
– Porque? Porque é que não dizes-te pessoalmente? – perguntou-me.
– Porque não tinha coragem para ver a tua reacção. – respondi.
– Pedes desculpa do que? Queres que te perdoe do que? Não és tu quem tem que pedir desculpa, sou eu, e não sou eu quem tem de perdoar, mas sim tu. - disse enquanto poisava a suas mãos nos meus ombros. – Não vás, por favor. – pediu.
– Tamashii. Não posso ficar, tenho mesmo que ir. – disse-lhe com os olhos molhados.
– Não, por favor. Não vou suportar pensar que poderás não voltar. – disse ainda agarrando os meus ombros, mas agora olhava-me bem dentro dos meus olhos.
– É por isso que peço desculpa, por fazer-te sofrer tanto. – disse-lhe.
– Porque vais? – perguntou-me.
– Vou porque tenho que me preparar. – respondi.
– Quando vais voltar? – perguntou aproximando-se.
– Não sei, só voltarei quando estiver pronta. – respondi-lhe.
– Deixa-me ir contigo. – pediu.
– Não podes, preciso de ficar sozinha. – disse-lhe.
– Que injustiça. – disse ainda olhando-me nos olhos.
Eu já não sabia o que mais poderia dizer, apenas o vi a olhar para os meus olhos, de onde, agora, corriam lágrimas, ele largou um dos meus ombros e com a mão começou a limpar as minhas lágrimas.
– Por favor, não chores, se não, não conseguirei deixar-te ir. – disse enquanto limpava a última da minha cara. – Promete-me que voltaras, são e salva. – pediu.
A mão que limpara as minhas lágrimas ficara a acariciar a minha cara.
Eu não lhe podia prometer algo que nem eu sabia, não sabia o que dizer e apenas retribui o olhar fixante.
Ele largou o outro ombro e pousou a mão nas minhas costas e com a outra fez o mesmo. Eu não suportava mais e abracei-o com toda a minha força, e ele retribui-o o abraço.
– Volta, é tudo o que te peço. – sussurrou ao meu ouvido.
Fiz um esforço para não chorar, outra vez. Soltei-me daquele abraço e comecei a virar-me para ir embora, mas ele agarrou o meu braço e voltou-me a pôr-me de frente para ele, e logo de seguida beijou-me. Era um beijo ardente, um beijo com todo o seu amor.
– Estarei a tua espera. – disse por fim.
Eu tinha que ir, e voltar e teria que ganhar, e já não me restava muito tempo.
Quando já estava longe de Tamashii, não consegui conter mais as lágrimas.
De repente ouvi um grito, igual ao que tinha já escutado quando Aku apareceu, era um grito cheio de dor e sofrimento, corri para ver de quem era o grito. Quando já estava perto da origem do grito este parou, mas vi um corpo caído no chão, aproximei-me para ver quem era, e para mina infelicidade era o corpo de Tamashii que se encontrava desmaiado no chão.
– Eu avisei-te que ficaria com tudo o que era teu. E isto é apenas o começo. – disse uma voz vinda detrás de mim.
– O que lhe fizeste? – perguntei furiosa.
– Por agora nada de especial, apenas está inconsciente e a ter constantemente o mesmo pesadelo. E não vale a pena tentar acorda-lo, porque não vais conseguir. – respondeu.
– Vais pagar pelo que fizeste. – disse revoltada.
– E o que pensas fazer nas tuas condições? – perguntou.
Aku tinha razão, no estado em que me encontrava não podia fazer muito contra ele. Não tinha outra hipótese, utilizei o meu poderes para tira-nos dali.
Tentei de tudo para o acordar mas nenhum dos meus poderes resultava, já não sabia o que mais poderia fazer.
– Tens que acordar Tamashii. – sussurrei-lhe ao ouvido com as lágrimas a correrem-me pela cara.
Encostei a minha cara ao seu peito enquanto proferia as mesmas palavras vezes sem conta, uma a seguir a outra.
Não sei quando adormeci, mas agora uma luz ofuscante debatia-se para que eu abrisse os olhos. Quando abri finalmente os olhos percebi que algo não estava igual, ate que ouvi uma voz a sussurrar algo atrás de mim.
– Finalmente acordas-te.
– Tamashii, estás acordado? – perguntei confusa.
– Não era suposto eu estar acordado, depois de derramares tantas lágrimas em mim e não parares de dizer para acordar? – perguntou.
– Do que te lembras depois de eu ter ido embora? – perguntei ainda mais confusa.
– Um homem coberto com um manto negro, ele disse qualquer coisa mas eu não me lembro, penso que depois desmaie. – respondeu.
– Era Aku. Ele enfeitiçou-te. – informei-o
– Parece que não resultou. – disse.
Algo não estava bem, e eu teria que descobrir antes que fosse tarde de mais.
– Bem é melhor voltares para casa. – disse-lhe
– Mas já estou aqui contigo. Porque tenho que voltar, ele poderá vir atrás de mim outra vez. – disse ele.
– Não é aqui que vou ficar, e já te tinha dito que tenho ficar sozinha. – informei-o.
– Oh está bem então, eu volto para casa. – disse meio triste.
Fiz com que Tamashii volta-se para casa, e depois segui o meu caminho, agora chegara a hora de me preparar com os mais duros dos treinos.
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