Morte

Que é a Morte
Senão o derradeiro fim?
Que é a Morte
Senão o grande senão
De tudo o que fizeste
E farás,
De tudo o que disseste
E dirás?

Morte,
Morte por todo lado,
E nós
Achando-nos suficientemente espertos
Para enganar.

Morte que nos rouba
À amada ,
Dolorida,
Sofrida Vida.
Morte às vezes um desejo,
Outras vezes um pesadelo.

Ah Morte,
Meu mais antigo desespero,
Minha mais idosa amiga,
Contigo ainda infernal dança,
Danço,
Rodando no fraco sentido da Vida,
Às tuas mãos escapando.

E para quê, Morte?
Para quê tão infernal tango?
Apenas uma pode sobreviver
E a Eternidade apenas a tua história
Sabe escrever.

Morte. Um assunto tão "pesado" e tão "misterioso", ao mesmo tempo. Achei que seu poema abordou o tema de uma forma cautelosa, retirando o peso que esse assunto trás consigo. Parabéns pelo texto bem colocado e escrito.

Muito obrigada pela tua opinião :^)

Bem, venho bombardear-te outra vez! Está a tornar-se péssimo hábito, eu sei xD!
Mas que posso eu dizer de novo? Acho que é a primeira vez que falaste da morte num sentido tão metafórico mas estranhamente literal! Não devo estar a fazer sentido nenhum (estas horas... :D) mas a verdade é que falas de tango e danças eternas e a morte parece mesmo isso, literal e metaforicamente... Muito bonito!

PS: Acho que irias gostar do livro "Intermitências da Morte" de José Saramago... Iria ser interessante para ti!

obrigada pela tua opinião :)

p.s. vou lê-lo e depois digo-te o que achei ;)