Tonight The World Dies

Nós estamos acabados, arruinados... nada, não sobrou nada, nem mesmo velhos e empoeirados cacos que ilustrem a nossa história.
No meu peito: apenas um vazio se vê.
Eu quero fazer de mim um ser livre, mas sinto-me aprisionada pelas correntes do passado, pelas memórias adocicadas e outrora felizes.
Eu quero descalçar-me, andar totalmente vestida à chuva, partir vasos, partir os laços que me ligam a ti!
Eu quero gritar a plenos pulmões que voltes, apesar de saber que tal proeza é impossível. Quero correr por caminhos desconhecidos, quero viver aventuras nunca imaginadas, quero ver coisas que nunca ninguém viu!
Mas acima de tudo, sabes o que quero?
Esquecer as escolhas erradas e inconsequentes do passado que te levaram a partir, sorrir, ser feliz, curar o meu coração quebrado, fechar os meus olhos e ver o que mais se estende além desta tristeza, quero gritar que perdi a cabeça, fazer os outros sentirem a minha dor, pedir que me encontrem nos meus melhores dias e me ajudem a encontrar o caminho de volta à alegria que me espera. Quero tirar umas férias, talvez permanentes, longe deste local, quero esquecer o toque das tuas mãos, os teus cálidos beijos nas noites gélidas, quero deixar de me sentir sozinha, mas que escolha tenho? Às vezes a única condição de esquecer algo é passar pela dor causada por tal facto... só quero que fiques a saber que te dei o meu coração e aquilo que tínhamos era o sentimento mais sincero e puro que alguma vez tive hipótese de experimentar, mas agora que partiste... tornou-se também o sentimento mais doloroso alguma vez sentido pelo meu ser.

Que bonito minha gémea, muito bonito mesmo. E o mais esquisito é que sinto o mesmo.. ADOREI.

A escrita, os desabafos, a forma a qual te espressaste, amei mesmo. Tou toda melosa agora. Parabéns.

Mia, quando voltas é em grande!
É bom ver um texto de expressão assim, de desejo e anseio, de pura liberdade! Acho que passaste ao leitor muito bem toda a necessidade de libertação e fuga do texto!
Bem vinda de volta, Mia :D