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{Verdade na Mentira}

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{Verdade na Mentira} - Página 2 Empty Re: {Verdade na Mentira}

Mensagem por CatariinaG' Ter maio 29, 2012 8:45 pm

Wat r u wating to keep on??
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Mensagem por PandoraTheVampire Qua maio 30, 2012 12:09 am

Bem, desta vez notei bem as diferenças. Deixa que te diga que a tua escrita está muito mais rica e detalhada. Estás a dar mais atenção aos pormenores e isso é bom. Bem, mas a moça passou-se. Estraçalhou o boneco todo? Muito me contas... venha daí mais, okay?? Biju

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{Verdade na Mentira} - Página 2 Empty Re: {Verdade na Mentira}

Mensagem por Nitaa Qua maio 30, 2012 1:38 pm

Cat'G: Boa pergunta... Acho que estava à espera de ver se a história estava a ser bem aceite, mas não vos farei esperar mais (:

Pandora: Obrigada pelos elogios no que toca à escrita. Eu tenho tentado melhorar a cada frase que escrevo, mas também tenho de agradecer muito à pessoa que me revê a história. Sem ela ainda seria a mesma trapalhona :P . No que toca a pormenores, acho que estou cada vez mais descritiva. Só espero que não esteja a descrever em demasia. Eu adoro descrições porque fazem-me voar para o lugar, mas nem sempre isso é apreciado.
Em relação à morte dolorosa do boneco, mais à frente vou revelar mais umas coisinhas, mas acho que só na segunda parte se vai perceber totalmente porquê essa atitude dela tão psicótica.


A Pedido de várias famílias, trago a segunda e ultima parte do primeiro capitulo de "Verdade na Mentira".


{Verdade na Mentira} - Página 2 Scaled.php?server=607&filename=1capitulo1
- Parte II -


Londres
Os corredores, apesar de largos, pareciam me apertar e sufocar, pelo que me custava a caminhar por ali. Tinha chegado àquela escola à pouco mais de um mês e já não me viam como um brinquedo novo, sentimento que conhecia tão bem por me ter acontecido nas últimas treze escolas que frequentei antes de vir para esta.
Detestava ser olhada e ser o centro das atenções, mas nos últimos anos muitas vezes o tenho sido, acabando por me habituar e já considerar normal. Contudo, o que mais detestava era não ter uma amizade significativa ou um relacionamento amoroso sério. Sempre que tentava construir algo, era tudo derrubado para se construir de novo noutro lugar, o que lamentava profundamente.
Nestes momentos de amargura, desejava ter alguém para desabafar que não fosse a minha mãe ou a sua melhor amiga e minha tia emprestada Eliane. Elas eram queridas, boas conselheiras e nós eramos muito unidas. Todavia, há coisas que não se deve desabafar com a mãe ou com a melhor amiga da mãe, já que o efeito é o mesmo, apesar de elas serem tão diferentes. Na verdade, sempre me perguntei como duas pessoas tão opostas poderiam ter um laço tão forte como correntes de ferro. Dizem que os opostos atraem-se, mas isto até parecia surreal. A minha mãe é uma mulher calma e recata, com um toque de classe e requinte na sua figura esbelta e majestosa e, apesar de se arrumar de forma extremamente formal o que lhe esconde um pouco a beleza, a sua luz e brilho são impossíveis de esconder. Já a Eliane é extrovertida e animada, não se importa de fazer figuras tristes, muitas vezes parecendo uma criança mesmo tendo a mesma que a da minha mãe. Veste-se de forma extravagante e excêntrica, embora prática e confortável. É imprudente e impulsiva, acabando por arranjar sempre confusão que mais tarde a minha mãe resolve. Resumindo, a minha mãe é a inteligência e a cautela e a Eliane é a animação e aventura, duas pessoas separadas e opostas que juntas formam uma dupla invencível e inquebrável.
Cabisbaixa, cheguei ao meu cacifo onde retirei tudo que tinha lá dentro, deixando-o vazio e como se nunca tivesse sido utilizado. Algo me dizia que em breve me mudaria novamente e mais valia fazer já a limpeza quando tenho a mochila mais vazia do que vir aqui novamente para fazer isto.
Segui para a sala da minha turma e coloquei lá a pesada bolsa, esperando para cumprir a minha habitual rotina que se instalava sempre que dava o primeiro toque da manhã. Tinha uma aula, ia comer qualquer coisa, e voltava para ter mais duas aulas, ansiando pelo toque da hora do almoço para ir embora para casa. Pessoalmente, eu achava o meu horário simples e leve, mas hoje o meu ser aclamava pelo toque de saída, em que me podia recolher para o meu lar e perder-me em pensamentos sem ninguém me encarar ou incomodar. A minha mãe só chegaria pela hora de jantar e a Eliane passava todo o dia a passear, o que me ia permitir ficar só no meu actual quarto o resto do dia, sem nada para fazer ou alguém para conviver.
Sozinha comigo mesma.
Desatenta a manhã toda, quase que saltei da cadeira quando o toque de saída deu, deixando-me atónica a ver a confusão se instalar na porta de saída e pelos corredores. Assim que tudo abrandou e tinha tudo que me pertencia na mala, segui calmamente para casa, preferindo percorrer os quilómetros de distância entre a escola e a minha casa a pé, observando e memorizando cada detalhe da agitada e elegante cidade londrina.
Hoje o tempo estava nublado. Fracos raios de sol queriam-se mostrar por entre as nuvens, tentando evitar ao máximo que as carregadas nuvens acinzentadas chorassem. A fria tarde de Novembro tornava cada vez mais era notória a chegada do inverno, anunciando as tardes passadas a construir bonecos de neve, criar batalhas de bolas de neve e deixar marcados inúmeros anjos pelos jardins.
Em cerca de vinte minutos entreva pelo portão de ferro da minha casa, andando pelo caminho de pedra que estava entre os jardins da frente e chegava à porta de madeira que daria acesso ao interior da habitação. Assim que meti a chave na fechadura e a rodei, respirei uma última vez o húmido ar de Londres e entrei, espantando-me com o cenário que vi.
Normalmente contínhamos alguma mobília em casa, sendo ela apenas a essencial e algumas coisas nossas em caixotes, mas hoje aquilo estava em pantanas! Desde caixotes vazios espalhados pela casa a sacos de plástico negro carregados de cobertores e outras coisas que nos faziam falta empilhados nas escadas. A maior parte da mobília já estava maior parte arrumada num canto com pequenos papeizinhos coloridos colados em que se podia ler “dar”, “manter” e “lixo”. Eu estava mais que habituada a ver aquilo, mas tão rápido nem eu contava!
Preparava-me para subir ao andar superior quando vi um enorme papel afixado na parede em frente à porta, em que eu podia ver claramente o meu nome, Selena, escrito em letras atrapalhadas que só podiam ser da Eliane e uma mensagem a seguir a ele. Aproximei-me calmamente e puxei o papel de forma a lê-lo melhor.
“Selena, meu amor. A tua mãe ligou toda histérica que se isto parecer uma confusão nem ligues. Não sei que raio lhe disseste, mas parece que a acalmou e ela conseguiu sair vitoriosa da reunião. Em contrapartida: arruma as tralhas que hoje à noite já não jantamos em casa. Desculpa a pressa princesa, mas nem eu entendi o porquê de já ter que arrumar todas as minhas cuecas e não poder dormir uma última noite de sono na minha linda, fofa, suave, e confortável cama. Quando chegarmos é para bazar! Livra-te da tua roupa que depois compra-se uma nova. COMPRAS! Pronto, vá. Amo-te. Eli!”
Sim, definitivamente era da Eliane. Só ela para dizer coisas daquelas e usar vocabulário tão casual e informal.
O que não me espantava!
Ela nunca ficava carrancuda ou mal-humorada, aceitando sempre todas as sentenças e obstáculos que apareciam no seu caminho. Dizendo que eram obra do destino e devíamos aceitar, porque tudo acontece por uma razão, não há motivo para ficarmos de trombas e deixarmos o nosso lado negro vir ao de cima. Às vezes desejava ter a espiritualidade alegre dela, porém, há momentos em que me deixo levar pela amargura e sou pior que uma lunática, embora esses sentimentos sejam mais forte que eu. Era como se tivesse possuída e não pudesse lutar contra aquilo. No final de um ataque de fúria, acordava desolada e sem saber o que fazer. Não sabia como, mas, de seguida ao meu lado negro revelar-se, levantava-me sempre de cabeça erguida e tentava acreditar que tudo fora um pesadelo do qual acabara de acordar e fazia de conta que nada ocorrera, até tudo não passar de uma simples ilusão real.
Após um longo suspiro, subi lentamente até ao meu quarto, preparando-me para me desfazer de quase tudo que possuía. Na verdade, nem tinha muito pois, para além das roupas e de alguns acessórios, calçado e produtos de beleza, só detinha algumas coisas de quando era criança, fotografias e a única coisa que nunca me conseguiria ver livre: a minha velha viola. Há muita história em torno dela e eu amava-a, sendo a minha companhia para quando me precisava de acalmar e alegrar. Ela foi-me oferecida aos seis anos e nessa altura mal conseguia pegar nela. Afinal era quase do meu tamanho e eu fui uma magricelas sem força. Mesmo assim, nada me impediu de aprender a tocar e sonhar em ser uma famosa cantora country. Um dia ainda seria a próxima Carrie Underwood, iria aos ídolos e todos se impressionariam com a minha voz de sereia. Não me queria gabar, mas achava a minha voz vinda das estrelas, quase celestial e divina o que me ajudaria a ingressar no mundo da música.
Pouco depois das dezoito horas, tudo que havia no meu quarto achava-se encaixotado, ensacado e dificilmente utilizável.
Ia sentir saudades daquela casa. Não que algo marcante tivesse acontecido ali, mas cada casa ia-se tornando um lar para mim e começava a habituar-me àquelas paredes. Além disso, esta foi a casa em que mais tempo permaneci, tendo ficado aqui dois anos. Pelo menos fizemos progressos e talvez na minha próxima casa ficasse mais tempo, porém suspeito que seja uma pura mentira.
Assim que a segunda e última caixa das coisas que me pertenciam e que era para manter foi colocada no chão do hall de entrada, olhei ao redor.
Algo não estava bem.
Caminhei calmamente pelas divisões carregadas de caixotes à procura do vulto que me causou a sensação de que não estou sozinha e de que alguém me estava a observar, mas nada para além da minha sombra fora visto no meu campo de visão. Aquilo era estranho, contudo não me espantava, uma vez que a minha própria sombra me causava arrepios. Sabia que era uma tola por recear a sombra, embora, as vezes, ela provocava-me calafrios sem qualquer razão aparente.
Estava provado: eu sou uma tola!
Regressei ao hall de entrada, abanando pacificamente a cabeça como se tentasse varrer estes pensamentos patetas da minha mente, até que algo me bateu na cabeça e fez as paredes brancas do hall e o castanho dos caixotes tornar-se num negro que me cobriu toda a visão.


***
E então? Que acharam?
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Mensagem por Fox* Qua maio 30, 2012 5:13 pm

Hello there!
Sim, mudou mesmo tudo! Não estava à espera de ver a miúda ser já atacada ou que ela tivesse medo da sua própria sombra (o que, ou é parvo porque ela é uma "Deusa" da noite, ou extremamente racional porque as sombras escondem muito perigo e poder, ainda estou indecisa...), mas sem dúvida que gostei de ver a tia emprestada de volta! Gosto muito da sua personalidade e aquele bilhete matou-me!
Espero pelo próximo :D
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Mensagem por Nitaa Qua maio 30, 2012 5:47 pm

Fox* escreveu:Hello there!
Sim, mudou mesmo tudo! Não estava à espera de ver a miúda ser já atacada ou que ela tivesse medo da sua própria sombra (o que, ou é parvo porque ela é uma "Deusa" da noite, ou extremamente racional porque as sombras escondem muito perigo e poder, ainda estou indecisa...), mas sem dúvida que gostei de ver a tia emprestada de volta! Gosto muito da sua personalidade e aquele bilhete matou-me!
Espero pelo próximo :D
Pois mudei um bom pedaço. Mas mudei para melhor ou para pior?
Este ataque esconde certas coisinhas... Coisinhas que irão dizer bastante sobre... Não posso contar xP
"Deusa" da noite... Nunca a tinha posto nessa perspectiva, mas até faz sentido. Acho eu =S (o meu cérebro está em água no meio de tanta matemática que estou a estudar -.-)
Concordo com a opinião sobre as sombras. Afinal, no meio da luz, é a sombra que nos revela. (Credo, que lógica -.-)
A tia emprestada está de volta para armar mais barraca xD Acho que tento que ela seja o cómico da história com o histerismo dela, mas ainda estou a estudar se estou a conseguir...
Em breve tentarei actualizar (;
Xoxo :*
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Mensagem por Andy Girl Qui maio 31, 2012 12:43 am

Coitada da moça!
O que é que lhe atacou? Muito estranho, muito estranho!
Quero saber disto rapidamente!
Vá menina Nita, toca a postar mais um bocadinho!
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Mensagem por Fox* Qui maio 31, 2012 9:42 am

Mudanças, sempre para melhor, Nitaa! :D
Não, falando/escrevendo mesmo a sério, a mudança é boa! Deste jmais ênfase às descrições e nota-se um maior cuidado com as palavras a serem utilizadas. Não tenho nada de mal a apontar :)
Hahahahaha, boa sorte com a matemática! Desejo-te ainda mais se estiveres em ciências, porque foi sempre uma disciplina que me atazanou a cabeça! E as sombras porque... Não sei, significa exatamente o que disseste (faz sentido :D!) e significa que, se vires uma sombra, há luz de algum lado! É uma situação ambígua que me atrai profundamente! Creepy mind xD
Por enquanto a Tia está a funcionar! Qualquer situação sem sentido tem piada e a Tia, ou muito me engano, ou ainda vai passar por umas quantas...
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Mensagem por Nitaa Qui maio 31, 2012 3:24 pm

Andy Girl escreveu:Coitada da moça!
O que é que lhe atacou? Muito estranho, muito estranho!
Quero saber disto rapidamente!
Vá menina Nita, toca a postar mais um bocadinho!
O que será que a atacou? Boa pergunta!
Será um assaltante? Será que lhe caiu um caixote na cabeça?
Boa pergunta!
Bem, vou tentar retirar todas as duvida rapidamente (:
Obrigada por comentares (;

Fox* escreveu:Mudanças, sempre para melhor, Nitaa! :D
Não, falando/escrevendo mesmo a sério, a mudança é boa! Deste mais ênfase às descrições e nota-se um maior cuidado com as palavras a serem utilizadas. Não tenho nada de mal a apontar :)
Hahahahaha, boa sorte com a matemática! Desejo-te ainda mais se estiveres em ciências, porque foi sempre uma disciplina que me atazanou a cabeça! E as sombras porque... Não sei, significa exatamente o que disseste (faz sentido :D!) e significa que, se vires uma sombra, há luz de algum lado! É uma situação ambígua que me atrai profundamente! Creepy mind xD
Por enquanto a Tia está a funcionar! Qualquer situação sem sentido tem piada e a Tia, ou muito me engano, ou ainda vai passar por umas quantas...
Ainda bem que está a agradar (: É isso que se quer!
Sim, estou a terminar o 11.º em ciências. Mas ainda estou na duvida se é matemática que me mói o juízo, ou se Física e Química me dá dores de cabeça. =$ Uma chacha!!
Amo creepy minds! Talvez por a minha ser uma dela xD
A Tia tem de passar por elas! Acho que se a Eli não fizesse patetices, não seria a Eli. xD
Obrigada pelos teus comentários (:
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Mensagem por CatariinaG' Qui maio 31, 2012 8:44 pm

Ainda não tinha lido, :'(
LONDRESSSSSSS!!!!!!
Uahooooooo, adorei... sobretudo o facto de ser em Inglaterra *-*

Mr. Fight? What a name xD
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Mensagem por Nitaa Qui maio 31, 2012 9:42 pm

CatariinaG' escreveu:Ainda não tinha lido, :'(
LONDRESSSSSSS!!!!!!
Uahooooooo, adorei... sobretudo o facto de ser em Inglaterra *-*

Mr. Fight? What a name xD
Eu AMOOOO Inglaterra *--*
Simplesmente amo *---*
Eu achei o nome que dei ao peluche uma pura ironia. Mr.Fight, Mr.Fight, mas "morreu" esfaqueado. xD
Ainda bem que estás a gostar (:
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Mensagem por PandoraTheVampire Qui maio 31, 2012 11:31 pm

Ui mas tanto mistério já no segundo capítulo? Estou a gostar muito! Agora fiquei super curiosa sobre o que se vai passar! Por isso não demores a actualizar, okay? :p

Beijinho

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Mensagem por Nitaa Sex Jun 01, 2012 1:50 pm

PandoraTheVampire escreveu:Ui mas tanto mistério já no segundo capítulo? Estou a gostar muito! Agora fiquei super curiosa sobre o que se vai passar! Por isso não demores a actualizar, okay? :p

Beijinho
Eu gosto de deixar coisas a remoer. Posso não conseguir muito, mas tento (;
Ainda bem que estás a gostar! É isso que se quer!
Tentarei actualizar em breve.
Obrigada por comentares.
Xoxo
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Mensagem por Mia Angel Sáb Jun 02, 2012 10:27 pm

ahaha, Mr.Fight? A sério? ahah, isso é um bom nome! Bem, Nita maria, estou á espera de mais, "ouvis-te"? Quero saber o que raio aconteceu ao Mr.Fight !
Gostei do capítulo, da Selena e da mãe dela, parece-me uma mulher dedicada e uma daquelas senhoras todas importantes que usam saltos de 20 centimetros e passam por nós na rua e a gente fica a cheirar o perfume delas no ar e a desejar ter um igual! ai, enfim, CONTINUA!!!

xoxo
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Mensagem por Nitaa Sáb Jun 02, 2012 10:34 pm

Mia Angel escreveu:ahaha, Mr.Fight? A sério? ahah, isso é um bom nome! Bem, Nita maria, estou á espera de mais, "ouvis-te"? Quero saber o que raio aconteceu ao Mr.Fight !
Gostei do capítulo, da Selena e da mãe dela, parece-me uma mulher dedicada e uma daquelas senhoras todas importantes que usam saltos de 20 centimetros e passam por nós na rua e a gente fica a cheirar o perfume delas no ar e a desejar ter um igual! ai, enfim, CONTINUA!!!

xoxo
Eu por acaso também achei um bom nome! Eu acho que o Fight entrou numa big Fight e perdeu xD
Ainda bem que gostas (:
A mãe dela é uma personagem com muitos segredos!
E definitivamente ela é daquelas que usa saltos de 20 cm e deixa todos a babarem-se com o perfume xD
Espero que estejas a gostar (;
Continuarei em breve!
Xoxo
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Mensagem por Nitaa Dom Jun 03, 2012 8:55 am

Spoiler:

Hello Darling's
Hoje trago-vos a primeira parte do segundo capitulo.
Ainda estou um bocadinho na duvida se o divido em duas ou três partes, uma vez que este é mais longo que o primeiro. Mas sem ele não ficam (:
Espero que gostem (;


{Verdade na Mentira} - Página 2 Scaled.php?server=72&filename=1capitulo2
- Parte I -


- Finalmente a minha convidada de honra acordou! – Com alguma dificuldade, tais palavras de uma voz presunçosa e negra fizeram-se ouvir perto de mim e, ainda assim, longe.
Hipnotizada e intoxicada por um aroma doce que nunca antes inalara, entrei num estranho sentimento de receio. Na verdade, esperava que tal arrogância não me fosse destinada. Fechei os olhos com mais força, desejando que aquilo não passasse de um mero pesadelo. Desejava acordar, rapidamente, abraçada pelas ondas do mar.
Espera!
Ondas do mar? Quais ondas do mar? Eu quero a minha mãe! Preciso da sua protecção contra a escuridão. Porém, parecia tão errado associar mãe e ondas do mar. Só que eu não pretendo associar nada! Eu apenas desejo voltar à minha confortável cama em Peveencip. O quê? Pev… quê? Isso é o quê? Eu necessito Londres. Quero o meu palácio… Ah? A minha mente só pode estar confusa da pancada. Qual palácio qual quê… Eu quero enroscar-me no conforto da minha casa. E a que pancada eu me referia? Eu não me lembro de nenhuma cacetada. Contudo, a minha cabeça berrava de dor.
Mas que se estava a passar? Porquê que todo o meu ser estava num emaranhado de ideias que não eram minhas? No entanto, elas pareciam tão certas como memórias de um passado longínquo. E esta voz… Ela não me era familiar. Todavia, causava-me mais arrepios que um choque eléctrico, empurrando-me para as profundezas deste lago negro, sem vida, sem alma, só sombras, só trevas.
Queria chorar, mas todas as lágrimas se evaporavam com o calor dum sangue quente e rico. Queria fugir, porém o chão engolia-me nestas areias movediças. Restava-me gritar, contudo o ar sufocava-me e impedia-me até de respirar. Até que… toda a agonia parou.
O cheiro salgado e ardente das ondas do mar numa tarde de verão percorreu as minhas narinas e transmitiu-me calma e serenidade, livrando a minha mente de qualquer rasto de agonia, que me levou para sonhos pacíficos. Porém, tudo foi interrompido com um novo choque, um choque semelhante aos raios de sol pela matina, um choque acolhedor que me ajudou a despertar.
Num ápice, os meus olhos abriram-se para o mundo e todo o meu corpo caiu no chão. Estava completamente dolorida e a minha cabeça doía, sendo esta dor agravada por agudos e histéricos gritos próximos de mim.
- Credo, Selena! – Berrou Eliane sobressaltada. – Mas que forma de acordar! – Censurou agitada.
- Eu não estava a dormir. – Expliquei num gaguejo rouco.
Com cuidado, lá me levantei com o auxílio dos caixotes de cartão que se encontravam diante mim. Só agora percebi que tinha estado deitada neles e provavelmente esta dor de costas era devido a esse acontecimento. Passei as mãos pela testa suada e cocei ligeiramente a cabeça dolorida. Confusa, olhei ao redor, desejando lembrar-me do que se passara.
- Que aconteceu? – Perguntei cansada.
- Isso gostava eu de saber, pequena. – Respondeu Eli encostando-se à parede, mesmo ao lado do arco de entrada para a sala da minha casa em Londres. – Eu e a tua mãe chegamos a casa e encontrámos-te adormecida ou desmaiada na entrada. Tu parecias adormecida. Tu respiravas como se estivesses a ter um pesadelo, mas o teu coração batia muito lentamente. Acabamos por te deitar nuns caixotes e esperamos. – Explicou muito vagarosamente, acreditando que o meu processamento mental devia estar lento.
- Estranho. Não me lembro de nada. Recordo-me de trazer as minhas coisas para baixo e dar uma voltinha pela casa. Tinha sentido alguém aqui. Depois disso, só me lembro de cair dos caixotes. – Contei baralhada. Abanei a minha cabeça tentando varrê-la daquela mixórdia - Esquece isto. Estou bem, estou viva, é o que interessa. – Disse mais para mim. – A minha mãe? – Perguntei mudando de assunto para me acalmar e para esquecer o sucedido.
- Lá fora. Está a tratar das coisas para bazarmos. Se não acordasses, íamos levar-te assim. Amanhã já não pudemos estar aqui. Ao que parece ela tem de dar entrada na nossa nova cidade! – Informou ela, iniciando um ataque de histerismo à medida que ia falando. – Vais passar-te quando souberes onde vamos viver. Eu quase que furei os tímpanos à minha rica Di! – Tagarelou alegre.
Ouvi os últimos caixotes serem levados e olhei para trás de mim. As ondas selvagens da cabeleira da minha mãe apareceram, permitindo-me distinguir com facilidade um sorriso de alívio por me ver bem. Tinha-lhe pregado um belo susto pelo que podia constatar. Vi-a apontar pela porta com a cabeça e estender uma mão para mim, como se me pedisse para a acompanhar. Coloquei a minha mão na sua e seguimos as duas, com uma Eli histérica atrás de nós, para um novo mundo, ou simplesmente para uma casa nova, cidade nova, vida nova que não durará mais que dois anos.
***
Passava poucos minutos das dez horas da noite quando o avião havia descolado de Londres. Não era a primeira vez que andava de avião, mas cada uma parecia mais excitante que a anterior. Porém, especialmente nesta viagem, encontrava-me uma pilha de tanta ansiedade. Nem vinte redbulls causavam um efeito semelhante ao meu quando soube o nosso próximo destino de moradia.
Eu adoro Londres, acho-a uma cidade bela e glamorosa, embora nada se compara à cidade das luzes. Nadinha! Durante o dia, as ruas são decoradas com o amontoado de gente apressada para continuar a sua rotina, com os inúmeros carros luxuosos que desfilavam pela cidade num ritmo acelerado e pelas grandiosas e dificilmente pronunciáveis lojas. Pelo anoitecer, as luzes abrilhantam a adormecida cidade, os altos prédios afiguram cada rua e de certos locais animados ouvem-se danças e as músicas da actualidade. Contudo, é nesta época invernal que a cidade se tornava mágica com a neve branca a cobrir os passeios, árvores e jardins.
E, cerca de sete horas depois de o avião ter partido de Londres, já podia pisar o chão da cidade mais populosa dos Estados Unidos da América. Estava maravilhada com tudo que me rodeava. Até o simples e enorme aeroporto me deixava boquiaberta. Bem, talvez fosse puro exagero, mas eu ia viver em Nova Iorque! Repito: Nova Iorque! Agora compreendia o histerismo da Eli. É totalmente justificável. É de Nova Iorque que se fala. Nova Iorque!
Ok, respirar fundo agora.
Arrastei-me atrás da minha mãe para um carro brilhante, de uma cor vermelha sangue. A cor dava no olho e avaliei-o por um grande período de tempo, intervalo em que as malas moviam-se para o interior dele por empregados do aeroporto e tanto a minha mãe e a sua melhor amiga entravam nele.
Sangue… Lembrava-me algo… Algo que me causava tanto conforto, como arrepios.
- Eu sei que o carro é bonito, pequena… Não queres entrar? – Questionou Eli, abrindo o vidro da porta do seu lado para me falar. – É que ainda temos três horas de viagem para fazer e convém arrancar já. – Explicou calmamente. – Estás bem? – Interrogou preocupada ao ver a minha expressão.
- Sim! – Respondi como se tivesse acordado de um transe. – Peço desculpa. – Disse enquanto entrava no carro.
Assim que entrei no carro, encostei-me à janela atrás do condutor, repousando a cabeça. Tenho andado tão estranha ultimamente. Devia precisar de assentar os pés na terra e parar de ler por uns tempos. Se calhar sofria de excesso de fantasia na cabeça. Agora não conseguia pensar nisso. Estava esgotada. O desmaio, o longo trajecto até ao aeroporto de Londres, o voo de quase oito horas até Nova Iorque e agora mais duas horas de viagens de automóvel. Eu não me importava de andar de carro, mas duas horas eram desgastantes, ainda mais para a minha mãe que ia a conduzir numa velocidade de passeio.
No meio das inaudíveis conversas entre a Eli e a minha progenitora, da música ambiente e do balanço calmo do movimento, a minha mente mergulhou num inconsciente sonhador que fora quebrado ainda um pouco antes do amanhecer, quando senti o ronronar do motor parar e uma porta a fechar-se.
- Chegamos, Sel. – Ouvi a minha mãe dizer suavemente enquanto me sacudia levemente.
Com dificuldade, estiquei os braços preguiçosamente e passei as mãos pelos olhos. Estava sozinha no carro parado e, pelo vidro, consegui ver a minha mãe e a Eli no passeio da rua, vidradas em algo que eu não conseguia avistar.


***
Que tal?
Gostaram?
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Mensagem por Fox* Dom Jun 03, 2012 9:38 am

Olá, olá, olá!
Bem, acho que já sabes a minha opinião, mas é sempre bom dizê-la outra vez!
Gosto das tuas descrições, estás a ficar cada vez melhor e a evoluir a tua escrita, e gosto das ideias simples mas concretas que passas (a ideia do vermelho, de ter levado uma pancada sem sequer se aperceber ou lembrar, etc)! Acho que estás a criar uma boa história (ou melhor, a reescrever!).

Keep going! :D
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Mensagem por Nitaa Dom Jun 03, 2012 9:55 am

Fox* escreveu:Olá, olá, olá!
Bem, acho que já sabes a minha opinião, mas é sempre bom dizê-la outra vez!
Gosto das tuas descrições, estás a ficar cada vez melhor e a evoluir a tua escrita, e gosto das ideias simples mas concretas que passas (a ideia do vermelho, de ter levado uma pancada sem sequer se aperceber ou lembrar, etc)! Acho que estás a criar uma boa história (ou melhor, a reescrever!).

Keep going! :D
Obrigada por (re)opinares (:
É sempre bom ouvir os teus comentários.
Ainda bem que achas isso. Tenho tentado melhorar as minhas descrições e deixar indícios de algo.
(Acho que ler os maias realmente afectou-me com indicios xD)
O que eu quero e melhorar (;
Espero não desiludir!
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Mensagem por Andy Girl Dom Jun 03, 2012 3:53 pm

Uma nova casa uma nova vidaXD
Agora é que a aventura vai começar, não?
Ahahah, vamos lá ver o que lhe reserva este novo "mundo".
Beijinhos!
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Mensagem por PandoraTheVampire Seg Jun 04, 2012 12:35 am

Comparando com os antigos (que já estavam óptimos) estes estão excelentes! Conseguiste auferir-lhes muito mais mistério e intriga e isso deixa-me curiosa. Agora que estão em Nova Iorque vamos lá ver o que vai acontecer! :D quero ver todas as mudanças que fizeste! Beijinhos!! Está óptimo, continua

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Mensagem por Nitaa Seg Jun 04, 2012 5:41 pm

Andy Girl escreveu:Uma nova casa uma nova vidaXD
Agora é que a aventura vai começar, não?
Ahahah, vamos lá ver o que lhe reserva este novo "mundo".
Beijinhos!
Claro que a aventura tem de começar! Temos de animar a casa xD
Este novo "mundo" reserva mesmo muitas surpresas!
Espero que gostes.
Xoxo :*


PandoraTheVampire escreveu:Comparando com os antigos (que já estavam óptimos) estes estão excelentes! Conseguiste auferir-lhes muito mais mistério e intriga e isso deixa-me curiosa. Agora que estão em Nova Iorque vamos lá ver o que vai acontecer! :D quero ver todas as mudanças que fizeste! Beijinhos!! Está óptimo, continua
Obrigada pelos elogios e obrigada por continuares a acompanhar (:
Espero que as mudanças feitas tornem a histórias mais apelativa, porque é isso que se quer.
Em breve actualizarei.
Xoxo :*
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Mensagem por Nitaa Qua Jun 06, 2012 10:30 pm

Spoiler:

Hello Darling's
Hoje trago-vos a segunda parte do segundo capitulo.
Não é a ultima parte, uma vez que isto já vai ficar longo que chegue.
Espero que gostem (;


{Verdade na Mentira} - Página 2 Scaled.php?server=72&filename=1capitulo2
- Parte II -


Tentando não fazer muito barulho no bairro adormecido, abri a porta do carro e saí para o frio ar matinal. Um pouco a custo, arrastei-me para perto da minha família e olhei para a casa que elas contemplavam.
A moradia devia ter uns dois ou três andares pela sua altura, mas cada andar não devia possuir mais que quatro divisões de tamanho médio/grande. Pelo menos era a percepção que dava através do exterior. A casa é de uma tonalidade amarela alaranjada ou amarelo-torrado. Devido ao sono, custava-me ter certeza das minhas palavras, porém, podia distinguir facilmente as partes brancas que se espalhavam pelas grades de pedra, por cima da entrada, nas colunas que decoravam o topo das escadas (parcialmente de madeira, parcialmente pedra), em torno das janelas, varandas e nos limites entre as paredes e o telhado. A residência até era bastante bonita e até estava arranjada, apesar de notar-se a falta de moradores por alguns meses. No jardim da frente distinguia-se algumas flores ainda vivas pela chuva e o verde forte da relva mal aparada. O musgo apoderara-se de algumas partes do caminho de pedra até às escadas e os vasos de flores ao lado das escadas precisavam urgentemente de ser cuidados e de tratamentos. Fora esses pequenos detalhes que qualquer um reparava, estava habitável e aparentemente agradável.
- Acho que todas concordamos que isto precisa de certos cuidados. – Constatou minha mãe sem tirar os olhos do nosso futuro lar.
- Eu posso fazer isso. Não vou ter nada para fazer, por isso… - Ofereceu Eli com a mesma expressão neutra.
- Boa ideia! – Manifestei-me também imparcial.
- Acho que vou ver a parte de trás. – Disse Eliane enquanto avançava por um arco de madeira branca com flores e ramos rodeando as suas tábuas.
- Não faças barulho que as pessoas ainda dormem. – Pediu Di gentilmente. – É melhor ir com ela. – Declarou correndo para apanhar a sua melhor amiga.
Sorri ao ver aquela amizade tão pura. Talvez aqui conseguisse encontrar uma, mas não tinha muita esperança disso. E por falar em aqui, podia aproveitar que estava sozinha para avaliar o bairro onde ia morar.
O passeio onde me encontrava pertencia a uma rua pacata e organizada. Todas as casas que o meu campo de visão permitia visionar, eram praticamente idênticas à minha, apenas variando em alguns detalhes. Algumas tinham cor pastel, outras eram completamente brancas e ainda via umas de uma tonalidade cinzenta a fugir para o castanho. Esquisitas e um pouco feias, mas uma combinação agradável com os jardins perfeitamente arranjados e trabalhados. Também os tamanhos das residências variavam um pouco, contudo quase todas elas não deviam passar dos dois andares, e apenas em algumas havia garagem ao lado. O engraçado é que os carros estavam estacionados na entrada da garagem e não protegidos por esta.
Esta gente devia ser mesmo estranha.
Algo que achei catita, foi que onde a propriedade de alguém acabava, outra começava logo em seguida, sendo os espaços distinguidos com diferentes tipos cercas ou vedações de madeira. Além disso, pelos longos passeios que delineavam o perfeito asfalto, podia ver alguns candeeiros com a mesma distância entre eles, mantendo as ruas iluminadas até o sol marcar a sua posição no dia. Tudo perfeitamente planeado e construído. Ou o homem que construiu isto era um perfeccionista, ou era um paranóico com medidas e simetrias.
Sinceramente não me interessava. Mas que o bairro era encantador, isso via-se facilmente.
Olhei ao redor para dar uma última olhada e um sorriso tímido apareceu no meu rosto quando me apercebi de uma coisa. Eu ia morar em Wisteria Lane! Fantástico! Examinei novamente as redondezas procurando por uma das desesperadas até que o meu olhar prendeu-se numa casa. Estava tão alheada a ver o pacato bairro num contexto geral, que nem reparei nas pequenas diferenças. Do outro lado da estrada, três casas abaixo da minha, havia uma pequena casa tão distinta das outras. Esta vivenda que possuía um jardim colorido e alegre, apesar do branco que teimava a cobrir os arbustos e árvores, encontrava-se repleto de rosas brancas e vermelhas, de tulipas vermelhas e doiradas e alguns girassóis completamente alegres e brilhantes que sorriam para onde os tímidos raios de sol dava sinal de existência por entre as cinzentas nuvens. A relva, recentemente aparada e arranjada, libertava o odor que em tempos pertencera a sorrisos de crianças. Lá, via-se um gnomo de jardim pescador com a pequena cana de madeira dentro de um laguinho, rodeado de pedras de diferentes cores, formatos e tamanhos. A casa era pequena, mas acolhedora e convidativa, com paredes em tons lilás e ligeiros fios dourados que subiam desde as ervas rasteiras até as janelas que tinham, nos seus peitoris, vasinhos de lírios de diferentes cores e uma simples cadeira de baloiço balançando ao sabor do vento no alpendre de madeira ao lado de uma mesinha de ferro.
Todo aquele ambiente transmitia paz e a harmonia proveniente da magia que a natureza transmitia. Não podia dizer que era um lugar vindo do paraíso, embora pouco faltava para atingir os céus.
- Sel? – Chamou minha mãe da porta da entrada.
Rodei nos calcanhares para a encarar.
- Como entraste aí dentro? Não te ouvi a passar aqui! – Constatei confusa.
- Pois não… Entrei pelas traseiras. Queres entrar ou preferes ficar cá fora? - Perguntou.
- Acho que me vou sentar aqui fora. – Disse, sentando-me na relva.
- Quando chegarem os homens das mudanças com as nossas coisas, chama! – Ordenou educadamente, entrando na casa e encostando a porta.
- Está bem. – Anui ensonada.
Ainda adormecia ali, à vista de todos.
Caí para trás, deitando-me nas ervas e encarando o céu. Parecia que ia chover, mas com o frio que estava, ainda desconfiava que nevava. E foi com estes pensamentos dos flocos brancos que me deixei embalar pelos suaves assobios do vento.
- Menina? Menina? – Ouvi uma voz miúda e baixinha sussurrar-me aos ouvidos, que ignorei, achando sair-se de um sonho qualquer.
Porém, senti pequenas e frescas gotas de água caírem-me nos olhos e abri-os num ápice, assustando uma pequena rapariga que se deparava diante de mim.
- Deitaste-me água na cara? – Perguntei espantada.
- Estava aí deitada e fiquei preocupada. Vai nevar em breve e não vai querer estar aí deitada. Quando a neve derrete nas meias fica frio! – Justificou timidamente. – Além disso, acredito que não quer perder o autocarro. – Continuou, dando-me um sorriso amigável.
- Autocarro? – Perguntei confusa.
Parece que tinha adormecido mesmo.
Levantei-me e limpei a roupa que vestia. Senti-a as costas frias e apercebi-me que alguma neve tinha derretido e molhado o meu rabo. Mais logo trocava de roupa… Decidi encarar a criança que estava a olhar-me com aqueles enormes e expressivos olhos cor de mel.
Ela dava-me pelo umbigo e o seu corpo pequeno era magro e frágil, coberto com uma farda colegial, constituído por uma saia de pregas pretas aos quadrados brancos, uma camisa branca coberta por um polo preto e um sobretudo branco como as asas de um anjo. No seu traje, aquilo que lhe dava cor, eram as pequenas galochas vermelhas sobre as meias brancas e a bandolete vermelha na cabeça. A sua face delicada, para além dos enormes olhos, tinha uns lábios pequenos e umas bochechas fofas que ainda mais adoráveis ficavam graças às covinhas formadas pelo seu sorriso tímido.
- O grande bicho de metal amarelo que te vai levar para a escola? Sabes o que é, certo? – Perguntou baralhada pela minha questão.
- Eu sei o que é um autocarro. – Clarifiquei. Naquele momento ela é que me fazia sentir criança pela forma como me falava. Estava assim com tão má aparência que as pessoas pensavam que eu devia ser uma atrasada mental? – Eu hoje não vou há escola.
- Mas a mamã diz que não devemos faltar. –
Censurou o meu comportamento. - É importante para nos tornarmos médicos e políticos. Só mesmo por motivos de força maior é que pudemos ficar em casa.
- Eu tenho um grande motivo. –
Esclareci àquela criança com o seu jeito adorável. Deuses, ela parecia uma barbie. Tão fofinha. Apetecia-me puxar-lhe as bochechas. – Sou a Selena. – Apresentei-me, dando-lhe um grande sorriso amigável.
- Sou a Ynes! – Retribuiu a apresentação. – Muito prazer deusa da lua.
- Porque me chamaste isso? –
Perguntei surpresa pelas suas palavras.
- Porque… - Ia começar até que fomos interrompidas pelo grito de uma rapariga de cabelos negros como carvão. – Desculpa, tenho de ir senão fico em terra. Numa próxima, se ainda te lembrares, explico-te. – Prometeu, correndo para junto de um rapaz e de uma rapariga que deveriam ter aproximadamente a minha idade.
Assim que os olhei, mil e uma sensações percorreram as minhas veias. Primeiro, as palavras que Ynes me chamou, deixaram-me intrigada e, simultaneamente, confusa. Aquela criança devia ouvir muitas histórias de encantar, ou a sua personalidade infantil tendia para uma criança sonhadora. Qualquer uma das ideias propostas parecia enquadrar-se perfeitamente naquele pequeno ser e embelezá-lo com uma aparência inocente e pura. Segundo, a estranha arrogância escondida por detrás do grito que chamara o anjinho à realidade deixou-me desajeitada e intimidada. E depois, aquelas figuras ao longe, diante daquela casa que me tinha atraído tanto, encontravam-se numa postura firme e desconfiada. Para a idade que aparentavam ter, ainda tinham medo de estranhos com aparências desarrumadas e sonolentas.


***
Que tal?
Que acharam da pequena Ynes?
Gostaram de descobrir um pouco mais?
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Mensagem por Mia Angel Qui Jun 07, 2012 2:18 pm

ora bem, Olá Nita!!! (uau, que excelente forma de começar um comentário...) Gostei muito de ambos os capítulos e compreendo o histerismo da Eli e da Selena ao irem viver para NYC! Quem é que não ficava euforico com uma noticia dessas? Gostei da Ynes, fofinha! É tão querida *-* Continua, quero saber o que vem a seguir e quem são os outros dois que estavam com a Ynes, tambem quero saber quem é que vive na outra casa lilás, com rosas e tulipas e que tem um gnomo (que cutchie esse detalhe, parece aquelas casas dos filmes!), vamos! Fico á espera de mais!

xoxo
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Mensagem por Fox* Qui Jun 07, 2012 3:39 pm

Hahahaha, eu lembro-me detsa miúda e continuo na espetativa quanto a ela! É tão desembaraçada e inocente que nos leva a pensar coisas!
Continuo a gostar imenso das tuas descrições, que nos levam imediatamente para os locais que descreves! Muito bem, Nitaa!
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Mensagem por Nitaa Qui Jun 07, 2012 4:41 pm

Mia Angel escreveu:ora bem, Olá Nita!!! (uau, que excelente forma de começar um comentário...) Gostei muito de ambos os capítulos e compreendo o histerismo da Eli e da Selena ao irem viver para NYC! Quem é que não ficava euforico com uma noticia dessas? Gostei da Ynes, fofinha! É tão querida *-* Continua, quero saber o que vem a seguir e quem são os outros dois que estavam com a Ynes, tambem quero saber quem é que vive na outra casa lilás, com rosas e tulipas e que tem um gnomo (que cutchie esse detalhe, parece aquelas casas dos filmes!), vamos! Fico á espera de mais!

xoxo
Olá Alex Maria!! (Bem, adorei a forma como começaste o comentário que decidi copiar na resposta xD)
Bem, acho que toda a gente ficaria em êxtase ao descobrir que iria habitar na cidade das luzes (principalmente mudar-se-iam perto do Natal, época em que a cidade parece mágica!!).
Bem, ainda bem que achaste a Ynes fofinha... A ideia é ela ser uma das personagens mais fofinhas na história (só não vai ser fofinho o que... Não posso dizer! Mas posso dizer que esta personagem será das que deixará mais marca para sempre na vida da protagonista...).
Os outros dois... Hum... Quem serão? Em breve revelarei a identidade dos moçolhos...
Fico feliz em saber que os detalhes embelezam a história... Ás vezes acho que exagero nos detalhes...
Obrigada por comentares e obrigada pelos elogios (;
Xoxo :*


Fox* escreveu:Hahahaha, eu lembro-me desta miúda e continuo na espetativa quanto a ela! É tão desembaraçada e inocente que nos leva a pensar coisas!
Continuo a gostar imenso das tuas descrições, que nos levam imediatamente para os locais que descreves! Muito bem, Nitaa!
Realmente a Ynes dará que falar... Ou pior... Ou não posso contar xD
Não achas que descrevo demasiado? É que, por vezes, penso que faço descrições demais (apesar que eu aprecio demasiada descrição numa leitura, de forma a que possa "viajar" para o enredo).
Muito obrigada pelos elogios e por comentares (:
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Mensagem por Fox* Qui Jun 07, 2012 4:48 pm

Na verdade não acho que escrevas demasiado porque eu própria tenho medo de exagerar nas minhas descrições (os meus capítulos são sempre enormes e super descritivos) e não estás assim tão mal! São apenas pormenores que ajudam a dar uma nova visão do espaço e das personagens! :D
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