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A Força d'um Amor (+18)

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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Anne Margareth Dom Out 27, 2013 7:22 pm

Capítulo XVII - Desconfianças
E, por fim, a D. Clotilde é a única que ainda tem marido, é uma beata de primeira que gosta de comentar a vida dos seus vizinhos quase toda até onde lhe der a autorização para coscuvilhar. Não gosta de Sónia, vê-a como uma vadia pela profissão que tem, acha que é dinheiro mal ganho que vem do diabo onde é que já se viu no meu tempo, havia de ser bonito… mas tenta tolerar por respeito a Scott, que é uma ternura de vizinho. Agora que o casamento acabou, só espera que Sónia acabe por vender a casa e sair dali.
- Isto hoje já não há educação. – Profere D. Clotilde – onde é que já se viu entrar aqui e não cumprimentar uma pessoa?
- Esta não é a Lisa Valentino? – Indaga Noémia que toca no braço de Isilda.
- É, sim, e é bem parecida com a mãe. – Toma a palavra Isilda.
- Olhem, deixem que também não se parece com uma grande peste.
O número sessenta e cinco aparece no ecrã. Lisa levanta-se e dirige-se ao balcão. Um senhor de bata branca espera-a, ela entrega a senha e tira os óculos de sol.
- Ora boa tarde – cumprimenta o farmacêutico com um belo sorriso – então o que é que vai ser?
- Um teste de gravidez, por favor.
- Tem preferência pela marca?  
- Pode ser o Clearblue Digital.
- Ok! – O farmacêutico vira-se e procura o teste. Não está exposto, entra numa espécie de gabinete.
- Isilda, o que a cabeça de víbora quer? – Investiga D. Clotilde                        
- Não sei, não dá para ouvir. – Declara D. Clotilde, aproximando-se do expositor para ouvir melhor. O farmacêutico regressa ao balcão trás uma embalagem nas mãos.
- Tem receita?
- Não
- ok! Então siga as instruções… – fala ao registar e mete dentro de um saco plástico – são só vinte e nove euros, vai pagar a dinheiro?
- Não dá para usar cartão?
- Dá querida, claro que sim… – Lisa dá-lhe, o cartão dourado, o farmacêutico passa no Multibanco – marque o código.
Lisa marca, põe os óculos e espera pela conta. Mete tudo dentro do saco plástico e sai pela porta que entrou. Na rua caminha de olhos postos no chão, braços sobre a barriga, em direcção a casa. Entra para dentro e sobe as escadas até ao seu quarto. Põe o saco no armário, a mala no bengaleiro, vai à casa de banho, e senta-se na sanita, o período estava atrasado. Lisa sente cheiro de laranjas:
- Estranho! Não há laranjas neste tempo.
Volta para o quarto, olha para a mesa-de-cabeceira, o relógio digital marcava catorze horas.

No teatro, Pipa e Sónia conversam:
- Tu já viste o estado de Lisa, deixa-me preocupada. – Comenta Sónia.
- Realmente, até a mim … – deduz Pipa com um ar incomodado – mas não te preocupes, Sónia que não deve ser nada.
- Deus queira que não, e se for aquilo que estou a pensar… ai! – Grita de terror – Deus nos, livre é que a Lisa está como quando eu estive grávida!
- Sónia! Sónia! – Pipa acena a cabeça em negação – como é que queres que ela esteja grávida, se nem namorado tem?!
- Eu sei, eu sei que é de mais até para a miúda mas o que é que se pensa assim numa ocasião, ela está atrasada.
- Atrasada?!
- Sim a menstruação… tenho medo. – Declara Sónia – é que depois John pode acusar-me de ser uma péssima mãe e ficar com a guarda de Lisa.  
- Sónia isso não vai acontecer… tu és uma óptima mãe. Alias, John adora-te!
- Obrigada Pipa, muito obrigada – agradece-lhe Sónia – eu não sei o que seria de mim sem ti.
- Parva.

*
Sérgio entra para a biblioteca com Tomás e toca numa estante, que roda mostrando uma abertura. O melhor amigo de Pedro aproxima-se, espreita para dentro da garganta, vê só uma escada que vai dar a parte incerta, iluminada por tochas que ardem. O vereador da Câmara Municipal entra naquele sítio escuro, perseguido de Tomás. A escada estreita construída em cimento leva a um espaço amplo, no fundo com janelas com madeira pregada por fora, um cheiro de mofo, filtra no nariz de Tomás, uma cama no centro com um colchão de palha, uma pessoa em tronco nú acorda com as mãos e os pés atados. Tenta-se soltar mas é em vão.
Transpira, o suor corre no peito cabeludo.
- Onde estou? – Pergunta insensatamente, olha em redor à procura de respostas, – está aí alguém? Socorro… – Pedro Grita.
Tomás aproxima-se de Pedro, o cheiro a suor aumenta:
- Olá Pedro! O que é que te fizeram?
- Quem és? – A pouca luz daquele lugar, e o facto de estar constantemente a dormir, deixam-no confuso.
- Tomás, o teu melhor amigo, Pedro.
- Então tira-me daqui, deste lugar horrível, por favor!
- Não posso, não posso. – Tomás ajoelha-se no chão ao pé de Pedro e chora – se eu pudesse, meu bom Pedro.
- O que é que aconteceu? – Pergunta Pedro.
Mas tudo o que obtém em troca é uma picada no braço. O líquido mistura-se com o sangue, que arde, nas veias, Pedro abre bem os olhos e levanta a cabeça mas um terrível cansaço abateu sobre ele que o obriga a fechar os olhos de novo, a cabeça batendo em cima da almofada de palha. Pedro adormece.
Tomás despede-se dele, prometendo que o virá visitar todos os dias até ao dia em que ele deixar este mundo. Sobe com Sérgio, cabisbaixo. À entrada da biblioteca, olha para trás, antes de Sérgio fechar a entrada.
Tomás dirige-se para uma cadeira, senta-se nela, triste por ver o amigo de longa data assim. Sérgio avalia-o, mais uma vez:
- Então rapaz! Estás assim porquê?
- Pelo Pedro, não há mesmo salvação…
- Não sei, o médico, diz que não. Mas eu não acredito. Não posso viver sem Pedro, Tomás, ele é precioso demais para mim.
- Não é só para si, tio – profere Tomás com dificuldade em segurar as lágrimas – também o é para mim.
- Eu sei, eu sei Tomi, tu serás sempre um amigo.
- Obrigado tio, mas eu não sei como vou sobreviver à morte de Pedro. – Confessa por fim – Ele marca-me tanto.
- Olha, ele ainda não morreu, pois não? Por muito que nos custe temos que aceitar o destino sem olharmos duas vezes para trás. Força! - Sérgio abraça Tomás que chora. – Coitado do Pedro! Tão novo e tanto para viver…
Sérgio já não duvida da fidelidade de Tomás. Sabe que pode confiar nele, tal como o seu filho confia.
- Vá, olha uma coisa, os homens não choram, isto é aqueles que são Homens com um “H” maiúsculo – informa Sérgio – mas já vi que infelizmente, não o és…
- Tio! Posso vir cá todos os dias ver Pedro?
- Podes… só tens é que me avisar em antes para eu cá estar, ok?
- Combinado.
Sérgio consegue fazer com que Tomás não chore. Despedem-se e este vai embora quando a lua sobe no horizonte.

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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Walk Up Proud Dom Nov 03, 2013 5:26 pm


Capitulo XVIII –O Jantar
*
Em casa de Lisa, esta desliza até à cozinha e prepara o jantar. Quando Sónia e Pipa chegam, ela está a jantar batatas fritas e hambúrguer. Levanta-se e caminha para fora da cozinha e passa pela sala:
- Boa noite! – Cumprimenta.
Sobe até ao seu quarto e deita-se na sua cama, um nome vem-lhe à cabeça, Pedro, Pedro Silva Lobo. O que significa esse nome? Lisa dá voltas na cama e, cansada, acaba por adormecer.
Sónia, preocupada com a filha, passa pelo seu quarto, abre a porta, e ouve a respiração dela, que dorme profundamente.

Num Reino distante, Lisa caminha por uma ponte construída na época romana, que data de 445 *. Ela traja um vestido cor de vinho, o céu azul por cima e um rio passava por baixo da ponte. Lisa olha para todos os lados e vê uma imensa selva.
Passa por um caminho uma carruagem puxada a dois cavalos quando as rodas de madeira desmontam-se e os cavalos são puxados pelo cocheiro. Um jovem galã sai fora do coche, Lisa vê-o, ele é alto, bonito, tinha porte atlético. Ele sobe para cima da ponte e caminha para ela com um sorriso nos lábios que mostra (sorriso) os dentes brancos que a fascinam. Ele aproxima-se dela.
- Boas tardes, minha senhora – Faz uma elegante vénia – quem sois? – Pergunta o jovem.
- Boas tardes! – Cumprimenta ela, fazendo uma delicada vénia – Lisa Scott. E vós?
- Pedro Silva Lobo.
Lisa acorda. Que coisa mais esquisita sonhar com o nome de Pedro outra vez, pergunta para si mesma quem era Pedro. Agora estava intrigada, quem seria Pedro? O que significaria Pedro para ela? Lisa agarra a almofada, e senta-se na cama, sente uma indisposição espontânea. Já agora o que significa os peitos aumentarem assim de volume? Eram perguntas para as quais Lisa ainda não sabia a resposta.      

*
Sérgio entra numa abertura, desce as escadas, aproxima-se da cama, e desamarra o rapaz. Pega nele ao colo, sobe as escadas, entra na biblioteca, senta o jovem, que dorme profundamente, na cadeira, abre a porta, pega nele e sai do escritório. Em seguida, sobe as escadas e entra no quarto de Pedro, deita-o no leito e algema-o à cama.
- Pronto, agora está bem melhor… – e sai do quarto deixando Pedro dormir, fechando a porta por fora.
Sérgio desce para a sala de visitas e prepara o seu whisky com duas pedras de gelo. Dora chega e senta-se num sofá a ler uma revista, não se falam desde que ele chegara a casa.
   
*
Um rapaz chega à sala e aproxima-se de uma senhora bastante gorda e muito idosa, que via a novela da noite.  
- Como é que estou?
- Ai tens, ens, ens a, a, a gravata, ta, ta torta, ta, ta – anuncia a avó levantando-se do sofá.
- Eu nunca vou acertar com o raio da gravata. – Declara o neto enquanto a avó lhe ajeita o nó que tinha na gravata.
- Prontos, tos, tos assim, im, im está, tá, tá melhor, or, or – diz a avó enquanto dá uma chapinha na cara do neto – lembra-te, te, te que, ue, ue, tens, ens, ens que ue, ue parecer, er, er bem, em, em, há, há, há Carla, la, la…
- Sim vóvó, eu sei. – Fala o neto com um largo sorriso – Avó sabe que aquilo que nutro pela Carla é sincero.
- Sim, im, im  eu, eu, eu, sei, ei, ei, Edgar, gar, gar! Bem em, em é, é, é melhor or, or, irmos, os, os andando, do, do.

*

Eulipia prepara o jantar enquanto Carla põe a mesa.
- Ai! Filha vai-te vestir, por amor de Deus! – Ordena Eulipia – só atrapalhas…
Carla não deixava de pensar em Tó. Sem abrir a boca, vai para o quarto e veste-se. Olha para a Lua que brilha aquela noite no alto do céu. Esta lança-lhe um olhar catito que unia, naquele momento, dois corações solitários. De repente, tocam a campainha e Eulipia abre a porta:
- Olá, boa noite, D. Olga. – Cumprimenta a amiga – Boa noite, Edgar.
Edgar puxa a mão de Eulipia, curvando-se sobre a mesma e encosta os seus lábios, depositando aí um beijo.
- Ah, que delicadeza. – Constata Eulipia.
- Boa noite, minha senhora.
Carla sai do quarto. Vinha trajada com um vestido preto elegantemente vestido, e com umas luvas nas mãos, os cabelos apertados para cima da cabeça e duas mexas de cabelo de oiro encaracolados que lhe caiem pelos lados da testa. Edgar fica embasbacado a olhar para aquela beleza.
- Boa noite. – Cumprimenta Carla.    

Debaixo de um alpendre Tó olha para a Lua, e suspira.
- Ui! Temos amor na costa? – Indaga Quimbé, sorrindo.
- O quê? – Questiona Tó assustando-se – Não é nada disso.
- Então? És bicha – troça Quimbé.
Quimbé é um rapaz branco que trabalha para Alex, tem vinte e um anos, vive no bairro, já esteve preso por uma coisa estúpida, e faz de tudo para voltar para a prisão. Vive no bairro Cabeço da Fonte, é um subúrbio social construído após o 25 de Abril de 1974. Os retornados construíram aquele lugar para aí sobreviver mas, há três anos para cá, a câmara municipal de Lisboa tem feito muitas modificações não só a nível do saneamento básico mas também a nível de infra-estruturas como a construção de uma casa com as condições mínimas de habitabilidade que, pelo menos ofereça as condições necessárias para que possam trabalhar, para assim poderem pagar quarenta e oito euros por mês à câmara de renda. Ora uma parte vive em casas, mas a maioria, que não tem trabalho e agora com a crise ainda seria pior, vive em casas improvisadas sem saneamento básico.

*

Desta vez o padre Bernardo dá uma volta sozinho pela sua paróquia e passa por Quimbé, este esbarra-se nele.
- Desculpa – pede Quimbé
- Estás desculpado – responde o padre Bernardo – És de cá?
- Sim sou, mas porquê queres saber? Tu não és de cá.
- Como sabes?
- Porque nunca te vi em antes.
- Tens razão, não sou de cá, vim para aqui.
- Vieste? Da onde…
- De África, eu sou padre e estive em África missionário…
Quimbé estava abismado.
- Não acredito… – Vocifra Quimbé
- Não acreditas em quê?
Quimbé vai-se embora, e padre Bernardo regressa pensativo. A Lua no céu acompanhava os seus humildes passos enquanto sobe as escadas de pedra. Entra pela porta dentro e caminha dentro de casa, vai para o seu quarto e ajoelha-se diante de uma cruz pendurada na parede perto da janela e põe as mãos em oração.
- Senhor, tende piedade, peço-vos perdão por aquele vosso filho que hoje encontrei e parece que não sabe quem sois.
_________________________________
*época Romana ocidental, a nossa, é até ao século V, 476.
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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Anne Margareth Qui Nov 14, 2013 6:24 pm

Capitulo XIX - Um estranho sonho pode levar a um novo amor





O luar desta noite está fraco, os candeeiros acessos com maior voltagem, os carros eram inexistentes.
A Avenida principal do bairro de Portugal, Avenida dos Beijos, leva ao largo do Amor no centro deste largo está uma rotunda que tem o S. Valentim com as suas setas, diz a lenda que quem passar nesse largo e tocar no santo será abençoado, e aquele que não o fizer é amaldiçoado para o resto da sua vida.  A Alameda vai conduzir a outra rua que sobe, chama-se a rua dos Encontros. No alto localiza-se uma vivenda cor-de-rosa de dois pisos com as portadas douradas no segundo andar existe uma varanda virada para o caminho, a porta de entrada localiza-se no primeiro andar, entrava-se para um grande salão que tinha um fogão de sala para os dias mais frios do Inverno, um plasma sobre a parede, em cima do chão rosa claro estava uma carpete cor de laranja, entre uns sofás amarelos passado a mesa com o tampo em vidro e as cadeiras, em madeira encontravam-se duas portas uma delas era de correr onde se situa o escritório de Afonso Rossi.
Ora, Afonso estava rodeado de papéis e dossiers abertos, lia atentamente projectos da nova colecção de roupa, que a linha Rossi iria lançar, quando ouve um truz, truz na porta:
- Entra Lino! – Ordena sem tirar os olhos dos papéis
- Dr. Afonso se me permite a pergunta – Rossi olha para o empregado devidamente arranjado – não vai precisar mais de mim, hoje?
- Não, Lino podes ir… – fala Rossi.
- Boa noite – Lino ia-se embora quando pára em frente a uma foto que mostrava uma jovem loira e sorridente, voltasse de novo para a secretária onde Rossi lê – Doutor desculpe o incomodo mas quando a menina vem? – Interroga o empregado.
- Espero que amanha, porquê?
- Não é por nada é que a casa sem ela é morta, nem parece a mesma.
- Gostas muito dela, não é verdade?
- Sim senhor, só quero que a menina seja muito, mas muito feliz.
Lino Nery tem cerca de sessenta anos, é o mordomo da mansão Rossi, é solteiro entregou-se àquela família que a vê como sendo sua, faz parte dela. Sai do escritório sobe a escada para o segundo andar entra no seu quarto e despe o uniforme em seguida, veste o seu pijama e deitasse na sua cama estoirado após um dia de trabalho aproveita as poucas horas de sono que ainda lhe restam.

*
Tomás pensa em Pedro, nas tristes condições em que o encontrou, uma lágrima corre-lhe ao longo das suas faces, estranha o facto de estar feliz ao pé de Pedro de só querer saber dele, de andar só preocupado com ele. Auto-reprime-se interiormente, Ah! Nossa Senhora do fogo aflito! Ele era belo, aos olhos de Tomás.
Tomás nunca namorou com ninguém, conhecia Pedro desde cedo sempre o acompanhou nos estudos, sentia-se inferiorizado quando ele lhe dizia que tinha uma namorada. Na cama vira-se de barriga para baixo, agarra a almofada e pensa naquele dia em que encontrou Pedro a dormir na praia nú, a imagem daquele dia escoltava-o teimava em segui-lo, para onde quer que vá.
Quando fecha os olhos, ele está dentro da sua cabeça, quando os abre só é a ele que o vê. Acaba por adormecer, sonha que beija Pedro. Era um sonho cor-de-rosa como há poucos, em que Tomás esperava por Pedro sentado num banco de jardim perto da casa deste, e recebe uma mensagem.
“Já vou a caminho.” Era o que a mensagem dizia Tomás por sua vez olha para um livro que tem nas mãos e começa a ler, quando levanta os olhos vê Pedro a vir na sua direcção.
“Então o que me queres, Tomi.”
“ Pedro, eu amo-te, não posso nem consigo mais viver assim a ter que te mentir a toda a hora” declara ele “chiu! Sei o que vais dizer, mas eu preciso de ficar contigo”
Perante tal revelação Pedro aproxima-se de Tomás agarrando-o para si e beija-o. Era um beijo magnífico. Tomás agarra a almofada e beija-a.
- Pedro! – Chama Tomás ao mesmo tempo que acorda e se senta na cama em seguida agarra as pernas e pensa naquilo que Sérgio lhe disse. Agarra a cabeça – não, não, não pode ser… Tu não vais morrer, nem que eu me mate, mas tu não vais, não vais – e chora. Levantasse e caminha em direcção à janela de seu quarto. O Sol levantasse, com os seus raios brilhantes. As filas aumentam, nas auto-estradas para Lisboa, as pessoas amontoam-se nas estradas e aquedutos, os transportes públicos das cidade vêm cheios para Lisboa as pessoas correm em direcção aos metros e aos autocarros, barcos para chegarem aos seus trabalhos os autocarros à pinha fecham portas e arrancam em alta velocidade pelas ruas da cidade, alguns turistas tiram fotografias em Lisboa; compram souviners de Portugal para levar para as suas terras, outros compram pastéis de nata para saciarem a fome, e ainda outros pedem nas ruas.

*

O sino da torre da igreja badala anuncia a missa do dia, Padre Bernardo já está na sacristia a revestir-se para celebrar a missa. À hora, sai e dirige-se para o altar. Já com uma toalha de linho branca com as beiras em croché, as velas acessas, em cima dos altos castiçais de ouro, o púlpito dourado, com um micro preto que ampliava a voz fina e suave do padre Bernardo. O chão construído a madeira envernizada, atrás do altar havia um altar-mor com imagens de santos que cobria a parede Sul. Ele olha de relance para a igreja e vê-a com poucas pessoas, grupo de jovens não havia, não há ninguém quem toque naquela paróquia  . E pisa a alcatifa verde posionando-se atrás do altar de frente para a porta principal da igreja, seguia três escadas perto do púlpito e começa logo bancos castanhos. Com escassas pessoas sentadas que rezam a Gloria a Deus nas alturas. Seguidamente, vem a primeira leitura, o Salmo, a Segunda Leitura, a prática.
- Meus amigos irmãos – Começa por dizer padre Bernardo – como Jesus diz na primeira leitura nós não devemos ter ódios ou rancores devemos perdoar se queremos ser perdoados, amar se queremos ser amados. Devemos ter fé que o amor do próximo é igual ao nosso, se um dos nossos irmãos mesmo que não conhecemos nos pedir alguma esmola devemos dar sempre mais alguma coisa a pensar que assim como tu me pedes hoje a mim, também eu te pedirei a ti um dia quando necessitar. E é esta troca esta inter ajuda que nos deixa mais confiantes que a nossa voz dentro de nós se exalta e nos diz, tu Maria, Francisco, Bernardo fizeste bem em confiar naquele irmão ou irmã porque na verdade eu vos digo que aquilo que fizéreis ao mais pequenino é a mim que me fazeis. Mas cuidado se alguma coisa de mal fizéreis essa voz interior não sossega, não descansa até desfazermos aquilo que foi feito. E depois a segunda leitura é uma enumeração de obras boas, as chamadas bem aventuranças.
Padre Bernardo consagra o cálice e reparte o pão, e serve a sagrada comunhão ao povo.
- É o corpo de Cristo! – Exclama elevando a hóstia já consagra.
- Ámen.
 As velas do altar ardem atrás dele está uma cruz com um corpo de um homem de braços abertos. Padre Bernardo volta para o altar. Limpa o cálice e a patena mistura tudo, e bebe.
Dobra o pano põe no sobre a patena e arruma. Ergue as mãos e faz as orações finais, o pouco povo responde, ele ergue a mão direita e faz a cruz dando assim a bênção final.
- Ide em paz e Deus vos acompanhe.
- Graças a Deus.      

O Sol está cada vez mais alto, os raios do astro rei ilumina as casas degradadas, e os altos prédios construídos na parte mais rica daquele subúrbio, a sua luz esplendorosa entra dentro das janelas meias abertas.      
Carla estava num lugar todo branco, caminha sentindo a areia nos seus pés areia molhada um individuo de raça africana aproxima-se dela, e beija-a ela sorri para ele e retribui-lhe o beijo, ela agarra a almofada enquanto dorme, e apalpa o branco e o fofo dela, sentindo-a macia. O jantar na noite anterior não teria surtido o efeito esperado Edgar não era o tal, contudo teriam ficado amigo só isso, para grande desgosto das famílias.
Eulipia entra no quarto da filha de repente, em seguida dirige-se à janela abrindo-a, fazendo um barulho estridente ao bater na padieia superior junto à parede do prédio, deixando o Sol entrar e bater na cara de Carla.
- Mãe. – Protesta a filha ao mesmo tempo que tapa os ouvidos.
- Vamos embora. – Bate as palmas para acordar Carla.
Eulipia sai do quarto, Carla muda de posição e deixasse adormecer, de novo, vê uma praia, Carla está de joelhos a ver-o-mar, chega Tó e sentasse a seu lado.
- Olá meu amor. – Beijam-se.
Era contudo perfeito, Carla e Tó poderem namorar, de livre e espontânea vontade, sem ter que dar satisfações a ninguém. Todavia, era uma utopia, porque os sonhos nunca se concretizam.

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Boa Tarde leitor!
Como sabem o Nyah! Fanfiction está a migrar de servidor, mas não quero de deixar publicar isto, sim ok poderia publicar no blog, mas acho que aqui sinceramente é um site onde todos vós podem ler, se quisereis.
Agradecida, pela vossa atenção.
Domingo, sairá outro capitulo.
Beijinhos,
Anne.
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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Walk Up Proud Dom Nov 17, 2013 5:37 pm

XX- O Sonho
*
O padre Bernardo regressa à sacristia despe os seus a paramentos e guarda no cabide dentro dum armário, e sai da igreja, regressa de batina preta pelo caminho das pedras uma coisa atormentava-o, um sonho que o persegue todas as noites, desde que chegou a Lisboa. O padre não conhece as personagens mas sabe que já viveu alguma coisa idêntica.  
Um grupo de rapazes que estavam sentados numa escada debaixo de um alpendre vêem aquele homem de negro a passar. Quimbé vai falar com ele.
- Olá como é que te chamas?
- Bom dia, chamo-me Bernardo, padre Bernardo Vieira. Mas podes-me só chamar de Bernardo e tu?
- Quimbé.
- Encantado. – Responde Padre Bernardo de olhos postos no chão.
- Quantos anos tens?
- Vinte e nove, porquê?
- Nada, Bernardo, acho muito corajoso da tua parte, escolheres a profissão que escolheste.
Padre Bernardo olha para ele de cabeça aos pés, e apenas responde:
- Hoje sou eu, quem sabe se amanhã não serás tu?
- Por que? – Responde Quimbé mais incomodado – Não me parece, eu nunca serei padre, por que gosto muito de mulheres… – Diz ele, em tom de troça.
- Ok! Eu também gosto, e no entanto… – Bernardo olha para o relógio que trazia no pulso – a conversa está boa, mas eu não posso ficar mais aqui, a falar contigo, no entanto podemos falar, se tu quiseres?
- Na igreja… – comenta Quimbé – não me parece.
- Podemos combinar em nos encontrarmos para acabar esta conversa. – Padre Bernardo pensa num jeito de o agarrar – Podes vir à residência paroquial quando quiseres. – Padre Bernardo deixa Quimbé boquiaberto, nenhum amigo deste o tinha convidado para ir a sua casa – Bom agora tenho assuntos a resolver, mas gostei de te encontrar e desta conversa, aparece! – Incentiva-o.


*
Um gabinete com os estores em banda corridos, para o lado sentado numa cadeira preta à secretária com vários dossiers sobre a mesa de madeira à sua frente, estava um jovem que fuma o seu cigarro pensante enquanto lê um processo tinha ficado ali toda a noite, uma coisa preta vibra por debaixo dos papeis a luz laranja acende. A mão apalpa a mesa por entre os papéis, alcançando o objecto que treme, o rapaz pode ler:

Mãe a chamar!
  O homem prime a tecla e encosta-o ao ouvido:
- ‘Tou.
- Bom dia, Tiago! – Cumprimenta a mulher do outro lado. – É a mãe! Como é que está o meu filho mais corajoso? – Indaga Dora.
- Está tudo na mesma, mãe. – Diz Tiago bocejando.
- Não me digas que ainda não dormiste. - Diz a mulher em preocupação.
- Mãe, não é nada disso. – Tranquiliza-se Tiago – mas já agora diga-me o porquê deste telefonema? – Pergunta estranhando um pouco o motivo pelo qual a mãe lhe ligaria.
- Filho, era só para saber, se está tudo bem, se te estás a alimentar correctamente, – pausa – eu sei, ahm, que tu já és crescido, senhor de ti mesmo, mas o que é que queres sou uma mãe galinha. – Acrescenta Dora, enquanto o seu filho a escutava do outro lado, – aliás o senhor nunca mais cá veio. – Conclui a mesma, um silêncio incomodativo abate-se entre eles – Tou? Filho não dizes nada?
- Mãe, eu sei que não sou o melhor filho do mundo, mas é que sabe, tenho tido tanto trabalho, prometo que assim que puder vou aí vê-la a si e ao pai, e falar com o meu irmão está bem?
- Está bem filho, desculpa por te importunar tanto.
- Não incomodou, mãe, olhe eu amo-a do fundo da minha alma. – Declara Tiago. – Há novidades?  
- Não, não as há. Ah! Olha boa sorte para essa tua nova missão.
- Agradecido, mãe! Mais alguma coisa?
- Filho vê se dormes, vá beijinhos com imensas saudades.
- Vá beijinhos, e muitos abraços para o pai e para o Pedro, ele andasse a portar melhor?
- Não sei, viajou para Roma com o Tomás.
- Ah ok. Olhe eu agora, tenho coisas a fazer, por isso tenha um bom dia. Tenho pena de me despedir já.
- Ok vá vai lá, filhote. Com licença!
Dora desliga, Sérgio sai do banho e veste-se, no quarto.
- Bom dia! – Cumprimenta Sérgio – com quem estava a falar?
- Bom dia! Com o Tiago o seu filho.
- Ah! Sim.
- Ai que sono, Sérgio! Deixe-me dormir.
- Bons sonhos, Dora – Sérgio curva-se sobre a mulher dando-lhe um beijo.

Sai do quarto, vai ao quarto do lado, abre a porta, vê Pedro a dormir preso, volta a fechar daqui mais ou menos uma hora Sérgio tem que o injectar, desce as escadas devagar, e atravessa a sala, era o dia de folga dos empregados, em seguida abre a porta do escritório, e entra, procura o telemóvel, tinha quarenta e nove chamadas não atendidas, ouve alguém a bater no vidro com uma guitarra nas mãos. Olha para fora, assustado, acena à pessoa para entrar e dirige-se até à cozinha, abre a porta que dava acesso ao jardim.
- Bom dia, tio!
- Bom dia, Tomi então o que é que te trás por cá – indaga Sérgio como se não soubesse o motivo – vens ver o Pedro? – Advinha.
- Sim, e também venho falar consigo um bocadinho.
- Compreendo, rapaz. Vem comigo – diz Sérgio que sai do escritório, e subindo em seguida as escadas que os levava ao segundo andar da moraria, pisam o chão castanho. Tomás estranha um pouco e pensa: mas o Pedro não está lá em baixo, hum estranho.  
- Tio mas o Pedro… – Começa por dizer Tomás.
- O que é que tem o Pedro? – Questiona Sérgio ao abrir a porta do quarto de Pedro.
- Não tem nada, tio. – Nega Tomás enquanto se aproxima do suporte que Pedro costuma colocar a guitarra em pé, pisando o tapete azul do quarto.
O quarto está escuro bastante escuro com as persianas cerradas, Pedro abre os olhos não sabe onde está vê com alguma dificuldade a visão turva mostra estar num espaço grande pensa que foi raptado, até que é atraído por uma luz vinda de um quarto dentro daquele espaço fere-lhe os olhos e obriga-o a fecha-los de imediato. Ele abre a boca e baba-se sem querer, puxa o pulso mas está preso, não sabe a quê lhe prenderam, nem com o quê parece-lhe ser uma corda muito grossa, dói-lhe o braço por estar demasiado esticado e o pulso devido às algemas, dentro da casa de banho Sérgio prepara a injecção, para dar a Pedro.
- Tu? – Pergunta Pedro quando Tomás se aproxima.
- Pedro, olha trouxe-te a guitarra. Meu amigo. Então estás melhor?
- Brigado. Podes-me soltar Tomi.
Um vulto sai de uma divisão, com uma seringa, apaga a luz, Pedro reconhece-o, mas a pessoa senta-se em cima dos pés de Pedro prendendo-o e sem nunca lhe falar.
- Não pai, não – ele tapa-lhe a boca – por favor deixe-me sair. – Pede-lhe.
Sérgio pica o braço de Pedro, um líquido gelado espalha-se no interior das veias de Pedro, os batimentos cardíacos diminuem, o sono é imediato, que o adormece. Sérgio chama Tomás fora do quarto.
- Tomi queres fazer companhia ao Pedro, tomas conta dele não o deixas fugir e assim que ele acordar, avisas-me logo, pode ser?
- Tio! Eu tenho que falar consigo.
- De certeza que pode esperar. – Afirma Sérgio tentando convencer – Não é verdade!? – Conclui.
- Já que tem mesmo de ser. – Confirma – ok! Eu tomo conta do Pedro, tio!
- É só para o caso de ele querer fugir… – Assevera o Vereador da Câmara, enquanto mostra a chave a Tomi – Então olha toma, – diz dando-lhe a chave – esta é a chave, confio-ta de ti.
- Tio! – Admira-se o outro. – Vai confiar de mim uma coisa tão importante, e se eu não dou conta do recado? – Pergunta extremamente preocupado. – É uma honra.
Sérgio acaricia-lhe a cara e sorri cinicamente. Roda sobre os seus pés e caminha até à escada descendo-a muito calmamente em seguida pisa a branca tijoleira pensante os seus pés levam-no até à biblioteca, estica o braço devagar poisa na maçaneta da porta rodando o pulso e entra, do lado de dentro apalpa a textura da porta de madeira branca e fecha-a com o trinco. Move-se até à sua habitual cadeira preta. À posteriori pondo os pés em cima do tampo envernizado da mesa. E quase se deita na cadeira. Maquiava algo, em primeiro lugar ele queria-se reconciliar com Dora, e depois magicava o assunto que Tomás lhe teria a dizer.
 
 
   




*

O Sol rasga o céu, as pessoas andam nas ruas, os ciclistas andam na estrada, dirigem-se para a praia, os shoppings estavam cheios as pessoas andavam de um lado para o outro atarefadas com sacos nas mãos.
Os despertadores tocam, como de costume Marlisa é a primeira a pôr-se a pé, e avança para a casa de banho. Abre a torneira da água fria despe a camisa de dormir de seda branca a seguir desce as cuecas solta o seu lindo cabelo ondulado, entra na banheira e deixa a água correr pelo seu corpo.
Dr. Teresa Cristina ainda dorme abraçada a João, que acaba por acordar, deposita nos lábios um beijo de bons dias. E move-se com cuidado para não acordar a sua esposa. Posteriormente, ele move-se e em seguida levanta-se da cama e caminha até à casa de banho, onde faz a sua higiene matinal e muda de roupa, vestindo uns calções creme e uma camisola cinzenta de manga curta, passa pelo quarto abre a gaveta da sua mesa de cabeceira com o máximo de cuidado para não acordar a sua mulher, e retira de lá uma caixa com varias recordações do seu passado, abre-a e retira de lá um par de alianças, pensa que a sua história poderia ser diferente, muito diferente se alguém soubesse fazer as escolhas certas é uma pena que esse alguém não tivesse a coragem necessária, e escolhesse viver com um monstro do que viver uma linda história de amor a seu lado. Mas, sentimentos não se escolhem. Olha para a cama e vê Teresa Cristina a dormir ainda, Dr. João Soares aproxima-se da porta, e abre-a, sai olhando para trás e diz quase num sussurro Amo-te!
Caminha em direcção á sala, vê a sua querida filha que põe um jarro de sumo de laranja na mesa.    
- Bom dia, Marlisa! – Cumprimenta o pai, dando-lhe um beijo no seu cabelo perfumado – outraves com essas tarefas, eu não quero que tu andes aqui a trabalhar em casa… – repreende-a – Não há necessidade disso!
- Eu sei paizinho! – Confirma – mais o senhorr sabi qui, eu sou assim. A mamãe?  
- A tua mãe está a descansar, ela tem trabalhado muito, ultimamente.  
- Eu sei. – Responde tristemente.
Dr. Teresa Cristina acorda e olha para os dois lados, não vê o marido.
- João! – Apalpa a cama e constata que o marido não está deitado.
Dr. Teresa Cristina levanta-se, veste o seu roupão de seda branco e segue pelo corredor que a leva à sala de jantar onde Dr. João está a tomar o pequeno – almoço com Marlisa. A sua mulher entra na sala e senta-se à mesa.


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Boa Tarde, pessoal!
Está aqui mais um capitulo desta vez o Sonho que incomóda o Senhor Padre Bernardo Vieira.
Beijinhos, até daqui a duas semanas.
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Mensagem por Anne Margareth Dom Nov 24, 2013 2:08 pm

Capitulo XXI- A introspecção – dividas com o passado
- Bom dia, meus amores. – Cumprimenta a mulher – então dormiram bem?
- Bom dia ma mãe! Eu dormi muito bem.
- É e acordou com as pilhas recarregadas. – Afirma Dr. João – e tu?
- Também meu amor! Sabia que eu te amo? – Pergunta Dr. Teresa dando um beijo a Dr. João.
- Esse seu pai, vou – lhe contar… – Teresa fala para Mar.
- É assim. Papai, eu estou eléctrica.
- Pois o problema é exactamente esse, com tanta electricidade tenho medo que dês um choque. – Declara Dr. João ao se levantar.
- Já vai? – Pergunta Dr. Teresa estranhando o marido.
- Vou, tenho que ir à praia.
- Espere vai fazer o quê à praia?
- Como assim, vou apanhar sol, nadar no mar – pronuncia o advogado – preciso de estar sozinho. – Confessa por fim. – Por quê?
- Nada não, só não se esqueça que hoje temos que ir às compras.
- Eu não me esqueci aliás como sempre, só que sinto saudades do mar.
- Hum. – Confirma Dr. Teresa.  

Dr. João sai de casa, e caminha pelas ruas de São Paulo, passa a avenida e vislumbra a praia, desce a rua até à entrada da areia descalça as suas havaianas pretas e pega – as à mão caminha pela areia cheia de pessoas caminha pela escaldante areia da praia de São Paulo até ao mar. Dr. João sentasse numa rocha que ali estava, como que por magia as recordações de seu passado voltam à sua cabeça.
“ Porquê me fazes isto? “ pergunta Dr. João “sabes que eu agora estou casado não posso, nem nunca poderei” diz tristemente. “Sim eu sei que aquilo que deixei para trás é demasiado importante para ser esquecido, assim mas podes não me fazer lembrar a toda a hora, hum…”
Ele despe-se e corre para o Mar, entra, nada quer deixar ali toda a dor e toda a angustia que estava a sentir naquele momento a agua acolhe-o e quase o tira fora, mas João nada para se esquecer há muito que não precisava de ir para o mar, mas agora seria diferente, até porque as recordações não paravam de emergir, mas as recordações do seu passado não param de o fazer sentir de alguma maneira culpado. A cada braçada, a cada pontapé que dá na água ele lembrasse do que deixou para trás, mais sensivelmente há catorze.
Um passado, muito distante em que ele convida uma linda mulher para jantar os dois vão para um restaurante num hotel. Ela sempre com medo que seu marido apareça. O jantar está agradável, a linda mulher sorri, bebendo mais um pouco de vinho, ao fim os dois dançam, beijam-se e ela acaba por passar a noite com João que ainda estudava Direito.
- Amo-te, João! – Repetia ela sem parar.
No quarto com cortinados vermelhos e brancos, uma cama redonda no meio com a colcha vermelha, João beija-a e despe-a, deitando-a na cama apalpa as pernas acaricia-as por debaixo do vestido preto da mulher. Os incessantes beijos percorrem o corpo todo daquela mulher.
Ele sai do mar veste-se e senta-se numa rocha pequena que ali estava, agarra as pernas para si.
- Chega! Isto tem de acabar… – Diz em fúria Dr. João – não é justo que isto continue assim, a Teresa não merece ser traída desta forma. – Dr. João revoltasse e agarra na cabeça com as duas mãos – O que é que tu queres, tens que sair de uma vez por todas da minha cabeça, magoaste-me demais. E agora, ainda me magoas.      

O Mar agitasse as ondas formam-se gigantes e desfazem-se nas rochas, o vento levanta Dr. João assiste a uma fúria, uma revolta do mar que o próprio não conhece.
- Podes berrar, não te tenho medo. – Declara Dr. João que limpa a cara – não sou mais aquele miúdo a quem tu fascinavas capaz de ver o mar como seu maior amigo. Que estava sempre aqui a observar-te, a olhar para ti, tu não prestas, és falso, mentiroso e traiçoeiro. – Exalta-se – prometeste-me tudo e eu por ti, tudo perdi.
O dia escurece repentinamente, corre vento, as ondas agitam-se, as pessoas saiem a correr do mar para a areia o mais longe possível do mar, o céu rasga em relâmpago, as aguas criam remoinho. Ouve-se uma voz que brada vindo das profundezas do oceano.

“Eu nunca te abandonei, tu é que te afastaste de mim, João.” Brada a voz vinda das profundidades do oceano.

Enraivecido mas mais calmo Dr. João levantasse, limpa os olhos e pega nas suas havaianas, todos os que estão na praia o olham acusando-o de alguma maneira. Ele olha para a areia que lhe enlaça nos pés, e segue o caminho beira-mar, as pegadas ficam na areia. O advogado vem desgostoso, com os olhos banhados em lágrimas, parece engolir o choro. E caminha praia fora por entre as filas das pessoas. Que enchem a praia, o calor é abrasador o mar irritado, quase ao sair da praia, num café que há ali perto, um jovem do sexo masculino que trajava uns calções beges, alto e com corpo musculado, muito negro devido aos dias que passa na praia, com os seus amigos, abeira-se dele.
- Boa tarde, doutor como é que está?
- Ah! Olá Atenor. Vai-se indo. E tu?
- Eu tôu bém – responde o rapaz.
- Diz o que queres, ou vais-me dizer que me viste e por isso me vieste cumprimentar?
- Mais ao menos isso, sim.
- Mas…
-Mais eu quéro sáber se süa filhá tem falado alguma coisa de mim?
- Não, mais porquê?
- Doutor, você é qui mi podia ajüdar, isto claro si não si importar? O Senhor poderia fala de mim à Mar. – pede o rapaz um pouco embaraçado.
- Não eu não me meto nisso.
Dr. João circunda Atenor e prossegue caminho, até à passadeira, o jovem fica na praia, e corre atrás do pai de Marlisa.
- Mais senhor ajude-me!
Ele anda cada vez mais rápido que pode, entra no seu condomínio chama o elevador que vem logo, traz duas senhoras de idade que o cumprimentam.
- Bom dia!
- Viva. – Sorri o Doutor e auxilia as mulheres para saírem.
Entra pela porta que se mantém aberta, por dentro o espaço minúsculo mas confortável era todo coberto a espelhos tinha o chão com uma placa e prime o botão 7º andar onde vive. Fecha as portas e começa a subir, Dr. João pensa mais uma vez no que se passou agora na praia. A sua conversa com Atenor. Ora, Atenor era um rapaz branco, que morava perto da praia, tinha dezasseis anos, provinha de uma família humilde estudioso empenhado em ser alguém na vida, andava no sexto ano, e muito envergonhado para dizer aquilo que disse sabe-se lá o que passou. Quando o elevador pára no sétimo andar, Dr. João abre a porta do seu apartamento. E entra, encontra a sua filha na sala de jantar.
- Filha! – Diz dando-lhe um beijinho na cara – Estás aqui, e sem fazer nada?
- Não é assim que o pai gosta?
- É! A Su está cá?
Sulamita Carneiro é a empregada doméstica interna da casa de Doutora Teresa, sempre olhou pela menina como lhe chama. E agora pela menina Marlisa. Sempre cumpre com as ordens do Doutor João, para ela aquilo que o senhor Doutor disser está dito e não volta atrás, trabalha para ele há sete anos, tendo-lhe a maior estima e consideração.    
- Sim, papai é um tédio.
- Porquê?
- Não me deixa fazer nada.          
- E acho bem. Já eram horas de te pôr uns travões.
- Mais papai! Eu não sou criança não… – cruza os braços em sinal de amuo.  
- Ah ok! Vou tomar banho. – Anuncia ele.
- Papai o que faço? – Pergunta Marlisa.
- Podes ver televisão. – Ordena João ao se encaminhar para a casa de banho.
Entra no quarto, ia para a casa de banho, quando se depara com um interrogatório da parte da Dr. Teresa.
- Já em casa? – Pergunta-lhe Dr. Teresa que estaria a ler o seu livro, sentada na poltrona do seu quarto junto à janela – Costuma demorar mais no mar? – Muda a página do livro – ainda pensa nela?
- Que te interessa isso agora? – Indaga Dr. João mais próximo da casa de banho – Já não troco o nome quando estou contigo; aprendi a amar-te… há noite é contigo que durmo.
- Não é suficiente, diga ao menos como ela se chama? – Questiona a delicada mulher.
- Porquê queres saber? – Retoma a sua marcha.
- Curiosidade, nada mais… – Fecha o livro. E olha nos olhos do marido. – João, João… acho que está a fugir.
- Posso tomar um banho?
- Antes responda-me, ou acha que eu me contento só com metade de si.
- Não é metade. – Retorque Dr. João – eu dou-lhe tudo aquilo que tenho, dei-lhe a minha filha, tudo.
- Só quero que saiba que eu o amo. Mas que não tou nada feliz quando você também não está. – Declara a arquitecta – vá lá tomar banho. Há tarde vamos às compras.
- Ok.
Dr. João entra na casa de banho, em seguida despe-se ao passo que a Dr.ª Teresa Cristina fecha a porta do quarto, arruma o livro em cima da mesa-de-cabeceira e entra na casa de banho a água corre no corpo do Dr. João, a mulher bate na marquise que vedava o polivã, Dr. João abre a porta.

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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Walk Up Proud Dom Dez 01, 2013 5:37 pm

Capítulo XXII - A preocupação
– Posso? – Quesito a mulher do lado de fora. O Doutor sorri.

– Podes, é claro que podes.

A mulher deixa cair a toalha e entra para dentro do polivã, ambos beijam-se.

– E a Marlisa se entra aqui no quarto?

– Fechei a porta. – Diz ao beijar a orelha do marido.

– Não posso, desculpa!

– Como assim, não pode? Por um acaso não me traiu?

– Não.

– E?

– E tens que ir ao médico. - Declara Dr. João

– Por quê?

– Porque eu quero que vás, estou muito preocupado contigo. Até lá nada mais.

Dr. João sai do duche limpasse e veste o roupão, entra no quarto. Dr. Teresa estranha o marido e sai do duche atrás dele faz-lhe um ultimato.

– Eu sei que tem outra, escusa de dormir mais comigo.

Ele olha-a furioso e acaba de se vestir, abandona a mulher que se veste. Entra na sala.

– Mar! – Chama o pai – vamos almoçar!

Ela poisa o comando da Televisão na mesa entre os sofás da sala, levantasse e sentasse à mesa.

– A mamãe?

– Já vem, filha!

– Dr. João, posso servir o almoço? – Inquire Sulamita.

– Não! Su! Primeiro eu quero falar com a minha filha.

A empregada vai-se embora. Dr. Joao conversa com a rapariga que está à sua frente.

– Mar! Sabes eu hoje foi ao mar, e encontrei aquele teu – tosse – bom o teu…

– Oh paizinho que é isso agora?

– Encontrei o teu “amigo”, o Atenor – a expressão da cara de sua filha muda totalmente. Ele olha-a nos olhos – tu gostas dele?

– Papai! Não é gostar, gostar, sabe como é?

– Não! Quero apenas dizer-te, que és minha filha, Mar, é como tal és portuguesa, ok?

– E vamos para Portugal, quando?

– Não sei, talvez nunca, ou talvez um dia.

– Vê! Está a ver, ouviu o que disse, diz que temos família em Portugal mais, eu nem sequer os conheço. Vamos um dia, mais não diz quando.

– Eu queria que conhecesses Portugal, vais amar a terra. – Os olhos de João brilham no azul profundo. – Quero que conheças Lisboa, Sintra, Geres. E tudo a que tens direito.

A Dr.ª Teresa Cristina chega, finalmente, há sala.

– Olá meus amores! – Cumprimenta a Doutora sentando-se na sua habitual cadeira. – Ainda não comeram?

– Não mamãe! Estamos só a falar.

– Ah! E sobre o quê, pode-se saber?

– Sobre viagens.

– Minha senhora posso servir o almoço – Inquire a Sulamita.

– Pode, pode.

– Su! Senta-se connosco. – Convida João.

Após o almoço os três saiem de casa. Ele leva o carro, vagueiam pelas ruas de S. Paulo, entram numa scutt que os leva a Santos, do lado esquerdo está o Colombo de S. Paulo, ele sai da estrada, para entrar noutra que o conduz ao mercado. E acelera aproxima-se do mercado, vê-se a bola gigante cinzenta no topo do edifício ele dirige-se para o estacionamento coberto, e estaciona num lugar que havia livre perto do elevador, os três saiem do Mercedes cento e cinquenta cinzento metalizado. Dirigem-se para o elevador, a senhora segue em à frente do marido, com a filha em frente. Esperam pelo elevador que logo vem. Entram naquele espaço, o Dr. clica num quadro que continha vários botões, o elevador começa a subir. Saiem no piso zero. E dirigem-se para as lojas. A Dr. Teresa Cristina estava cada vez mais pálida via umas botas, Marlisa via um vestido branco. Dr.ª Teresa está cada vez mais estranha, tem agora sono sente as pernas fracas até que desmaia.

Dr. João fica muito preocupado, enquanto Marlisa corre até ao café mais próximo para ir buscar um copo de água com açúcar, volta ao local onde a Dr. Teresa se encontra desmaiada, uma multidão de curiosos de volta da mulher, esta estava sentada numa cadeira no interior da loja, Marlisa chega a correr.

– Com licença, com licença. – Marlisa chega ao pé da mãe. – Mamãe! Aqui está papa, – anuncia dando a garrafa de água a João. – Cheguem-se gente, que ela precisa de respirar.

Dr. João dá água há mulher ainda inconsciente, esta não acorda. Sem saber o que fazer Dr. João telefona para o cento e doze:

– Bombeiros Voluntários de São Paulo, bom dia!

– Bom dia preciso de uma ambulância para o Shopping de São Paulo, a minha mulher desmaiou. – Pede o Dr. João. – E não há forma de acordar! - Acrescenta

– Desmaiou? E estão sozinhos? Em que sitio estão?

– Não temos a minha filha. Estamos na sapataria adidas.

–Não se preocupe, nós vamos já a caminho.

– Muito obrigado.

O bombeiro insere os dados na Internet, do outro lado do quartel alguém recebe as indicações e corre até à sala de convívio.

– Atenção! Vamos sair, vamos para o Shopping de São Paulo na avenida de Portugal.

Dois bombeiros levantam-se e correm até a uma zona onde existe três varões e três buracos no chão, os dois bombeiros agarram no varão e deixam-se escorregar batem com as botas no cimento e correm para a ambulância que arranca do quartel a toda a velocidade, o imenso transito de São Paulo atrapalha um pouco, entram, subindo na avenida Paulista, que tem inúmeras lojas, jardins, Bancos, Restaurantes, e salas de Teatro e Cinema acelerando o som ensurdecedor do tinoni e uma luz azul que girava em torno da lâmpada avisava a urgência os carros desviam-se e deixam a ambulância entrar na rua Augusta, a mais movimentada de São Paulo. Descem a Rua e entram para um parque em frente ao Shopping de São Paulo estacionam num lugar reservado a situações de emergência retiram a maca e a mala dos primeiros socorros, entram na porta oeste ao pé do fontanário uma rocha elevada e a água a cair por ela abaixo, os dois bombeiros passam esse fontanário a correr, segue-se a esplanada do Mac Donalds, o Bataclã e a loja de sapatos de Desporto Addidas. Passam por entre curiosos, e encontram a linda Teresa Cristina desmaiada no chão. Dr. João está impaciente.

– Há quanto tempo que ela tá assim? - O bombeiro ergue os olhos para João – comeu?

– Há vinte minutos. – Pausa leva a mão à cara – sim comeu. – Responde por fim.

– É ela tá fraca.

– André! – Chama o motorista – Vamos leva-la. Ela não parece acordar tão cedo.

– É melhor, Quim!

– Me ajude! Vá, eu pego nos ombros e você nos pés. – Diz ao se posicionar correctamente. João trinca a unha, com o outro braço por cima dos ombros de Marlisa.

Os bombeiros metem a maca dentro da ambulância:

– Vocês vêem atrás.

Dr. João sai fora do shopping, e abre o carro senta-se ao volante com a filha a seu lado mete a primeira e arranca para o hospital distrital de São Paulo.

*

Já é perto das duas horas, quando a Sónia sai para o teatro, acompanhada por Pipa enquanto Lisa está cada vez mais pálida perdeu as poucas forças que lhe restavam, já não comia, estava muito enjoada de tudo, apenas tinha um nó nas tripas, agora lembrava-se de Pedro, do que tinha feito. Não! Não podia ser, ela não estava grávida mas o seu estado não era dos melhores. Sónia entra no quarto de Lisa, esta está quente suava, e cada vez mais pálida, a mãe passa-lhe a mão na testa.

– Ai filhota! Estás a arder em febre. – Declara Sónia extremamente preocupada.

Lisa não tem a habitual reacção, revira os olhos para a mãe. Pipa estava de braços cruzados, aos pés da cama de Lisa olhava-a.

– Deixem-me dormir.– Suplica Lisa enferma.

– Nós éramos para ir ao teatro, mas neste caso… – Diz a mãe.

– E porquê não vão? – Indaga Lisa – vão sim senhora, mãe! Eu proíbo-te de ficares aqui comigo. – Depois olhando para Pipa – Pipa eu nunca mais te falo se não levares esta chata contigo.

– Mas, mas… – Pipa é interrompida por Lisa.

– Isto é só mais uma gripe estúpida, não vão ficar aqui a olhar para mim. – Lisa tenta convencer – Vá a senhora tem uma peça para estrear, é de cartaz, não pode atrasar-se por nada. – Fala agora para Sónia. – Vá vão lá!

Sónia olha para Pipa está indecisa entre ir ao teatro e ficar com Lisa. Por fim, Sónia toma uma decisão:

– Pronto, eu sei que tu me vais detestar o resto da vida, Lisa! – Começa por dizer – Mas não me sinto bem ir, para o teatro e deixar-te aqui ainda para mais nesse estado. Pipa, eu tenho que ir ao teatro assinar o contrato mas tu podes cá ficar, ficas, por favor?

– Mãe! – Lisa tosse – eu já sou grandinha para ficar sozinha.

– Claro é claro que sim, Sónia!

– Óptimo logo que possa voltarei. – A seguir fala com a sua filha – Lisa, Lisa! És bem grandinha para ficares sozinha, desde que não estejas doente. Assim sendo tu vais ficar com a Pipa, e ponto final. – Levantasse e dá um beijo na testa à filha.

.............................................................................................................................................
E agora, Caro leitor amigo, será que a Lisa está grávida?
O que irá acontecer a Teresa Cristina, será que a doença que ela tem é curável, ou não é?
Quid Juris quanto a estas questões, o que vos apraz explanar quanto a estes assuntos.
Beijinhos, abraços e muitos palhaços,
Até à próxima e acompanhem a história.
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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Anne Margareth Dom Dez 08, 2013 6:41 pm

Capítulo XXIII- A Estranha Declaração

– Obrigado mãe! Pipa desce as escadas para a sala. Indo acompanhar a Sónia à porta, as duas amigas conversam.

– Vá vai descansada! – Sossega-a Pipa – já sabes que eu trato dela, a Lisa tem aquele feitio mas no fundo é boa menina.

– Eu sei Pipa, eu sei. – Afirma Sónia – Se ela piorar dá-lhe o Benuron. – Recomenda ela ao entrar para dentro do seu carro. Roda a chave na ignição e faz as manobras necessárias, para sair do recinto. Pipa acena-lhe da porta e entra dentro de casa, fecha a porta atrás de si. O plano de Lisa ficar em casa sozinha não tinha dado resultado. Pipa sobe as escadas e vai ao quarto de Lisa.

– Então estás melhor? – Pergunta-lhe preocupada. - Sim. – Afirma para não preocupar, mas num instante levantasse e corre para a casa de banho, ajoelha-se no chão perto da sanita e vomita nela.

– Queres um comprimido para o estômago? – Lisa reflecte que poderá, de facto estar grávida.

– Não! Oh, Pipa isto deve ser por causa da febre.

– Sim, deve ser disso. Temos que falar, Lisa!

Ajuda Lisa a levantar-se do chão, e a ir para a cama novamente, deita-a na cama, e senta-se numa cadeira perto da cama.

– Lisa! Não queres ir a um médico?

– Não. A sério Pipa, isto já passa.

– O que foi que te fez isso, estares assim adoentada?

– Sei lá, Pipa!

– Eu posso não saber, mas tenho a certeza que tu sabes muito bem, não foi senhora D. Lisa Maria Valentino Scott? – Lisa parece estranha, parecia que Pipa saberia o que acontecera mas como – Tu tens namorado?

– Oh Pipa! Claro que não. Eu estou exausta! Por favor, deixa-me dormir.

– Espera, já deixo. O que é que te fez isso, comer não é de certeza?

Lisa estava cada vez mais enterrada, tinha que inventar algo e dar a volta mais uma vez a Pipa:

– Pipa! Queres que te diga a verdade, não é? – Pipa anuiu – pois então eu vou dizer-ta. Eu estou assim por causa do meu pai.

– Do teu pai?

– Sim. Ele saiu daqui, sabe-se lá para onde, Pipa! – Declara Lisa – Sinto saudades dele. Bolas, todos nós estamos preocupados com interesses baratos e ninguém é capaz de pensar no meu pai?

*

Pedro, por sua vez continua a dormir, sonha com a magia das ondas que enrolam na areia da praia e desmaiam, levam os segredos daqueles que vivem um ardente e escaldante amor de verão. Ele sonha com Lisa, sente os seus olhos a arderem por dentro das pálpebras. Alheio a tudo o que se passava, Pedro pensa que é noite e anseia pela chegada de um novo dia para voltar a ver Lisa. Portanto, permanecia calmo.

Tomás que o olhava aproxima-se da cadeira que está em frente ao computador tenta levantar, só que esta bate contra a secretária de estudos do Pedro, este acorda mas mantém-se de olhos fechados. Ao passo que Tomás aproxima-se de seu leito de imediato sentasse na cadeira, vê Pedro a dormir.

Horas vãs, horas mortas passam Tomás levantasse e vai até há janela. Pensa em tudo o que viveu com Pedro. E por causa deste. Pedro volta-se para a cadeira em que Tomás tinha estado sentado. E continua a fingir, que dorme pensa na Lisa, só consegue pensar nela. Ele só queria poder sair dali, e ver Lisa mais uma vez. Tomás vê-o e sorri, agora seria o momento perfeito seria bem mais fácil, pois Pedro estaria a dormir. Caminha elegantemente pelo quarto, e senta-se na cama de Pedro.

– Pedro! Meu Pedro, meu bom Pedro, tu nem sabes o quanto eu penso em ti, o que tu significas para mim, és tudo aquilo que eu sempre sonhei – Pedro estava cada vez mais confuso, com aquela confissão de Tomás – sofro quando te vejo com uma rapariga, quando te olho e vejo que estás feliz por namorares alguém e penso sempre que se namorasses comigo não serias mais feliz, eu amo-te, com todo o meu coração e aquilo que eu sinto por ti, parece nunca acabar só cresce. Ai! Meu amor se tu soubesses… – Tomás começa a chorar – se tu soubesses o quanto sofro, por não te ter, por olhar para ti e ter que te mentir, aquilo que o meu coração derrama por ti, por te amar tanto. – Ora, Pedro sempre o viu como um amigo, o seu melhor amigo, o seu companheiro de vida, enfim para Pedro, Tomás significava muito mais do que um mero amigo, mas daí a vê-lo como seu namorado, era um pouco de mais, até para Tomás que agora as suas palavras comoviam Pedro. Este enganara-se em relação a Tomás.

Ouve o ranger da dobradiça da porta, Tomás põe-se de pé e limpa as lágrimas, Sérgio entra e os dois conversam.

– Então como ele está? – Pergunta o vereador. - Está a dormir, tio, não se vê, logo. – Responde o rapaz que não encara Sérgio, tentando voltar à normalidade sem que este perceba o que se passa.

*

Perto das dezoito horas em Los Angeles, numa grande casa pintada a cor – de – rosa com piscina, e múltiplas janelas, num pátio estava um tolde amarelo, John Scott estava a apanhar Sol deitado numa espreguiçadeira de plástico branco. Lia uma revista. Marca um número numa engenhoca e aproxima-a da orelha.

– I’m Doctor! Scott, John Scott speaking!

“”” – Estou Doutor! Fala Scott, John Scott! ““”

–Hello Sir Scott! So what do I want? – Pergunta o advogado entusiasmado.

“””-Olá Senhor Scott! Então o que é que me deseja?”””

– Doctor! Can you send the divorce papers, even today? – Roga o cliente - It is very urigente.

“”” - Doutor! Será que pode despachar os papéis de divórcio, ainda hoje? É muito urigente.”””

– I'll try to send you this today. – Responde o advogado. -Still has the same e-mail, right?

“””-Vou tentar mandar-lhe isso ainda hoje- Responde o advogado - Ainda possui o mesmo e-mail, certo?.

””” - Yes, absolutely yes. – Replica Scott.

“””-Sim, claro que sim.”””

– Tell me a thing? – Indaga o homem- The shares are listed on the same contract prénupcial?

”””- Diga-me só uma coisa? As partilhas são as mesmas que constam no contrato prénupcial?”””

– Yes, Sonia gets the house. And it has full custody of the minor Lisa Maria Valentino Scott. – Scott pensa melhor- Ahm! Of course She can come and visit Lisa's father to Los Angeles. But with the mother's consent.

“””- Sim, a Sónia fica com a casa. E tem a plena guarda da menor Lisa Maria Valentino Scott. Ahm! Claro que Lisa poderá vir visitar o pai a Los Angeles. Mas com o consentimento da mãe.”””

–Is that all?- Pergunta-lhe a sua defesa.

“””-É tudo?”””

–For now yes.- Afirma Scott.

“””- Por agora sim.”””

– Great! So I'll try to follow the instructions. – Informa Vilaça

“””- Óptimo! Então vou tratar de seguir as instruções.”””

–Excuse me. Greetings.

“””-Com licença, aguardo as novidades, então””
[justify]


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- E, agora será mesmo que Lisa estará grávida?
Será que Tomás tem oportunidade com Pedro?
E, Scott terá tão boas intenções para com Sónia?
Beijinhos, até à próxima.

Anne.

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Mensagem por Walk Up Proud Sex Dez 20, 2013 9:28 pm

Capítulo XXIV – Um sonho ou um pesadelo que atormenta

Liam Vilaça licenciou-se em Direito no ano dois mil e nove, é o melhor advogado que a Universidade da Califórnia alguma vez teve, após dois anos da sua licenciatura Vilaça especializou-se em Direito da Família, não satisfeito continuou a estudar para juiz. Actualmente, tinha em mãos o divórcio de John. Levantasse do sofá branco da sua sala e caminha até a metade de um muro que dividia a cozinha da sala entra dentro da divisão em seguida dirige-se á máquina do café. No quarto, a cama ainda estava desarrumada uma mulher de cabelos de oiro levantasse trajava uma camisola de alças branca e umas cuecas claras como leite.
- Liam! – Chama estranhando o facto de acordar sozinha.      

Mia caminha pisa o chão da Time Square de olhos postos no chão aquele seria o ultimo dia em New York a cidade que tanto amava, na próxima terça feira era a apresentação do Prestigie International School, por um lado estava cheia de saudades de Portugal da azafama das lojas de casa, do Lino, do pai e de Pedro. Este não lhe tinha ligado todos os dias como lhe prometera estava extremamente preocupada com ele. Mas seria possível, ele esquecer-se de Mia? Nunca ele fizera lhe teria feito tal coisa. Tinha sempre tempo e disposição para a aturar. Entra num edifício alto, um arranha-céus. Pisa o chão brilhante encerado do Big Aple, o restaurante mais caro de New York, onde as estrelas de Hollywood vão comer, às vezes.

*

A Lua sobe no horizonte, ao fundo de uma avenida cheia de palmeiras está um grande largo com um passeio onde está um quiosque construído a cimento, com quatro janelas a toda a volta e um telhado coberto com telha lusa que o seguimento das quatro paredes por cima das janelas o segredavam com duas cancelas pintadas aos riscos a vermelha e a branco alternadamente. Do lado de dentro do recinto está um parque com árvores e bancos de jardim com estradas no meio para que os carros possam passar. Junto a uma grande casa de pedra estão ambulâncias paradas. Os bombeiros levam os pacientes para o hospital. Os guichés estão cheios de filas de espera os internamentos são uma constante. Chegam mais ambulâncias ao IPO, os bombeiros dirigem-se aos guichés passando à frente das enormes filas que estavam à espera.      

Um quarto todo ele pintado a branco com uma luz no teto. Com um biombo a meio que estava corrido. Uma cama preta coberta com um lençol uma mulher deitada sobre a cama era – lhe retirado uma amostra de sangue para analise, na sala de espera do hospital distrital de São Paulo estavam duas pessoas uma mais velha, e outra mais nova. Eram pai e filha, que esperavam noticias mas estas tardavam em aparecer. Estavam muito nervosos, do quarto sai uma pessoa de bata branca.
A jovem levantasse do banco no qual permanecia sentada e vai ter com a pessoa.
- Diga-me por favor, o que é que se passa com a minha mãe? Já tem algumas novidades? – Pergunta Marlisa extremamente preocupada com sua mãe.
- Sim, tenho! Mas quero falar com o Dr. João, em primeiro lugar.
- E porquê, doutor o que a minha mulher tem?
- É grave? – Pergunta Marlisa.
- Venham ao meu gabinete, – aconselha o médico – lá falamos mais à vontade. – Completa.
   
  Dr. João olha para a filha, e seguem atrás do doutor, que os conduz por um corredor cheio de portas pintadas a cor-de-rosa, e fechadas entram num quarto com as paredes brancas decorado com uma secretária de tampo branco, com um computador em cima, existem três cadeias, uma encostada à parede e duas de costas para uma janela através da qual se via a luz brilhante. Num horizonte negro.
- Se sentem – ordena o médico.
………………………………………………………………………………………………..

Sentaram-se os três.
- Ora o caso que eu tenho aqui é realmente muito preocupante.
- Doutor diga-me o que Teresa Cristina, a minha esposa, tem? – Questiona Dr. João. – E sem rodeios.
- Eu vou directo ao ponto, aconteça o que acontecer hoje em dia há uma cura pra tudo. – Olha para os dois muito sério – a sua mulher tem leucemia.
- O quê, doutor? – Interroga Dr. João confuso – então quer dizer que ela pode vir a morrer.
- Não vamos pensar nisso agora. – Tranquiliza-o o médico – a maioria dos casos de Leucemia não é grave, ela foi detectada ao início. – Marlisa ficou abalada com a notícia.
- E ela? Já sabe? - Interrompendo o médico.
- Sim. E está com muita coragem, para enfrentar o que aí vem. Ela não vai ficar aqui internada, mas aconselho que comece a fazer a quimioterapia daqui a duas semanas.
- O senhôr tem a certeza qui minha mãe se vai curar? – Inquire Marlisa.
Dr. João olha para a filha. O médico brinca com a caneta entre os dedos.
- Certeza, certeza não tenho, mais vamos tentár. Cêgundo a minha experiência nestes casos, posso dizer que a senhora Teresa vai sair dessa.
- E durante os tratamentos ela vai ficar internada? – Indaga Dr. João preocupado.
- Não. Vem cá fazer os tratamentos e depois vai pra casa. Amanha, ela tem uma consulta aqui comigo, esta bom assim. E se quiser, podem-na acompanhar.

*
A luz da lua entra no quarto do senhor padre Bernardo Vieira, e ilumina-lhe a cara. O padre está a dormir em cuecas, devido ao calor abafado que se fazia sentir aquela noite.  Um sonho perturba-lhe o sono, o padre está num jardim de uma grande mansão, com os fundos com janelas cerradas a tábuas por fora um homem que prendia o seu escravo e o mal tratava. Um homem cruel, que era temido em toda a região. Padre Bernardo suava, queria ver a cara do homem e do escravo, mas devido a ser um sonho não conseguia ver ninguém. Ele acorda bruscamente, levantasse e caminha até à cozinha.
“Estranho o que quererá dizer o sonho.” Pensa para os seus botões. Levanta-se e vai à cozinha, pega num copo e colhe, água para ele sacia a sua sede, volta ao quarto e olha para fora da janela de pau que se mantinha aberta, a luz da lua comunicava-lhe com a alma e encantava-o, parecia que esta noite ela estava a velar por ele com o céu negro, só o botão branco lá em cima no meio daquelas nuvens negras que cobrem as estrelas.
Padre Bernardo regressa para a sua cama, a luz da Lua entra no seu quarto iluminando os tacos de madeira envernizada. Ilumina o corpo do padre. Que adormece, alheia-se da realidade e de tudo o que se distancia desta. O tic tac dos relógios seguem o seu curso normal, aproximando-se do amanhecer o senhor padre voltasse e cruza os braços sobre o peito.
Uma noite, um Reino distante havia uma ponte feita de pedra os campos orvalhados estavam dois vultos sobre a ponte que trajavam uma capa preta, o padre e um jovem que era magro, alto com cabelo negro, e olhos azuis, aparece do outro lado um outro homem que também trazia um rapaz.
Posicionam-se dando dez passos, o rapaz volta-se com uma arma empunhe e dispara atingindo o rapaz que cai:
“Carlos! Fala comigo” o rapaz estava estendido no chão, cada vez perdia mais sangue. Ele abraça-o. Uma mão agarra a sua. Ele abre os olhos e olha-o. Apenas exclama “Valentina!” E roda a cabeça para o outro lado, apertando a mão a seu pai, que de imediato fica gelada.
De repente o padre acorda aflito. E não sabe porquê mas sente que alguma coisa o entristecia.  Não conhece Carlos, era bastante estranho sonhar que o seu filho era aquele, alguma coisa o integrava, quem seria Carlos? Não o conhecia e Valentina? Porquê estaria com uma arma, e porquê seria um duelo?  E por que carga de agua ele estaria preocupado?  
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Mensagem por Anne Margareth Dom Dez 22, 2013 8:48 pm


Capitulo XXV – A doença.

A Lua esvanece-se no negro céu, os pássaros nocturnos adormecem nos ramos altos das árvores verdejantes, o orvalho escorre pelas folhas dos campos cultivados onde o milho cresce. Os moinhos trabalham para ralar as espigas e assim fazerem farinha para as padarias fazerem o pão quente e delicioso que chega a nossa casa. Os barcos, que regressam do alto mar, chegam à costa carregados de peixe, as mulheres enchem as cestas e levam para as lotas onde o peixe é vendido para abastecer os mercados da cidade.

O Sol nasce no horizonte, os pássaros fazem os seus ninhos, os galos cantam, as galinhas põem os seus ovos, as ovelhas saiem para pastar, as vacas vão para os campos; as pessoas levam as suas alfaias e chamam os animas.
- Bichi, bichi mé! – Chamava uma pastora as suas ovelhas num caminho coberto por uma latada ao passo que um homem, com um boné castanho, uma camisa aos quadrados com as linhas vermelhas e umas calças de bombazina pretas, abre as grandes portas vermelhas do curral.
- Embora, chote. – Brada o homem.
Entretanto, na quinta, um rapaz de dezoito anos caminha dentro de uma corte. Senta-se num banquinho baixo, passa a mão em cima do dorso da vaca e, com um balde que põe por baixo da barriga desta, ordenha o leite que cai a fio. O rapaz enche o balde e põe o leite dentro de uma vasilha que fica a meio. Na estrada, um camião avança, rola com cuidado sobre o piso húmido provocado pelo orvalho matinal, as gotas que caiem das folhas das altas árvores que se erguem aos céus, faz as curvas e chega à aldeia de Coruche, na qual se situava a rua dos Campos. Entra num caminho de terra batida e anda com cuidado. Começa então a ver-se um portão construído com duas tábuas de madeira seca. O camião entra dentro de uma propriedade, na qual se via ao fundo uma grande vivenda amarelada, seguida de um grande barracão onde se situava muitas canhotas desmanchadas para o Inverno que se aproxima a passos largos. O motorista do camião desliga a chave, abre a porta e sai, movendo-se por entre as ervas daninhas que atrapalham os pés de quem as pisa.
O rapaz deita os bidões às costas e sai pela porta ainda aberta.
- Custódio, bom dia! Aqui tem.
- Ahm! Precisamos de fazer contas – informa o motorista atirando a beata para o chão e apagando-a com a ponta da sua bota de borracha.
- Ok! Quando o meu velho cá estiver.
- Quando eu receber depois a gente faz contas, pode ser?
O motorista entra na cabine e arranca já com o camião cheio de leite dirige-se a Lisboa ao armazém do Lidel situado em Entrecampos, grande produtor nacional de transformação de leite.
O dia amanhece claro, o Sol levanta-se. os galos cantam, os pássaros chilreiam, as galinhas põem os seus ovos do dia, nas cidades o trânsito das auto-estradas aumenta, daqueles que vão trabalhar. Já se ouvem as persianas a baterem nas calhas junto à praça do Comércio, voltada para o Rio Tejo, onde se avistam os barcos que vêm de Almada para o Rossio com gentes que trazem as suas mochilas às costas para os trabalhos. Os comboios do Rossio partem em direcção a Sintra e regressam cheios de pessoas que certamente se dirigem a outros meios de transportes.
O começo daquele dia já vai alto, o Sol entra nas janelas das casas do bairro de Portugal. Um enorme raio do Astro-Rei aquece as portadas de uma vivenda rosa, com as portadas amarelas. Um jovem toca à campainha e Silva Lobo abre-lhe as portas de sua casa, deixando o indivíduo entrar.
- Como é que está ele hoje, tio? – Indaga Tomás.
- Na mesma – murmura Sérgio triste, em simultâneo olha para o nivelado de tijoleira da sua casa
Um jovem com o corpo suado dorme na cama profundamente, imóvel algemado ao catre. Pedro está na cama, dorme profundamente. Um dia de calor infernal, como aqueles dias em que nos apetece estar só na água. Num desses dias, em que ele sai do quarto, Lisa está à sua espera na piscina de sua casa. Ele desliza até à escada, descendo-a calmamente e dirige-se para a piscina de casa, trajando um roupão branco. Lisa levanta-se de um espreguiçadeira onde estaria a apanhar banhos de sol e segue-o. Ele despe o robe e salta para a piscina. Ela começa por despir as poucas roupas que ainda lhe restam e mergulha na água da piscina, nadam um para o outro, beijando-se intensamente Pedro debate-se contra a cama, em sofrimento. Com o pulso preso e vermelho devido às marcas das algemas, a barba grande e um corpo molhado de suor, ele estava mais magro do que o habitual, uma vez que não comia há vários dias.

____________________________________________
Bom natal, até Janeiro.
Beijinhos;
Anne
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Jan 12, 2014 8:27 pm


Capítulo XXVI - Um Passado no Futuro

No outro lado do Bairro de Portugal estavam duas mulheres magras, uma mais baixa do que a outra, à porta de casa; a mais baixa estava vestida com uma túnica de tecido vermelha e umas calças de tecido pretas, com base que lhe tornava a pele mais clara, e batom vermelho nos lábios que os realça. Dá dois beijos à outra, e entra no seu carro, metendo a chave na ignição, introduz a primeira e arranca para o exterior da propriedade; a mais alta acena à amiga e entra dentro da moraria. Em seguida, sobe as escadas e dirige-se ao quarto de uma miúda:

– Então, como estás? – Pergunta francamente preocupada.

– Pipa! Estou bem. Só tenho algumas dores de cabeça.

Pipa entra dentro do quarto, pisa o tapete da entrada, move-se em torno da cama, e põe a mão na testa a Lisa.

– Lisa, tu estás a arder em febre.

– Ai, ai… – Lisa passa as mãos na barriga.– Oh Pipa! Dói-me a barriga.

Na verdade, Lisa estava cada vez mais pálida, com mais dores laterais na zona do ventre abdominais, mais sono, alguma incontinência urinária e corrimento e tinha cada vez mais dores de cabeça.

– O que foi Lisa? – Pipa corre para ajudá-la.

Lisa estava deitada, tremia agora de frio, uma água gelada escorria pela cara abaixo que molhava a almofada. Já não tinha forças para nada.

Este seu estado suscitava imensas dúvidas e o seu pânico pessoal. Suspeita-se que tenha comido alguma coisa estragada mas, o que era realmente estranho, era a sua própria recusa em ir a um médico para ser examinada, o que deixa Sónia bastante preocupada. Não chegava já a sua filha não comer bem e agora isto, andava a enjoar de tudo. Às vezes comia algumas coisas estranhas, e como se ainda não chegasse, agora tinha muita febre. Não eram habituais estes sintomas na rapariga, ela que até gostava de praia durante todo o verão…

Apesar de ser uma rapariga que comia pouco, não ia logo vomitar, era raro ter dores de cabeça, ou noutra parte do corpo… Mas o mais estranho de tudo era aquele estado de sonolência.

Não! A Lisa não era assim, de todo, ela que sempre foi uma rapariga muito viva via-se agora presa a uma cama.

Eram estes os pensamentos de Pipa, que se encontrava de pé, encostada à parede do quarto aos pés da cama de Lisa, e agora a via a arder em febre, deitada numa cama. Parecia-lhe impossível. A Lisa doente era uma utopia, ela estava sempre ligada à corrente eléctrica.

– Queres que te vá buscar um remédio?

– Não, Pipa! Obrigada… – Diz Lisa ao levantar-se e correr para a casa de banho.

A casa roda na mente de Lisa e esta agarra-se às paredes para não cair. Pipa vai em seu auxílio, segurando-a com força para não a deixar cair.

– Lisa, onde é que vais?

– À casa de banho. – Responde a rapariga com voz débil.

Pipa leva Lisa até ao Toailete, a rapariga vomita na sanita. À posteriori é conduzida com cuidado até à cama, que Pipa abre. Lisa senta-se e roda o corpo. Em seguida estende as pernas pela cama e puxa a roupa.

*

Sérgio sobe as escadas perseguido por Tomás. Os dois, de olhos postos nos degraus cinzentos, caminham ao longo da tijoleira do primeiro andar da moraria. Uma mão alcança uma porta branca, fechada, paralela à parede. De seguida, é introduzida uma chave e ambos entram num lugar com pouca luz e vazio onde reina a escuridão. Um indivíduo tacteia à procura de uma cadeira para se sentar junto a um leito agoniante. O cheiro a mofo, podre e a bolor é quase que insuportável. Os olhos verdes lacrimejantes de Tomás compadecem-se da doença que abarca Pedro. O melhor amigo de Silva Lobo senta-se na cadeira junto ao seu leito:

– Então, como estás? Tenho saudades de ouvir a tua voz. Se pelo menos houvesse alguma esperança, Pedro. – O peito de Pedro enche-se de ar, está longe daquele quarto, daquela cama, e até daquelas amarras.

O Sol brilha no horizonte, o mar azul banha um pedaço de terra com palmeiras. Pedro e Lisa estavam deitados sobre a areia a apanhar o Sol de fim da tarde. Ele levanta-se e pega na sua guitarra:

«Oh Pedro, toca aí algo.» Diz a sua amiga que agora se levanta e se junta a ele .

«O que queres que eu toque, Lisa?» Inquire enquanto lhe mexe no cabelo «Sabes, pela primeira vez na vida não me apetece tocar.»

«Então o que é que te apetece?»

«Não sei! Vamos embora, para casa? Podemos jogar xadrez, que dizes?»

Lisa dá a mão a Pedro e os dois andam pela areia ficando cada vez mais longe do mar. Entram numa casa construída a madeira, com janelas de vidro e portas separadas apenas por pilares de madeira envernizada e devidamente tratada para resistir ao mau tempo de Inverno. Entrava-se para um pequeno Hall, com chão construído a mosaico vermelho e cimento pintado em branco. Pedro pega em Lisa ao colo e os dois entram na sala. Ele senta-a no sofá branco e senta-se ao pé dela. «Ouve uma coisa, Lisa, eu amo-te.»

Dora, por sua vez, andava muito circunspecta. Ela própria não acredita numa palavra de Sérgio. Sabe á priori que o seu filho era incapaz de lhe faltar, não era nada dele sair sem sequer se despedir. Era-lhe totalmente inconcebível que tais factos ocorressem. Logo Pedro que sempre foi tão amigo de sua mãe, detestava vê-la a sofrer às mãos de Sérgio, lutava por ela. Neste intuito, Dora pega no seu telemóvel e marca uma sequência numérica, esperando até que do outro lado a atendam. O voice mail fala «Fala Pedro Silva Lobo, de momento não posso, atender, é favor de deixar recado que entrarei em contacto consigo…» Era mais do que óbvio que tinha acontecido alguma coisa a seu filho, mas o quê? As saudades começavam a apertar, Dora não sabia o que fazer. Por um lado, tinha medo em perder para sempre o seu filho, por outro, temia por Sérgio não o procurar, parecia que sabia o que lhe tinha acontecido que lhe tinha feito algum mal. Dora tinha terror em pensar nesta possibilidade.

--------------------------------------------------
Este capítulo é basilar para a continuação que se dispulta em breve.
As desconfianças encontradas em Sérgio por banda de Dora terão fundamento muito em breve se descubrirá o fundamento disto tudo, o porquê de Sérgio querer Pedro morto.
E, será que consegue?
Veremos.
Até à próxima.
Cumprimentos,
Walk Up Proud.
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Mensagem por Anne Margareth Dom Fev 16, 2014 5:59 pm

Ora, boa tarde. Antes de mais, peço-vos perdão pela demora, mas temos tido alguns problemas a resolver na nossa vida, contudo deixo-vos mais este capitulo espero que o leiam e o comentem. Até breve; boas leituras, people.
Anne Margereth
Capitulo XXVII -  Apenas um Sonho Perfeito.
*

As ruas de S. Paulo enchem-se, o trânsito aumenta, as pessoas correm de um lado para o outro para os seus trabalhos e, para deixar os seus filhos nas escolas e assim acelerar até aos seus trabalhos. As paragens de autocarro enchem-se de pessoas que esperam por algum autocarro que entretanto passa e abre as portas segundos após cheio parte em direcção ao seu destino. Os comboios chegam às estações e os passageiros correm para as portas deixando o meio de transporte. E saindo o mais rápido possível das estações. Para assim, apanhar outro transporte ou seguirem a pé nas ruas o trânsito aumenta as buzinadelas, as pessoas amontoam-se nas passadeiras e carregam para mandar parar os carros, olham para o relógio, atendem os telemóveis e caminham apressadamente segurando as suas pastas ou malas.    
Por volta das treze horas, uma pessoa de bata branca regressa à sala de espera de um hospital.
- Venham!
Três pessoas sentam-se nas cadeiras em frente ao doutor.
- Ora bem, você sofre de Leucemia. – Dr.ª Teresa Cristina chora. – Vai ter de fazer umas secções de quimioterapia, sabe disso não sabe? – A mulher engole em seco e João dá-lhe a mão.
- Sim, sei sim doutor! Mas diga-me, posso morrer?
- Todos nós vamos morrer um dia, eu não lhe vou dar um prazo. Nem dizer que vai morrer. Hoje em dia, há grandes casos de sucesso, a nível mundial, tem é que fazer o que eu lhe digo.
- Senhor Doutor – intervém o Dr. João – o que se pode fazer num caso como estes? Eu não tenho grande experiência com doenças…
- No decurso do tratamento, as relações sexuais cessa, até porque a Senhora Teresa está mais debilitada.
- Diga-me, por favor, um número, uma estatística no qual nos possamos apoiar?
- Vai tudo correr bem. Não é necessário fazer previsões.
- Eu vou rapar o cabelo? – Pergunta a mulher com a voz fina e fraca.
- Provavelmente sim, para que este não caia no decurso do tratamento… – segue-se um triste e angustiante gemido, um lamento profundo de uma voz. – Não é agora, já, já… oiça…
- Vá então, Teresa acalma-te! Deixa o senhor doutor explicar! – Marlisa põe a mão na cabeça da mãe, como forma de a acalmar
- Desculpe!
- Está desculpada mas quero que ouça. Primeiro, vamos começar por uma batalha de análises para ver que tratamento é preciso aplicar. Mais quero qui comece dentro de algumas semanas.
Dr. Teresa engole o choro, limpa a cara, e apenas profere:
- Já qui tem de serr, qui venha ele. – A voz grossa atrapalha-a, corre algumas lágrimas pela face – quali é o primeiro exami a ser feito? – O Doutor está espantado com a determinação daquela mulher. - Exame de Sangue.
Teresa Cristina tinha pânico a agulhas, mas,
- Para quando?
- Tem de marcar no guiché à entrada.
A paciente está arrasada e muito triste. Mas o mais triste de tudo é fingir que não sabe que não é amada pelo marido, o mais triste, de tudo, é enganar-se a si própria dizendo à sociedade que JP a ama como nunca amou. E agora? Agora que estaria doente, quanto tempo demoraria este casamento? Frio, distante, mais frio que um iceberg no Pacifico.
- Teresa Cristina! – Chama João. Ela, embebida em pensamentos, não ouvia o que se passava. João abana-a, tirando-a do transe.
- Que foi?
- É a tua vez…
Dr.ª Teresa dirige-se ao balcão quase que petrificada, no seu passo calmo mas elegante. Apoia os seus braços no balcão e entrega uma credencial passada pelo médico:
- Bom dia! – Cumprimenta-a uma mulher que lhe sorri.
- Bom dia – responde tristemente – éu quéró márcár éstés èxàmis, com o máxímó di urigencia…
A empregada verifica através do computador uma hora que não haja mais ninguém marcado. Encontra um e pergunta:
- Pode ser pár amanha?
- Pode! Tenho que vir em jejum?
- Tem!
 
   


*


Lisa adormece, Pipa dá-lhe um beijinho na testa e deixa-a descansar. A jovem está vestida com um vestido azul numa sala grande onde várias pessoas dançam com os seus pares. Um criado, vestido com um smoking azul e umas calças brancas caminha por entre os pares até ela. Ajoelha-se e dá-lhe a mão, que beija com delicadeza.
«Como se chama?»

« Ângela, e você?»

« Luís! Concede-me a honra desta dança?» pergunta ele a sorrir com os olhos brilhantes que a cativavam que a arrancavam.

«Sim vamos dançar!» Responde ela ao olhar para os seus olhos. Era um olhar que a encantava, que reproduzia nela uma paz interior sem fim, que queimava o seu coração, que a fazia saltar de alegria. Um olhar que a seduzia, que a deixava sem palavras. Uns olhos azuis poisavam nela, a cada palmo de pele analisando que a desejavam.

Luís deu a mão à senhora, era uma mão forte mas ao mesmo tempo suave. Os dois caminham para o interior da sala, ele abraça-a pela anca e deixa-a sem respirar. Quase sem notar, ele encosta a sua cara à dela e começam um passo acertado de valsa. Os violinos tocam num compasso, tudo é mágico.

O candeeiro imanava uma luz semelhante à do Sol num dia de Verão. No fim da música, Luís sai da sala com Ângela através de uma varanda da qual se podia ver o céu negro com algumas estrelas. A jovem senta-se num banco de pedra junto ao parapeito e Luís senta-se ao pé dela. Os dois falam:
- Diga-me o que faz?
- Trabalho no campo! – Ele poisa a mão sobre a sua.
- Não parece, tem as mãos tão macias, tão suáveis. – Ele, mais uma vez, ri mostrando os seus dentes brilhantes no meio de um sorriso sincero. À luz da brilhante lua que banha os mais apaixonados corações, ela deita a cabeça sobre o seu ombro.
- Desculpe! Mas há certas coisas que não ficam bem.  
- Por isso é que não me beija?
- Sim, mais ao menos assim!


Pedro estava na cama e ferrava os dentes como, se por hipótese, contivesse a acção de beijar Ângela, como se fosse pecado ou se soubesse o que viria a seguir.

- Hoje está uma noite bela, – afirma Luís como forma de afastar as intenções daquela doce mulher de o beijar – não está? – Mas a tentação existente entre ambos é cada vez maior.
Luís começa por se aproximar de Ângela. As respirações descontrolam-se, os lábios vermelhos dela roçam os dele e ambos não resistem. Ele acaricia-lhe a cara, a lua ilumina o escuro da noite. Torna-se claro o salão de baile, ela encostada ao seu peito, com as pernas em cima do banco de pedra, os batimentos cardíacos descompassados, acelerados. Até que, finalmente, os seus lábios provam o gosto dos deles, que sabiam a menta. As línguas tocam-se causando arrepios nas costas.


Germinam as ervas daninhas nos campos, as heras sobem pelas paredes, dentro da sala os candeeiros balançam, as mesas encostadas à parede perdem o equilíbrio. As pessoas, assustadas, correm de um lado para o outro.      
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Fev 23, 2014 6:15 pm


Capitulo XXVIII – Hierarquias Sociais.
*
O bairro Beverly Hills era o mais popular de Los Angeles. Viviam lá os famosos de Hollywood, era onde existiam as casas mais caras de Los Angeles. No entanto, a vizinhança era agradável e existia harmonia, entre os vizinhos.
Numa casa de grandes dimensões bem situada que tinha corte de ténis e uma piscina, vive o Senhor Potter. É um homem de negócios habituado a mover grandes quantidades de dinheiro e que lida bem com o stress da bolsa de valores. É casado com Nanda Potter que trabalha numa revista de moda, a Runway. Ela é a editora chefe, gosta muito de moda e tem as roupas mais caras da indústria. Nanda é uma senhora distinta no mundo da cultura. Casada desde cedo com Frederik Potter, ama-o muito, e do casamento nasceu Emma Potter.
Emma acabou o oitavo ano,em Ridefless School. É a melhor aluna que aquela escola alguma vez conheceu. Faz natação de alta competição desde os três anos. Esta instituição apoia a natação e os jovens que a frequentam num nível de alta competição. Gosta de se divertir, mas o que mais gosta de fazer é ir ao ginásio. Tem um corpo bastante atlético para a idade, magro e bem formado. É loira, tem olhos pequenos e azuis. É, no entanto, um modelo a seguir, de valores morais e dos bons costumes, liga mais ao status do cartão de crédito, do que há verdadeira amizade.
Rikki Chadwick é rebelde, chateou-se com os pais e vive num barco. Acabou também o oitavo ano na Ridefless School.
Apesar de todas as divergências existentes, é amiga de Emma e esta vê em Rikki um verdadeiro tanque de guerra. Junta-se a ela numa “batalha” por temer pela própria vida, uma vez que Rikki é a justiceira do grupo, diz sempre o que pensa mesmo que no minuto a seguir se possa arrepender.
Por fim, Cleo Sertori, tem olhos castanhos, e cabelos da mesma cor, é alta, magra e é a mais atinada, tem uma maturidade acima da média. Vive na modesta vila de Ocean com os seus pais, e a sua irmã mais nova, Kim, que este ano vai frequentar o quinto ano ao lado da irmã em Ridefless School. Kim Sertori é uma criança adorável, não fosse ela querer andar sempre atrás de Cleo.
Na vila de Ocean, Cleo estava a ler um livro, sentada à escrivaninha preocupada com as equações que ainda não sabia resolver. Apaga a luz do seu quarto e baixa o estoro da sua janela. Deita-se na sua cama, a irmã já dormia há horas. De manha tinha que saber da Rikki, mas agora o sono abatia-se sobre ela, boceja uma ou duas vezes na tentativa de ser mais forte do que o cansaço mas depois deixa-se adormecer. Amanhã será outro dia.
A luz da Lua brilha no firmamento, o escuro da noite, o canto dos grilos, das rãs nos lagos, despertam os sonhos cor-de-rosa. O mundo imaginário reluz ao fundo de um túnel, cega-nos e seduz-nos, capaz de ser algo que encontramos, uma esperança. Quiçá um perigo, uma nova oportunidade nos sorri, uma nova vida nos encanta, onde vemos pessoas a sorrir e felizes, num banquete celestial, os nossos antepassados, até as nossas vidas.  

*
A meio da noite, Pedro acorda, estremunhado, cansado de dormir, com dores nas costas. Os seus olhos vêem uma névoa branca, não define todos os contornos das coisas, mas algumas, as que lhe são mais próximas do leito. Ele sente algo fresco em cima da sua perna direita. Pedro assusta-se ao pensar que poderá ser uma fera, concretamente uma cobra, qual pele gélida mas traiçoeira, o que o leva a fazer todos os esforços possíveis, impossíveis e imaginários por encolher as pernas e desviar-se do objecto imóvel sobre as suas coxas. Mas a curiosidade é tão elevada que Silva Lobo consegue pôr-se de bruços e o objecto cai em cima do colchão.
Era pequeno e tilintou ao escorregar para o leito. Pedro debate-se para se soltar, mas é-lhe em vão. Toca numa superfície dura, parece-lhe uns sacos pesados tacteia à procura de algo, introduz as mãos nas grades e volta a tocar na superfície, parece-lhe uniforme.
Pedro pensa: quem me dera ter força para me levantar, e saber onde estou… cada vez mais a visão o atraiçoa, parece que está num balde enorme de leite, vendo tudo branco e sem a clareza necessária para definir o que se passa à sua volta. Pedro passa uma mão no estrado e toca no objecto. Está frio, ele agarra-o para si. Uma enorme luz vinda da rua bate contra a janela, as gretas da persiana mal fechada permitem a entrada dessa luminosidade. Os homens do camião do lixo recolhem os contentores, põe-nos no elevador que sobe e os despeja dentro do veículo, a luz afasta-se e Pedro apalpa o objecto que tem dentro da sua mão. Tem uma argola, depois duas coisas idênticas penduradas, uma bola com um furo ao meio por onde sai o cilindro metálico da argola, e um pequeno braço com uma serrilha e, o mais estranho de tudo, o animal feroz permanece imóvel ao toque de Pedro. Ele pensa: “Não, não pode ser…” e sorri.
Apalpa a outra mão, que está acima da sua cabeça. Delineia os dedos, a palma da mão e o pulso, com o seu relógio. Depois alguma coisa que lhe dói quando tocada seguida de uma espécie de pulseira de ferro. Ele apalpa a toda a volta, o ferro é bastante duro e bastante liso, escorrega-lhe das pontas dos dedos, mas não desiste. Até que com a ponta da unha, dá com uma espécie rugosa, sobre o ferro, “Espera! Está aqui algo, mas o que é isto?” indaga meditando consigo. “ Talvez sirva” cada vez mais acordado, e mais lúcido introduz o objecto naquela ruga, e puxa a mão, abrindo assim a pulseira. Posteriormente, volta-se outra vez para o tecto, sentando-se na cama, e introduz a mesma chave na pulseira do pé, mas não tem a mesma sorte. Experimenta-a na outra e retira o pé direito do interior da pulseira.
- E agora? – Murmura – já estou livre, mas o que é isto? – Pensa – onde estou?
Senta-se na pildra com os pés para o chão, cada vez mais a visão melhora, aos poucos e poucos, Pedro consegue decifrar os objectos que o rodeiam. Uma mesa, junto à janela, ulteriormente uma estante, posteriormente uma parede, uma porta fechada, uma guitarra, um guarda-fatos, e depois vinha a mesa-de-cabeceira e uma cama na qual estava sentado.              
- Este é o meu quarto, e esta é a minha cama… Quem fez isto? – Pergunta-se Pedro.

“ Pedro ia a cantar, alegre e contente, numa rua perto da estação de Entrecampos. Segue o passeio, passa para o outro lado, vê uma rapariga alta e morena com os cabelos aos caracóis que passa por ele e olha-o de uma forma com um certo interesse, e segue o seu caminho. Pedro levanta os óculos de sol e sorri-lhe, ela devolve-lhe o sorriso e olha para o chão.
Perto do “Modelo”, Pedro atravessa a rua, segue o caminho pelo passeio da câmara municipal quando vê Sérgio Silva Lobo com a uma mulher, morena queimada do sol. No momento em que ele se esconde atrás de um carro vê o pai puxar a mulher e dar-lhe um beijo. Pedro chama-o.
- Pai?
- Sérgio, quem é este? – Pergunta a mulher.
- Quem sou? Isso, pergunto-te eu…
- Pedro, temos que falar…
- É assim que anda a enganar a mãe…
- Tu és casado?
- Pelos vistos não é só a mãe…

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Será que Pedro consegue saír do cativeiro de Sérgio, quid juris?
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Mensagem por Anne Margareth Dom Mar 02, 2014 5:19 pm

Capitulo XXIX – Lembranças.  

Boa Tarde!
Trago-vos um Capítulo desta magnífica história. Neste capítulo podemos encontrar o pontapé de saída para a acção dramática da Fanfic.
Peço perdão por vir postar tão tarde mas o João Miguel não me deixou postar mais cedo.
Bom Carnaval, beijinhos, até à próxima.



– Marta, eu posso explicar.– Tenta-se justificar Sérgio, que olha para Pedro enfurecido.

– Eu vou contar à mãe…

– Anda cá, Pedro, não vais nada contar…

– Quer apostar?

– Não me provoques.

– Não te provoco, o quê? A mãe ama-te! – Grita Pedro exaltado – se pensas que tenho medo de ti estás muito enganado, ah! E tenho nojo de ser teu filho, és um monstro.

Cada vez mais enraivecido, Sérgio revira-lhe os olhos:

– Vai-te embora, olha o escândalo…

– Não tenho nada a perder…

Pedro deixa o pai a falar só, e segue o seu caminho até casa. Entra na Avenida dos Beijos e sobe a Rua dos Sonhos. Entra num jardim, contorna uma casa construída de pedra e entra numa porta aberta quando, de repente, ouve passos em casa. Entra na sala de visitas e, com o olhar fixo no chão, dirige-se para a escada:

– Aonde é que pensas que vais, Pedro?

– Pelos vistos a lado nenhum…

– Tens razão, temos um assunto pendente…

– Pois, mas agora não me apetece falar sobre isso, pai!

– Apetece-me a mim e tu vais-me ouvir, Pedrinho… Senão vai ser muito pior para ti…

– Ai vai, ainda mais, o que é que me vai fazer, expulsar-me de casa? Ah! Essa não, já o fez, não foi?

– Pedro! Tu não sabes o que estás a dizer…

– E aquela – leva a mão ao queixo – como era o nome? Ah! Já sei, Merda? Não esse não, Marta. Como eu me pode esquecer, é um nome sem classe… vagabundo e, e… - Sérgio perde o controlo e dá uma estalada no seu filho tão forte, que Pedro cai no chão, bate com a cabeça na parede, e deixa-a suja de sangue.”


Sem perceber o porquê, Pedro pensa na Lisa, algo lhe diz, no seu peito, que deve estar com ela, que ela tem uma nova para lhe contar, mas ele não liga muito ao que o seu coração lhe diz, habituado a ter sempre um cartão de crédito recheado à mão.

No entanto, algo lhe vinha sempre à memória, a imagem de uma Lisa débil, na cama, doente. O jovem sentia-se mal, no fundo de si mesmo, não sabia há quantas horas estava a dormir, sentia-se fraco e cansado, sem o animus de redescobrir o mundo, fora de portas. Volta a deitar-se, olha para o outro lado da janela, não se lembra que o quarto era tão grande. Pensa também no que Tomás lhe disse, na confissão feita pelo seu amigo: “… Amo-te! Meu bom Pedro!”

“Não! Ele não pode estar a falar a sério, o Tomás não, o Tomás que eu conheço, não gosta de homens” pensa Pedro.

Ele começa a ouvir barulhos nocturnos vindos do quarto do lado, primeiramente um autoclismo, cochichos, por fim as molas de um colchão a chiar. Ele continuava sem saber há quantos dias, semanas, meses ou quem sabe anos estava naquele estado.

Sérgio apaga a luz e volta para a cama, Dora acorda de repente, levanta-se e vai à casa de banho. Sérgio deita-se por seu turno mas deixa o candeeiro que está na mesa-de-cabeceira aceso para que a mulher, quando viesse, não embatesse contra algum objecto do quarto, e não caísse.

“Ela está cada vez mais jeitosa…” pensa Sérgio e sorri. “Ai! Adoro o perfume… Ei! Eu não disse isto…” Declara ao cheirar a almofada do lado. “Dora, Dora!”

Dora corre o autoclismo e regressa ao quarto.

– Sérgio? – Admira-se, pois nota que Sérgio está diferente, ao contornar a cama.

– Ehn!

Chega ao seu lado da cama, despe o roupão de seda branca. Sérgio olha-a atentamente.

– O que é que tem, Sérgio?

– Nada.

– Eu tenho sono, boa noite, Sérgio. – Dora deita-se e o marido apaga a luz do quarto.

Posteriormente, aproxima-se dela e brinca comos seus cabelos. Beija-lhe os ombros e agarra-a pela cintura.

– Ah! Sérgio, pode deixar-me dormir, por favor… – Suplica enquanto se vira para ele. Dora vê ali a oportunidade de se sentir amada pelo marido, ele beija os doces lábios e morde-os, massajando a sua cara.

Ele aproxima-se dela, aperta-lhe a cintura e beija-a. As calças do pijama aumentam de tamanho. Dora põe-se de costas na cama, ele sobre ela. Retira-lhe a camisa branca e apalpa-lhe os seios. Ela agarra-o para si e retira-lhe a camisola do pijama. Ele dá-lhe pequenas mordidas no lábio inferior enquanto lhe retira as cuecas. Por sua vez, ela retira-lhe as calças e toca na sua grande erecção, Subindo as pernas, ela circunda Sérgio no seu interior, ele introduz-lhe o pénis erecto na vagina e ela geme. Segue-se o apressado vai e vem, ouve-se os testículos a baterem à entrada da vagina e ele ejacula. Os movimentos das molas do colchão chiam, regem, a cama dá de si.

Pedro adormece.


*


Uma vivenda de cor branca, com um jardim e uma piscina onde vive Gostinho com a sua família. Sobe-se umas escadas e entra-se na porta principal. Por trás dessa porta existe uma grande sala decorada com sofás amarelos e um grande plasma preto sobre um suporte em frente aos sofás. No chão branco estava um tapete vermelho, um jarro de flores secas a um canto e uma lareira para os dias mais frios do Inverno. Seguia-se uma estante de livros devidamente lidos, os candeeiros, apagados, que iluminavam o ambiente resplandecente todas as noites. À entrada existem umas escadas que levam ao segundo andar desta magnífica vivenda. O segundo andar aparece todo ele apetrechado por móveis do século XVI, e por muitas portas fechadas. Uma casa de banho, comum a todos da casa, mobilada a rigor e com banheira de hidromassagens. Os azulejos e o chão eram brancos e existia também um móvel, com um espelho pendurado na parede, e uma bacia, ao lado de uma janela na qual era visível a lua. Numa outra porta, um escritório com uma secretária preta, uma estante encostada à parede, cheia de livros e dossiês, e um candeeiro. O quarto dos donos de casa estava decorado com uma cama de casal, no centro, e uma mesa-de-cabeceira de cada lado da cama. Gostinho volta-se para a esposa e continua a dormir. Ao lado do quarto principal, está o quarto de Tomás. Este acorda durante a noite devido a um sonho que teve com Pedro e recorda-o com alguma tristeza.

Estava numa praia com Pedro e este beijava-o.

Acorda com grande mágoa por tudo só ter sido um lindo sonho de amor, não passava disso, um lindo sonho, só.

“Ah! Quem me dera que fosse real…” pensa “não, não, Tomi, tu não gostas dele, não podes. Porquê? Bom isso é fácil, tu o que queres é babys, elas sim, só andas com ele por causa disso, percebeste? Mas ele é tão lindo… Sim! É, mas precisa de uma mulher.” Reflecte entristecido “Tão sexy, ah Pedro, Pedro. Ui, ui! O que eu fazia contigo. Ele não gosta de homens, fora de questão. Ouviste, Tomás?” Auto repreende-se por pensar no Pedro daquela maneira. “Além disso, ele não gosta de ti, não dessa maneira. Ele é normal, e eu não…” logo, entriste entristece por pensar que Pedro deixará este mundo em breve.

Considera uma única hipótese, a de Pedro vir a ama-lo como ele o ama. Ou melhor ainda “será, será…” sorri só de pensar “será que ele já gosta de mim só está à espera da altura certa para namorar comigo, Ah! Minha nossa senhora do fogo aflito, se for isso eu vou aí de joelhos ao fim do mundo só para ver se o mundo acaba ”
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Mar 09, 2014 7:12 pm

Capitulo XXX – O Mundo Inteligível  
Walk Up Proud escreveu:
Bom, neste capítulo chegamos a um ponto fulcral da Crossover, esperamos que com isto se possam ver aquilo que queremos, chama-se o Mundo Inteligível ou o Mundo após a morte, das almas que discutem entre si sobre qual o destino a dar ao Amor de Pedro e Lisa.
Boas leituras,
Até breve.

*
As estrelas estão cada vez mais perto na cabeça de Tomás e ele adormece com estes pensamentos. O céu está escuro sobre a terra, as nuvens permanecem sólidas e do outro lado das nuvens estará certamente um mundo totalmente novo, um mundo onde existe paz, igualdade, liberdade.
A cinco mil quilómetros das negras nuvens que dão relevo à terra, considerados por muitos o teto do mundo, existe uma outra cultura.
Existe uma sala, toda ela pintada de branco e revestida a nuvens brancas e azuis, num enorme espaço, que leva a uma entrada para um túnel escuro, por onde vão entrando acorrentados. De um outro portal que se forma sai uma criatura com penas pretas, dois chifres escarlates, um nariz pontiagudo e bigode mal arranjado. Até à cintura era composto por escamas. Tem uma cauda e está nu, com cabelos esgadelhados e nojentos. A língua era semelhante à de uma cobra. Por onde passa deixa um rasto de destruição. Entra num túnel muito escuro com a ajuda de uma forquilha.
- Símias! Símias… – Chama com a sua voz forte e prepotente – Onde estás, preciso de falar contigo, Símias!
O túnel vai dar a um local luminoso. Os acorrentados que o atravessam gritam de pavor, susto e dor, que aquela criatura transmitia. À sua passagem, ia deixando um rasto de fogo e de destruição, provocado pela sua cauda, mas também de calor. Este calor originava uma espécie de porta que levava a uma claridade. Aquele ser entra num espaço com um altar, bancos, e um cais com nevoeiro. Uma Entidade, com umas asinhas nas orelhas e nos pés, poisa aos pés daquele Ser horroroso.
- Demócritos? – Admira-se, mas fala-lhe docemente e sempre com um sorriso simpático no rosto – O que é que vens aqui fazer? – Relembra – Sabes que não podes entrar no túnel, regras são regras.
- Mitisfoy! – Reconhece-o Demócritos e fala-lhe com má cara – Não quero saber de regras nenhumas, podes chamar o Símias.
- Ainda que mal pergunte, porquê eu devo obedecer?
- Pensas que o assunto não é realmente importante? Pensas que eu tenho a coragem de vir a este sítio terrível se não fosse relevante? Não tenho prazer nenhum em andar assim pela rua. – Brada aquele Ser monstruoso.
- Ai, ai, ai! Que Heraclito não vai gostar nada de saber que… – coça a cabeça
- Quero que Heraclito … – interrompido por Mitisfoy
- Olha o que é que tu vais dizer, estamos no limite…
- Se dane. – Conclui Demócritos com olhos em brasa. – Fogo, Mitisfoy, eu só quero falar com o Símias prometo, Ele não tem que saber.
- Pensas que Heraclito nunca saberá? Bom, mas nem é esse que me preocupa, o que mais me incomoda é o criador. – Explica Mitisfoy. – Mas pronto, para arrumar a conversa vou, chamá-lo. Assim, sempre poderás voltar ao teu mundo, e fazeres o que fazes lá. – Mitisfoy passa pelo Limbus, uma espécie de porta de ouro e voa, pelo ar, em busca de Símias. Um grupo de cavalos alados com um chifre branco na testa e com asas que lhes permitissem voar, passa e:
- Olá! Viram o Símias?
- Não, Mitisfoy, mas deve estar com Cebes.
- Ah, e onde é que está Cebes?
- Pois, isso não a vemos… Bom, boa busca! – Os cavalos alados seguem o seu caminho, e Mitisfoy continua à procura de Símias.
Ouve-se no ar a música de outras criaturas, pássaros levantam voo e as árvores erguidas às alturas clamavam hinos de glória e glorificavam o seu criador. Mitisfoy encontra uma clareia com plantas hirtas às alturas. Os ramos verdes, vergavam na sua vaidade e esplendor. Vê um indivíduo de olhos postos na água de um lago fabricado momentaneamente, e poisa ao pé dessa Entidade.    
- Símias.
- Olá Mitisfoy! Como é que sabias?
- Esqueceste-te do meu poder?
- Ah, pois.
- Eu sei que isto que te trago vai contra todos os nossos princípios, mas é que Ele está no Limite e quer falar contigo.
- Hum, hum. O Demo? – Pergunta, assustado.
- Sim, esse.  
- Ah! Tudo bem. Eu vou lá, então. – Informa-o Símias.
Levanta, as asas de Símias, esticam e ele levita, deixando o chão.  
- Mas, e, e, o, Ele?
- Deixa que Ele já deve saber.
- Pois, e se perguntar?
- Diz-lhe a verdade, não vais mentir por minha causa.

Símias sai para uma sala. Demócritos já o esperava. As asas de Símias encolhem e este empurra uma pesada porta. Entra numa sala revestida a nuvens que contem um cais. A água cristalina e calma banha a madeira do cais e as embarcações dão ao porto.
- Demócritos? O que é que me queres?
- Quero, quero, já sabes o que quero.
- Não, isso não posso fazer…
- O Pedro vai morrer e eu vou ganhar.
- Não, ainda não… Para tua informação, eu cuido do Pedro, e todos aqueles que me são confiados nunca te são entregues…
- Meu querido, nada nesta eternidade é fiável…
- Eu sou e todos que acedem ao paraíso também… Já tu…
- Sim, mas tu nunca viveste, porque confias assim tanto no Pedro?
- Ele é meu amigo, é um dos nossos…
- Mas caiu!
- Está só a completar a sua missão e sim, por amor a Lisa, caiu.
- Eu cá gosto mais do meu Sérgio, não sei, tem mais a ver comigo. Ele vai conseguir matar Pedro de uma vez. O Pedro já te consegue ver? Sentir…
- Não, Demócritos, enganaste e não, o Pedro não me consegue ver nem sentir. Mas um dia vai conseguir, eu sei que sim.
- Um dia, quando?
- Não sei.
- Pois eu ainda vou matar Pedro.
- Não! – Grita Símias – não era isso que estava combinado, Pedro tem que escolher entre o bem e o mal, e voltou para amar. – Brada Símias.
- Adeus. Daqui a dias nós falamos.  – Demócritos sai com um sorriso na cara, nunca ele soube o sabor da vitória e parece ter derrotado Símias.
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Mensagem por Anne Margareth Dom Mar 16, 2014 6:34 pm

Capítulo XXXI - A Noticia
Anne Margareth. escreveu:Ora olá.

[color=#990033]Como sabem é a minha vez de publicar! Eu sei que me vão matar, talvez...
Muitos de voz já se aperceberam que existe um mundo paralelo, que faz parte de um sonho que um dia tive... esse mundo se existe, controla as nossas acções. Ajuda-nos, isto é para quem acredita.
Lisa descobre que está grávida. Não se lembra de nada de Pedro, porque ainda não lhe é permitido. Será que ela vai encontrar Pedro?
Por outro lado, Pedro sem ter consciência lembra-se de tudo perfeitamente o que se passou com Lisa. Irá encontrá-la? Será que assume?  



A criatura entra outra vez  no túnel atrás de si. Anda com dificuldade e com um ar alegre, pois conseguiu aquilo que queria, que foi irritar Símias ou, pelo menos, ele pensava que sim. Símias passa novamente pelo Limbus, que se abre à sua chegada. Heraclito sente a sua presença e vem ter com ele, levanta-se do seu trono aproxima-se do portal. Símias está, pela primeira vez, triste:
- Símias! – Chama Heraclito.
- Heraclito.
- Queres falar?
- Pode ser?
- Claro que sim… – ambos se sentam num banco igual ao dos jardins, que se formou de improviso. – O que se passa?
- É o Pedro… eu desobedeci-te, mestre!
- Como?
- Fui falar com Demócritos ao limite… sobre a missão e ele disse que o Pedro vai morrer…
- Hum, tu sabes que isso não vai acontecer não sabes?
- Será que não acontecerá e se, se…
- Por favor, Símias, tu não podes ficar assim, tudo o que ele pediu é que confiássemos nele, lembras-te?
- Sim lembro-me… – Declara Símias, ainda com os olhos tristes – Mas Heraclito, e se eu falhar, como anjo, se Cebes não me ajudar, se falharmos ambos, se Ivan nunca nascer?
- Chiu! É são muitas perguntas, basta acreditar-nos na imortalidade que tudo o que nos rodeia é fiável, basta sabermos o que isto é, basta termos fé… Acredita, ora muito, verás que no fim tudo aquilo que quiseres pode acontecer…


*


O dia amanhece, o Sol aparece laranja e sobe no horizonte, com os seus raios ainda fracos que logo lançam a sua luz, a primeira aurora, sobre aquela manhã de verão.  
Lisa acorda, está só, em casa. Tem imenso sono mas salta da cama. Ela estava atrasada, há oito dias. Em seguida abre a porta de seu quarto e vai à varanda interna. Espreita e, não vendo ninguém, decide entrar na divisão, fecha a porta à chave, move-se até ao armário, abre-o e retira um saco de plástico branco com uma cruz verde lá de dentro. Senta-se na cama, lê as instruções e entra na casa de banho com a embalagem do seu clear blue na mão, rezando baixo para que não estivesse grávida.
À posterior põe o teste em cima da bacia, senta-se no bidé vedado e urina. Após ter a sua urina no bidé, e já de pé, lança mão do aparelho, e mergulha a ponta dentro da bacia, tapando-a logo de imediato, e lava a loiça da casa de banho. Regressa à cama, com o teste em mãos. Por fim, toma coragem e roda-o para ler o resultado, com o coração mais palpitante do que nunca. Lisa lê na cápsula uns símbolos em português:


Grávida  
 1- 2 Semanas.



 

“Não! Não pode ser… Eu não posso… não posso estar grávida!” Lisa começa a chorar, com o rosto encostado à almofada – o que vai ser de mim agora? A Sónia nunca me vai aceitar… – choraminga ela leva a mão à boca – o meu pai, quando souber, vai-me matar, e com razão, eu não conheço o pai, ai meu Deus. O que será de mim… – Lisa soluçava, estava toda vermelha. “Isto não era para ter acontecido. Assim não. Não desta forma, deste modo.”
Lisa tenta parar de chorar, todavia não consegue.
- Quem é o pai desta criança? Estou desgraçada. Não me lembro de nada. – Um nome vem-lhe à cabeça.
“Pedro Silva Lobo”. – Não pode ser, ele não existe, só pertence ao meu imaginário.    
O céu irradia uma Luz laranja. Lisa levanta-se e vê-se ao espelho, puxa a sua camisola de manga curta pertencente ao seu pijama para cima, e vê a sua barriga. O cheiro a laranja vem lhe às narinas. Ela olha para o espelho e sente qualquer coisa. Dá uma forte pancada dentro  da sua barriga, leva as mãos ao abdómen e cai de joelhos ao chão. Olha para o teto e chora:
- Não! É impossível, não é… – diz sufocando em sofrimento – Como, como é que isto foi acontecer se eu só tenho catorze anos…?
Lisa agarra-se à sua escrivaninha fazendo força para se levantar. Mas, logo de seguida, senta-se na sua cadeira almofadada e aconchegante de escritório, cruza as pernas e encosta-se, sentindo o conforto daquele assento. Ela chora, não sabe quem é o Pedro, se tem namorada ou não, mas algo lhe ilumina a memória. O nome Silva Lobo não lhe era estranho. Ela já tinha ouvido aquele nome antes, mas onde? Ao contrário do que se julga, Lisa era muito boa em fixar nomes e caras, mas de facto não se lembrava da cara de Pedro, move-se com os olhos fixos no chão e reflecte: Agora?! Que vou eu fazer à minha vida? Daqui a nada começa a crescer a barriga, e a minha momi vai-me levar ao médico, não isto não pode estar a acontecer… Isto não pode acontecer.
Lisa lembra-se de, na manhã seguinte à discussão dos pais, ter ido à praia e de encontrar um rapaz de estatura baixa, enrolado como um caracol, e muito tímido:

“- Ai! – Dizem ao mesmo tempo que se sentam no chão.
- Ei! Tem cuidado por onde andas!
- Eu? Ora essa, é preciso ter lata… tem cuidado tu! Menino do papá…
- O que é que me chamaste? – Indaga Tomás ao aproximar-se da rapariga.
- Menino do papá. – Provoca Lisa.
- Ah! – Tomás leva a mão há testa – Se tu não fosses mulher…
- Que me fazias? – Inquire Lisa. – Batias-me? – Advinha – Não és homem nem és nada… – Conclui ela.
- Repete! – Exclama Tomás muito sério.
- Pois repito… – Começa por dizer – Não és homem nem és nada…”

- Não acredito então ele é o Pedro? – Interroga-se Lisa – Não, não pode ser!
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Mar 23, 2014 5:14 pm

Capítulo XXXII - A Incessante Busca Parte I

Walk Up Proud escreveu:
Boa Tarde!
Antes de mais, quero pedir-vos desculpa mas o meu filho não adormecia.
Agora, neste capítulo vai começar a Busca, por Pedro poletrada por Lisa, será que ela vai achar?
Também queremos mostrar a mentalidade daqueles que trabalham, num mundo rasgado de mentiras e maldades que espera por Pedro.

A ver vamos.
Boas leituras.
Walk Up Proud




Lisa sente que tem de o encontrar, e pensa numa forma de o conseguir, apesar de não saber muito bem como. Mas, seja como for, irá conseguir falar com ele, não sabe como.

A jovem caminha para a frente e para trás no seu quarto. De olhos postos no chão, levanta a cara, põe a mão na testa. Teria de arranjar alguma forma de encontrar Pedro.

Num quarto com uma cama de casal a meio, encostada à parede, uma pessoa presa ao catre estremece, solta-se a sua alma. Pedro sai do seu corpo, senta-se na cama, agarra o pulso e roda-o. Não lhe doía, por incrível que possa parecer, olha para a cama, e:

“Eu morri?” – assusta-se por ver que está deitado com a barba grande. Algo o puxa, a janela abre-se de par em par e deixa Pedro sair. Este elevasse no céu num raio de Sol, agarra-o à cintura e faz com que ele flutue, os raios do astro rei movem-se e iluminam a rua uma casa branca ao fundo e levam Pedro assim invisível ele próprio não se debatia, por artes magicas o calor escaldante aquece a janela, que se abre de par em par, do quarto da rapariga de catorze anos, que vagueia agora pelo quarto à procura de uma resposta para o seu problema.

Um raio de Sol entra e faz com que ela o siga apenas com os olhos. O raio ilumina primeiro o chão, depois o espelho e posteriormente a cadeira onde Lisa se sentou. O computador acende-se automaticamente e ouve-se o som das teclas a baterem onde é escrito as seguintes palavras no monitor negro.

“Lisa! Não temas, deves dar graças a Deus pois foste escolhida” Lisa lê o que está escrito no ecrã o teclado continua a ser calcado e as teclas baixadas “segue o teu caminho, lembra-te chamo-me Pedro Silva Lobo, Pedro, Lisa, Pedro”

A rapariga dá um salto para trás, olha em volta enquanto o computador se desliga. Torna a fixar os olhos no monitor à sua frente, desta vez apagado, liga-o outra vez e acede à Internet. Na página do Google, insere o nome Pedro Silva Lobo e clica em Enter para procurar. Entra numa página da wikipedia destinada a apoiar a campanha de Silva Lobo para ser eleito presidente da Câmara Municipal:

“Ah! Eu bem disse que conhecia o apelido” pensa Lisa. Mas continua a sua busca, fecha a página e procura mais uma vez na Internet, encontra informação acerca de Pedro, dos irmãos, e dos pais. Mas não aquilo que procurava. Desiludida, consigo mesma. Fecha o computador e desce para a sala. Caminha de olhos fixos no chão, circunda o sofá de três lugares, e move-se em direcção à cozinha. Tem fome. Lembra-se que no frigorífico há ovos e iogurtes. Abre a porta da despensa, vê leite, farinha e açúcar.

Lisa fecha e senta-se num banco à mesa. Estende os braços em cima do tampo e bate com as pontas dos dedos. Não resiste, levanta-se e caminha até ao armário ao pé do fogão. Abre a gaveta e retira uma colher, seguidamente tira uma tigela do armário que está por cima da banca, parte um ovo para lá e acrescenta leite, farinha iogurte e bate tudo.

E come. Entretanto, Pipa abre a porta, e vai à cozinha encosta-se à ombreira da porta e:

– Pipa!? Estavas aí há muito?

– O que estás a fazer, Lisa? – Pergunta Pipa com algum nojo, vendo os fios de ovos a escorrer pelos cantos da boca da rapariga.

– Eu nada, deixa que já arrumo isso…

– O que se passa, querida! Estou muito preocupada contigo…

– Nada, Pipa!

Pipa sai da cozinha, Lisa acaba de comer, lava, limpa e arruma as coisas, abre o caixote e vê uma revista Fama que na capa deste mês trás Pedro e a sua família. Lisa pega nela e sobe para o quarto.

Passando pela sala onde Pipa vê televisão, sentada no sofá. A jovem caminha até à entrada da sala e encosta-se à porta com as mãos atrás das pernas, tentando esconder alguma coisa.

– Pipa? – Admira-se.

– Já acabaste? – Indaga Pipa enquanto poisa o comando na mesa à frente do sofá e roda a cabeça, fixando agora o olhar em Lisa. Esta parecia-lhe pálida.

– Estavas aí há muito?

– O que tens aí?

– O quê? – Inquire Lisa tenta passar despercebida – Ah, isto! Oh Pipa, é para me distrair um pouco, lá em cima.

Em seguida, Lisa sobe as escadas com uma revista nas mãos, encaminha-se para o seu quarto e relê a reportagem em casa de Silva Lobo. Repara num nome, pega no telemóvel e marca um número espera:

– Revista Fama bom dia!

– Bom dia, quero falar com Firmino Pau de Vassoura & Chouriço, é possível?

– Quem é que deseja falar com ele? – Pergunta a voz sedutora do outro lado enquanto, pinta as unhas.

– Lisa Valentino Scott!

– Ah! Eu vou passar a chamada, só um momento…

– Ok!

Rita Junqueira tapa o verniz e clica no asterisco com muito cuidado para não estragar as unhas acabadas de pintar. Põe música, levanta-se e circunda a mesa, em seguida bate à porta.

– Eu não quero ser incomodado – diz uma voz grossa, com uma mulher em cima.

– Desculpa, Firmino! – Rita entreabre a porta.

– Espero que seja de extrema importância…

– E é, temos a Lisa Valentino Scott ao telefone…

– O que é que a miúda quer?

– Não sei… mas passo?

Firmino olha para a outra vulgar rapariga, e por fim responde:

– Espera cinco minutos, e depois passa.

Rita volta a fechar a porta, deixando Firmino e a mulher lá dentro. Ele tinha as calças no chão enquanto ela acariciava o seu pénis e o levava há loucura.

– Não, agora não dá – explica Firmino

– Mas tu prometeste! – Reclama Raquel

– Eu sei, fica para outra altura.

Entretanto, no exterior daquele escritório, Rita vai para o lugar calmamente senta-se e cruza as pernas e pega na caneta. Lança mão do auscultador do telefone:

– Lisa? Ainda aí está?

– Sim!

– Vou passá-la então ao Firmino Pau de Vassoura & Chouriço.
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Mensagem por Anne Margareth Dom Mar 30, 2014 4:06 pm

Capitulo XXXIII – A Incessante Busca [Parte II]

Rita prime a tecla número cinco:
- Sim?!
- Firmino a Lisa está na linha sete. - Ele clica no número sete. – Está? – Atende.
- Estou, fala a Lisa Valentino Scott!
- Lisa Valentino?! – Admira-se. Não era um hábito que Lisa telefonasse para as revistas – Como está?
- Bem obrigado! Ahm… – na verdade, Lisa não sabia como abordar o assunto.
- Diga?
- Queria a sua ajuda para um assunto.
- Lisa, diga que, naquilo que eu puder, a ajudo.
- Bom, lembra-se que há cinco semanas o Firmino fez uma reportagem na casa dos Silva Lobo? – Ele pensava que ela iria dizer para editar qualquer coisa – é que eu precisava da morada do Sérgio, se ma pudesse dar, agradecia.
- Para quê?
- Para quê? Para, para, para, para… ora como para quê? Para, para, para – tentava arranjar uma desculpa. – Olhe que sabe, eu conheço a Mafalda Soares, ela é a secretária do senhor vereador, sabe? Não é?
- Sei sim, mas diga-me para quê, necessita da morada?
- Ela e eu, eu e ela somos muito amigas. Ontem ela pediu-me para que eu entregasse uma encomenda na casa de Sérgio deu-me a morada, só que cabeça a minha! Eu não sei onde a pôs…
Firmino dá a morada a Lisa.

***
Dora insiste em saber do paradeiro de seu filho.
- Sérgio, diga-me o que fez a Pedro, mas diga-me a verdade!
- Já lhe disse que o seu filho está em Itália com Tomás… – responde o vereador com um certo sarcasmo.
- Acho muito estranho. O Pedro nunca fez isto… de certeza que não me anda a esconder nada?
- Não insista mais, Dora! – Grita Sérgio. – Senão já sabe. – Ameaça-a. – Já reparou que estamos sozinhos, posso muito bem mata-la.
- O Sérgio não era capaz.
- Experimente, Dora!
As lágrimas dela começam a rolar pelas suas faces. Ela já não entendia o marido, o porquê de ele agir assim, daquela maneira. Muitas vezes desculpava-o pelos maus-tratos durante aqueles catorze anos, todas as noites que ele passava fora de casa ou quando ele voltava tarde porque, mesmo nunca esquecendo um grande amor, ela tinha a esperança de se sentir amada ao lado de Sérgio e acordar um dia e poder olhar nos olhos de seu filho sem lhe pedir auxilio.  


*

Num hospital em São Paulo, uma filha e o seu pai esperam pela sua mãe e sua mulher que está a ser atendida. O enfermeiro coloca a agulha com a ponta aguçada na seringa, enquanto o assistente ata o braço com o garrote, e outro põe as luvas e o desinfecta com um algodão embebido em álcool. Agarra no membro daquela doce mulher, e espeta a seringa.
- Ai! – Reclama a mulher.
- Já está!
O enfermeiro levanta a proveta, deixando a seringa encher até à medida correcta para a análise.
- Pronto! Já está. – Informa-o a sorrir, levantando-se e dirigindo-se aos tubos de ensaio já previamente abertos. Divide o sangue em vários compartimentos, ao passo que o assistente limpa e desinfecta o braço da paciente e põe-lhe um penso.
Doutora Teresa Cristina levanta-se da cadeira, pega na mala e deita-a às costas:
- Agora? Qual é a minha próxima analise? – Inquire aquela triste e delicada mulher.
- Será mais difícil mais não é hoje, não!
Dr. Teresa sai do gabinete de enfermagem do hospital sorridente. Chega ao pé do marido e da filha:
- Vamo embora, por favor. – Declara enquanto põe os óculos de sol.
- Vamos. – Confirma João – que eu ainda tenho que passar no escritório, antes do almoço.
- Hum, hum.
Os três abandonam aquele hospital. Num cenário ternurento os três dirigem-se ao carro, que é aberto à distância e entram para os seus respectivos lugares. Marlisa segue atrás, João é o condutor e Teresa segue ao lado do marido.
João dá à ignição e mete a primeira velocidade. Todos seguem calados, Teresa olha através do vidro transparente do carro para a rua e vê famílias na rua, alegres com os seus rebentos. Um pai que faz cavalinho com o filho ainda bebé, uma mãe chega perto e pega no filho. Ela olha para João enquanto este conduz e sente-se culpada por nunca ter podido dar a João o prazer de voltar a ser pai. Auto reprime-se por nunca deixar que o seu marido fosse feliz à sua maneira e, agora quase que não tinha tempo para voltar atrás. Por mais esforços que João lhe fizesse para que se sinta amada, ela sabia que não era verdade, que João nunca a amou, e agora muito menos. Irá deixá-la. Será justo p’ra ele?
De repente, João pára o carro, retira a chave da ignição, e chama a mulher ao seu lado, que parece em hipnose.
- Mamãe, chegámos. – Chama Marlisa, do banco de trás, apressando-se a sair do meio de transporte. – Vá, – abre a porta do lado da frente e deixa a mãe sair. - Venha! Deixe o papai ir ao escritório… – auxilia a sua mãe a sair do carro.
Dr. Teresa abraça Marlisa e:
- Oh minha querida, você mi perdoe? – Pergunta a mulher sôfrega. – Me responda!
Marlisa fixa o olhar azul no pai, e este nela.
- O que há pára perdoar?
- Todos os momentos em que não a tratei bem, por todas as hipocrisias, por todas as meias palavras que não lhe disse… – abraça a rapariga.
- Qui é isso, agora? Mamãe…
As duas entram no prédio assim, abraçadas. Pareciam as melhores amigas do Mundo!  João Pedro deixa as mulheres em casa.
- Prometo que não demoro, só vou lá para ver se a Dagmar dá contas das tarefas. – Informa ao dar um beijo de despedida na testa de Teresa Cristina e de Mar. A seguir, diz para a filha que o acompanha até à porta. – Tome bem conta dela!
- Não se preocupe, papai!
Até à próxima,beijinhos, boa tarde e boas leituras.
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Abr 27, 2014 2:50 pm

Capitulo XXXIV - Uma visita inesperada
Atenor está a jogar voley na praia. Quando se lembra que falta alguém, e essa pessoa é-lhe fundamental, pára de jogar:
- Ei! Pode pelo menos fingir que joga… – Ralha Alexandre.
- Desculpe, hoje não ‘tou com cabeça para mais. – Justifica-se Atenor.
- Bem, estou a ver que a namorada não o deixa.
- Ela não é minha namorada. – Brada o rapaz irritado com aquela conversa.
- Por que não quer… - Comenta Rafael.
Atenor sai de ao pé deles e caminha com a camisola às costas pela areia. Senta-se sozinho, longe dos amigos, quando pega no telemóvel e marca uma sequência de nove números, esperando por alguém que atenda.

Teresa Cristina estava muito assustada, só queria agora a companhia de Marlisa. Por momentos, as dúvidas que pairavam na sua cabeça, foram esquecidas por completo. O telemóvel de Marlisa toca no quarto, ela caminha até lá.
- ‘Tou
- Olá Mar, posso passar aí, hoje?
- Oi Atenor! Não sei não, ‘tou a chegar do hospital com a minha mãe.
- Está tudo bem? – Inquire o rapaz extremamente preocupado.
- Não, mais vai.
- Pronto, até mais. Te adoro!
- Eu também.


*
Sérgio na biblioteca liga a Tomás. Este está a jogar xadrez só para passar o tempo. Tinha saudades do Pedro, cada vez mais lhe custava estar tão afastado dele, embora estivesse perto, mas sentia agora um aperto no coração, quase que um nó na garganta, por não poder ter percebido nada há mais tempo, por ter deixado escapar o amigo durante estes anos todos. De repente, um som de um aparelho rasga o silêncio da casa.
Tomás salta, pega no telemóvel e encosta-o ao ouvido.
- ‘Tou! – Atende na esperança que seja Pedro.
- Tomás, boa tarde, foi muito rápido a atender…
- Ah, tio, estava aqui mesmo o telemóvel, mas diga, tio.
- Ah ok! – Confirma Sérgio. – Sabe, preciso de falar consigo. – Informa-o.
- A sério? – Inquire Tomás muito entusiasmado.
- Sim, a sério. O médico já examinou Pedro. Preciso que venha aqui, imediatamente.
- E como está ele?
- Temos que falar, vens já?
- Sim, tio… até mais.
- Olha, espera, faz os possíveis para que não sejas visto.
- Ok. Até já, tio.
Tomás desliga o telefone.
Sérgio ponderava no escritório duas hipóteses; em contar tudo a Tomás, ou não lhe dizer nada.
O jovem sobe as escadas de casa, a correr, para o quarto, veste um polóver e, em seguida torna a descer as escadas. Já perto da porta de saída, Olga resolve intervir:
- Hey! Onde é que pensa que vai?
- Vou, vou, vou dar uma volta.
- Uma volta? – Olga começa a estranhar – só uma volta?
- Sim, mãe… só uma volta.
Gostinho desce pelas escadas.
- Olga!
- Sim meu amor…
---

Tomás sai porta para fora e caminha apressadamente pelo bairro. Atravessa-o, passa em frente à casa de uma miúda e, seguidamente, de um jardim. Cruza a Rua dos Amores, subindo-a até à casa do portão de madeira envernizada. Abre em seguida o trinco e entra. A porta principal continua fechada. Ele segue o caminho encostado à casa até à porta da cozinha, essa estará sempre aberta. Tomás roda a maçaneta da porta e entra pela divisão, que está deserta atravessa-a e saindo para a sala. Sérgio trabalhava no escritório quando Tomás entra.
- Tio, o que quer? – Pergunta Tomás.
- Tomás, queres-me matar do coração. Que susto! – Tomás sorri. – Senta-te. – Aponta-lhe uma cadeia disponível.
- O que me tem para dizer? – Indaga Tomás com curiosidade.
Sérgio continua a ler um relatório do partido não dando grande atenção a Tomás.
- Siim!?
*
Em Beverly Hills, John Scott está sentado há mesa da sua luxuosa sala quando, de repente, um Ding Dong estridente se ouve por toda a casa. Ele levanta-se, puxa o cinto do robe, pega numa arma, puxa a culatra e vai à porta.
- Who are you?– questiona Scott
“ quem és?”

- I'm Vilaca, John! Open the door, please!
“Eu Sou o Vilaça, John! Abra a porta, por favor!”

John esconde a arma que levava consigo.

- Ok! Come in, Doctor – ordena John após reconhecer a voz de Vilaça.
“ok! Entre Doutor”

-John, How are you, my Friend? – Vilaça abraça-o.
“ John, como tens passado, meu amigo?” Vilaça abraça-o.

- Fine thank you! – diz com algum entusiasmo - And you? – quer saber.
“ Bem obrigado! – diz com algum entusiasmo – e tu? – Quer saber.”

- I’m here because of your divorce – Informa-o Vilaça -and I confess that I am also very worried about you – declara com alguma tristeza – because you don’t go out anymore nor you take care of yourself – aclara ao constatar que John ainda estava em roupão – Is this all because of Sonia?
“ Bem o que me traz por cá é o teu divórcio, e confesso que também estou muito preocupado contigo, pois já quase não sais nem te arrumas. Isso é tudo por causa da Sónia?”

A verdade é que a rotina de John nas últimas semanas tem sido terrível, uma vez que Scott sofrera o seu maior desgosto ao de fazer mal a Sónia. Ele amava-a e agora não se conhecia.
Scott regressa à sala, senta-se no sofá, que fora a sua cama nos últimos dias e arruma o lençol:
-Sit down, please! – indica um lugar vazio – sorry for the mess...
“Senta-te, por favor! – indica um lugar vazio – Não repares na desarrumação…”

- What is wrong with you? – Pergunta Vilaça – no wait first you let Sonia in Portugal with your daughter, and then you transform into this… John react. The world is waiting you but not forever. – Tais palavras já começavam a irritar John quando, de repente…
“O que se passa contigo? Não espera, primeiro deixas a Sónia em Portugal com uma filha tua, e depois transforma-te nisto assim... John reage. O Mundo espera-te, mas não para sempre.”

- What do you bring?
“O que trazes?”


- Oh yeah, these papers for you to sign – Declara Vilaça entregando um envelope a John. - You have three weeks. Read them and, if necessary any changes, contact me. Ah, after signing, you have to give me these paper so I can deliver them in the Registration
“Ah pois, estes papéis para assinarem -Declara Vilaça entregando um envelope a John - Tens um prazo de três semanas, lê os e, se for preciso alterações, já sabes, contacta. Ah, após a assinatura, tens que mos dar para eu entregar no Registo”

___________________________________________
Provavelmente, nas próximas semanas/meses serei eu a postar. Até à próxima, boas leituras,
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Mensagem por Walk Up Proud Dom maio 04, 2014 5:14 pm

Capítulo XXXV - A noticia.
Walk escreveu:Ora como é sabido, ilustre leitor atento, Lisa tem uma noticia para dar a Pedro, não! Sei o que pensam, ninguém quer um filho aos catroze anos, não é verdade? Mas ponham-se no lugar de Lisa, ela que descobre que está grávida, fica sem saber o que há-de fazer.
- Ok, then deal! Later I go there to deliver them duly signed! Now, if you don’t mind leave me alone.
“Ok combinado então! Depois eu passo por lá para os entregar devidamente assinados! Agora se não te importas deixa-me só ”

- Are you sure that you’ll be ok?
“Tens a certeza que ficas bem?”

- Yes I am.
“Sim tenho”

- ok, great, I'm going! If you need, do not hesitate, call me.
“Óptimo que eu assim vou andando! Se precisares não hesites, telefona-me”

- Yes I know. I can always count on you.
“Sim eu sei que posso sempre contar contigo.”

*
Lisa ganha coragem para ir encontrar Pedro. Desce as escadas a correr, veste o casaco e sai.
***
Após nove anos de coração partido por causa do seu ex amor, Ginevra Molly Weasley, desempregada, decide voltar porque julga que a presença de Harry já não lhe fará mal algum. Aliás, não sabe nada deste nem quer saber. Para Ginevra era como se não existisse Harry, até podia cruzar-se com ele na rua que ela garantia que não sentia nada de nada por ele.
Liga o seu computador conecta-se à net, e fala com Hermione.
From: Ginevra Weasley
To: Hermione Wesasley
22nd August 2010: 8:00 pm.
Subject: Do you remember me?
«So how are you? Yes, I know we don’t talk for so long Probably you’ll never going to answer me, I just want you to know that I need you. Ahm, I know what you think but after reflecting on all that happened, after crying all there was to cry, I miss all my friends from Hogwarts. »
De: Ginevra Weasley
Para: Hermione Weasley
22 de Agosto de 2009 8:00 pm.
Assunto: Lembras-te de mim?
“Então como estás? Sim eu sei que já há algum tempo que não falamos. Provavelmente, nunca me vais responder, só quero que saibas que preciso de ti. Ahm sei no que pensas mas depois de reflectir sobre tudo o que se passou após chorar tudo o que havia para chorar, sinto saudades de todos os meus amigos, de Hogwarts”

Clica na tecla enter, levanta-se da cadeia na qual estava sentada e caminha até ao sofá no qual se deita, exausta. Quando por magia ouve um bip vindo do seu computador.

- Oh no! Now don’t feel like it. – Exclama Gina.
“Ah não! Agora não me apetece.”
From: Hermione Weasley
To: Ginevra Weasley
22nd August de 2009 8:10 pm.
«Hello my dear friend, I miss you a lot. Thank the Lord you already overcome your tremendous love displeasure! Look he is not worth the damage! But I'm happy for you, you finally manage to overcome weight that was there, stuck in your chest. »
De: Hermione Weasley
Para: Ginevra Weasley
22 de Agosto de 2009 8:10 pm.
“Olá minha querida amiga, tenho imensas saudades tuas, que bom que já ultrapassaste o teu imenso desgosto de Amor. Olha que ele não vale o estrago. Mas fico feliz por ti, por finalmente conseguires ultrapassar essa pedra que estava aí cravada no teu peito. ”

Rony Weasley chega sorrateiramente por trás de Hermione e espreita por cima do ombro para o computador.
- Ron! – ralha Hermione.
- What? With whom are you talking to?
“O que foi? Com quem estavas a falar?”

- Though I hardly ask, What have you to do with it?
“Ainda que eu mal pergunte: O que tens a ver com isso?”

- As long as with that Harry traitor, fine by me.
“Como não seja com aquele traidor do Harry, por mim tudo bem.”

- May I know what has he done to you?
“Posso saber o que ele te fez.”

- Me? Nothing, but made it to my sister Ginny. – Explica Ron.
“A mim? Nada, mas fê-lo à minha irmã Ginny. “

- Ronald Weasley, do you not remember when we followed him everywhere, When he finally defeated Voldemort? Remember, or you change your mind or your start sleeping in the couch! Do you undersand me?
“Ronald Weasley não te lembras quando o seguiamos para todo o lado, quando ele finalmente derrotou o Voldemort? Lembra-te ou tu mudas de pensamento ou então passas a dormir no sofá. Entendes bem?”

Hermione fecha o computador, levanta-se, encaminha-se até à cozinha, desliga a máquina de lavar a roupa, enche o cesto com roupa lavada, abre a janela e começa a pôr a roupa nas cordas no momento em que, na casa em frente, John sai de casa e cumprimenta a vizinha.
- Hello, Mrs. Weasley! - acena Scott- How do you do?
“ Olá, Mrs. Weasley! – acena Scott – como é que está?

- Fine thank you.
“Bem Obrigado”

Ronald agarra-a pela cintura.
- You do not see that I'm working?
Tu não vês que eu estou a trabalhar?

- Do you know you look so pretty when you’re angry? – Afirma Ronald - Kiss me!
“Sabes que ficas tão bonita quando te zangas? – Afirma Ronald – Beija-me!”

- Not now, since I have to hurry.
“Agora não, uma vez que me tenho que despachar.”
Ronald caminha melancólico pelo corredor da sua casa entra na sala senta-se no sofá, com a Televisão apagada à sua frente com as mãos no seu queixo também ele tinha saudades de Harry ainda o via como um amigo, ainda sentia falta dele entrar na sua casa, ele levanta-se e caminha para a estante à sua frente, apoia o braço na prateleira de livros, passa a mão no cabelo ruivo. Lembra-se de perseguir Voldemort, por toda a escola. Sim! Eram sem dúvida os momentos mais felizes da sua vida. Abana a cabeça, não! O Harry traiu-o, não cumpriu com a sua palavra, deixou Gina, sua irmã e agora vive em parte incerta. Talvez casado, talvez com filhos, talvez… suspira.

*

Lisa ganha coragem para ir à procura de Pedro, afinal tinha que lhe dizer que esperava um filho dele. Veste-se e sai de casa. Atravessa a rua, seguidamente entra num jardim e toca no portão de madeira, mesmo ao pé da praia. Alguém a atende na campainha:
- Casa Silva Lobo, boa tarde!
- Boa tarde! Eu quero falar com o Pedro.
- Ah, é melhor entrar…
O portão abre-se automaticamente e Lisa entra e sobe três escadas. Ao ouvir a campainha, Sérgio sai do escritório, deixando Tomás lá. A porta abre-se e uma miúda entra para o hall. Sérgio finge que está a preparar um whisky enquanto Joana atende Lisa.
- Quero falar com Pedro, ele está? – Pergunta Lisa com a sua voz selvagem mas assustada.
- O Pedro não está… – responde Joana.
Sérgio resolve intervir. De facto, nunca vira rapariga tão, tão, tão bonita na sua vida. Pedro era realmente um sortudo e ele, enquanto pai, devia intervir.
- Não! – Replica Sérgio – Ele foi-se embora, mas de onde tu conheces o meu filho, Pedro? – Inquire Sérgio com um sorriso.
- Foi-se embora? Para onde? É que eu e ele, ele e eu, quero dizer nós somos namorados… – Lisa inventa uma desculpa, não era de todo uma mentira.
- Então por isso é que ele andava muito triste. Escuta bem, o meu filho não te quer mais, o Pedro não quer saber mais de ti, desaparece da vida dele!
- Ahm? – Lisa engole o choro – mas eu estou grávida. – Diz sem reflectir.
- Não é dele – nega Sérgio com ódio – é de algum cão da rua…
- Não, é sim do Pedro!
- Quanto queres para tirar esse filho? Eu mato-o com as minhas próprias mãos! – Tenta subornar Sérgio, passando um cheque com uma quantia avultada que, em seguida, dá a Lisa que, a todo o custo, tenta segurar as lágrimas. Esta olha para Sérgio e olha para o cheque.

Será que o filho de Lisa vai nascer?
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A Força d'um Amor (+18) - Página 2 Empty Re: A Força d'um Amor (+18)

Mensagem por Walk Up Proud Dom Jun 08, 2014 6:01 pm

Capitulo XXXVI – O Primeiro Grande Desgosto
Código:
Hallo!
Voltei às postagens.
Bom sei que muitos de vós se devem perguntar como é que uma jovem com catorze anos engravida, e ainda assim não pensa em abortar.
Ora vejamos, Lisa está grávida de duas semanas. É uma adolcente. Está desorientada, é normal que com estes fatores todos não pense lá muito como isso aconteceu.
Calma, calma. Ainda estamos no principio desta gravidez, não sabemos ainda o que vai acontecer.

Percebes?

Ora, para quem está desatualizado esta é uma Fanfiction sobre a Rebelde Way Portugal, mas estima-se ter outras obras, e claro uma parte original.

Podem ler, e deixarem os vossos comentários.
Obrigado.

Walk Up Proud

Por fim, rasga-o.
– Olha bem para a minha cara patife, eu não quero dinheiro, percebeste bem, estúpido? Mete isto no cu, e podes dizer ao teu filho que não se esconda mais, porque não é preciso!

Lisa dá meia volta e sai pela porta que ainda se mantinha aberta. Ela sentia-se sozinha, desamparada, sem forças para continuar em frente. Segurou a todo o custo as lágrimas que lhe dançavam nos olhos, prontas a caírem. Não existiam palavras para descrever o que sentia naquele momento, era um sentimento vagabundo, reles e ordinário. Só lhe passavam coisas terríveis pela sua cabeça e tentou andar mais depressa. Queria sair dali, queria esquecer aquele homem asqueroso que era Sérgio. Quanto a Pedro, ele escusava de mandar o pai dizer o que disse. Ou então não era suficientemente bom para lhe dizer na cara que não a quer, que tem namorada, ou então não preenche os requisitos para o ser.
Lisa dava tudo para que não estivesse grávida. Não tinha reacção aparente, era uma mulher de gelo… O seu interior estava destroçado, mas o exterior permanecia ameno, como se não fosse nada com ela. Tinha uma armadura de ferro que delimitava o seu interior… caminhou rumo a casa, sempre com os olhos colados ao chão… triste, sem ânimo. Próxima de vivenda viu uma pessoa, correu ao seu encontro, abraçando o pai… Nos seus braços ainda se sentia protegida, precisava de um ombro amigo, de alguém que a compreendesse e que não lhe ralhasse. O pai abraçou-a com muita força e acariciou-lhe o cabelo. Lisa chorava como nunca chorou em toda a sua vida:

– What's the matter, kid?
“O quê se passa, filha?”

Ela não consegue falar, tentava ganhar forças para caminhar em frente, mas cada vez o seu caminho era mais duro, e atribulado, Scott sentou-se num banco de jardim que havia ali e murmurou, dando-lhe um beijinho no cabelo:
–Don’t you cry nomore, daughter, you are a Scott! You'll be able to give a comeback to the problem.
“Não chores mais, filha, tu és uma Scott! Vais conseguir dar a volta por cima ao problema.”

– No! I will not! What will happen to me, my God? – soluçava Lisa.
“Não, não vou! O que vai ser de mim?.”

– You will, of course you will! Dad is here to protect you ... – Scott tenta acalmá-la
“Vais, claro que vais! O pai está aqui para te proteger…”

–Promise to never leave me, or judge me, whatever the problem may be. – Diz Lisa num fio de voz fraco.
“ Prometes que nunca me abandonas, nem me julgas, seja qual for o problema”

Lisa continuava mal, inconsolável. Agora o seu estado exterior era igual ao interior, ela soluçava, queria morrer.
Scott não sabia mais o que fazer. Pegou nela ao colo e levou-a para casa de Sónia. Quando Pipa vê Scott a entrar assim pela porta dentro, fica assustada por pensar que ele bateu na filha.
Ele vai pôr Lisa à cama, pois esta necessitava de descansar e ia a sair no entanto Lisa pega-lhe na mão e suplica-lhe para que ele fique.
Scott assente, e senta-se na cama até que a filha adormeça. Ela, de tão abatida, fica sem energia para chorar ou ficar acordada, e o sono acaba por vencê-la.
Scott sai devagar, para não a acordar e desce as escadas. Pipa e Sónia estariam a falar e, quando ele aparece, ambas param:

– You can continue, don’t stop because of me. “Podem continuar, não se prendam por minha causa.”

– No Scott! – intervém Sónia - What are you doing here? I through you’d never comeback ever.
“Não Scott! O que estás aqui a fazer? Achei que não voltasses, jamais.”

– I didn’t come back, Sónia! I’m fine as I am, I came to Portugal to sign the divorce, and when I arrived, I found Lisa crying in the garden. What is it happened?
“Eu não voltei, Sónia! Estou muito bem como estou, vim a Portugal para assinarmos o divórcio, quando cá chego encontro a Lisa a chorar no jardim, o que se passou?”

– That I know, nothing.
“Que eu saiba, nada.”

– Well I’m going up to Lisa’s room, and then we talk. – Scott vai à cozinha – Do you kow if she has eaten anything today?
“Bem eu vou subir para o quarto de Lisa, depois falamos. – Scott vai à cozinha – Sabes se ela já comeu alguma coisa, hoje?”

– John, she ate nothing. – Intervém Pipa.
“John, ela não comeu nada, nadinha.” Intervém Pipa.

– Did you take her to the doctor?
“Já a levaram ao médico?”

– No, Lisa is not sik.
“Não a Lisa não está doente.”

***

No andar superior da casa, Lisa acorda assustada. Olha em volta e não vê ninguém, sente-se triste, só, desolada. Scott entra no quarto com uma canja de galinha:
– What are you bring?
“O que é que trazes?”

– A soup. I heard that you haven’t eaten anything, It´s because I’m gone?
“Uma sopa. Soube que não tens comido nada, é por que me fui embora?”

– No, Dad! It must have been someting I ate. Ahm, we need to talk, sit down!
“Não, pai! Deve ter sido algo que comi. Ahm, precisamos de falar, senta-te!”

–After you eat, can it be?
“Depois de comeres, pode ser?”
– What do you?

Scott põe um tabuleiro à filha. Lisa engole a sopa que o pai lhe fez e este senta-se na cama, ao pé dela.
Na sala, Sónia está enrolada num xaile e fala com Pipa:
–Se eu, eu fosse lá cima?
– Acho que deverias ir, afinal Lisa é tua filha.

Sónia sobe e bate à porta do quarto da filha. Esta olha para Scott assustada, devolvendo-lhe em seguida a tigela vazia. Ele levanta-se e dirige-se à porta do quarto quando Lisa lhe suplica:

– Father, do not open the door! It’s that he wants to kill me! Please, Daddy! - Pede Lisa em desespero
“Pai não abra a porta! É ele que me quer matar! Por favor, papá!” Pede Lisa em desespero.

– Keep calm! I already know that someone wants to hurt you, we will talk about it soon. Now, let me see who is it.

– Calma! Já sei que alguém te fez mal, já vamos falar acerca disso. Agora deixa-me ver quem é.

– But I, I do not want to see anyone else besides you!
– Mas eu, eu não quero ver mais ninguém, para além de ti!

– Ok, we solve it!
–Ok, isso resolve-se!
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Jun 15, 2014 2:44 pm

Boa Tarde, caro leitor amigo!
Trago-vos a solução para o problema de Lisa. Será capaz mesmo de ir para US, com o pai?

Capítulo XXXVII - Solução de Lisa


Scott abre a porta e sai. Logo que ele sai, Lisa escorrega na cama e pensa numa solução para o seu problema quando, de repente, teve uma ideia. Encontra a esposa e ambos conversam, ela olha para o chão brilhante.

– What's up, did you hit her?
– O que se passa, bateste-lhe?

– No, that’s what I ask you! Sónia, what have you done to her? – Inquire num tom simpático.
– Não, isso pergunto eu. Sónia o que é que lhe fizeste?

– And why does it have to be me?
– E porquê tenho de ser eu?

–Well Lisa asked not to see anyone.
– Bem a Lisa pediu para não ver ninguém.

– And aren’t you going away? – Scott finge que não ouve, entra no quarto da filha.
–E tu não vais embora?

– Lisa, are you sleeping? – Pergunta o pai.
– Lisa, estás a dormir?

– No! I was waiting for you, we need to talk...
– Não! Estava à tua espera, temos que falar...

– What happens? Who hurted you my little girl?
– O que se passa? Que te aconteceu? Quem te fez mal, minha pequenina?

– Father, Daddy, take me with you to the U.S. please! I need to forget Portugal once and for all ...
– Pai, Papá leva-me contigo para os EUA por favor! Preciso de me esquecer de Portugal de uma vez por todas…

– You want to make me believe that you are like that, because you want to go to the US?
– Queres-me convencer que tu estás assim, porque queres ir para o EUA?

– I don’t want to, I have to go to the USA!
– Eu não quero, eu tenho de ir, para os EUA!

– And your mother, Pipa, all the people who love you?
E a tua mãe, a Pipa, todas as pessoas que gostam de ti?

– Dad! Please, it is the best, believe me so!
– Pai! Por favor, é o melhor, acredita que sim!

– But why that interest now?
– Mas porquê esse interesse agora?

– Don’t make me questions. Can you talk with mom?
– Não me faças perguntas; tu podes falar com a mãe?

– Of course I can, daughter!
– Claro que sim, filha!

– I want you to know that if it was not a very important issue, I wouldn’t ask you this!
– Quero que saibas que se não fosse mesmo um assunto muito importante não te pedia!

– Of course it is ... Well I’m going downstairs, to talk with Sonia ... I’ll be right back!
– Claro que sim… Bom, eu vou lá baixo falar com a Sónia… já volto!
– I want you to stay here!
– Quero que fiques aqui!

– But you want to go to the U.S. I have to talk with mother! I won’t be long, I promise!
– Mas tu queres ir para os EUA. Eu tenho que falar com a mãe! Não demoro, prometo!

Já perto das cinco horas, Scott sai do quarto de Lisa, desce as escadas pensativas sobre o porquê de Lisa a formular tal hipótese de querer ir para Los Angeles, afinal era tudo tão estranho. Ela não gostava dos Estados Unidos, não gostava de Beverly Hills daquela divisão entre os vizinhos, e agora parecia mesmo interessada em voltar.

Por seu turno, Lisa reviveu na sua memória toda a conversa que tivera com Sérgio, e chegou à conclusão que tudo o que este lhe dissera era verdade. Agora estava arrependida se entregar a Pedro. Queria tanto que o pai de seu filho estivesse ali. Mas, acima de tudo, era teimosa e, ainda que custasse, ela estava disposta a levar a sua gravidez adiante.

Scott chega à sala. Sónia está com Pipa, ambas sentadas no sofá de três lugares, quando o pai de Lisa chega ao pé da actriz:
– Sonia! – Chama-a meigamente - We need to talk, the two, quietly.
– Sónia! Precisamos de falar, os dois, calmamente.

– What is it? – Questiona Sónia com preocupação
– Que foi?

– I want Lisa to go and live with me…
– Eu quero que Lisa vá morar comigo…

– Don’t even think about it, John!
– Nem penses nisso, John!

– I just want to take her with me for a while, she was the one who asked me ... I may then get a paternity action so I can have Lisa nearby! Damn, after all I am her father!
– Eu só a quero levar comigo por uns tempos, foi ela quem mo pediu… e depois eu posso entrar com uma acção de paternidade, para ter lisa para sempre ao pé de mim, bolas eu afinal sou o seu pai…


***


Sérgio volta ao escritório.
– Tomás. Tu, quando foste com o Pedro à praia, não encontraste mais ninguém?
– Não, tio!
– Ele esteve sempre contigo?
– Sim. Mas o que isso tem a ver com a doença?
– O Pedro não está doente – confessa Sérgio.
– Não, como não?!
– Calma. Responde à pergunta?
– Bem, o Pedro estava muito sensível e resolveu ir à praia…
– Sim, mas na noite anterior…
– Na noite anterior, quando eu lhe telefonei a convidar para sair, ele aceitou sem grandes restrições. Quando cheguei, ele já tinha bebido. Nós fomos ao Bauhaus e então ele conheceu uma mulher…
– Uma mulher?
– Bem ela não era bem uma mulher, quer dizer, era, era uma, uma, uma puta chamava-se Beta… – Sérgio pensa em Lisa. Então ela é a Beta?
– E depois?
– A seguir nós saímos de lá, viemos para casa. Eu deitei-o, e também adormeci…
– Com ele, presumo?
– Não, longe de mim… – Tomás fica vermelho – no chão. De manhã, ele acordou-me com um mar de água por cima; discutimos, ele foi vomitar e depois voltou para a cama- Quando eu cheguei cá em baixo, eu falei com a tia e depois ele chegou com uma vontade enorme de ir à praia.
– Obrigado, Tomi!
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Mensagem por Walk Up Proud Dom Jun 22, 2014 4:28 pm


Capitulo XXXVIII A vingança um passo para a liberdade


Walk Up Proud escreveu:Finalmente, chega um pouco de acção neste Tomo. Pedro decide fugir, e consegue.


– Mas que história é essa de ele não estar doente?

– Pedro fez uma grande asneira, engravidou uma rapariga…

– Quem? – Tomás deixa cair algumas lágrimas.

– A filha de uma actriz de Teatro, da Sónia Valentino, uma mulher de grandes escândalos que agora deixou o seu marido.

– E agora, se ele vai ser pai, então…

– Ele não pode ser pai. A criança não vai nascer. Tu tens que me ajudar…

– Como?

– Tu amas o meu filho, não é? Vais fazer com que ele se apaixone por ti, - os olhos de Tomás brilham – o resto deixa comigo.

– Mas o Pedro não me ama.

– Mas vai… Não te preocupes.

Pedro abre os olhos, parece-lhe impossível o pai se ter esquecido dele e não lhe vir dar mais nenhuma injecção. O quarto continua a parecer-lhe uma nuvem branca. No entanto, ele solta-se e levanta-se sem fazer barulho. Primeiro move-se até à porta do quarto, trancando-a e tirando a chave. Seguidamente, senta-se na cama com os pés no chão, abre a gaveta da mesa-de-cabeceira e procura algo lá dentro. Apalpa e encontra uma coisa grossa e gelada. Ele sorri e agarra esse instrumento, tirando-o para fora, e procura um interruptor. Massaja, acende uma lente ocular que irradia uma luz branca. Ele aponta para o chão de taco castanho, levanta-se e dirige-se para a casa de banho. Abre as portas de todos os armários por debaixo da bacia, procura frascos com soníferos e seringas. Põe a lanterna na boca e continua a sua busca sem sucesso. Posteriormente, senta-se em cima do tampo da sanita, desiludido consigo próprio até que obtém uma ideia. Resolve abrir o caixote do lixo, e encontra aí os frascos com um pó branco, bem como seringas.

Ele deita tudo em duas seringas e põe água. Agita e transforma-se em liquído. Sérgio nunca fora inteligente, e ele sabia-o bem. A seguir, deita tudo fora pelo ralo da banheira, lava os frascos e enche-os com pó talco, devolve os frascos ao seu lugar no caixote, devidamente fechados e regressa ao quarto já com as duas seringas cheias, deita-se na cama com os olhos abertos e fecha a lanterna. E coloca a mão sobre as seringas.

No primeiro andar, Sérgio sai com Tomás da biblioteca, ambos conversam:

– Então estamos entendidos, não é, meu bom rapaz? – Sérgio bate no braço de Tomás.

– Sim, se no fim eu ficar com Pedro, sim.

– Ficas, claro que ficas, aliás, eu tenho a certeza absoluta que ele te ama!

Ambos sobem as escadas e a par caminham até à porta do quarto de Pedro. No seu interior, este suspende a respiração e acaba por fechar os olhos. A porta abre-se e um clarão entra no quarto. Sérgio deixa Tomás com Pedro e encaminha-se até à casa de banho, abre o caixote e agarra numa seringa. Enche com o que está nos frascos e coloca água sem reparar, agitando. Tomás passa a mão na testa de Pedro, com carinho.

Sérgio volta ao quarto e Pedro agarra nas seringas, uma em cada mão e, quando Sérgio o pica, ele pica-o de volta, a ele e a Tomás. Os dois ficam tontos sentem uma estranha sonolência, bocejam o corpo começa a ficar pesado e, por fim caiem na cama e adormecem.

– Vocês devem estar mais cansados do que eu!

Pedro levanta-se, abre a janela de seu quarto e salta para fora, a tarde ia agradável. Pedro andava tonto devido a ter tomado soníferos, um estranho sono apoderava-se dele.
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