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E Assim Surgiu Um Arquipélago

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E Assim Surgiu Um Arquipélago Empty E Assim Surgiu Um Arquipélago

Mensagem por mrmadeirense Ter Jun 26, 2012 3:59 am

Júpiter o rei dos Deuses e do Homem, o ser cujo poder era tão grande que com um simples pestanejar provocava tornados, juntamente com Juno, dão à luz Vulcano, o Deus do fogo. Vulcano era um Deus cuja fealdade abalou todo o Olimpo. Desde o primeiro momento Juno recusou o filho, temia que a sua imagem fosse afectada por tal criatura aberrante.
O dia despertou com mau humor e de repente todo o mundo antigo ardia, os Deuses atarefados vão em salvação dos seus súbitos, mas Juno, responsável por tudo isto aproveita a distração dos Deuses e aborrecida, atira Vulcano do Céu. Vulcano voou dias e dias até que acabou por cair numa ilha, ficando coxo eternamente. Nesta pacata ilha é adoptado por Tétis e Eurínome, filhas do Oceano.
Viveu escondido nessa ilha de forma a que nenhum humano ou Deus conseguisse encontrá-lo.
Fiel servidor das suas salvadoras trabalha afincadamente para que estas tenham tudo o que desejam, no entanto, nunca saía duma velha gruta que lhe resguardava.
As "deusas" contavam-lhe os seus desejos, temiam tornar-se passado com a falta de fé, queriam fazer parte do presente, eternamente.
Num dia em que trabalhava belos colares de pérolas, as filhas do oceano tardavam em chegar. Nessa altura a fé diminuía levando consigo a força dos Deuses, o fim destes estava em contagem decrescente. Vulcano assustado e desesperado, abandona a gruta que lhe alojou durante 21 anos. Mas tal feito permitiu a Júpiter, um Deus envelhecido pela preocupação, ver onde estava o seu feio filho. De imediato desceu até a ilha e encara o sangue do seu sangue pela primeira vez.
Vulcano conhecia as suas origens e pela primeira vez podia admirar o seu pai.
Júpiter começa a chorar, trazendo consigo chuvas torrenciais, e buscando o perdão do filho promete-lhe um desejo, seja este qual for. Vulcano sem hesitar e ao saber que o fim dos Deuses era questão de anos pede ao seu pai que transforme Tétis e Eurínome em duas belas ilhas desertas, tornando-as no contínuo presente que tanto desejavam. Desta forma poderia estar toda a sua vida adornando-as como sempre fez.
Em questão de segundos as belas filhas do oceano não passavam de firmes rochas atlânticas que deslizavam até o profundo mar, eram ricas em vida, tinham belos e raros animais a viver nas suas águas e corpos.
Vulcano feliz pelo resultado mas triste pela ausência daquelas que tinham sido a sua família, decide elevar-se pelo céu e dominando o fogo como nunca cria uma gigante bola ardente que com todas as suas forças cai junto às suas duas amadas. O choque de Vulcano com as frias águas atlânticas provocou um tsunami de cores, Tétis e Eurínome pareciam ter desaparecido...
Quando tudo havia voltado ao normal, Júpiter observava dos céus como o seu filho jazia sob a forma duma esplendorosa ilha junto às desertas e selvagens ilhas que acabava de criar.
Um bosque único cobria a sua totalidade, tudo parecia encantado, nesse bosque ouvíamos os pássaros que cantavam ao movimento das verdes árvores, as folhas consumiam todas as nuvens que passavam e gota a gota criaram longos canais de água que se ramificam pela superfície, revelando que o sangue ainda corre nas veias do defunto Deus. Esses canais eram puros, virgens, eram uma imensidão de sensações, eram o frio que parecia quente, e o verde que beijava o castanho.
As rochas escavadas formavam esplendorosos lagos, e desses lagos saltavam sublimes peixes. Toda a ilha caía sob a forma de grandes escarpas em direcção ao mar e era possível ver como no fundo do mar Vulcano abraçava Tétis e Eurínome. No entanto havia zonas em que essas escarpas davam lugar a pequenas e ricas baías cujo caminho até o mar fazia-se em praias cheias de pérolas de variados tamanhos, mas todas igualmente singulares. O cheiro da ilha mostrava a beleza interior do Deus sucumbido e as flores de todas as cores cruzavam-se com selvagens e exóticos frutos.
Juno dando-se conta do que passara decide ter com Júpiter que admirava pasmado tanta beleza, mas revoltada do feito do seu filho decide incendiar toda a ilha. E a ilha ardeu e ardeu, e os Deuses já gastos pela falta de fé não foram capazes de impedi-lo.
Passaram-se dias, meses e até anos, e o que restava de Vulcano eram nobres Madeiras queimadas entre uma nova vida que surgia na fustigada ilha.
Júpiter levou todo esse tempo a conquistar a fé de pequenos grupos, queria oferecer uma morte digna ao filho, até que com alguma força recuperada decide transformar Vénus, a mãe do amor, numa bela e irónica virgem ilha.
E Vénus, o desejo de todos os mortais e de todos os Deuses, é transformada numa suave nuvem de areia branca que parece pairar sobre o mar.
Júpiter decide que Vénus tinha que ser a mais bela das ilhas e que tinha que estar ao lado do seu filho para sempre, assim surgiu uma quente ilha, a sua vegetação era escassa, as mágicas e leves areias pareciam fina seda tecida por fadas, as suas cristalinas águas deixavam exposto para todo o mundo o belo corpo que antes escondia detrás dum quase transparente vestido. Vénus tinha-se tornado na ilha dourada, e em todos os cantos do Olimpo era possível ver o seu brilho e nudez.
Júpiter esgotado e sem forças, decide que o seu filho seria o Deus da Madeira, queria eliminar qualquer evidência do passado infernal do agora, antigo Deus do fogo.
...
Tinham passado 7 anos e a fé deixou de existir levando consigo tudo o que restava dos 12 Deuses.
Mas Vulcano, Vénus, Tétis e Eurínome continuavam vivos, formavam um arquipélago de amores, um arquipélago de beleza, o arquipélago da Madeira.
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Mensagem por Nitaa Ter Jun 26, 2012 10:11 am

Ohhhh que fofo *--* (Não ligues mas as minhas reacções são estúpidas xD)
Gostei imenso de ler este textinho... E eu que sempre quis ir à Madeira....
Continua o bom trabalho (:
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Mensagem por Fox* Ter Jun 26, 2012 11:36 am

Engraçado que, enquanto lia, me lembrava dessas mesmas lendas sobre a criação dos arquipélagos, tanto da Madeira como dos Açores.
É uma história bastante bonita, aquela que criaste aqui :D! Conseguiste dar mesmo luz aos conceitos de "madeira", "praias douradas" e "vegetação" pelos quais conhecemos esse arquipélago, o que é ótimo :D
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Mensagem por mrmadeirense Ter Jun 26, 2012 6:02 pm

Nitaa - Estupído não, engraçado. Obrigado pelas palavras, ainda bem que gostaste. E sim tens que lá ir, quem sabe um dia nos encontramos por lá.

Fox* Muitíssimo obrigado. Fico feliz que tenhas gostado. ;)
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